Só uma correção 3libras, na prática mesmo ele não precisa de um emprego fictício e nem de endereço fictício, só de uma declaração de proprio punho de que mora sozinho e outra declaração de proprio punho de que não tem renda comprovável (pode escrever que vive de biscates, de esmolas ou de luz, tanto faz), é claro que pequenos artifícios como dar como comprovante de renda a conta de luz da casa de praia da avó ajudam, mas não são exatamente necessários. E sim, este é um artifício extremamente comum entre os "Gérsons" (pós)adolescentes desde que as cotas e o PROUNI foram inventados.
Inclusive é interessante que é muito mais fácil para alguém efetivamente mais abastado burlar as regras socioeconômicas (pela facilidade de apresentar contas de luz de casas vagas pertencentes a família, por geralmente não terem emprego formal logo na adolescência) do que para alguém efetivamente pobre mas que tenha passado dos critérios só um pouquinho.
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Lindell, na prática que causas que não são defendidas pelo FEMEM nem pela LOLA você mencionaria como exemplos do seu feminismo ideal? E sobre as legislações existentes já hoje que diferenciam textualmente o tratamento do Estado dado a homens e mulheres (lei Maria da Penha, vagão feminino em alguns estados/cidades, aposentadoria, a recente posição da Dilma - que não sei se entrou mesmo em vigor ou ficou só na proposta - em privilegiar mulheres em empréstimos imobiliários...) em função de uma pressuposta busca por igualdade?
Será que você poderia esboçar uma tabela comparativa entre por exemplo o "feminismo" de Farrell e Sommers; o feminismo da Lola, do Sakamoto e do Femem; e o feminismo do qual você é adepto? Tipo, que idéias a Lola defende que você acha extremadas e quais idéias do Farrell você acha razoáveis (ou vice-versa)? O que você acha que ainda falta exatamente para que o feminismo seja dado como causa definitivamente ganha NO OCIDENTE?
Você acha que questões derivadas de uma mentalidade patriarcal que afetam negativamente os homens, como os menores acesso/oferta de atenção médica especializada (discrepância em relação a número de andrologistas contra ginecologistas, discrepâncias quanto atenção midiática ou às verbas públicas destinadas a prevenção de cânceres de próstata e pênis em comparação a mama e útero) ou a menor escolarização em função da manutenção de um papel de arrimo familiar prioritário são problemas a serem resolvidos na mesma medida que questões, digamos, mais femininas?
Em outras letras: você entende as questões de gênero como unidirecionais, no sentido de que são sempre atos de homens machistas contra vítimas diretas femininas, e com a possibilidade de um eventual ricochete nos próprios homens machistas, algo que deve ser resolvido por eles próprios já que são os criadores de toda a situação e o feminismo não tem nada a ver com isso, tá nem tchum (como me parecem achar tanto a Lola, quanto o Femem, quanto o Sakamoto, quanto as titulares das pastas de igualdade de gênero, quanto a maioria das feministas jovens) ou como ambíguas no sentido de que idéias patriarcais sempre estiveram imersas numa névoa de valores culturais que sempre foi alimentada por homens e mulheres indinstintamente sempre beneficiando e prejudicando este ou aquele lado neste ou naquele aspecto?