Três disputas em varas de família um tanto quanto recentes (tipo, de um ano pra cá) que viraram notícia me chamaram a atenção: uma delas, por envolver duas personalidades do meu país, eu tenho acompanhado bastante pelos jornais. As outras duas eu li sobre em pequenas notas e oferecem o bônus de mostrar que a justiça do Brasil não é tão ruim assim em comparação às outras,
e isso é o que mais assusta.O caso brasileiro é o Stheffany X Pato.

Ninguém mesmo levava muita fé na paixão da (verdade seja dita) lindíssima atriz global pelo adolescente caipirão paranaense que havia acabado de ficar famoso e milionário. Quer dizer, o site Kibe Loko não levava muita fé, como se pode ver pela imagem que publicaram na época, eu também não, meio mundo mais a torcida do Flamengo inteira idem. Mas o Pato levava fé e fez questão de contrariar a pérola da sabedoria milenar de que "esperto é o pato que já nasceu com os dedos colados para não entrar aliança".
Um ano depois separaram. Logo depois ela pediu pensão alimentícia, embora tivesse firmado um acordo pré-nupcial pelo qual não teria direito a nada da fortuna de Pato em caso de separação. Bem, cabe lembrar que pensão alimentícia para ex-cônjugue é prevista na legislação do Brasil mas é explicitamente destinada a manter as provisões básicas de um dos ex-cônjugues quando este estiver em situação de abandono. Ou seja, por regra ela só é dada quando um dos cônjugues separados não tem o que comer e onde morar e o valor sentenciado deve ser suficiente apenas para manter estas necessidades básicas, independente da riqueza do ex. É diferente portanto da pensão dada pelo pai/mãe ao filho que está sob a guarda do/da ex.
Difícil mesmo pensar que uma modelo e atriz famosa nacionalmente e tão jovem e gostosa (pronto, falei) quanto a musa deste post tivesse alguma dificuldade de arrumar um bico, uma pontinha numa peça, um trabalhinho numa campanha publicitária de uma grife de surf da vida, algo que lhe desse dinheiro pra comer e alugar um apê até ser convidada de novo pra executar mais uma personagem insossa num melodrama piegas da vida.
De qualquer modo o primeiro magistrado que julgou o caso considerou o fato de que por opção própria ou não a atriz/modelo/gata pra cacete estava mesmo desempregada e fazia juz ao auxílio. Então estipulou um valor dentro do bom senso e das normas: 800 reais por mês durante um tempo determinado que era mais do que o suficiente pra que a menina arrumasse algo de útil (ou, em se tratando de uma atriz global, nem tanto) para fazer.
Acontece que embora não houvesse combinado nenhum pagamento pelo ano de casamento com o boleiro, a menina achou muito pouco. Disse que tinha perdido um ano inteiro da sua vida amarrada no traste: que durante um ano ficou impossibilitadade trabalhar e ganhar o notoriamente baixo salário pago pela Rede Globo aos seus atores (embora tenha também dito que durante todo o tempo que ficou em Milão passou torrando fartamente os milhões ganhos pelo marido nos shoppings da cidade).
E o inacreditável segundo juiz do caso lhe concedeu 20% do que o Pato ganhasse durante toda a vida: ou seja, se mantida a atual renda do jogador, 130 mil reais por mês durante toda a vida como compensação por ter ficado casada com um cara que nem deve ser tão feio durante um ano.
E tendo feito um acordo antes do casamento pelo qual se comprometia a não receber NADA caso se separasse.E o Pato recorreu: e foi de novo a condenado a pagar os 800 mensais, mas caridoso e compadecido, decidiu de livre e espontânea vontade dar 5000 por mês. E aí que o mundo pirou de vez: a juiza seguinte considerou que o fato de ele ter pago mais do que lhe fora então sentenciado era prova de que ele estava agindo de ma fé (fuck?) e que portanto ele deveria pagar 50000 por 24 meses pra aprender a deixar de ser pato.
**********

Uma outra notícia eu lí numa página bem apropriada: o blog
Page Not Found de O Globo, destinado exclusivamente a postagem de notícias
bizarras colhidas mundo afora: e não é que um casal britânico resolveu contratar uma barriga de aluguel? (por falar em
barriga de aluguel, anteontem estava vendo uma matéria sobre a Cláudia Abreu, quarta gravidez de um único casamento, linda ela, muito mais bonita que a Stheffany Brito, sério mesmo, de verdade, e com três gravidezes no currículo, e tem o dobro da idade, eu acho)...
Mas voltando: o casal contratou uma mulher para ser barriga de aluguel, fizeram um acordo através de um site especializado: acordo prévio, o combinado nunca sai caro (exceto quando não é cumprido). Pois é... e não é que não foi? Não é que a mãe alugada se recusou a entregar a criança? E não é que o juiz estipulou que os pais (digo, os donos do espermatozóide e do óvulo) além de não poderem ficar com o bebê ainda vão ter que pagar uma gorda pensão vitalícia à mãe?
**********
E pra fechar: Itália, bella Itália. A notícia me chega via
HryundikUm garçom casa com uma empresária milionária, uma linda história de amor, sem nenhum interesse, Francesco Traversa é o nome do nosso herói.
De repente os dois se separam, e...
Vá lá Francesco. Diga que ela estava te traindo. Acuse-a de ter te coagido a assinar o contrato pré-nupcial. Arremate alegando que perdeu várias oportunidades de emprego como garçom no anos que ficou casado. Vamos cara, sucesso! Peraí! Einh? O quê? What? Meus olhos enlouqueceram? Quê que é isso meu deus do céu?
O garçom vai ter que pagar pensão à milionária? Puta merda. Me belisca.
Para o Século 21, moço, pelo amor de deus, eu quero descer.
Voltar para a parte I