Quando tu começa a frequentar as séries iniciais tu respeita o professor porque tu é uma criança e ele é um adulto experiente com uns bons centímetros a mais que tu. Mas a medida que tu cresce, infelizmente a maioria dos professores não sabem se fazer respeitar e acabam não conhecendo uma forma adequada de lidar com a situação, sem mencionar quando são realmente frouxos, medíocres e frustados.
Educação (comportamento, respeito) se dá em casa. A escola complementa e dá conhecimento e convívio social.
Se em casa a praguinha é folgada e tem o rei na barriga, dificilmente algum professor vai ter capacidade de ensinar a ele respeito.
Quem falou em "ensinar respeito"? Eu falo do professor ter um mínimo de respeito consigo próprio a ponto de se impor numa sala de aula e não deixar de perder sua aula por causa de uns pirralhos em fase de crescimento. Os alunos sabem diferenciar uma figura autoritária de uma vulnerável e vão aproveitar essa fraqueza para externalizar sua energia.
Não, não sabem. Os mal educados hoje em dia têm noção de que o professor não possui qualquer poder punitivo efetivo. Nem mesmo colocar pra fora de sala hoje é admissível para os pedagogos que tiraram toda a moral do professor acreditando que as criancinhas são seres que não devem ser coibidos na hora de "externalizar a energia". Eu já fui chamado para atender ocorrência em colégio público onde a mãe queria registrar ocorrência porque o professor mandou a aluna se calar e isso resultou eu transtorno psicológico para a menina. E o fato de isso ocorrer todos os dias com essa nova teoria de que crianças não devem ser de forma alguma coibidas ou punidas de formas que até quando eu estudei eram normais (castigo, falta de recreio, ficar até depois do horário, limpar a sala) tira completamente qualquer poder do professor, que dá aula de mãos atadas. E quando ainda há a omissão dos pais que deixam o filho cagar na cabeça de qualquer pessoa porque não querem "podar a criativade da criança", a gente bem vê no que dá.
Note que ninguém aqui no tópico está realmente discordando de alguma coisa. Educação se dá em casa, sim. A realidade do professor é ruim, sim. Eu apenas chamei atenção para outro ponto do problema.
Hoje, o professor é vulnerável porque qualquer fala mais firme com o aluno é interpretada negativamente e ele não goza de qualquer proteção legal ante a acusação de um aluno que se sentiu "consternado" ou de um pai que deseje processá-lo. Hoje o professor não manda em lugar nenhum, muito menos na sala de aula.
Claro que existem professorem que não têm compromisso com nada e deixam o aluno zonear a aula, mas aqueles que não são assim, não tem poder efetivo ou proteção para botar o aluno no lugar.
Aqui no meu trabalho eu tive problemas com dois alunos que simplesmente não estavam nem ai para nada.
Mesmo depois de dar esporro, esculachar, dar advertências e chamar os pais duas vezes, os santos não paravam de tocar o terror e atrapalhar as aulas.
Fiquei cinco meses com esses dois quase me fazendo passar mal, e estava no limite de realmente dar uma surra nos dois, coisa que acabaria com minha vida profissional e pessoal.
As pedagogas deram quatro chances para os moleques, viviam passando a mão na cabeça, e na quinta vez em que eles aprontaram eu não aguentei e disse que se não expulsassem os dois, eu não daria mais aulas para aquela turma.
Enfim os dois foram expulsos, e agora a aula é uma maravilha.
O professor está de mãos totalmente atadas, o máximo que podemos fazer e falar com os que não querem nada para irem embora, por que se você tentar colocar ordem em sala de aula vai acabar doente, e é isso que eles querem.
Ouso dizer que são psicopatas juvenis.
O Diegojaf tem razão, o problema está todo na educação que os alunos tem em casa. O professor pode fazer o que for para se impôr, dar esporro, advertência, tirar de sala, suspender, mas depois que o aluno chegar em casa isso não tem repercussão nenhuma, ou pior, os pais falam que o "anjinho" tá mais é certo e que não tem que ficar escutando desaforo de professor.
Hoje em dia é muito comum os pais defenderem as crianças incondicionalmente, daí o aluno volta a cometer os mesmos exageros porque está respaldado em casa.