Trazendo um pouco de "equilíbrio à Força": o redshift pode ser associado a um efeito Doppler, pois produz efeitos, relativos à velocidade, semelhantes. Mas não é o mesmo que ocorre com a noção clássica de efeito Doppler, com a fonte se deslocando através do meio em relação ao observador (provavelmente é o que o Cientista quis dizer, ao seu modo peculiar), e sim devido a uma causa distinta, a saber, à dinâmica do tecido espaço-temporal entre as galáxias (como o SnowRaptor sugeriu). Os resultados do efeito Doppler como conhecido classicamente geram resultados muito semelhantes aos da expansão espaço-temporal para pequenas distâncias (em uma escala galática), mas diferem drasticamente para distâncias maiores, onde só a expansão, segundo a Relatividade Geral, explica corretamente o desvio observado.
Como quase sempre, existem aqui problemas de semântica: podemos usar indiscriminadamente o termo "efeito Doppler" em situações distintas ao contexto daquelas originalmente estudadas pelo referido pesquisador cujo nome deu o apanágio ao referido efeito? Se sim, é claro que o redshift é produzido pelo efeito Doppler: recessão da fonte em relação ao observador. Só isso. Mas com uma causa e modelo matemático distintos (cinemática básica
versus equações da Relatividade Geral), ao que posso imaginar o Cientista pensando: "então, cambada! Se a causa e se o modelo é distinto, como pode ser o mesmo efeito?".

Bem, durmam com isso.