Autor Tópico: The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person  (Lida 4247 vezes)

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Offline Gigaview

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The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Online: 17 de Janeiro de 2012, 00:44:14 »
Is there a difference between the brain of an atheist andthe brain of a religious person?
—Emma Schachner, Utah

Andrew Newberg, director of research at the Myrna Brind Center of Integrative Medicine at Thomas Jefferson University and Hospital in Philadelphia, responds:

Researchers have pinpointed differences between the brains of believers and nonbelievers, but the neural picture is not yet complete.

Several studies have revealed that people who practice meditation or have prayed for many years exhibit increased activity and have more brain tissue in their frontal lobes, regions associated with attention and reward, as compared with people who do not meditate or pray. A more recent study revealed that people who have had “born again” experiences have a smaller hippocampus, a part of the brain involved in emotions and memory, than atheists do. These findings, however, are difficult to interpret because they do not clarify whether having larger frontal lobes or a smaller hippocampus causes a person to become more religious or whether being pious triggers changes in these brain regions.

Various experiments have also tried to elucidate whether believing in God causes similar brain changes as believing in something else. The results, so far, show that thinking about God may activate the same parts of the brain as thinking about an airplane, a friend or a lamppost. For instance, one study showed that when religious people prayed to God, they used some of the same areas of the brain as when they talked to an average Joe. In other words, in the religious person’s brain, God is just as real as any object or person.

Research also suggests that a ­religious brain exhibits higher levels of dopamine, a hormone associated with increased attention and motivation. A study showed that believers were much more likely than skeptics to see words and faces on a screen when there were none, whereas skeptics often did not see words and faces that were actually there. Yet when skeptics were given the drug L-dopa, which increases the amount of dopamine in the brain, they were just as likely to interpret scrambled patterns as words and faces as were the religious individuals.

So what does the research mean? At the moment, we do not have a clear way to connect all the dots. For now we can say that the religious and atheist brains exhibit differences, but what causes these disparities remains unknown.

http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=is-there-a-difference-between-the-brain
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #1 Online: 17 de Janeiro de 2012, 01:06:01 »
Eu ia postar isso em algum tópico meio recente que já abordava algo relacionado em algum lugar, mas esqueci de fazer e esqueci qual era o tópico.

Offline gilberto

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #2 Online: 17 de Janeiro de 2012, 01:07:34 »
whereas skeptics often did not see words and faces that were actually there
Vixe os crentes estavam certos!!!
Se algum deus aparecer nós não vamos ver ...

Offline Buckaroo Banzai

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #3 Online: 17 de Janeiro de 2012, 01:08:28 »
Citar
A study showed that believers were much more likely than skeptics to see words and faces on a screen when there were none, whereas skeptics often did not see words and faces that were actually there.

"Ou seja, a pesquisa comprova que a posição agnóstica é a mais correta".

Offline gilberto

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #4 Online: 17 de Janeiro de 2012, 01:13:36 »
Que nada, a posição agnóstica é a mais ignorante.

Offline Geotecton

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #5 Online: 17 de Janeiro de 2012, 01:40:51 »
A diferença entre os dois tipos de cérebros é que o do religioso tem facilidade em duplipensar.

O outro não.  :)
« Última modificação: 17 de Janeiro de 2012, 09:25:40 por Geotecton »
Foto USGS

Offline Cumpadi

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #6 Online: 17 de Janeiro de 2012, 05:10:24 »
Só sei que eu to precisando dessa dopamina aí. :(
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline genjikhan

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #7 Online: 17 de Janeiro de 2012, 12:57:47 »
Vixe os crentes estavam certos!!!
Se algum deus aparecer nós não vamos ver ...

Não precisa se preocupar se esse dia chegar,porque é quase certo que os deuses mais populares(os deuses abraâmicos) ainda sejam mitologia . Possivelmente,é possivel que se houver algum deus por ai,este não deve ser onipotente,porque a propria onipotência é um paradoxo,como a filosofia mostrou à alguns milênos atrás,com o "Paradoxo da Pedra" e a propria ciência,apesar de todo o conhecimento adquirido atualmente,jamais conseguiu encontrar uma unica evidência da existência de um ser onipotente,sendo que acabou acumulando evidências para refutar a existência de um deus assim .
« Última modificação: 17 de Janeiro de 2012, 13:00:48 por genjikhan »
"Não há fatos eternos,assim como não há verdades absolutas" - Friederich Nietzsche

"Os males de que padece o ser humano vêm em seu maior número,vêm dele mesmo" - Plínio

"Quem conhece a sua ignorância revela a mais profunda sapiência. Quem ignora a sua ignorância vive na mais profunda ilusão" - Lao Tsé


Offline gilberto

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #9 Online: 17 de Janeiro de 2012, 16:17:55 »
Vixe os crentes estavam certos!!!
Se algum deus aparecer nós não vamos ver ...

Não precisa se preocupar se esse dia chegar,porque é quase certo que os deuses mais populares(os deuses abraâmicos) ainda sejam mitologia . Possivelmente,é possivel que se houver algum deus por ai,este não deve ser onipotente,porque a propria onipotência é um paradoxo,como a filosofia mostrou à alguns milênos atrás,com o "Paradoxo da Pedra" e a propria ciência,apesar de todo o conhecimento adquirido atualmente,jamais conseguiu encontrar uma unica evidência da existência de um ser onipotente,sendo que acabou acumulando evidências para refutar a existência de um deus assim .
Desculpa genjikhan se pareci sério na minha postagem. Estava apenas fazendo um comentário inocente e com humor do argumento (bobinho) de que nós céticos não queremos ver as tais "evidências" ou sinais de deus, e mesmo que se nos forem mostrado tais sinais nós inventaríamos uma justificativa (desculpa) para continuar não acreditando.

É claro que o artigo não permite maiores conclusões. Somente um indício de que a mente dos mais céticos seja (talvez) mais criteriosa a ponto de até não reconhecer algumas imagens reais. Mas é mais ou menos sabido que a percepção é seletiva e contextual, logo uma explicação behaviourista de que os céticos são condicionados a duvidarem mais que os crentes ainda que uma primeira evidência real for apresentada é até que "plausível".

Offline Cientista

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #10 Online: 18 de Janeiro de 2012, 04:49:52 »
Muito interessante isso aqui, Gigaview!


http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=is-there-a-difference-between-the-brain
Citar
So what does the research mean?
Nothing, of course! (as you yourself say)

Citar
At the moment, we do not have a clear way to connect all the dots.
Just because you're skeptical and not seeing the dots (or, better, the tracks to connect them, it seems the dots you see) that, despite the blindness caused by your skepticism, are nevertheless really there. But this is no problem at all. All you have to do is call a believer to help you in the task. lol lol lol lol...

Citar
For now we can say that the religious and atheist brains exhibit differences,
OH

MY

GOD!

Who would say that?! What a finding! And I'm as serious as I can be 'cause I never saw (still can't see) any essencial difference between them.

Citar
but what causes these disparities remains unknown.
But... how come? Can't understand you all believers...

God damn... what about... "dopamine", just for instance? Weren't exactly you who discovered that, among other things? Like "amount of brain tissue in their frontal lobes" and "hippocampus' size"? Wouldn't it account for the operative differences between any pair of refered brains? Wouldn't the further question of how these anatomical, fisiological, chemical differences could be explained kind of... a second derivative? Isn't the exact context of the difference reason pointed here just as well as explained? God damn... What is going on with those researchers?... Guess we're gonna have to remake them all... What do you think, Lord?


In short, that is, everything just the same as before. In other words... you are confessing there was no reason at all even for publishing this! Sounds great to me!



Que pena que não é  cérebros de pensadores científicos x cérebros de pensadores mágicos...

Como é fácil se deixar levar por coisas falaciosas sem qualquer sentido. Para quem não é um pensador científico, claro.

O cérebro ou o funcionamento cerebral, ou, mais rigorosamente ainda, o 'fenótipo' do funcionamento cerebral? Não dizem que há crentes que se tornam ateus (ateístas, nunca esquecendo-se que todos os crentes são ateus, inclusive os ateus, como tudo mais no universo)? E vice-versa? (A propósito, esse estudo deveria ser conduzido com alguns desses.) Como fica a questão de se determinar se é ou não, ainda, o mesmo cérebro? O mesmo cérebro funcionando diferente? Acho que eu teria mais umas 50 perguntas para fazer se pensasse mais alguns minutos, mas, muitas vezes desanimo totalmente, como, especialmente, neste exato momento em que escrevo, até por razões outras. O que importa é que: ateísta ou teísta, qual a diferença além do a?

Além do mais, há muitas coisas fantásticas que se pode algaraviar a respeito do tema. Como se identifica um crente e um descrente com o que "temos" hoje, antes de mais nada? Por declarações pessoais?: --Você crê em alguma divindade? --Sim. E assunto encerrado? Não é isso o que chamam evidência anedótica? Ou algo, como poderiam dizer os 'popperãos' ou 'poppertanos' (seguidores de Popper), infalseável? Não pode ser a crença do indivíduo, declarada, confessada pelo mesmo, descartando-se até a possibilidade da mentira pura e simples, "consciente" e com objetividade qualquer que seja a razão, não pode essa crença, em si, ser uma crença numa sensação alucinada de que se é crente? "Ah, mas há os comportamentos, há os procederes" (para você, meu caro sergiomgbr)... E esses também são provas cabais e inquestionáveis?

Agora um crente tem alguma possibilidade de comprovar, com algo mais que anedota, que é crente: "está aqui meu cérebro que não me deixa mentir!". O mesmo para um descrente, claro. Imaginemos uma evolução mundial para um absolutismo teocrático (coisa que pode ocorrer transitoriamente, como distúrbios comunísticos que se valem de um patrimônio produzido por um capitalismo anterior, que não podem reproduzir nem manter, absolutistas teocráticos podem se valer por significativo tempo do patrimônio produzido por descrentes, que, também, não podem reproduzir nem manter), no contexto de uma tecnologia inspecionadora cerebral como essa. Um descrente não poderia se disfarçar por seu proceder. Para sobreviver, até onde ele poderia se esconder atrás de si mesmo? Sua fisiomorfoquímica cerebral já não lhe seria de grande ajuda. Poderia ele disfarçá-la e manter-se íntegro atrás dela? Onde seria o último rincão a se esconder? Acho que isto poderia dar uma fantástica obra de ficção. Uma na qual descobririam que o gênio de Newton era tão grande que já havia descoberto uma saída: empenhar-se na solução de controvérsias religiosas internas, escrever muito esoterismo, moldando, assim, até mesmo seus padrões cerebrais para o que os outros quereriam ver. E como esses outros não veem com muita clareza, dados seus cérebros, nem perceberiam que é muito fácil fingir ser néscio, para um gênio, mas é impossível fingir ser genial, para um néscio, de modo que a obra científica newtoniana evidencia sua genial cientificidade ao passo que sua obra esotérica não pode evidenciar uma sua suposta limitação racional.

Offline Cientista

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #11 Online: 18 de Janeiro de 2012, 05:01:05 »
Me desculpem, mas não vou fazer mais edições quotianas neste momento.

Gilberto:
"Vixe os crentes estavam certos!!!
Se algum deus aparecer nós não vamos ver ..."

Agora é a hora da verdade, meu caro Gilberto, agora é a hora da verdade. Vamos ver se seremos capazes de admiti-la.



Buckaroo Banzai:
""Ou seja, a pesquisa comprova que a posição agnóstica é a mais correta"."
Não é você quem afirma isso?

Bom, isso nunca foi novidade, só não é a "posição correta", porque não é posição nenhuma, tipo mulher bonita não paga, mas também não leva; ficar em cima do muro garante a eterna posição de escolher qual lado desde que nunca se escolha nenhum. É isso ou: quem não arrisca não petisca; audentes fortuna juvat...



Gilberto:
"Que nada, a posição agnóstica é a mais ignorante."

Já eu acho ainda mais que isso: a posição mais crente que existe, ao norte do polo norte da crença. Agnóstico é o crente que consegue convencer a si mesmo que não é. E estou falando sério. Quando eu era criança, eu achava que a coisa mais absurdamente ignorante que um ser humano podia ser era crente. Até que um dia me estarreci ao descobrir que havia agnósticos...



parcus:
"Só sei que eu to precisando dessa dopamina aí."

Que é isso, parcus? Você só precisa sentir no fundo do seu coração imaterial se quiser ver coisas que não existem. Para ver as coisas que efetivamente existem, sua atenção já me parece estar bem boa. Não vá querer entrar para o mundo das drogas, rapaz! rsrsrsrsrs... Sabe aquela da adolescente na balada, que começou a passar mal, foi atendida em tempo mas morreu. --Qual foi a causa? --Drogas. --A garota tomou uma overdose? --Não, o médico que a atendeu estava drogado.

Offline gilberto

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #12 Online: 18 de Janeiro de 2012, 15:25:09 »
Quando eu era criança, eu achava que a coisa mais absurdamente ignorante que um ser humano podia ser era crente. Até que um dia me estarreci ao descobrir que havia agnósticos...
Fiquei curioso, quais são os principais problemas que você vê nos agnósticos?
Eu já acho que há agnósticos tão fundamentalistas ou radicias quanto teístas ou ateus (já conheci um). Mas na maioria, me parece que os agnósticos são mais moderados e até que bem honestos em admitir as suas limitações.
Só não acho que eles estão mais certos, pois se existir algum deus os teístas estão certos, se não os ateus estão certos. Logo o agnóstico só está certo quanto ao seu conhecimento próprio, mas não quanto a questão da existência/inexistência.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #13 Online: 19 de Janeiro de 2012, 02:06:25 »
Os agnósticos não entendem nada de ciência de verdade <expandir em 30 linhas>, e estão engajados numa auto-ilusão que não é nada mais do que a negação da funcionalidade do mesmo neocórtex que os faz se auto rotularem como "agnósticos" <expandir em 30 linhas>, rótulo quanto ao qual curiosamente deixam de ser agnósticos <mais umas cinco linhas de sarcasmo>.

Offline Cientista

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #14 Online: 19 de Janeiro de 2012, 03:01:27 »
Obrigado por mostrar que produzi em você o efeito que sonha produzir em mim. Também por tentar responder em meu lugar, embora você não possa se chamar Cientista. Mas, meu jovem, já deveria saber, a essa altura, que 65 linhas não são suficientes para mim.

Offline Krani Lupus

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #15 Online: 19 de Janeiro de 2012, 03:26:24 »
É simples assim: Ou há alguma forma de divindade, ou não. Ou um determinado grupo de teístas está correto, ou os ateus estão.
De fato, eu sou agnóstico (com tendência ao ateísmo, no que se refere à descrença em qualquer ser sobrenatural/divindade) e isso significa que eu aceito a dúvida. Eu não posso provar a inexistência de Deus ou o contrário e estou ciente disso. É evidente que eu não posso sustentar uma afirmação sem justificativa.
Resumindo: para mim há apenas a certeza e a dúvida. Se você é capaz de provar algo, então este algo é certo. Caso contrário, a dúvida persiste.

Offline Cientista

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #16 Online: 19 de Janeiro de 2012, 03:42:40 »
Quando eu era criança, eu achava que a coisa mais absurdamente ignorante que um ser humano podia ser era crente. Até que um dia me estarreci ao descobrir que havia agnósticos...
Fiquei curioso, quais são os principais problemas que você vê nos agnósticos?
Como já deixei claro, o principal problema que vejo é que são crentes todavia. Inclusive como o Buckaroo já parece ter entendido. Espero...


Eu já acho que há agnósticos tão fundamentalistas ou radicias quanto teístas ou ateus (já conheci um).
Todos os agnósticos são fundamentalistas, muito mais que crentes abertamente confessos. Os processos que passam nas mentes de todos esses são os mesmos no que se refere à deturpação perceptiva da realidade (não é a questão de se determinar a acreditar que haja deuses ou que não haja deuses, é a questão de se projetar tal "possibilidade" na realidade, sem qualquer razão natural, como se fosse algo inevitável a toda e qualquer mente) mas os agnósticos são versados no espírito político da hipocrisia e aprenderam a negar suas intenções reais até para si próprios, utilizando-se do princípio ludibriador da moderação, que, sobre o fundo do contexto histórico da humanidade, parece tão acolhedora que seduz facilmente os cognitivamente mais fracos.


Mas na maioria, me parece que os agnósticos são mais moderados e até que bem honestos em admitir as suas limitações.
Não há nenhuma vantagem científica em ser moderado, assim como nenhuma em admitir limitações, mas, tão simplesmente, em percebê-las, reconhecê-las e aceitá-las, porque nenhuma vantagem há em ser hipócrita além do poder de manipulação política que isso confere. Um pensador cientifico não precisa ser honesto porque a ele, naturalmente, não interessa nada que seja falso, ilusório; não precisa esforçar-se para fugir de si mesmo. Lembrando que deixei claro que só identifico e reconheço a existência dessas duas categorias mentais: mágicas e científicas.


Só não acho que eles estão mais certos, pois se existir algum deus os teístas estão certos, se não os ateus estão certos.
Cuidado para não cair em cima de Pascal ou deixá-lo cair em cima de você pois parece-me estar numa zona perigosa aí.

Como alguém pode estar certo ou errado se não afirma nada? É muito aquém disso, não é mesmo? Deuses... Coisas mágicas em geral... Isso não é um subproduto adquirível da realidade por uma mente. Não é uma possibilidade natural. Não é uma "possibilidade" que todo e qualquer aparato cognitivo aventará a partir de uma imersão na realidade natural circundante. É um subproduto puro e simples de um processo mental que se alheia, deliberadamente ou não, à realidade. A descrença total é a única posição comprovadamente certa até que se evindencie algum deus ou qualquer outro algo mágico, não a dúvida. Dúvida não é posição, é medo. E medo é produto de crença.

Me diga, Gilberto, você tem medo de descobrir e ter que reconhecer que toda a realidade que você entende como canonicamente evidenciada, por toda a verificação empírica mais fidedigna que se possa considerar, não é nada do que você pensa? Se tem, é um pensador mágico.


Logo o agnóstico só está certo quanto ao seu conhecimento próprio, mas não quanto a questão da existência/inexistência.
Isso não faz sentido algum.

Então, Gilberto, bem se poderia esperar que *você* percebesse que simplesmente não há uma "questão da existência/inexistência" mas a crença de que há essa questão. Percebe o ponto? É exatamente a "questão da existência/inexistência" que é a invenção ilusória, não a suposta existência/inexistência em si mesma.



Tentemos esclarecer o seguinte, Gilberto, já que me provoca uma desagradável sensação ler essas coisas vindas de você. Não há como quem aceita uma dúvida estar mais certo; só pode estar certo quem reconhece que "aquilo" com que não interage *não existe*, porque, antes de interagir com qualquer estrutura desconhecida, não contactada anteriormente da realidade natural, não pode concebê-la; é uma doutrina metafísica que se possa. Nada que qualquer um imagine que possa "estar escondido ali em algum canto insondado da natureza" pode existir. Eu já sei de longa data a dificuldade colossal para que isso possa ser percebido pela maioria, ainda mais depois de diversos resultados da investigação científica que são interpretados da maneira mais grosseiramente insipiente que se possa, como um criacionista que não entende a 2ª da termodinâmica, mas eu esperava que você pudesse ter uma maior facilidade.

Tentemos este exemplo, a partir da frase tão "moderada e imparcial" na assinatura do Snowraptor, "A presença de pessoas que procuram a verdade é infinitamente preferível à presença daqueles que pensam que a encontraram."

Mas é exatamente o contrário! Até porque está na raiz procedimental de muitas doutrinas mágicas o culto da busca pela verdade.

Parece muito bonito, cientificamente sóbrio para a maioria, mas disputa posição no topo da lista das ideias mais falaciosas que a primorosa mente humana já foi capaz de engendrar.

Uma frase minha mesmo, que eu poderia colocar como assinatura provocativa de descrente é: Jesus mandou que buscassem* pela verdade, que seriam libertos, mas esqueceu-se de apresentar ao menos uma foto da dita cuja e, assim, uma multidão busca por algo que nunca viu e não faz a menor ideia do que seja mas, incrivelmente, desenha inúmeros retratos falados da mesma.


*Na 'verdade', acho que o que está escrito lá é "conheçam" (conhecereis, mais exatamente, acho), e isso muda tudo, radicalmente. Mas, não estranhamente, nunca vi um crente sequer perceber isso. É perfeitamente possível conhecer a verdade mas buscá-la é perfeitamente impossível e, quando um pensador mágico fala em verdade, sempre se refere a "essa" que ele não conhece, que inventa e crê que pode buscar. E encontrar!


Espero que isso ajude a me fazer mais claro. Se não, já estou sem condições agora de prosseguir e não deverei poder pelos próximos dias. Se responder algo, em outro momento eu pondero, se puder.

Offline Cientista

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #17 Online: 19 de Janeiro de 2012, 03:49:44 »
É simples assim: Ou há alguma forma de divindade, ou não. Ou um determinado grupo de teístas está correto, ou os ateus estão.
De fato, eu sou agnóstico (com tendência ao ateísmo, no que se refere à descrença em qualquer ser sobrenatural/divindade) e isso significa que eu aceito a dúvida. Eu não posso provar a inexistência de Deus ou o contrário e estou ciente disso. É evidente que eu não posso sustentar uma afirmação sem justificativa.
Resumindo: para mim há apenas a certeza e a dúvida. Se você é capaz de provar algo, então este algo é certo. Caso contrário, a dúvida persiste.
Infelizmente, lamento decepcionar, mas nada do que aprendemos em contato com a realidade nos mostra que as coisas são "simples assim". Se você fosse seguir essa doutrina, teria que considerar todas as outras possibilidades  que desconsidera como, por exemplos, que os dois grupos possam estar certos simultaneamente ou errados simultaneamente. Essas dicotomias simplistas que chegam mesmo a exalar odores maniqueístas são exatamente isso: simplistas demais para dar conta da realidade.

Offline Krani Lupus

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #18 Online: 19 de Janeiro de 2012, 04:03:42 »
Infelizmente, lamento decepcionar, mas nada do que aprendemos em contato com a realidade nos mostra que as coisas são "simples assim". Se você fosse seguir essa doutrina, teria que considerar todas as outras possibilidades  que desconsidera como, por exemplos, que os dois grupos possam estar certos simultaneamente ou errados simultaneamente. Essas dicotomias simplistas que chegam mesmo a exalar odores maniqueístas são exatamente isso: simplistas demais para dar conta da realidade.
O que eu quis dizer é: se nós consideramos a possibilidade da existência de um ser, há somente duas possibilidades lógicas. Ele existe ou não. Como pode algo existir e, simultaneamente, não existir?
A dúvida é um estado de ignorância em relação a uma afirmação, persistindo até que a afirmação seja comprovada ou refutada; a crença é um estado de certeza que não possui justificativa, portanto, não necessariamente verdadeira. Crença e dúvida são conceitos distintos.
Observe que a dúvida não é um sentimento. Não pode ser igualada à sensação de medo.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #19 Online: 19 de Janeiro de 2012, 15:10:37 »
Infelizmente, lamento decepcionar, mas nada do que aprendemos em contato com a realidade nos mostra que as coisas são "simples assim". Se você fosse seguir essa doutrina, teria que considerar todas as outras possibilidades  que desconsidera como, por exemplos, que os dois grupos possam estar certos simultaneamente ou errados simultaneamente. Essas dicotomias simplistas que chegam mesmo a exalar odores maniqueístas são exatamente isso: simplistas demais para dar conta da realidade.
O que eu quis dizer é: se nós consideramos a possibilidade da existência de um ser, há somente duas possibilidades lógicas. Ele existe ou não. Como pode algo existir e, simultaneamente, não existir?




A dúvida é um estado de ignorância em relação a uma afirmação, persistindo até que a afirmação seja comprovada ou refutada; a crença é um estado de certeza que não possui justificativa, portanto, não necessariamente verdadeira. Crença e dúvida são conceitos distintos.
Observe que a dúvida não é um sentimento. Não pode ser igualada à sensação de medo.

"Crença" não é algo "injustificado por definição". Você pode acreditar com ou sem embasamento, com diversos graus de embasamento. Da mesma forma vai ter graus de dúvida, de acordo com essas incertezas.

Offline Krani Lupus

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #20 Online: 19 de Janeiro de 2012, 17:12:45 »
Então, se eu afirmar que um ser pode somente existir ou não existir, estarei usando uma falsa dicotomia, a não ser que eu prove que não há outras possibilidades?

Offline Sergiomgbr

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #21 Online: 19 de Janeiro de 2012, 18:58:10 »
O negócio é o seguinte, não sei nem nunca soube o que é "Deus" como sei o que é batata a não ser que batata seja "Deus". Alguns dizem que batata não é 'Deus", outros dizem que(inclusive) é. Eu não tenho a confirmação ou não, apenas me atenho a alguma convenção( que eu "visto confortavelmente, assim como uso relógios, que são uma convenção para tempo) que porém, não  uso frequentemente, alias, prefiro menos e menos contato com essa convenção, ou seja, estou meio avesso a sequer compartilhar com quem quer que seja alguma religiosidade minha de tal forma que ela fica em desuso.

Agora falando biologicamente, minha química cerebral tanto pode ser uma âncora, como pode ser um lastro como pode ser velas na embarcação "eu". Não sei se isso faz que eu permaneça ou que eu me distancie ou que me aproxime numa seara chamada "Deus".
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Gigaview

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #22 Online: 19 de Janeiro de 2012, 20:10:15 »
Se você não sabe a diferença entre uma Bintje e uma Kennebec você nem imagina o que é uma batata. :hihi:
« Última modificação: 19 de Janeiro de 2012, 20:12:33 por Gigaview »
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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #23 Online: 19 de Janeiro de 2012, 20:49:06 »
Quando eu era criança, eu achava que a coisa mais absurdamente ignorante que um ser humano podia ser era crente. Até que um dia me estarreci ao descobrir que havia agnósticos...
Fiquei curioso, quais são os principais problemas que você vê nos agnósticos?
Como já deixei claro, o principal problema que vejo é que são crentes todavia. Inclusive como o Buckaroo já parece ter entendido. Espero...

De Poe

E agnóstico não precisa estar em cima do muro. Há definições como "Agnóstico consideram inválida qualquer discussão metafísica", existem agnósticos ateus, etc..

Eu por exemplo sou ateu.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

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Re:The Brain of an Atheist x the Brain of a Religious Person
« Resposta #24 Online: 19 de Janeiro de 2012, 20:50:35 »
Os agnósticos não entendem nada de ciência de verdade <expandir em 30 linhas>, e estão engajados numa auto-ilusão que não é nada mais do que a negação da funcionalidade do mesmo neocórtex que os faz se auto rotularem como "agnósticos" <expandir em 30 linhas>, rótulo quanto ao qual curiosamente deixam de ser agnósticos <mais umas cinco linhas de sarcasmo>.

Puts, lendo depois suas previsões se concretizaram  :biglol:
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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