Autor Tópico: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella  (Lida 4787 vezes)

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Offline _Juca_

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Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Online: 16 de Julho de 2011, 09:19:17 »
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1607201131.htm

 Craqueiras e craqueiros

A CONTRAGOSTO, sou daqueles a favor da internação compulsória dos dependentes de crack.

Peço a você, leitor apressado, que me deixe explicar, antes de me xingar de fascista, de me acusar de defensor dos hospícios medievais ou de se referir à minha progenitora sem o devido respeito.

A epidemia de crack partiu dos grandes centros urbanos e chegou às cidades pequenas; difícil encontrar um lugarejo livre dessa praga.

Embora todos concordem que é preciso combatê-la, até aqui fomos incapazes de elaborar uma estratégia nacional destinada a recuperar os usuários para reintegrá-los à sociedade.

De acordo com a legislação atual, o dependente só pode ser internado por iniciativa própria. Tudo bem, parece democrático respeitar a vontade do cidadão que prefere viver na rua do que ser levado para onde não deseja ir. No caso de quem fuma crack, no entanto, o que parece certo talvez não o seja.

No crack, como em outras drogas inaladas, a absorção no interior dos alvéolos pulmonares é muito rápida: do cachimbo ao cérebro a cocaína tragada leva de seis a dez segundos. Essa ação quase instantânea provoca uma onda de prazer avassalador, mas de curta duração, combinação de características que aprisiona o usuário nas garras do traficante.

Como a repetição do uso de qualquer droga psicoativa induz tolerância, o barato se torna cada vez menos intenso e mais fugaz. Paradoxalmente, entretanto, os circuitos cerebrais que nos incitam a buscar as sensações agradáveis que o corpo já experimentou permanecem ativados, instigando o usuário a fumar a pedra seguinte, mesmo que a recompensa seja ínfima; mesmo que desperte a paranoia persecutória de imaginar que os inimigos entrarão por baixo da porta.

A simples visão da droga enlouquece o dependente: o coração dispara, as mãos congelam, os intestinos se contorcem em cólicas e a ansiedade toma o corpo todo; podem surgir náuseas, vômitos e diarreia.

Quebrar essa sequência perversa de eventos neuroquímicos não é tão difícil: basta manter o usuário longe da droga, dos locais em que ele a consumia e do contato com pessoas sob o efeito dela. A cocaína não tem o poder de adição que muitos supõem, não é como o cigarro cuja abstinência leva o fumante ao desespero esteja onde estiver.

Vale a pena chegar perto de uma cracolândia para entender como é primária a ideia de que o craqueiro pode decidir em sã consciência o melhor caminho para a sua vida. Com o crack ao alcance da mão, ele é um farrapo automatizado sem outro desejo senão o de conseguir mais uma pedra.

Veja a hipocrisia: não podemos interná-lo contra a vontade, mas devemos mandá-lo para a cadeia assim que ele roubar o primeiro transeunte.

A facção que domina a maioria dos presídios de São Paulo proíbe o uso de crack: prejudica os negócios. O preso que for surpreendido fumando apanha de pau; aquele que traficar morre. Com leis tão persuasivas, o crack foi banido: craqueiras e craqueiros presos que se curem da dependência por conta própria.

Não seria mais sensato construirmos clínicas pelo país inteiro com pessoal treinado para lidar com dependentes? Não sairia mais em conta do que arcar com os custos materiais e sociais da epidemia?

É claro que não sou ingênuo a ponto de acreditar que, ao sair desses centros de tratamento, o ex-usuário se tornaria cidadão exemplar; a doença é recidivante. Mas pelo menos ele teria uma chance. E se continuasse na cracolândia?

E, se ao receber alta contasse com apoio psicológico e oferta de um trabalho decente, desde que se mantivesse de cara limpa documentada por exames periódicos rigorosos, não aumentaria a probabilidade de permanecer em abstinência?

Países, como a Suíça, que permitiam o uso livre de drogas em espaços públicos, abandonaram a prática ao perceber que a mortalidade aumenta. Nós convivemos com cracolândias a céu aberto sem poder internar seus habitantes para tratá-los, mas exigimos que a polícia os prenda quando nos incomodam. Existe estratégia mais estúpida?

Faço uma pergunta a você, leitor, que discordou de tudo o que acabo de dizer: se fosse seu filho, você o deixaria de cobertorzinho nas costas dormindo na sarjeta?

Offline Sergiomgbr

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #1 Online: 16 de Julho de 2011, 11:08:02 »
Sempre tive pavor desses "baratos", não sei como tem gente que entra no trenzinho do lança perfume, essa gente que enfia alcool nas fuças, ou que faz papel de bobo totalmente cheirados, pensando estar no comando. E os maconheiros da ondaça.
Que mundo queremos no subterfúgio?! O nome submundo define esse mundo, diz tudo.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Liddell Heart

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #2 Online: 16 de Julho de 2011, 15:08:57 »
Discordo. O usuário não deve ser forçado a nada, isso é uma violação da auto-propriedade.  :no:
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Offline José H.

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #3 Online: 16 de Julho de 2011, 15:54:25 »
Já eu concordo totalmente, sei que a pessoa só se cura se realmente quiser, mas deve-se priorizar a coletividade e levar em conta o perigo que essas pessoas são. Sei que alguns dirão que isso é um problema de toda a sociedade e eu concordo, porém não concordo que tenhamos que nos tornar reféns de drogados, craqueiros não querem trabalhar e a maioria recorre ao crime (imaginem o perigo que é um craqueiro armado).

Já experimentei maconha e acho uma porcaria, qual a graça de ficar rindo de qualquer coisa que passa na sua frente?
E nesse ponto concordo também com Luiz Carlos Prates, não consigo entender a atual juventude brasileira, jovens cheios de energia e com uma vida inteira pela frente lutando pelo direito de ficarem doidões e destruírem o próprio cérebro.

Offline Südenbauer

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #4 Online: 16 de Julho de 2011, 17:01:55 »
Discordo. O usuário não deve ser forçado a nada, isso é uma violação da auto-propriedade.  :no:
Também penso assim. Mas eu vejo a dependência do crack como uma situação extrema que demanda medidas extremas.

Offline DDV

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #5 Online: 16 de Julho de 2011, 22:42:13 »
Discordo. O usuário não deve ser forçado a nada, isso é uma violação da auto-propriedade.  :no:

Você acha que o tratamento compulsório de pessoas com doenças mentais (administração de medicações ou internamento) é uma violação da auto-propriedade deles?

Você acha que os adultos responsáveis não poderiam tomar decisões pelas crianças, já que isso seria violação da auto-propriedade delas?



Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Cumpadi

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #6 Online: 16 de Julho de 2011, 23:19:58 »
Para mim, o grande problema dos usuários de drogas é que eles acabam afetando, e muito, outras pessoas, se eles pudessem se degradar até morrer sozinhos seria muito melhor. Mas enfim, muitas dessas pessoas dependem muito de outras, nesse caso, o certo é a decisão caber à quem às sustentam. Nos casos em que o cara é um perrabado que sustentam seu vício roubando, o ideal seria prisão mais a opção de tratamento, não forçar o tratamento. Mas como não se pode mais prender mais ninguem neste país, fazer o que.

Em resumo: a solução seria fazer o sistema de segurança funcionar direito, não forçar algo.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Hold the Door

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #7 Online: 16 de Julho de 2011, 23:32:48 »
Discordo. O usuário não deve ser forçado a nada, isso é uma violação da auto-propriedade.  :no:

Mas você está disposto a pagar compulsoriamente do seu bolso para que o usuário não tenha a sua auto-propriedade violada?
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Offline Zeichner

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #8 Online: 17 de Julho de 2011, 00:25:24 »
O crack é a melhor das drogas. Barata, rápida e dá uma sensação de prazer imensa.
Este é o problema.
O prazer.
Prazer sem responsabilidade, sem conquista, sem nada. Uns reais e o prazer químico vem da forma mais incrível que qualquer outra coisa.
Se fosse ruim, seria fácil abandonar. O que é roubar ou se prostituir, ou mesmo um banho ou dignidade perto de um prazer assim?
Mas como fazer uma pessoa abandonar um prazer desses de livre e espontânea vontade?

Será esta a única saída?

Offline Adriano

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #9 Online: 17 de Julho de 2011, 00:35:21 »
Falar de defesa da auto-propriedade numa condição de inevitável destruição desta mesma auto-propriedade é muito contraditório  :biglol:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Titoff

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #10 Online: 17 de Julho de 2011, 10:17:17 »
Para mim, o grande problema dos usuários de drogas é que eles acabam afetando, e muito, outras pessoas, se eles pudessem se degradar até morrer sozinhos seria muito melhor. Mas enfim, muitas dessas pessoas dependem muito de outras, nesse caso, o certo é a decisão caber à quem às sustentam. Nos casos em que o cara é um perrabado que sustentam seu vício roubando, o ideal seria prisão mais a opção de tratamento, não forçar o tratamento. Mas como não se pode mais prender mais ninguem neste país, fazer o que.

Em resumo: a solução seria fazer o sistema de segurança funcionar direito, não forçar algo.

Considerando que mais da metade da população é usuária de alguma ou mais drogas, é uma opinião interessante.

Offline Geotecton

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #11 Online: 17 de Julho de 2011, 10:30:01 »
Considerando que mais da metade da população é usuária de alguma ou mais drogas, é uma opinião interessante.

A única "droga" que eu uso é torcer pelo Atlético Paranaense. :biglol:
Foto USGS

Offline gilberto

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #12 Online: 17 de Julho de 2011, 10:37:13 »
O crack é a melhor das drogas. Barata, rápida e dá uma sensação de prazer imensa.
Este é o problema.
O prazer.
Prazer sem responsabilidade, sem conquista, sem nada. Uns reais e o prazer químico vem da forma mais incrível que qualquer outra coisa.
Se fosse ruim, seria fácil abandonar. O que é roubar ou se prostituir, ou mesmo um banho ou dignidade perto de um prazer assim?
Mas como fazer uma pessoa abandonar um prazer desses de livre e espontânea vontade?

Será esta a única saída?
O prazer das drogas é um dos problemas, talvez o menor.
Talvez a maioria dos drogados em situação degradante tenham problemas cronicos familiares, sociais, econômicos, profissionais, emocionais, psiquiátricos, etc, antes, durante e após o vício.
Alguns largam o vício, mas a vida deles pode continuar uma merda.

Offline Liddell Heart

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #13 Online: 17 de Julho de 2011, 13:37:28 »
Discordo. O usuário não deve ser forçado a nada, isso é uma violação da auto-propriedade.  :no:

Você acha que o tratamento compulsório de pessoas com doenças mentais (administração de medicações ou internamento) é uma violação da auto-propriedade deles?

Comparar uma doença com uma opção é meio errado. Enfim, que tipo de doentes mentais?

Citar
Você acha que os adultos responsáveis não poderiam tomar decisões pelas crianças, já que isso seria violação da auto-propriedade delas?

Não, pois as crianças têm direitos limitados, daí a autoridade dos adultos.
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Offline Liddell Heart

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #14 Online: 17 de Julho de 2011, 13:40:30 »
Discordo. O usuário não deve ser forçado a nada, isso é uma violação da auto-propriedade.  :no:

Mas você está disposto a pagar compulsoriamente do seu bolso para que o usuário não tenha a sua auto-propriedade violada?

Depende das circunstâncias aonde o usuário se encontra.
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Offline Liddell Heart

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #15 Online: 17 de Julho de 2011, 13:42:26 »
Falar de defesa da auto-propriedade numa condição de inevitável destruição desta mesma auto-propriedade é muito contraditório  :biglol:

O indivíduo pode fazer o que quiser com sua propriedade, desde que não viole a propriedade alheia. Quando alguém se suicida está fazendo uso legítimo de sua auto-propriedade.
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Offline José H.

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #16 Online: 17 de Julho de 2011, 16:12:24 »
É, o problema é que drogados geralmente sequer sabem o que é propriedade, muito menos o limite entre a própria e a dos outros.

Na minha cidade não há cracolândias, mas em alguns lugares os craqueiros agora inventaram de privatizar as calçadas e praças e digo privatizar porque eles, ao contrário dos mendigos, constroem paredes e impedem as pessoas de transitar. Que eu saiba o direito de ir e vir é constitucionalmente igual ao da auto propriedade, mas deve se levar em conta que o interesse coletivo prevalece sobre o particular e neste caso acontece exatamente o oposto disso.

Offline Liddell Heart

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #17 Online: 17 de Julho de 2011, 16:22:16 »
[...]mas deve se levar em conta que o interesse coletivo prevalece sobre o particular[...]

"Onde mora a liberdade, ali está a minha pátria."
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Offline Geotecton

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #18 Online: 17 de Julho de 2011, 16:34:15 »
Cuidado com a falácia.
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Offline Cumpadi

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #19 Online: 17 de Julho de 2011, 17:17:58 »
É, o problema é que drogados geralmente sequer sabem o que é propriedade, muito menos o limite entre a própria e a dos outros.

Na minha cidade não há cracolândias, mas em alguns lugares os craqueiros agora inventaram de privatizar as calçadas e praças e digo privatizar porque eles, ao contrário dos mendigos, constroem paredes e impedem as pessoas de transitar. Que eu saiba o direito de ir e vir é constitucionalmente igual ao da auto propriedade, mas deve se levar em conta que o interesse coletivo prevalece sobre o particular e neste caso acontece exatamente o oposto disso.
Aí é um problema de fazer as leis serem cumpridas, não da escolha do cara em se drogar.

Quem é o cara da foto?
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Offline Geotecton

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #20 Online: 17 de Julho de 2011, 17:18:46 »
[...]
Quem é o cara da foto?

Joseph Stalin.
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Offline José H.

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #21 Online: 17 de Julho de 2011, 17:35:27 »
[...]mas deve se levar em conta que o interesse coletivo prevalece sobre o particular[...]



Putz, já me chamaram de fascista centenas de vezes, adorador do golpe de 64 e simpatizante de Pinochet (nunca entendi, não sou nenhum pouco conservador), mas me ligar ao Stálin foi a primeira.

Não, eu não tirei essa idéia do Manifesto Comunista, também foi um professor de história que me enfiou goela abaixo. Interesse coletivo sobre o particular é princípio do direito administrativo e é o que deveria ser fiscalizado pela prefeitura, uma vez que centenas de pessoas têm de andar na pista porque a calçada foi interditada por 2 ou 3 craqueiros.

Offline Diegojaf

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #22 Online: 17 de Julho de 2011, 17:52:59 »
Cuidado com a falácia.
O que eu disse sobre eles não entenderem o que significa "meio termo"? ::)
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Geotecton

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #23 Online: 17 de Julho de 2011, 18:16:32 »
Cuidado com a falácia.
O que eu disse sobre eles não entenderem o que significa "meio termo"? ::)

Eles são novos. Há muito tempo para aprender o significado. :P
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Offline Adriano

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Re: Craqueiras e craqueiros - Dráuzio Varella
« Resposta #24 Online: 17 de Julho de 2011, 18:28:48 »
Falar de defesa da auto-propriedade numa condição de inevitável destruição desta mesma auto-propriedade é muito contraditório  :biglol:

O indivíduo pode fazer o que quiser com sua propriedade, desde que não viole a propriedade alheia. Quando alguém se suicida está fazendo uso legítimo de sua auto-propriedade.
Considerar o ser humano como uma propriedade que pode se auto-destruir é uma ideologia muito desumana, na minha avaliação  :(

Considero o suicídio* como um grave erro de programação (defeito) do ser vivo, que deixa de querer viver, a sua principal característica. Encaro como uma questão de saúde pública o bem estar da qualidade de vida humana, que inclui uma boa saúde mental  :)

*Salvo excessões, como os suicídios altruístas.
« Última modificação: 17 de Julho de 2011, 18:32:30 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

 

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