Autor Tópico: Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'  (Lida 5065 vezes)

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Offline 4 Ton Mantis

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Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Online: 15 de Abril de 2012, 11:14:47 »
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1076376-medicos-britanicos-lancam-campanha-contra-comidas-lixo.shtml


Cirurgiões, psiquiatras, pediatras e médicos de todas as especialidades do Reino Unido lançaram neste domingo uma campanha contra a obesidade e centraram suas críticas às empresas de 'junk foods' (comidas-lixo, em livre tradução).

 A Real Academia das Faculdades de Medicina do Reino Unido, que representa cerca de 200 mil dos profissionais do país, pediu a proibição de marcas como McDonald's e Coca-Cola patrocinando eventos esportivos como os Jogos Olímpicos e que famosos façam propagandas de comida que não são saudáveis para as crianças.

 O organismo que representa os médicos do país considera necessário para lutar contra a obesidade impor "contundentes e duras" medidas para acabar com a publicidade irresponsável das grandes companhias de alimentação.

 Estudos recentes apontam que 48% dos homens e 43% das mulheres do Reino Unido serão obesos em 2030.

 Uma tendência, que para os médicos, representará o aumento considerável de infartos, doenças do coração e câncer e, por consequência, maior despesa à saúde pública.

 Os médicos criticaram as políticas errôneas do Governo britânico, "que deixa a responsabilidade na mão da indústria para que voluntariamente reduza as calorias, o tamanho das porções e assessore os consumidores sobre a maneira de comer saudavelmente".

 Neste sentido, pedem que as companhias dedicadas à alimentação sejam obrigadas a adotar medidas radicais desenhadas para salvar vidas em vez de proteger seus lucros.

 Entre estas, reivindicam o estabelecimento de uma zona ao redor de escolas onde a promoção de junk food não seja permitida, assim como a proibição de que famosos e personagens de animação façam propagandas desses alimentos que não são saudáveis para as crianças.

 Para os médicos britânicos, os fabricantes de alimentos deveram ser obrigados a publicar claramente os dados sobre calorias, açúcar, sal e gordura.

 Propõem ainda ao Governo que imponha o denominado "imposto sobre o gordura" que foi aplicado em alguns países escandinavos para penalizar os que consomem produtos considerados não saudáveis.

 A academia da medicina britânica iniciará ainda uma pesquisa de seis meses para mostrar que é possível vencer a batalha da obesidade. Ao fim desse período, o resultado será divulgado com as sugestões de medidas a serem adotadas.
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Offline Barata Tenno

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #1 Online: 15 de Abril de 2012, 12:30:11 »
Caminhamos para uma sociedade onde tudo o que faz mal será proibido?
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Hold the Door

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #2 Online: 15 de Abril de 2012, 12:49:05 »
Não proibido, mas fortemente desestimulado.
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Offline EuSouOqueSou

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #3 Online: 15 de Abril de 2012, 12:58:49 »
Caminhamos para uma sociedade onde tudo o que faz mal será proibido?

Não vejo assim. Na verdade o que deve ser proibido é o 'estímulo' àquilo que "faz mal". Seu comentário me lembrou do filme "Super Size Me". Tinha uma parte onde um entrevistado dizia que o objetivo - de sei lá o que que ele estava fazendo - não era responsabilizar o Mc Donalds pela obesidade, mas sim pelo "aliciamento" às crianças. O argumento era o de que o Mc Donalds criava novos consumidores estimulando-os a comer seus hamburgueres desde criança. Era a única rede de junk-food que tinha área temática para crianças e o garoto propaganda... é um palhaço :)

Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline AlienígenA

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #4 Online: 15 de Abril de 2012, 13:14:15 »
Caminhamos para uma sociedade onde tudo o que faz mal será proibido?

Talvez, mas num futuro não muito próximo, acredito, principalmente se o desestímulo ao que é prejudicial gerar com o tempo notório benefício social, principalmente, à saúde pública - até porque disso pode depender cada vez mais o estado-provedor.

Offline Barata Tenno

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #5 Online: 15 de Abril de 2012, 13:17:52 »
Não proibido, mas fortemente desestimulado.
Intromissão estatal no privado é uma coisa que me preocupa muito.
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Offline Barata Tenno

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #6 Online: 15 de Abril de 2012, 13:19:07 »
Caminhamos para uma sociedade onde tudo o que faz mal será proibido?

Não vejo assim. Na verdade o que deve ser proibido é o 'estímulo' àquilo que "faz mal". Seu comentário me lembrou do filme "Super Size Me". Tinha uma parte onde um entrevistado dizia que o objetivo - de sei lá o que que ele estava fazendo - não era responsabilizar o Mc Donalds pela obesidade, mas sim pelo "aliciamento" às crianças. O argumento era o de que o Mc Donalds criava novos consumidores estimulando-os a comer seus hamburgueres desde criança. Era a única rede de junk-food que tinha área temática para crianças e o garoto propaganda... é um palhaço :)


Crianças tem pais, eles devem ser responsáveis pela criação dos filhos e não o estado ou uma rede de fast food. Se a criança come porcaria é porque os pais deixam e não porque existe um palhaço na loja.
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Offline AlienígenA

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #7 Online: 15 de Abril de 2012, 13:40:51 »
Caminhamos para uma sociedade onde tudo o que faz mal será proibido?

Não vejo assim. Na verdade o que deve ser proibido é o 'estímulo' àquilo que "faz mal". Seu comentário me lembrou do filme "Super Size Me". Tinha uma parte onde um entrevistado dizia que o objetivo - de sei lá o que que ele estava fazendo - não era responsabilizar o Mc Donalds pela obesidade, mas sim pelo "aliciamento" às crianças. O argumento era o de que o Mc Donalds criava novos consumidores estimulando-os a comer seus hamburgueres desde criança. Era a única rede de junk-food que tinha área temática para crianças e o garoto propaganda... é um palhaço :)


Crianças tem pais, eles devem ser responsáveis pela criação dos filhos e não o estado ou uma rede de fast food. Se a criança come porcaria é porque os pais deixam e não porque existe um palhaço na loja.

Só que a coisa não é tão simples. Uma vez que escolhas pessoais afetam toda a sociedade, o Estado, como gestor e, principalmente, provedor, termina por interferir. Não sei se é o melhor caminho, mas aparentemente, a mentalidade que vigora é que o bem estar social compensa a limitação das liberdades indiviaduais.

Offline Barata Tenno

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #8 Online: 15 de Abril de 2012, 13:57:55 »
Caminhamos para uma sociedade onde tudo o que faz mal será proibido?

Não vejo assim. Na verdade o que deve ser proibido é o 'estímulo' àquilo que "faz mal". Seu comentário me lembrou do filme "Super Size Me". Tinha uma parte onde um entrevistado dizia que o objetivo - de sei lá o que que ele estava fazendo - não era responsabilizar o Mc Donalds pela obesidade, mas sim pelo "aliciamento" às crianças. O argumento era o de que o Mc Donalds criava novos consumidores estimulando-os a comer seus hamburgueres desde criança. Era a única rede de junk-food que tinha área temática para crianças e o garoto propaganda... é um palhaço :)


Crianças tem pais, eles devem ser responsáveis pela criação dos filhos e não o estado ou uma rede de fast food. Se a criança come porcaria é porque os pais deixam e não porque existe um palhaço na loja.

Só que a coisa não é tão simples. Uma vez que escolhas pessoais afetam toda a sociedade, o Estado, como gestor e, principalmente, provedor, termina por interferir. Não sei se é o melhor caminho, mas aparentemente, a mentalidade que vigora é que o bem estar social compensa a limitação das liberdades indiviaduais.

E esse é um caminho extremamente perigoso.
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Offline gogorongon

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #9 Online: 15 de Abril de 2012, 14:08:58 »
O problema não é a propaganda, mas a diferença entre as redes de distribuição. É muito mais fácil armazenar, transportar e (terminar de) preparar junk food do que a maioria das comidas boas.

Toda vez que passo em São Paulo me lembro de como é se sentir num deserto naquela cidade, porque o que mais se encontra para consumo imediato são bolachas, biscoitos, salgados estilo Elma Chips e frituras, tudo argamassa estomacal. Salada é dificílimo de se encontrar em qualquer lugar que não seja restaurante exatamente no horário de almoço. Quando muito, encontra-se aqueles sanduíches naturais caríssimos e cheios de pão pra engordar.

Carne fresca é mais dificil, frutas são mais difíceis, bebidas naturais são mais difíceis, tudo é mais difícil do que junk food. Com algumas exceções pontualíssimas, como uma lojinha perto do metrô Tatuapé que sempre tinha suco de laranja barato aos montes.

Mas por outro lado, também há uma pressão cultural f* no sentido de que ficar "de frescura" para escolher comida invés de se dedicar 100% do nosso tempo de respiração ao trabalho é vagabundagem, então as pessoas acabam entrando de cabeça em junk food a princípio por pressão e por stress, e depois se mantém nisso por costume.

Pra quem sempre esteve acostumado a sentir o sabor forte das junk foods o tempo inteiro, demora para se acostumar com comida normal, mas com o tempo dá para se readaptar sim.

E para finalizar, comida boa tem o inconveniente de acabar estragando mais rápido justamente por ser mais fácil de se aproveitar os nutrientes. O que abre espaço para piadinhas de que alimentos que "duram" na verdade são tão ruins que nem as bactérias querem.

\o\ Tô divagando mas tá divertido.

Offline Barata Tenno

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #10 Online: 15 de Abril de 2012, 14:21:37 »
Onde voce and a em SP? Qualquer restaurantezinho de prato feito serve salada o dia inteiro e suco natural.


Aqui perto de casa tem um que tem uma salada maravilhosa, com quase um vidro de palmito, chuchu, beterraba, alface, cenoura, ovo, queijo branco e couve de bruxelas por 13 reais, dois comem bem.
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Offline AlienígenA

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #11 Online: 15 de Abril de 2012, 15:17:49 »
Caminhamos para uma sociedade onde tudo o que faz mal será proibido?

Não vejo assim. Na verdade o que deve ser proibido é o 'estímulo' àquilo que "faz mal". Seu comentário me lembrou do filme "Super Size Me". Tinha uma parte onde um entrevistado dizia que o objetivo - de sei lá o que que ele estava fazendo - não era responsabilizar o Mc Donalds pela obesidade, mas sim pelo "aliciamento" às crianças. O argumento era o de que o Mc Donalds criava novos consumidores estimulando-os a comer seus hamburgueres desde criança. Era a única rede de junk-food que tinha área temática para crianças e o garoto propaganda... é um palhaço :)


Crianças tem pais, eles devem ser responsáveis pela criação dos filhos e não o estado ou uma rede de fast food. Se a criança come porcaria é porque os pais deixam e não porque existe um palhaço na loja.

Só que a coisa não é tão simples. Uma vez que escolhas pessoais afetam toda a sociedade, o Estado, como gestor e, principalmente, provedor, termina por interferir. Não sei se é o melhor caminho, mas aparentemente, a mentalidade que vigora é que o bem estar social compensa a limitação das liberdades indiviaduais.

E esse é um caminho extremamente perigoso.

Com toda a certeza, não tiro sua razão, mas parece que isso não é tão claramente percebido pela opinião pública ou talvez até seja, mas não pareça tão ameaçador ou talvez ainda, pareça menos ameaçador do que outros caminhos já percorridos. Ao menos me parece que há quase sempre um grande apoio popular a essas medidas.

Vejo aí uma tendência, diria que quase global e já não tão recente, aparentemente vista como uma responsabilidade do Estado esse constante ajuste do "contrato social" conforme os desafios dessa forma de organização vão surgindo. Talvez até uma consequência inevitável do próprio sistema. A manutenção desse depende da saúde social, que por sua vez, depende cada vez mais dos benefícios, que por sua vez, dependem de cada vez mais intervenções, porque os meios são cada vez mais eficientes e convenientes, mas muitas vezes prejudiciais ao próprio sistema.

O calcanhar de aquiles de qualquer sistema é a imprevisibilidade. Não existem caminhos seguros, o que existem são caminhos que parecem mais seguros que outros, ao menos, momentaneamente. Só resta esperar para ver onde essa bola de neve, se é que não estou exagerando, vai dar.

 

Offline Hold the Door

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #12 Online: 15 de Abril de 2012, 16:33:42 »
Não proibido, mas fortemente desestimulado.
Intromissão estatal no privado é uma coisa que me preocupa muito.

A questão é que não se trata apenas do privado. As escolhas alimentares individuais não vão afetar apenas a própria pessoa, mas a sociedade como um todo. Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte atualmente e diabetes mellitus tipo II, uma doença antes associada a meia-idade, está começando a se tornar cada vez mais freqüente entre crianças. Obesidade infantil já é uma epidemia.

Tudo isso tem uma enorme repercussão tanto no prejuízo do próprio mercado, com diminuição (ou perda, em caso de morte ou invalidez permanente) de força de trabalho, como no sistema de saúde, com enormes gastos em tratamentos que poderiam ter sido evitados com prevenção correta (o que inclui alimentação correta). E isso acaba refletindo no bolso do contribuinte, ou seja, no nosso bolso.

Se as decisões pessoais dos que se alimentam com junkie-food afetassem apenas eles mesmos, então eu concordaria com você que é uma intromissão estatal no privado. Mas a partir do momento que as escolhas deles implicam em nós também termos que dividir a conta, então eu acho que o Estado, como meu representante, tem o direito de intervir para poupar o meu dinheiro.
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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #13 Online: 15 de Abril de 2012, 17:32:50 »
Não proibido, mas fortemente desestimulado.
Intromissão estatal no privado é uma coisa que me preocupa muito.

A questão é que não se trata apenas do privado. As escolhas alimentares individuais não vão afetar apenas a própria pessoa, mas a sociedade como um todo. Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte atualmente e diabetes mellitus tipo II, uma doença antes associada a meia-idade, está começando a se tornar cada vez mais freqüente entre crianças. Obesidade infantil já é uma epidemia.

Tudo isso tem uma enorme repercussão tanto no prejuízo do próprio mercado, com diminuição (ou perda, em caso de morte ou invalidez permanente) de força de trabalho, como no sistema de saúde, com enormes gastos em tratamentos que poderiam ter sido evitados com prevenção correta (o que inclui alimentação correta). E isso acaba refletindo no bolso do contribuinte, ou seja, no nosso bolso.

Se as decisões pessoais dos que se alimentam com junkie-food afetassem apenas eles mesmos, então eu concordaria com você que é uma intromissão estatal no privado. Mas a partir do momento que as escolhas deles implicam em nós também termos que dividir a conta, então eu acho que o Estado, como meu representante, tem o direito de intervir para poupar o meu dinheiro.

Então o estado tem que legislar sobre o que comemos, o quanto comemos, multar quem não pratica esportes, criar um método com aprovação governamental de como educarmos nossos filhos, medir o quanto dormimos a noite pois se ficarmos cansados e sonolentos podemos ter diminuição de força de trabalho, se colocamos blusa em dias frios para não nos resfriarmos e ficarmos doentes e sobrecarregar o sistema de saúde, etc, etc, etc.... Todas essas ações são de decisão pessoal, mas afetam a sociedade então o estado tem que intervir para nós não tenhamos que pagar a conta.

1984?
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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #14 Online: 15 de Abril de 2012, 17:43:14 »
Não proibido, mas fortemente desestimulado.
Intromissão estatal no privado é uma coisa que me preocupa muito.

A questão é que não se trata apenas do privado. As escolhas alimentares individuais não vão afetar apenas a própria pessoa, mas a sociedade como um todo. Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte atualmente e diabetes mellitus tipo II, uma doença antes associada a meia-idade, está começando a se tornar cada vez mais freqüente entre crianças. Obesidade infantil já é uma epidemia.

Tudo isso tem uma enorme repercussão tanto no prejuízo do próprio mercado, com diminuição (ou perda, em caso de morte ou invalidez permanente) de força de trabalho, como no sistema de saúde, com enormes gastos em tratamentos que poderiam ter sido evitados com prevenção correta (o que inclui alimentação correta). E isso acaba refletindo no bolso do contribuinte, ou seja, no nosso bolso.

Se as decisões pessoais dos que se alimentam com junkie-food afetassem apenas eles mesmos, então eu concordaria com você que é uma intromissão estatal no privado. Mas a partir do momento que as escolhas deles implicam em nós também termos que dividir a conta, então eu acho que o Estado, como meu representante, tem o direito de intervir para poupar o meu dinheiro.

Então o estado tem que legislar sobre o que comemos, o quanto comemos, multar quem não pratica esportes, criar um método com aprovação governamental de como educarmos nossos filhos, medir o quanto dormimos a noite pois se ficarmos cansados e sonolentos podemos ter diminuição de força de trabalho, se colocamos blusa em dias frios para não nos resfriarmos e ficarmos doentes e sobrecarregar o sistema de saúde, etc, etc, etc.... Todas essas ações são de decisão pessoal, mas afetam a sociedade então o estado tem que intervir para nós não tenhamos que pagar a conta.

1984?

Declive escorregadio.

Observe que eu falei de situações como doenças cardiovasculares que são a principal causa de morte no Brasil e no mundo e provocam prejuízos severos. Assim como diabetes mellitus, que está se encaminhando para tornar uma epidemia juvenil. Não extrapole para situações cotidianas apenas para justificar seus argumentos.

O Estado tem o direito de, baseado em estudos epidemiológicos, legislar sobre aquilo que venha a causar grandes prejuízos na sociedade como um todo e se torne questão de saúde pública.
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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #15 Online: 15 de Abril de 2012, 18:01:00 »
A existencia de junk food e a propaganda das indústria não causam obesidade, o que causa obesidade é falta de esporte, falta de pais que eduquem seus filhos e os alimente direito, o quanto cada pessoa come, problemas psicológicos e distúrbios alimentares. Como o estado pretende lidar com esses problemas?


Se as pessoas pararem de comer no macdonalds e se entupirem de picanha assada qual vai ser o próximo passo? Proibir o churrasco? E depois?Proibir açúcar, glúten, carboidratos em geral?


Segundo fontes, a gripe responde por mais de 60% dos custos do employer health costs (como traduzir isso?). Logo o estado tem o dever de reduzir os custos para a sociedade obrigando as pessoas a se cuidarem e não pegar uma gripe.
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Offline AlienígenA

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #16 Online: 15 de Abril de 2012, 18:21:52 »
A existencia de junk food e a propaganda das indústria não causam obesidade, o que causa obesidade é falta de esporte, falta de pais que eduquem seus filhos e os alimente direito, o quanto cada pessoa come, problemas psicológicos e distúrbios alimentares. Como o estado pretende lidar com esses problemas?

A exemplo do tabagismo.

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Se as pessoas pararem de comer no macdonalds e se entupirem de picanha assada qual vai ser o próximo passo? Proibir o churrasco? E depois? Proibir açúcar, glúten, carboidratos em geral?

Idem.


Citar
Segundo fontes, a gripe responde por mais de 60% dos custos do employer health costs (como traduzir isso?). Logo o estado tem o dever de reduzir os custos para a sociedade obrigando as pessoas a se cuidarem e não pegar uma gripe.

[custos de saúde para o empregador] Ou o Estado repassa os custos ao setor privado ou promove campanhas de vacinação e prevenção.


Offline Barata Tenno

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #17 Online: 15 de Abril de 2012, 18:33:36 »
A existencia de junk food e a propaganda das indústria não causam obesidade, o que causa obesidade é falta de esporte, falta de pais que eduquem seus filhos e os alimente direito, o quanto cada pessoa come, problemas psicológicos e distúrbios alimentares. Como o estado pretende lidar com esses problemas?

A exemplo do tabagismo.

Citar
Se as pessoas pararem de comer no macdonalds e se entupirem de picanha assada qual vai ser o próximo passo? Proibir o churrasco? E depois? Proibir açúcar, glúten, carboidratos em geral?

Idem.


Citar
Segundo fontes, a gripe responde por mais de 60% dos custos do employer health costs (como traduzir isso?). Logo o estado tem o dever de reduzir os custos para a sociedade obrigando as pessoas a se cuidarem e não pegar uma gripe.

[custos de saúde para o empregador] Ou o Estado repassa os custos ao setor privado ou promove campanhas de vacinação e prevenção.


Mesmo que o estado repasse os custos pro setor privado o prejuízo volta como perda de receita dos impostos.

Exatamente, campanhas de educação e não usando isso como desculpa para interferir na vida privada dos cidadãos e em negócios legítimos.
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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #18 Online: 15 de Abril de 2012, 18:43:38 »
A existencia de junk food e a propaganda das indústria não causam obesidade, o que causa obesidade é falta de esporte, falta de pais que eduquem seus filhos e os alimente direito, o quanto cada pessoa come, problemas psicológicos e distúrbios alimentares. Como o estado pretende lidar com esses problemas?

A obesidade é causada principalmente pelo desbalanço entre a quantidade de calorias ingeridas e a quantidade gasta. Ou seja, não há como tirar o junk food dessa equação, uma vez que ele possui um alto teor calórico, muito acima proporcionalmente do que poderia se obter de uma refeição normal.

Além disso, o problema não está apenas na obesidade, mas nos efeitos da comida no metabolismo do organismo. Junk food é uma combinação mortal de gordura saturada com carboidrato altamente refinado e baixa quantidade de fibras. Isso induz a uma resposta metabólica, principalmente com um pico de insulina, que ao longo do tempo leva a um quadro de resistência metabólica, obesidade central e piora do perfil lipídico. Ou seja, alguém que engorda comendo junk food possui uma propensão muito maior a doenças metabólicas e cardiovasculares.


Se as pessoas pararem de comer no macdonalds e se entupirem de picanha assada qual vai ser o próximo passo? Proibir o churrasco? E depois?Proibir açúcar, glúten, carboidratos em geral?

Essa é uma situação irreal. O problema com o fast food é justamente ser uma alimentação rápida, de facílimo acesso, com enorme apelo comercial e altamente prejudicial quando consumida regularmente. Ou seja, é uma bomba com apelo que vende fácil e muito, e para a grande parcela da população que é relativamente preguiçosa com a escolha da alimentação, uma armadilha atraente. O que não ocorre com o churrasco.

Quanto ao açucar, a sua utilização excessiva ocorre justamente nos fast foods. Quanto ao gluten, prejudicial apenas a uma parcela específica da população que sofre de doença celíaca, e carboidratos em geral, não vi a razão de terem sido citados por você.

Segundo fontes, a gripe responde por mais de 60% dos custos do employer health costs (como traduzir isso?). Logo o estado tem o dever de reduzir os custos para a sociedade obrigando as pessoas a se cuidarem e não pegar uma gripe.

Também não sei a tradução desse termo. Na verdade, o Estado faz campanhas na temporada de gripe enfatizando a higiene com as mãos e evitar o contato destas com as mucosas. Mas não são em absoluto a mesma situação. Uma coisa é um empregado ficar uma semana de cama e dar um prejuízo X. Outra coisa é outro empregado por causa de um AVC perder completamente a força produtiva, precisar ficar internado por semanas, correr o risco de desenvolver uma infecção hospitalar ou uma úlcera de pressão (que leva meses para recuperação), precisar de 2 ou 3 cuidadores, fisioterapia e cuidados médicos constantes até (se) se recuperar, além do gasto com medicamentos. Sem contar a desestruturação e o impacto que isso causa em uma família, muitas vezes dependente dele. E este é apenas um exemplo das inúmeras doenças que podem ser evitadas pela mudança alimentar.
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Offline AlienígenA

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« Resposta #19 Online: 15 de Abril de 2012, 18:52:10 »
A existencia de junk food e a propaganda das indústria não causam obesidade, o que causa obesidade é falta de esporte, falta de pais que eduquem seus filhos e os alimente direito, o quanto cada pessoa come, problemas psicológicos e distúrbios alimentares. Como o estado pretende lidar com esses problemas?

A exemplo do tabagismo.

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Se as pessoas pararem de comer no macdonalds e se entupirem de picanha assada qual vai ser o próximo passo? Proibir o churrasco? E depois? Proibir açúcar, glúten, carboidratos em geral?

Idem.


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Segundo fontes, a gripe responde por mais de 60% dos custos do employer health costs (como traduzir isso?). Logo o estado tem o dever de reduzir os custos para a sociedade obrigando as pessoas a se cuidarem e não pegar uma gripe.

[custos de saúde para o empregador] Ou o Estado repassa os custos ao setor privado ou promove campanhas de vacinação e prevenção.


Mesmo que o estado repasse os custos pro setor privado o prejuízo volta como perda de receita dos impostos.

Exatamente, campanhas de educação e não usando isso como desculpa para interferir na vida privada dos cidadãos e em negócios legítimos.

Mas em que essa campanha difere da campanha de combate ao tabagismo? Não consigo ver aí nada que já não seja corrente. 

Offline Hold the Door

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #20 Online: 15 de Abril de 2012, 18:56:20 »
Exatamente, campanhas de educação e não usando isso como desculpa para interferir na vida privada dos cidadãos e em negócios legítimos.

Vida privada dos cidadãos que se torna questão de saúde pública.

Quanto a campanhas de educação e os negócios legítimos, qual você acha que seria a eficiência de uma campanha dessa se tiver que competir com fast foods sendo vendidos na esquina da escola, anunciados pelos personagens e ídolos preferidos das crianças e além de tudo vendendo uma imagem de saúde ao associar a sua imagem aos esportes olímpicos?
Hold the door! Hold the door! Ho the door! Ho d-door! Ho door! Hodoor! Hodor! Hodor! Hodor... Hodor...

Offline Barata Tenno

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #21 Online: 15 de Abril de 2012, 19:10:24 »
A existencia de junk food e a propaganda das indústria não causam obesidade, o que causa obesidade é falta de esporte, falta de pais que eduquem seus filhos e os alimente direito, o quanto cada pessoa come, problemas psicológicos e distúrbios alimentares. Como o estado pretende lidar com esses problemas?

A obesidade é causada principalmente pelo desbalanço entre a quantidade de calorias ingeridas e a quantidade gasta. Ou seja, não há como tirar o junk food dessa equação, uma vez que ele possui um alto teor calórico, muito acima proporcionalmente do que poderia se obter de uma refeição normal.

Além disso, o problema não está apenas na obesidade, mas nos efeitos da comida no metabolismo do organismo. Junk food é uma combinação mortal de gordura saturada com carboidrato altamente refinado e baixa quantidade de fibras. Isso induz a uma resposta metabólica, principalmente com um pico de insulina, que ao longo do tempo leva a um quadro de resistência metabólica, obesidade central e piora do perfil lipídico. Ou seja, alguém que engorda comendo junk food possui uma propensão muito maior a doenças metabólicas e cardiovasculares.

Exatamente, faça mais exercícios, coma menos e voce pode comer junk food pro resto da vida. A culpa não é da junk food, é de quem abusa dela, mesma coisa para alcool, macarrão, alface e até água.

Se as pessoas pararem de comer no macdonalds e se entupirem de picanha assada qual vai ser o próximo passo? Proibir o churrasco? E depois?Proibir açúcar, glúten, carboidratos em geral?

Essa é uma situação irreal. O problema com o fast food é justamente ser uma alimentação rápida, de facílimo acesso, com enorme apelo comercial e altamente prejudicial quando consumida regularmente. Ou seja, é uma bomba com apelo que vende fácil e muito, e para a grande parcela da população que é relativamente preguiçosa com a escolha da alimentação, uma armadilha atraente. O que não ocorre com o churrasco

Quanto ao açucar, a sua utilização excessiva ocorre justamente nos fast foods. Quanto ao gluten, prejudicial apenas a uma parcela específica da população que sofre de doença celíaca, e carboidratos em geral, não vi a razão de terem sido citados por você. .
E se voce tirar o junk food as pessoas vnao comer o que? Só comida balanceada? Ou vão procurar outra delícia para se entupir, seja picanha, sorvete, maccarão ou esfiha?
Segundo fontes, a gripe responde por mais de 60% dos custos do employer health costs (como traduzir isso?). Logo o estado tem o dever de reduzir os custos para a sociedade obrigando as pessoas a se cuidarem e não pegar uma gripe.

Também não sei a tradução desse termo. Na verdade, o Estado faz campanhas na temporada de gripe enfatizando a higiene com as mãos e evitar o contato destas com as mucosas. Mas não são em absoluto a mesma situação. Uma coisa é um empregado ficar uma semana de cama e dar um prejuízo X. Outra coisa é outro empregado por causa de um AVC perder completamente a força produtiva, precisar ficar internado por semanas, correr o risco de desenvolver uma infecção hospitalar ou uma úlcera de pressão (que leva meses para recuperação), precisar de 2 ou 3 cuidadores, fisioterapia e cuidados médicos constantes até (se) se recuperar, além do gasto com medicamentos. Sem contar a desestruturação e o impacto que isso causa em uma família, muitas vezes dependente dele. E este é apenas um exemplo das inúmeras doenças que podem ser evitadas pela mudança alimentar.
Mas seguindo o seu raciocínio temos que fazer de tudo para evitar que o estado gaste 60% tratando de gripes que podem ser evitadas com proibições e repressão.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Barata Tenno

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #22 Online: 15 de Abril de 2012, 19:12:17 »
Exatamente, campanhas de educação e não usando isso como desculpa para interferir na vida privada dos cidadãos e em negócios legítimos.

Vida privada dos cidadãos que se torna questão de saúde pública.

Quanto a campanhas de educação e os negócios legítimos, qual você acha que seria a eficiência de uma campanha dessa se tiver que competir com fast foods sendo vendidos na esquina da escola, anunciados pelos personagens e ídolos preferidos das crianças e além de tudo vendendo uma imagem de saúde ao associar a sua imagem aos esportes olímpicos?
Então o povo é burro e precisa ser guado por uma força maior de sábios com controle?
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Offline HSette

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #23 Online: 15 de Abril de 2012, 19:25:55 »
Exatamente, campanhas de educação e não usando isso como desculpa para interferir na vida privada dos cidadãos e em negócios legítimos.

Vida privada dos cidadãos que se torna questão de saúde pública.

Quanto a campanhas de educação e os negócios legítimos, qual você acha que seria a eficiência de uma campanha dessa se tiver que competir com fast foods sendo vendidos na esquina da escola, anunciados pelos personagens e ídolos preferidos das crianças e além de tudo vendendo uma imagem de saúde ao associar a sua imagem aos esportes olímpicos?
Então o povo é burro e precisa ser guado por uma força maior de sábios com controle?

Por esse raciocínio, de que o Estado não deve inervir, devia também ser liberado a maconha, cocaína, heroína, crack e tudo mais.

E propagandas para esses "produtos" na Copa do Mundo", "Olimpíadas", etc.

Imagine: Use Hyper Crack: 100 metros rasos em 3 segundos.
« Última modificação: 15 de Abril de 2012, 19:28:20 por HSette »
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
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Chaves

Offline Barata Tenno

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Re:Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'
« Resposta #24 Online: 15 de Abril de 2012, 19:29:43 »
Exatamente, campanhas de educação e não usando isso como desculpa para interferir na vida privada dos cidadãos e em negócios legítimos.

Vida privada dos cidadãos que se torna questão de saúde pública.

Quanto a campanhas de educação e os negócios legítimos, qual você acha que seria a eficiência de uma campanha dessa se tiver que competir com fast foods sendo vendidos na esquina da escola, anunciados pelos personagens e ídolos preferidos das crianças e além de tudo vendendo uma imagem de saúde ao associar a sua imagem aos esportes olímpicos?
Então o povo é burro e precisa ser guado por uma força maior de sábios com controle?

Por esse raciocínio, de que o Estado não deve inervir, devia também ser liberado a maconha, cocaína, heroína, crack e tudo mais.

E propagandas para esses "produtos" na Copa do Mundo", "Olimpíadas", etc.

Imagine: Use Hyper Crack: 100 metros rasos em 3 segundos.

Sim, com um aviso embaixo dizendo: "O uso pode causar morte, etc, etc, etc......"

Ou voce a cha que o estado deve proibir tudo o que eventualmente puder causar algum dano ao organismo, mesmo que seja apenas o excesso desse produto que cause tal dano?
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