Autor Tópico: Cérebro e Neurociência  (Lida 3869 vezes)

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Offline Feliperj

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Cérebro e Neurociência
« Online: 02 de Setembro de 2011, 16:06:37 »
Pessoal,
 
A neurociência (pelo pouco que conheço), localiza àreas específricas do cérebro, colocando sobre os ombros dos neuronios dessa área, a responsabilidade por determinada percepção.
 
Para isso, fazem uma correlação entre a atividade/percepção que está ocorrendo, e o nível de atividade cerebral(nos locais responsáveis, ele aumenta).
 
Ou seja, existe um modelo que relaciona o fenômeno observado (percepção visual, tato, paladar, etc..) com a ativação de determinadas áreas.
 
Me bateu uma dúvida : como podemos diferenciar se o fenômeno está sendo percebido pelo cérebro como um todo, devido a uma configuração especial, onde a área considerada específica seria a "responsável" por alterar uma dada configuração anterior ou se ele está sendo percebido de forma localizada, na área específica em questão (com maior ativação)?
 
Abs
Felipe

Offline gilberto

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #1 Online: 02 de Setembro de 2011, 16:54:17 »
Dificil saber o quao localizado ou distribuido sao as funcoes cognitivas, a nao ser em casos muito especificos como o arco reflexo motor. Tem um ditado dos neurologistas q diz q com tres sinapses pode-se sair de qualquer regiao do cerebro e chegar a qualquer outra. Eu aposto q a localizacao eh um fator menos determinantante do a dinamica distribuida, pq se nao os neurologistas ja estariam bem mais avancados na comprensao do cerebro e mente.

Offline SnowRaptor

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #2 Online: 02 de Setembro de 2011, 17:03:12 »
Que eu saiba, usam ressonância magnética funciona pra investigar essas coisas.
Elton Carvalho

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Offline Tabacof

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #3 Online: 02 de Setembro de 2011, 17:12:05 »
Uma possibilidade de se estudar isso é utilizando casos de lesões, naturais ou forçadas, em regiões do cérebro e correlacionar isso com perdas cognitivas. Dois exemplos clássicos:

1) Paciente epiléptico H.M. teve seus dois hipocampos removidos, o que resultou numa perda completa da capacidade de formar novas memórias. Isso demonstrou que a função do hipocampo deve incluir alguma facilitação necessária à aquisição de novas memórias, o que foi confirmado por outros casos em humanos e animais.

2) Karl Lashley estava procurando a localização de engramas (unidades de memória) do cerébro de ratos, e foi causando danos em diversas partes do cérebro em diversos níveis e compilando as perdas cognitivas. Depois de muitos anos de trabalho, ele mostrou que a memória (de um labirinto, por exemplo) fica distribuída no cérebro, sendo impossível identificar uma única região responsável. No entanto, ele percebeu que quanto mais massa encefálica o rato perdesse, menos ele lembrava, logo ele postulou que todo o cerébro era necessário para guardar memórias.

Offline Feliperj

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #4 Online: 02 de Setembro de 2011, 22:46:03 »
Ola Snow,

O exame nos mostra uma imagem, baseada no maior consumo da área (q é pequeno, comparado com o consumo de energia "padrão" do cérebro - é inclusive difícil conseguir diferenciar essas áreas "ativadas" das não ativadas - veja na sciam "A Energia Escura do Cérebro"), mas não nos diz nada se é naquele local que, por exemplo, os dados do paladar estão sendo processdos, sendo ele o responsável direto pela experiência.

Abs
Felipe

Offline Feliperj

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #5 Online: 02 de Setembro de 2011, 22:49:33 »
Ola Tabacof,

Mas acho que o modelo que coloquei explica isso tb.

 Se uma determinada área que é ativada foi danificada, então ela deixa de alterar o padrão geral do cérebro, de modo que não consiga mais replicar o padrão para determinada experiência (paldar, por exemplo).

Por isso pergunto se poderíamos falsear essas duas "visões".

Abs
Felipe

Offline Feliperj

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #6 Online: 02 de Setembro de 2011, 22:51:27 »
Ola Gilberto,

Esta diferença (localização vs distribuição) tem algum impacto sobre o seu modelo de consciência? Vc já pensou sobre isso ?

Abs
Felipe

Offline SnowRaptor

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #7 Online: 03 de Setembro de 2011, 07:11:37 »
Ola Snow,

O exame nos mostra uma imagem, baseada no maior consumo da área (q é pequeno, comparado com o consumo de energia "padrão" do cérebro - é inclusive difícil conseguir diferenciar essas áreas "ativadas" das não ativadas - veja na sciam "A Energia Escura do Cérebro"), mas não nos diz nada se é naquele local que, por exemplo, os dados do paladar estão sendo processdos, sendo ele o responsável direto pela experiência.

Abs
Felipe

Infelizmente estou sem acesso à SciAM Br e não tenho informação sobre a sensibilidade do FMRI. Tudo que eu sei é que eles usam isso e fazem uma correlação entre maior atividade metabĺóca e maior atividade funcional.
Elton Carvalho

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Offline Feliperj

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #8 Online: 03 de Setembro de 2011, 11:28:53 »

Ola Snow,

Mas é exatamente esse modelo, que além de fazer a correlação coloca o próprio processamento\experiencia neste local que me gerou a pergunta.

ABs
Felipe

Offline Adriano

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #9 Online: 03 de Setembro de 2011, 12:19:24 »
Os estudos mais importantes, com relação ao cérebro, são os da neurobiologia:

Citar
Três neurobiólogos distinguidos com Príncipe das Astúrias
Joseph Altman, Arturo Álvarez-Builla e Giacomo Rizzolatti premiados na Categoria Investigação Científica e Técnica
2011-05-25


Arturo Álvarez-Buylla, Joseph Altman e Giacomo Rizzolatti

Os neurobiólogos Joseph Altman, Arturo Álvarez-Builla e Giacomo Rizzolatti foram galardoados com o Prémio Príncipe das Astúrias na categoria de Investigação Científica e Técnica. Estes três cientistas são referências mundiais por terem provado a regeneração de neurónios em cérebros adultos (neurogénese) e pela descoberta dos chamados neurónios espelho.

As suas investigações abrem portas à descoberta de uma nova geração de tratamentos para combater doenças neurodegenerativas como o Alzheimer ou Parkinson, bem como para a compreensão e possível tratamento do autismo.

As descobertas destes investigadores encontram-se, escreve o júri em acta, “entre os achados mais importantes da neurobiologia – tendo mudado a nossa forma de entender o cérebro – desde os tempos do professor Santiago Ramón y Cajal”, considerado pai da Neurociência moderna.

O norte-americano Joseph Altman, investigador no MIT, descobriu a neurogénese, processo de formação de novos neurónios, na idade adulta. Nos anos 60, sugeriu que os novos neurónios desempenham um papel crucial nos processos de memória e aprendizagem. Esta descoberta suporta o conceito de “plasticidade cerebral”.

Arturo Álvarez-Buylla, do México, actualmente investigador e professor de Anatomia e Neurocirurgia na Universidade da Califórnia (São Francisco), identificou os mecanismos fundamentais inerentes à neurogénese e às células glia como progenitoras de novos neurónios, assim como a migração em cadeia destas últimas para diferentes zonas do cérebro. Também abriu novos caminhos para o estudo dos tumores cerebrais.

O italiano nascido na Ucrânia Giacomo Rizzolatti, professor da Universidade de Parma,  descobriu os neurónios espelho, células que se activam não só durante a execução de uma acção, mas também durante a observação da mesma. Estas fornecem um quadro para a compreensão dos mecanismos subjacentes à empatia emocional, à imitação, à comunicação e ao comportamento social.

A candidatura destes investigadores foi apoiada por Ricardo Miledi, Prémio Príncipe de Astúrias de Investigação Científica e Técnica em 1999, e por Paul Greengard, Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina (2000).

http://www.cienciahoje.pt/oid=49215&op=all


Citar
Joseph Altman descobriu a neurogênesis em mamíferos adultos nos anos 1960, sugerindo que os novos neurônios desempenham um papel crucial nos processos da memória e aprendizagem, e esse descobrimento apoia o conceito da plasticidade cerebral.
Arturo Álvarez-Buylla, por sua vez, identificou os mecanismos fundamentais inerentes à neurogênesis e às células da glia como genitoras de novos neurônios, assim como a migração em cadeia destas últimas a diferentes regiões do cérebro e indica ainda novas pistas sobre a origem dos tumores cerebrais.
Por último, Giacomo Rizzolatti descobriu os neurônios espelho, que se ativam não só durante a execução de uma ação, mas também durante a observação da mesma e que proporcionam um parâmetro adequado para a compreensão dos mecanismos subjacentes à empatia emocional, imitação, comunicação e comportamento social.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5148381-EI238,00-Neurobiologos+ganham+premio+Principe+de+Asturias+de+pesquisa+cientifica.html
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline gilberto

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #10 Online: 08 de Setembro de 2011, 11:52:50 »
Ola Gilberto,
Esta diferença (localização vs distribuição) tem algum impacto sobre o seu modelo de consciência? Vc já pensou sobre isso ?
Abs
Felipe
Felipe, demorei pra responder pq to meio ausente do CC, to só passando pra ver o que tá acontecendo (to devendo um monte de respostas).

Acho que a questão de ser mais localizado ou distribuido aparentemente está relacionado a implementação ou estrutura física (mecanismo) do sistema responsável pelas funções cognitivas em questão. No modelo que to tentando propor tanto faz ser localizado ou distribuido contanto que o sistema seja capaz de realizar as funções de pattern recognition (não sei uma tradução boa) correspondentes.

Sabemos que implementações computacionais podem fazer a mesma função com algorítimos considerados localizados ou com algorítimos considerados distribuidos. Exemplo, sabemos que um sistema de dados pode ser localizado, onde os dados referentes a um arquivo pode estar somente em uma região contígua de armazenamento físico, e pode ser também distribuido. Depende das propriedades de performance, segurança, etc, que se queira, podemos optar por um modelo ou outro.

Os motivos que eu considero plausíveis para o cérebro ser predominantemente distribuido é a quase absoluta capacidade associativa do cérebro e sua considerável plasticidade. Podemos associar características (patterns) das mais diversas quase que instantaneamente, podemos associar qualquer característica sensorial com descrições verbais e reações instintivas mais diversas. Exemplo, se vc saborear uma fruta de gosto agressivamente repugnante, imediatamente vc vai associar a visão desta fruta com o gosto, e vai evitar comer tal fruta, vai reportar tal experiência para outras pessoas, etc. Acho mais plausível e factível modelar tais características de forma distribuida do que localizada.

Além do mais, temos que definir bem o que se entende por localizado e distribuido com relação a cérebro e mente. Se localizado siginifica que as funções mentais são produzidas em áreas localizadas do cérebro, e a interação de cada área se dá com as áreas vizinhas espacialmente, acho esta hipótese está praticamente descartada, pois as conexões neurais (sinapses) são de curto, médio e longo alcance (um neurônio é uma célula que pode ter comprimento da ordem de metros).

Ou seja, são vários aspectos funcionais que tem de ser levados em conta. Pra mim, vários modelos diferentes podem reproduzir as funções mentais, e a princípio todos estão corretos, mas apenas alguns deverão ser funcionais.

Offline Geotecton

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #11 Online: 08 de Setembro de 2011, 12:04:46 »
[...]
Acho que a questão de ser mais localizado ou distribuido aparentemente está relacionado a implementação ou estrutura física (mecanismo) do sistema responsável pelas funções cognitivas em questão. No modelo que to tentando propor tanto faz ser localizado ou distribuido contanto que o sistema seja capaz de realizar as funções de pattern recognition (não sei uma tradução boa) correspondentes.
[...]

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Offline Adriano

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #12 Online: 08 de Setembro de 2011, 12:18:54 »
[...]
Acho que a questão de ser mais localizado ou distribuido aparentemente está relacionado a implementação ou estrutura física (mecanismo) do sistema responsável pelas funções cognitivas em questão. No modelo que to tentando propor tanto faz ser localizado ou distribuido contanto que o sistema seja capaz de realizar as funções de pattern recognition (não sei uma tradução boa) correspondentes.
[...]

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Offline Geotecton

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #13 Online: 08 de Setembro de 2011, 12:24:30 »
[...]
Acho que a questão de ser mais localizado ou distribuido aparentemente está relacionado a implementação ou estrutura física (mecanismo) do sistema responsável pelas funções cognitivas em questão. No modelo que to tentando propor tanto faz ser localizado ou distribuido contanto que o sistema seja capaz de realizar as funções de pattern recognition (não sei uma tradução boa) correspondentes.
[...]

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É normalmente traduzido como reconhecimento de padrões.

Que assim seja!
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Offline Adriano

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #14 Online: 08 de Setembro de 2011, 12:37:01 »
É normalmente traduzido como reconhecimento de padrões.

Que assim seja!
Assim é. Existem padrões de tradução em vários trabalhos acadêmidos do nosso idioma, podendo ser linguisticamente reconhecidos como similares   :biglol:
« Última modificação: 08 de Setembro de 2011, 12:44:57 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline gilberto

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #15 Online: 08 de Setembro de 2011, 14:11:26 »
É que a palavra padrão em português, para mim, é mais adequada como tradução de standard. Para mim a melhor tradução de pattern é característica, ou conjunto de propriedades.

Assim pattern recognition ficaria reconhecimento de características ou propriedades, que soa estranho inicialmente.
Mas concordo que reconhecimento de padrões está sendo a tradução mais adotada em literatura técnica.

Mas, por teimosia, discordo até que me mostrem que eu estou errado :lol:.

Offline Derfel

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #16 Online: 08 de Setembro de 2011, 14:20:14 »
Mas um conjunto de características é um padrão. Standard seria mais como norma.

Offline gilberto

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #17 Online: 08 de Setembro de 2011, 14:28:57 »
Acho que é o contrário, um padrão é um conjunto de características em particular que define a norma. Mas características que fogem a norma (standard) também são patterns.

Daí a minha pequena teimosia. Nos dicionários de português que eu vi, a palavra padrão está mais relacionada com sentido de norma. E o conjunto de características que compõe uma norma em geral é um subconjunto menor do conjunto de todas as caracteríscas possíveis e que podem estar forma de uma norma estabelecida.

Mas sei que a tradução de pattern como padrão já está praticamente estabelecida apesar da minha objeção.

Trudeau

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #18 Online: 08 de Setembro de 2011, 14:42:50 »
Acho que é o contrário, um padrão é um conjunto de características em particular que define a norma. Mas características que fogem a norma (standard) também são patterns.

Daí a minha pequena teimosia. Nos dicionários de português que eu vi, a palavra padrão está mais relacionada com sentido de norma. E o conjunto de características que compõe uma norma em geral é um subconjunto menor do conjunto de todas as caracteríscas possíveis e que podem estar forma de uma norma estabelecida.

Mas sei que a tradução de pattern como padrão já está praticamente estabelecida apesar da minha objeção.
Gilberto, como você sabe meu inglês é bastante intuitivo pois é a lingua que mais falo no dia a dia do trabalho.
Por isso me sinto a vontade para te dizer que a tua tradução de pattern recognition como reconhecimento de características me parece muito mais correta que reconhecimento de padrões. Pelo menos é o que eu sinto ao tentar expressar o que eu entendo como pattern recognition na minha lingua materna.
Em francês nós dizemos reconaissance des formes. Talvez passando para o português do francês ficasse reconhecimento de formas, mas tambem não gostaria dessa tradução.
Por isso é que se diz em italiano: TRADUTORE TRADITORE!

Offline Derfel

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #19 Online: 08 de Setembro de 2011, 14:56:50 »
Padrão é algo que se repete.

Offline gilberto

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #20 Online: 08 de Setembro de 2011, 15:04:10 »
Trudeau,
finalmente um que concorda comigo. Mas parece que somos votos vencidos e teremos que acostumar com o uso corrente.

Derfel,
tb, mas vc acha que a palavra padrão é a adequada como tradução de pattern?

Edit, para mim vai ficar um termo esquisito como mala direta como tradução de direct mail. Que pode estar certo (não sei) justamente pelo uso continuamente adotado até em literatura técnica.
« Última modificação: 08 de Setembro de 2011, 15:08:04 por gilberto »

Offline Sergiomgbr

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #21 Online: 08 de Setembro de 2011, 15:52:41 »
É que a palavra padrão em português, para mim, é mais adequada como tradução de standard. Para mim a melhor tradução de pattern é característica, ou conjunto de propriedades.

Assim pattern recognition ficaria reconhecimento de características ou propriedades, que soa estranho inicialmente.
Mas concordo que reconhecimento de padrões está sendo a tradução mais adotada em literatura técnica.

Mas, por teimosia, discordo até que me mostrem que eu estou errado :lol:.
Mas e a mantissa? ::)
Até onde eu sei eu não sei.

Offline gilberto

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #22 Online: 08 de Setembro de 2011, 15:56:15 »
Lá vem ...
o que que tem?

Offline Sergiomgbr

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #23 Online: 08 de Setembro de 2011, 16:20:47 »
Lá vem ...
o que que tem?
:twisted: Tenho imprenssão que você já fez o download...
A mantissa, aquela coisinha ,329874309834
« Última modificação: 08 de Setembro de 2011, 16:24:17 por sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline gilberto

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Re: Cérebro e Neurociência
« Resposta #24 Online: 08 de Setembro de 2011, 17:10:50 »
Pior do que nerd fazendo piada é outro nerd entendendo a piada de nerd.  :P

 

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