Autor Tópico: Ao Contrário  (Lida 5728 vezes)

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Offline Gigaview

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Ao Contrário
« Online: 17 de Julho de 2011, 18:09:46 »
por VERISSIMO - em O GLOBO de 17 de julho de 2011

Ao contrário

Gustave Flaubert recomendava aos escritores que levassem pacatas vidas burguesas e enlouquecessem na sua obra. Arthur Conan Doyle seguiu a receita de Flaubert ao contrário. Sua criação mais conhecida, Sherlock Holmes, era a personificacão do pensamento racional e da lógica dedutiva e levava a vida de um correto cavalheiro inglês. Nem as suas excentricidades — ou o seu gosto por cocaína — destoavam muito do padrão vitoriano. E não há notícia de que Holmes tenha alguma vez recorrido ao sobrenatural para resolver um caso. Já seu autor era um irracional assumido, ligado em ocultismo, sempre pronto a acreditar em manifestacões metafísicas, por mais improváveis que fossem. No fim do século dezenove a Inglaterra foi tomada por uma crença obsessiva em fadas. A nova arte da fotografia teve muito a ver com a propagação da mania entre ingleses de todas as idades e todos os tipos, inclusive intelectuais e cientistas. Fotos de ninfas aladas borboleteando entre flores convenceram muita gente grande da existência do fenômeno, que chegou a ser assunto no Parlamento. E Conan Doyle foi dos primeiros a acreditar e defender a autenticidade das fotos e das fadas. E acreditou nelas até morrer.

Pode-se imaginar a reação de Sherlock Holmes ao saber das convicções do seu autor.
— Fadas, Watson. Ele acredita em fadas.
— Pelo menos ele nos poupou das suas crenças malucas, Holmes. Se bem que...
—- O que, Watson?
— Sempre achei que havia algo de sobrenatural nos seus poderes de dedução.
— Bobagem, Watson. Uso apenas a razão e o senso comum, com, talvez, um toque de gênio. Que, aliás, foi ele que me deu.
Estranho caso de um escritor que concentrou a sanidade na sua literatura para poder enlouquecer na sua vida.
— Mais um dos muitos mistérios da condição humana, Watson.
— Aonde você vai, Holmes?
— Buscar a sabedoria da cocaína. A única forma de metafísica que me permito.


------------------
O grifo é meu - e é verdade mesmo... :P

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Offline Geotecton

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Re: Ao Contrário
« Resposta #1 Online: 17 de Julho de 2011, 18:55:48 »
[...]
Arthur Conan Doyle seguiu a receita de Flaubert ao contrário. Sua criação mais conhecida, Sherlock Holmes, era a personificacão do pensamento racional e da lógica dedutiva e levava a vida de um correto cavalheiro inglês. Nem as suas excentricidades — ou o seu gosto por cocaína — destoavam muito do padrão vitoriano. E não há notícia de que Holmes tenha alguma vez recorrido ao sobrenatural para resolver um caso. Já seu autor era um irracional assumido, ligado em ocultismo, sempre pronto a acreditar em manifestacões metafísicas, por mais improváveis que fossem.
[...]

Quando eu li Doyle pela primeira vez (Um Estudo em Vermelho), por volta dos meus 12 ou 13 anos, eu fiquei intrigado ao saber que ele cria e pautava a sua vida no "sobrenatural", ao contrário de seu principal personagem.
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Offline Cientista

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Re: Ao Contrário
« Resposta #2 Online: 17 de Julho de 2011, 19:39:36 »
Fracassada proposta. O Sherlock Holmes É sobrenatural.

Offline Sklogw

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Re: Ao Contrário
« Resposta #3 Online: 26 de Julho de 2011, 21:01:57 »
Conan Doyle era tão crédulo, mas tão crédulo, que o grande mágico Houdini (seu amigo), bolou fenômenos mediúnicos inteiramente falsos para mostrar como ele era levado pela credulidade. Mesmo vendo com seus próprios olhos, no entanto, ele continuava não acreditando, e atribuia a Houdini "poderes mediúnicos"... Como um paspalho como Conan Doyle pôde escrever livros tão bons é um mistério da Literatura!

Vejam, como exemplo, esse parágrafo tirado de http://www.prairieghosts.com/doyle_houdini.html:

"This ability", Doyle stated publicly, "to unbolt locked doors is undoubtedly due to Houdini’s mediumistic powers and not to any normal operation of the lock. The effort necessary to shoot a bolt from within a lock is drawn from Houdini the medium, but it must not be thought that this is the only means by which he can escape from his prison. For at times, his body can be... dematerialized and withdrawn."
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"I venture to think that the people who talk most about it are the people who do least about it. Scientific method is what working scientists do, not what other people or even they themselves may say about it." [Percy W. Bridgman, "Reflections of a Physicist"]

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Offline Sergiomgbr

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Re: Ao Contrário
« Resposta #4 Online: 27 de Julho de 2011, 01:58:11 »
 Credulidade. O quê tanto nos faz crer, ainda mais nos torna críveis. A nós mesmos antes de tudo. :smartass:
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Irracionalista

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Re: Ao Contrário
« Resposta #5 Online: 27 de Julho de 2011, 14:04:15 »
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Como um paspalho como Conan Doyle pôde escrever livros tão bons é um mistério da Literatura!

Doyle é um caso exótico e extremo de duplipensar, que mostra que Ciência e Religião (ou Mumbo-Jumbo) podem muito bem coexistir de forma incrivelmente contraditória em uma mente só. Ao mesmo tempo em que acreditava em todo o besteirol típico do final do século XIX, ele tinha contatos não só com Houdini, mas também com o Bell e outros criadores da Ciência Forense.

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Quando eu li Doyle pela primeira vez (Um Estudo em Vermelho), por volta dos meus 12 ou 13 anos, eu fiquei intrigado ao saber que ele cria e pautava a sua vida no "sobrenatural", ao contrário de seu principal personagem.

Quase tudo que Doyle escreveu sobre Sherlock Holmes foi antes dele se engajar no espiritualismo.

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Fracassada proposta. O Sherlock Holmes É sobrenatural.

Depende da definição - embora as habilidades holmesianas seja excepcionais, não há nada ali que soe "extra-humano" ou "além do possível".
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Offline Gigaview

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Re: Ao Contrário
« Resposta #6 Online: 27 de Julho de 2011, 14:08:42 »
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Doyle é um caso exótico e extremo de duplipensar, que mostra que Ciência e Religião (ou Mumbo-Jumbo) podem muito bem coexistir de forma incrivelmente contraditória em uma mente só. Ao mesmo tempo em que acreditava em todo o besteirol típico do final do século XIX, ele tinha contatos não só com Houdini, mas também com o Bell e outros criadores da Ciência Forense.

Os criadores da Ciência Forense nessa época eram meio pancada das idéias. Lembra do Lombroso? Aliás, ele também era espiritóide.
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Offline Gigaview

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Re: Ao Contrário
« Resposta #7 Online: 27 de Julho de 2011, 14:13:18 »
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Quase tudo que Doyle escreveu sobre Sherlock Holmes foi antes dele se engajar no espiritualismo.


O registro de sua participação em sessões espíritas começa em 1885. Sherlock aparece em 1887.

http://www.fst.org/doyle.htm
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Offline Irracionalista

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Re: Ao Contrário
« Resposta #8 Online: 27 de Julho de 2011, 14:29:31 »
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Os criadores da Ciência Forense nessa época eram meio pancada das idéias. Lembra do Lombroso? Aliás, ele também era espiritóide.

Assim como o Joseph Bell e creio que metade da Europa da época, afinal o Espiritualismo (e idéias similares, desde algumas dadas como científicas como o Vitalismo até o reaparecimento do Hermetismo, da Antroposofia e mesmo o Orientalismo) era "modinha" entre a alta sociedade. Junto com a agitação da metade dos anos 60 em diante, não ocorreram tempos melhores para a irracionalidade do que esses.

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O registro de sua participação em sessões espíritas começa em 1885. Sherlock aparece em 1887.

Por isso eu escrevi "engajar" no Espiritualismo. Embora Doyle já estivesse atrás disso desde 1881, ele só passou a defender publicamente o tema a partir das palestras que deu em 1917 sobre o tema (depois da morte de praticamente toda a família dele), e passou a escrever e divulgar até culminar no lendário caso das Fadas de Cottingley. ;)
« Última modificação: 27 de Julho de 2011, 14:33:57 por Irracionalista »
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Offline West

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Re: Ao Contrário
« Resposta #9 Online: 27 de Julho de 2011, 14:39:52 »
Será que esse tipo de comportamento não poderia ser causado por alguma espécie de distúrbio/mau funcionamento neurológico? Digo isso por que soa estúpido demais alguém com tamanha credulidade ao ponto de continuar acreditando mesmo quando já lhe foi demonstrado que tudo não passava de armação.
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
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"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
existem, nem qual sua aparência. Muitas coisas impedem meu conhecimento.
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Offline Irracionalista

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Re: Ao Contrário
« Resposta #10 Online: 27 de Julho de 2011, 14:54:31 »
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Será que esse tipo de comportamento não poderia ser causado por alguma espécie de distúrbio/mau funcionamento neurológico? Digo isso por que soa estúpido demais alguém com tamanha credulidade ao ponto de continuar acreditando mesmo quando já lhe foi demonstrado que tudo não passava de armação.

Não creio que seja um distúrbio ou algo similar. Sou simpático a explicação que aparece no livro Why People Believe Weird Things do Michael Shermer, que trata em um capítulo sobre porque pessoas inteligentes (como é o caso do Doyle, mas pode ser aplicado a diversos casos de indivíduos com impecável formação acadêmica que levam a sério coisas desde o Pé-Grande até OVNIS) acreditam em coisas bizarras e explicação é até elegante:

Pessoas inteligentes são mais hábeis em articular e defender idéias (qualquer idéia que seja) e tendem a ter uma maior gama de argumentos não só para defender o que acreditam como para desarticular críticos. Como a simpatia a uma idéia é adquirida por meios irracionais (desde emotivos até "para-ser-do-contra" ou "para-ser-único-e-diferente"), pessoas inteligentes acabam levando muito mais a sério idéias idiotas que seriam rapidamente descartadas por alguém menos hábil em defendê-las.

Ou citando Bacon:

The human understanding when it has once adopted an opinion (either as being the received opinion or as being   agreeable to itself) draws all things else to support and agree with it. And though there be a greater number and  weight of instances to be found on the other side, yet these it either neglects and despises, or else by some distinction sets aside and rejects; in order that by this great and pernicious predetermination the authority of its former  conclusions may remain inviolate...

And such is the way of all superstitions, whether in astrology, dreams, omens, divine judgments, or the like; wherein men, having a delight in such vanities, mark the events where they are fulfilled, but where they fail, although this happened much oftener, neglect and pass them by.


Isso acaba dando sentido a expressão que "Existem algumas idéias tão idiotas e absurdas que somente um diplomado defenderia elas".
« Última modificação: 27 de Julho de 2011, 14:57:30 por Irracionalista »
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Offline Dr. Manhattan

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Re: Ao Contrário
« Resposta #11 Online: 27 de Julho de 2011, 14:58:13 »
Concordo em parte com o Irracionalista. Porém, conheço pessoas inteligente e cultas, mas que parecem sofrer de uma credulidade exagerada. Conheço uma mulher que acredita em Qualquer coisa: homeopatia, fantasmas, reiki, astrologia, acupuntura, feng shui, poder dos cristais, santos, orixás, etc. etc. É difícil encontrar alguma superstição que ela não tenha.
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Offline Gigaview

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Re: Ao Contrário
« Resposta #12 Online: 27 de Julho de 2011, 15:00:33 »
Arthur Conan Doyle Interviewed on Sherlock Holmes and Spirituality

feature=related

Apenas vítima do auto-engano, pelo menos me parece.
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Offline West

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Re: Ao Contrário
« Resposta #13 Online: 27 de Julho de 2011, 15:09:33 »
Problema não é tanto acreditar nessas baboseiras todas. O problema é o cara continuar acreditando mesmo quando já foi demonstrado "por A+B" que aquilo é besteira, como no exemplo que o Sklogw espôs em que o Houndini fazia o Doyle de trouxa e mesmo depois do Houdini revelar a lorota, o babaca do Doyle continuava acreditando naquilo. Aí já acho que o negócio é mais grave.
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Offline Gigaview

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Re: Ao Contrário
« Resposta #14 Online: 27 de Julho de 2011, 15:39:27 »
Problema não é tanto acreditar nessas baboseiras todas. O problema é o cara continuar acreditando mesmo quando já foi demonstrado "por A+B" que aquilo é besteira, como no exemplo que o Sklogw espôs em que o Houndini fazia o Doyle de trouxa e mesmo depois do Houdini revelar a lorota, o babaca do Doyle continuava acreditando naquilo. Aí já acho que o negócio é mais grave.

O Houdini se recusava a revelar o truque devido à questões de ética dos mágicos profissionais, mas afirmava que era mágica, daí a dúvida de Conan Doyle que cismava em posicionar Houdini no hall dos médiuns. Houdini também não fazia Doyle de trouxa, pelo contrário, apesar das diferenças eram bons amigos e mantinham um relacionamento bastante cordial. Existe até um livro que disseca essa estranha amizade. No entanto,  há um episódio em que Houdini coloca Doyle contra a parede, mas não fica claro se ele revelou o truque:

Rather, turn to a particular occasion when Houdini was trying to disabuse Sir Arthur Conan Doyle of his own spiritualist inclinations. Conan Doyle was not the paragon of rationality and reason that one might assume the creator of Sherlock Holmes would be: he had a soft spot for mediums. (It tends to make one think of Holmes’s famous dictum that “when you have eliminated the impossible, whatever remains, however improbable, must be the truth” in a somewhat different light.) Nevertheless, because Houdini and Conan Doyle had come to be friends, Houdini wanted to open the author’s eyes to the psychic frauds, and so he staged a demonstration that he hoped would do the trick.

Michael Shermer recently described what happened in his February “Skeptic” column for Scientific American:

    In the spring of 1922 Conan Doyle visited Houdini in his New York City home, whereupon the magician set out to demonstrate that slate writing—a favorite method among mediums for receiving messages from the dead, who allegedly moved a piece of chalk across a slate—could be done by perfectly prosaic means. Houdini had Conan Doyle hang a slate from anywhere in the room so that it was free to swing in space. He presented the author with four cork balls, asking him to pick one and cut it open to prove that it had not been altered. He then had Conan Doyle pick another ball and dip it into a well of white ink. While it was soaking, Houdini asked his visitor to go down the street in any direction, take out a piece of paper and pencil, write a question or a sentence, put it back in his pocket and return to the house. Conan Doyle complied, scribbling, “Mene, mene, tekel, upharsin,” a riddle from the Bible’s book of Daniel, meaning, “It has been counted and counted, weighed and divided.”

    How appropriate, for what happened next defied explanation, at least in Conan Doyle’s mind. Houdini had him scoop up the ink-soaked ball in a spoon and place it against the slate, where it momentarily stuck before slowly rolling across the face, spelling out “M,” “e,” “n,” “e,” and so forth until the entire phrase was completed, at which point the ball dropped to the ground.

Houdini then explained that he had done the whole thing through simple trickery and implored Conan Doyle to give up his spiritualist beliefs. Alas, he failed: not only did Conan Doyle continue to believe in mediums but he suspected that Houdini knowingly or unknowingly used his own supernatural gifts in the performance of his escape acts.


http://blogs.plos.org/retort/2011/03/24/how-did-houdini-trick-conan-doyle/
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Offline Gigaview

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Re: Ao Contrário
« Resposta #15 Online: 27 de Julho de 2011, 15:50:53 »
No link que o Sklogw postou está dito que Houdini se recusou a contar o truque e que a relação entre eles era tensa. Pois é...cada um diz uma coisa diferente.

http://www.prairieghosts.com/doyle_houdini.html
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Offline Russell

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Re: Ao Contrário
« Resposta #16 Online: 27 de Julho de 2011, 20:01:31 »
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Quase tudo que Doyle escreveu sobre Sherlock Holmes foi antes dele se engajar no espiritualismo.


O registro de sua participação em sessões espíritas começa em 1885. Sherlock aparece em 1887.

http://www.fst.org/doyle.htm
Que tem a ver espiritualismo com espirita?

Offline Salazar

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Re: Ao Contrário
« Resposta #17 Online: 27 de Julho de 2011, 20:05:25 »
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Quase tudo que Doyle escreveu sobre Sherlock Holmes foi antes dele se engajar no espiritualismo.


O registro de sua participação em sessões espíritas começa em 1885. Sherlock aparece em 1887.

http://www.fst.org/doyle.htm
Que tem a ver espiritualismo com espirita?
Espirita é uma subdivisão do espiritualismo.

Offline Russell

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Re: Ao Contrário
« Resposta #18 Online: 27 de Julho de 2011, 20:45:00 »
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Quase tudo que Doyle escreveu sobre Sherlock Holmes foi antes dele se engajar no espiritualismo.


O registro de sua participação em sessões espíritas começa em 1885. Sherlock aparece em 1887.

http://www.fst.org/doyle.htm
Que tem a ver espiritualismo com espirita?
Espirita é uma subdivisão do espiritualismo.
Não concordo, espiritualismo está ligado à metafísica e metafísica corresponde a todo aquilo que não é captado pelos sentidos, más mesmo assim é uma realidade.
« Última modificação: 27 de Julho de 2011, 20:47:33 por Russell »

Offline Salazar

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Re: Ao Contrário
« Resposta #19 Online: 27 de Julho de 2011, 20:48:47 »
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Quase tudo que Doyle escreveu sobre Sherlock Holmes foi antes dele se engajar no espiritualismo.


O registro de sua participação em sessões espíritas começa em 1885. Sherlock aparece em 1887.

http://www.fst.org/doyle.htm
Que tem a ver espiritualismo com espirita?
Espirita é uma subdivisão do espiritualismo.
Não concordo, espiritualismo está ligado à metafísica e metafísica corresponde a todo aquilo que não é captado pelos sentidos, más mesmo assim é uma realidade.
O Espiritualismo é uma doutrina filosófica que admite a existência de Deus, de forças universais e da Alma, com a visão de que existem milhares de coisas abstratas. É o contrário de materialismo, que só admite a matéria.

Todo Espírita é necessariamente espiritualista; mas, pode-se ser espiritualista sem se ser espírita.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritualismo

Offline Gigaview

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Re: Ao Contrário
« Resposta #20 Online: 27 de Julho de 2011, 20:51:57 »
Espiritismo é uma codificação do espiritualismo feita por Kardec e seus fantasminhas amestrados.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

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Offline Geotecton

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Re: Ao Contrário
« Resposta #21 Online: 27 de Julho de 2011, 21:06:33 »
Não concordo, espiritualismo está ligado à metafísica e metafísica corresponde a todo aquilo que não é captado pelos sentidos, más mesmo assim é uma realidade.

Cite alguns exemplos metafísicos (não captados pelos sentidos), mas que fazem parte da realidade (objetiva).
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Offline Russell

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Re: Ao Contrário
« Resposta #22 Online: 27 de Julho de 2011, 21:12:54 »
Citar
Quase tudo que Doyle escreveu sobre Sherlock Holmes foi antes dele se engajar no espiritualismo.


O registro de sua participação em sessões espíritas começa em 1885. Sherlock aparece em 1887.

http://www.fst.org/doyle.htm
Que tem a ver espiritualismo com espirita?
Espirita é uma subdivisão do espiritualismo.
Não concordo, espiritualismo está ligado à metafísica e metafísica corresponde a todo aquilo que não é captado pelos sentidos, más mesmo assim é uma realidade.
O Espiritualismo é uma doutrina filosófica que admite a existência de Deus, de forças universais e da Alma, com a visão de que existem milhares de coisas abstratas. É o contrário de materialismo, que só admite a matéria.

Todo Espírita é necessariamente espiritualista; mas, pode-se ser espiritualista sem se ser espírita.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritualismo

O wikipedia é uma referencia feita por pessoas como você e eu. Por que então deve ter mais crédito que você e eu?


Offline Cumpadi

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Re: Ao Contrário
« Resposta #23 Online: 27 de Julho de 2011, 21:18:41 »
Então você considera que o núcleo do planeta é metafísico, já que não pode ser captado diretamente pelos nossos sentidos?
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Salazar

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Re: Ao Contrário
« Resposta #24 Online: 27 de Julho de 2011, 21:19:21 »

 

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