Eu acho que o fraseamento que eu dei só diminui um pouco o "grau" da coisa, não chega a ser outra coisa. Pessoalmente acho mais provável uma diminuição da tendência de descartar coisas que contradigam a pessoa, do que "selecionar informação desconfortante", mas o acho que último fraseamento nem necessariamente implica em algo muito mais "ativo"/forte, que seria acho que meio masoquista até. Mas sei lá, talvez até seja um pouco isso mesmo, devido às condições do experimento. Parece que as pessoas tinham que escolher algo para ler dentre uma pré-seleção de coisas, em vez de não ler nada, ir fazer outra coisa. Então talvez a raiva incitasse a pessoa a ir atrás mesmo do que discorde, rangendo os dentes e rosnando, "grrr... esses liberais, que mentira absurda eles estarão dizendo agora?"
O que acho mais surpreendente então é a mudança de posição posterior, eu esperaria o contrário (como outros estudos sugerem). Talvez isso valha para coisas não muito ideologicamente carregadas, um dos exemplos mencionados era sobre se falar ao telefone no viva-voz reduzia acidentes no trânsito ou não, acho. Só o pessoal mais libertário-lelé deve ver nisso alguma coisa realmente significativa. "Devemos ter a liberdade de dirigir embriagados, e falando não só no telefone não-viva-voz, mas em teleconferência, sem as mãos no volante, se assim quisermos. Aceitar sermos proibidos disso é aceitar a escravidão".