Vou falar sobre o que penso sobre o ateísmo e o resultado de minhas especulações.
Não acho o ateísmo uma doença mental. Mas acho uma incoerência lógica. Pois que, pelo o que sei, todo ateu ele rejeita uma causa primária causal de todos os fenômenos, quer dizer, ele ignora a possibilidade de existir uma origem em comum a todos os fenômenos, e essa é uma idéia normalmente aceita por um teísta, apesar de eu também rejeitar o teísmo comum presente nas religiões, de um deus pessoal que pensa, sente, planeja... isso não me convence mais, ao contrário de um deus impessoal, que nada mais seria do que um mecanismo que determinaria todas as leis físicas conhecidas, seja deste ou de qualquer outro universo, mas sempre de forma impessoal, assim como os fenômenos físicos que conhecemos.
A consciência seria sempre resultado de um processo, e não a causa de todos os fenômenos (apesar de considerar esta consciência como sendo a alma). Esta causa primária que falo ela teria que existir, caso contrário seria como dizer que tudo surge do nada absoluto, ou então que não existe uma causa realmente anterior a tudo o que existe, o que seria um absurdo, pois isso seria tão absurdo como um milagre para uma explicação mecânica e causal das coisas. Isso colocaria a própria razão em perigo. Seria como afirmar que não vale a pena concebermos uma causalidade para nada na vida, o que marcaria o fim da investigação da realidade e então, abandonando a razão, cairíamos num profundo sentimentalismo irracional ou então em superstição.
Acho o ateísmo baseado na ciência uma ignorância em relação às especulações filosóficas de causalidade.
Para mim tanto o teísmo quanto ateísmo não são resultado de problema mental, mas sim incoerências lógicas. Quer dizer, não podemos simplesmente ignorar, por exemplo, uma causalidade para nosso universo, assim como para o multiverso. A causa primária teria então que ser atemporal, pois se fosse temporal, ela mesma surgiria do nada, pois que não haveria nada anterior a ela, mas esta afirmação seria absurda. Mas por outro lado uma causa primeira pessoal e cheia de gostos pessoais seria também algo bastante absurdo, pois não existe nada de racional que justifique seriamente isso.
Portanto nem o teísmo comum e nem o ateísmo me são mais válidos (pelo menos do ponto de vista filosófico). E por causa disso resta-me somente a possibilidade de um "deus" ou causalidade impessoal em comum para tudo. A temporalidade só seria válida fora desta causa primeira, que seria na verdade o que chamo de eterno presente. Minha religião é a discussão de assuntos metafísicos. E em função do que disse, meu "deus" é uma causalidade impessoal, e não um ser soberano.