Um indivíduo decifrar a própria consciência completamente deve ser impossível mesmo, mas uma equipe de pesquisa qualificada, trabalhando em cima de alguém que não faça parte dela, talvez consiga algum dia.
Eu li seu post e, de imediato, lembrei de Jung.
Segundo ele muito de sua psicanálise provém de uma fase que ele passou e que precisou "ir a fundo no seu inconsciênte".
Eu acho que ele acabou encontrando muita coisa lógica nessa "ida a fundo pessoal" que pode ser colocado como válido. Conceitos como persona, individuação, sombra, são muito evidentes nas pessoas. Me identifiquei bastante com seus livros. Tirando anima que eu não consegui identificar em mim e animus que não dá por eu ser homem, o resto eu acabei colocando como modo de auto conhecimento.
Eu meio que tracei um paralelo entre o conceito de individuação e hemisférios cerebrais. Tem o hemisfério direito que é conhecido como silencioso e o esquerdo que é de onde se originam as palavras. No livro "A Religião do Cérebro", o professor Raul Marino coloca o hemisfério direito como "o experimentador". O experimentador seria a fonte informações externas. Ele "tráz do mundo que experimentamos percepções, sentimentos e impressões que
vêm antes das palavras.
. O hemisfério esquerdo é o hemisfério decodificador, é o hemisfério falador. Ele funciona decodificando o mundo que experimentamos com o hemisfério esquerdo dando ao mundo um sentido.
Eu até sublinhei estas partes do livro e coloquei "processo primário" no parágrafo do hemisfério direito e "processo secundário" no parágrafo do hemisfério esquerdo.
Eu acabei colocando "o individualizar-se" como aprender a deixar o hemisfério direito ser o "processo primário" para lidar, sentir e julgar os inputs sensoriais e o esquerdo cumprir o processo secundário que é justamente transformar a análise do hemisfério direito em palavras.
Nesse mesmo livro o professor Raul Marino fala em "pensamentos parasitas". É a definição do que eu penso.