Tópico: Como obter renda com produtos intelectuais caso a pirataria seja liberada?

[DDV]

Este tópico é destinado a propostas sobre como obter renda trabalhando na produção de obras intelectuais na hipótese da "pirataria" (cópia sem autorização do autor ou dono da obra) ser completamene descriminalizada. Contamos com a criatividade, inteligência e espírito progressista dos foristas, principalmente os defensores da pirataria.

Escrevam as suas propostas, de forma separada, para os seguintes tipos de obras:

1- Músicas

2- Filmes

3- Livros

4- Softwares (incluindo jogos).


 

[Arcanjo Lúcifer]

Baixar os impostos que encarecem o produto final já seria um bom começo.

Não tem cabimento pagar 150 ou 200 Reais em um jogo que a barraquinha da esquina vende a 3, se o original fosse mais barato com certeza teria a preferência de muita gente.

Acho que o mesmo vale para os demais itens da lista.

[uiliníli]

Desviando um pouco do assunto, mas olha, desde que eu descobri o Steam e a Netflix eu nunca mais pirateei nada. Eu não me importo de pagar um preço justo, eu acho que eu pirateava mais pela conveniência - o que eu queria estava ali, bem fácil de pegar, sem eu precisar ir até a loja para comprar um jogo ou ir até a locadora. Agora com a Netflix você paga quinzinho por mês e assiste ao que quiser, fácil, barato...

Então acho que tem jeito para se combater a pirataria sim, acho que esses serviços precisam ser mais divulgados só, acho que as pessoas estão dispostas a pagar pelos produtos culturais que elas consomem, elas só não querem é ter muito trabalho

[Adriano]

Postei um vídeo sobre isto no tópico do ted:

... um vídeo que gostei muito deste evento, o do Ronaldo Lemos:

Apropriações - Como a tecnologia fomenta transformações democráticas.
http://www.tedxsaopaulo.com.br/ronaldo-lemos/

E como mostra o artigo sobre ele na Wikipédia, é o maior nome da área 

[Gaúcho]

Este tópico é destinado a propostas sobre como obter renda trabalhando na produção de obras intelectuais na hipótese da "pirataria" (cópia sem autorização do autor ou dono da obra) ser completamene descriminalizada. Contamos com a criatividade, inteligência e espírito progressista dos foristas, principalmente os defensores da pirataria.

Escrevam as suas propostas, de forma separada, para os seguintes tipos de obras:

1- Músicas

2- Filmes

3- Livros

4- Softwares (incluindo jogos).


 

Você combate oferecendo preços justos e aumentando o poder aquisitivo da sua população. No Brasil não temos nenhum dos dois: os preços são abusivos ao extremo e o poder aquisitivo da população média não é alto.

Pode notar que a pirataria não é tanto assim um big deal nos EUA ou Europa, quanto é no Brasil, pois as populações dos devidos países tem as duas coisas: melhor poder aquisitivo e preços justos.

Pegando um exemplo de um jogo lançado agora, dia 11 de Novembro, Skyrim já rendeu mais de U$450 milhões. COD: Modern Warfare 3 também já bateu recordes de venda, superando inclusive quando comparado a lançamentos de filmes no cinema.

Essa é minha opinião: melhore o poder aquisitivo e ofereça preços justos que a pirataria tende a diminuir consideravelmente.

[Negão]

Baixar os impostos que encarecem o produto final já seria um bom começo.

Não tem cabimento pagar 150 ou 200 Reais em um jogo que a barraquinha da esquina vende a 3, se o original fosse mais barato com certeza teria a preferência de muita gente.

Acho que o mesmo vale para os demais itens da lista.

Não é só uma questão de impostos, mas a própria forma de negociar vendendo CDs e semelhantes é extremamente ultrapassada.

Basta pensar um pouco no que é a vende um CD ou DVD. Você grava um produto em uma mídia muito ineficaz, depois precisa transportar, pagar impostos, etc... quando uma mídia digital poderia ser impressa na loja mesmo, não tendo que passar por nenhuma burocracia.

Mas eu também concordo com você, com ou sem pirataria, o brasileiro não pagaria mais de 150 contos em um brinquedinho de plástico.

[Geotecton]

Diminuir os impostos e a margem de lucro, ambos absurdos, sobre os produtos culturais; oferecer, no caso dos livros, versões digitais para diminuir o custo final e disponibilizar, no caso dos jogos, versões on line ou até mesmo para download com os códigos-fonte. Isto seria a melhor maneira de aumentar o acesso a estes produtos.

A partir deste ponto, cada um poderia modificar as obras a seu bel prazer, adaptando-as para as suas necessidades. Mas eu ainda defendo algum tipo de remuneração percentual para os autores após o usuário ter auferido qualquer renda com os produtos.

[DDV]

Até agora foram colocadas propostas para reduzir ou "driblar" a pirataria, e não alternativas de renda para uma hipotética situação onde a cópia de produtos intelectuais fosse 100% legalizada.

[uiliníli]

Até agora foram colocadas propostas para reduzir ou "driblar" a pirataria, e não alternativas de renda para uma hipotética situação onde a cópia de produtos intelectuais fosse 100% legalizada.

Tem a alternativa de não-renda também: Creative Commons. Tem gente que de fato cria produtos intelectuais/culturais de graça para qualquer um copiar e distribuir. Quando muito eles pedem contribuições voluntárias para continuar a oferecer o serviço, vide o apelo pessoal do Jimmy Wales manter a Wikipedia. Eu já doei este mês.

[Salazar]

Melhorar serviços oferecidos por meio das mídias digitais, tanto em jogos, filmes, livros, musicas distribuídas pela internet.
Manter comunidades organizadas em caso de jogos onlines e com servidores descentes.
Um sistema único de venda de e-books e musicas e videos, em que se pode achar tudo em um único lugar e com promoções e descontos, assim as pessoas prefeririam ir a este lugar à ter de buscar cada livro, musica, filme em um canto da internet.
Apostar em mídias sociais, unindo esse sistema citado acima com um em que as pessoas fariam reviews, dariam suas notas aos produtos, fazer recomendações, etc.
Enfim oferecer mais conforto e facilidades aos clientes.

[Adriano]

Até agora foram colocadas propostas para reduzir ou "driblar" a pirataria, e não alternativas de renda para uma hipotética situação onde a cópia de produtos intelectuais fosse 100% legalizada.

Não viu o vídeo do Roberto Lemos? Já na primeira frase ele faz um elo de ligação entre o Silicon Valley e o Tecnobrega, para ilustrar essa revolução autoral. Inclusive escreveu um livro sobre isto: Tecnobrega: o Pará reinventando o negócio da música.

[Sergiomgbr]

Que tal criar um sistema para distribuir gratuitamente ou ao menos a preços irrisórios( tão baratos que tornassem o apelo comercial para a pirataria nulo), todos esses produtos, contando com algum mecanismo que tornasse atraente essa possibilidade?

[DDV]

Até agora foram colocadas propostas para reduzir ou "driblar" a pirataria, e não alternativas de renda para uma hipotética situação onde a cópia de produtos intelectuais fosse 100% legalizada.

Tem a alternativa de não-renda também: Creative Commons. Tem gente que de fato cria produtos intelectuais/culturais de graça para qualquer um copiar e distribuir. Quando muito eles pedem contribuições voluntárias para continuar a oferecer o serviço, vide o apelo pessoal do Jimmy Wales manter a Wikipedia. Eu já doei este mês.

Eu não incluí a hipótese de abrir mão das pessoas que produzem obras intelectuais para sobreviver ou ganhar dinheiro.

Mas com essa hipótese incluida, tudo fica mais fácil e automático: as pessoas simplesmente páram de se dedicar em tempo intergral a produzir obras intelectuais (já que não obteriam renda com o mesmo), e deixariam de produzir obras que exigem muitos gastos (Ex: superproduções do cinema e jogos). Ficaríamos apenas com as obras de artistas amadores, que fazem por diversão em seus períodos de folga, com orçamentos irrisórios.

[Fabi]

Agora com a Netflix você paga quinzinho por mês e assiste ao que quiser, fácil, barato...

Quando muito eles pedem contribuições voluntárias para continuar a oferecer o serviço, vide o apelo pessoal do Jimmy Wales manter a Wikipedia. Eu já doei este mês.

Ganhou na loteria? Ou realmente ser engenheiro quimico dá dinheiro?

[uiliníli]

É tão baratinho! E o que eu doei para a Wiki foi a fortuna de dez reais.

[Fabi]

 Que pena... pensei que você tinha ganhado na loteria igual a mulher da novela... aí nesse natal você poderia me dar um samsung galaxy tab...

Mudando de assunto, a saraiva vende livros online (tipo ebooks), é um pouco mais barato que o livro impresso.

[uiliníli]

Interesseira

Mas você está falando da Saraiva? A Amazon vende ebooks muito mais baratos que livros impressos, às vezes chega a custar um terço do preço da versão em capa dura. No Brasil os ebooks ainda estão caros demais!

[Fabi]

Eu comprei um livro que era 50,00  (impresso) por 20,00 (ebook) reais na saraiva....

[uiliníli]

Aí sim vale a pena

[Rocky Joe]

Eu pirateio boa parte dos filmes que vejo, e nunca gosto muito - a imagem é pior, a legenda às vezes é amadora... Quando o filme que quero ver foi lançado no Brasil, acabo esperando para vê-lo quando encontrá-lo em alguma locadora.

Mas citando isto só para dizer que uma forma de competir com a pirataria é a qualidade. Eu já havia visto (pirateado) Tokyo Story, mas tive que comprar a edição da Criterion Collection pelos seus maravilhosos extras, além de tradução melhorada (o que me fez rever o significado de diversas cenas).

Será que o povo que compra filme pirata na rua, se tivesse dinheiro, não preferiria comprar uma edição com imagem melhor e sem os riscos da pirataria (de não pegar, de ter cenas cortadas, de só ser dublado...)? Quero dizer, será que a pirataria aqui só não atingiria aqueles que não comprariam os DVDs mesmo?

A pirataria via download me parece bem pior por este motivo: é que ela é um serviço melhor do que comprar o DVD - é mais prático. Mas ainda dá um certo trabalho - baixar o filme, em que a qualidade da imagem é aleatória, baixar a legenda... E não tem a sobremesa - os extras. Então uma loja online de filmes (a la itunes) me parece que pode dar certo.

Estou curioso com esse negócio de Netflix... É só pagar 15 (dólares?) e assistir tudo o que quiser por mês? Parece barato demais.

[Luiz Otávio]

A pirataria via download me parece bem pior por este motivo: é que ela é um serviço melhor do que comprar o DVD - é mais prático. Mas ainda dá um certo trabalho - baixar o filme, em que a qualidade da imagem é aleatória, baixar a legenda... E não tem a sobremesa - os extras. Então uma loja online de filmes (a la itunes) me parece que pode dar certo.

Como assim qualidade aleatória?

[Rocky Joe]

Quero dizer que nunca sei se a qualidade da imagem do filme será boa ou não.

[Luiz Otávio]

Ah, sim. Nunca tive esse problema.

Aliás, surgiu uma dúvida sobre o assunto. Fazer download de, por exemplo, um arquivo de vídeo (filme) é considerado pirataria no Brasil?

[DDV]

Aliás, surgiu uma dúvida sobre o assunto. Fazer download de, por exemplo, um arquivo de vídeo (filme) é considerado pirataria no Brasil?

Se for pirata (sem autorização do proprietário), sim.

[Buckaroo Banzai]

Até agora foram colocadas propostas para reduzir ou "driblar" a pirataria, e não alternativas de renda para uma hipotética situação onde a cópia de produtos intelectuais fosse 100% legalizada.

Acho só restariam apelos de "vamos dar crédito/respeitar ao autor, mesmo que não seja lei" e outras coisas, como shows ou ministração de aulas e palestras (que não poderiam ser gravadas), e coisas como tentar valorizar ítens como arte original ou manuscritos (mas quem escreve à mão ainda hoje, meu deus, quem?) e leiloar se o autor em questão for meio cult/famoso.

Acho que é bem por aí, ou o autor tem outras fontes de renda paralelas ou tenta dar um jeito de entrar nessa coisa de culto aos famosos, ainda que numa versão bem mais "fraca" disso, "pô gente, eu sou o autor, me dá uma graninha aí vai. Paypalzinho beleza". Ter como ganha pão apenas criações intelectuais fácil e livremente reprodutíveis provavelmente não seria mais possível em boa parte do tempo.

Outra estratégia seria, uma vez estabelecida algum renome, caso a atribuição de autoria não seja algo extremamente raro, vender novas obras para os neo-mecenas sob pagamento adiantado beleza -- o que já é feito em muitos casos, mas então provavelmente quem pudesse tentaria compensar a partir daí. Mas realmente seria para poucos.