Deve ser por causa desse tipo de educação que a taxa de suicídio entre jovens asiáticos é tão grande! Posso estar totalmente enganada, mas acho que esse modelo não permite que a criança desenvolva alguns traços de personalidade que serão também muito importantes na vida adulta, como espontaneidade e criatividade, enfim, a própria individualidade.
Tudo bem que o mundo está muito competitivo, mas apenas notas altas e estudar nas melhores instituições não garantem sucesso na vida profissional, não raro é a personalidade da pessoa que dá um "plus" na carreira do indivíduo. Eu mesma conheço algumas pessoas que se formaram em ótimas universidades públicas aqui do Rio, mas que não conseguiram deslanchar em sua profissões e acabaram rumando para outras áreas que não têm tanto prestígio ou remuneração.
Por mais que a gente queira, não dá pra ter um filho e programá-lo para ser aquilo que a gente quer. E em relção à autora do livro, sua filhas estão muito novas para ela sair bradando sucesso por aí. Com 18 e 15 anos, elas ainda estão no início da vida e tem uma água para rolar ainda!
E também é por isso que os países de onde vem essas crianças são os com maior nível de crescimento econômico e social. E será que o nível de suicídio nesses países é maior que a taxa de criminalidade juvenil nos países onde esse modelo não é adotado? E me demonstre dados que corrobora sua afirmação. Coréia do Sul, China e Japão tem problemas com criatividade? Acho que não.
Você está indo de um extremo ao outro. Em primeiro lugar, eu não disse que a Coréia do Sul, o Japão e a China não tem criatividade, e nem presumi que os absurdos daquela reportagem são o padrão nesses países. Em segundo lugar, eu me referia a educação no sentido de criação que os pais dão aos seus filhos, não educação acadêmica.Tão pouco presumi que essa seja a forma como a maioria dos pais criam seus filhos. Além disso, o que eu quis dizer é que esse modelo tão rigoroso de criação como esse da reportagem podem prejudicar o desenvolvimento da criança.
Em relação ao sistema governamental de educação do Japão, por exemplo, pelo o que eu li, me parece superior ao do Brasil, mas uma coisa é ter escolas em tempo integral e certo rigor acadêmico e outra bem diferente é chamar seu filho de lixo quando ele não consegue fazer determinada tarefa.
Nessa reportagem
http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5557447-EI8266,00-Fracasso+escolar+e+vergonha+levam+estudantes+ao+suicidio+na+China.html tem alguns exemplos casos extremos ocorridos na China.
Esse documento oriundo da Organização Mundial da Saúde
http://www.who.int/mental_health/resources/suicide_prevention_asia.pdf detalha como está sendo tratada a questão do suicídio na Ásia. Infelizmente, eu não me recordo se esse esclarece as causas dos suicídios em cada grupo, como idosos, jovens, pessoas que vivem no capo, mulheres, etc, mas eu prometo que vou procurar melhor (é que estou com dengue e só consigo fazer as coisas durante o efeito da dipirona, e o CC tem sido minha distração).
Em relação aos índices de delinquência, não sei te dizer se são mais altos ou mais baixos que os índices de suicídio em países orientais, mas há de se levar em conta que a falta de educação acadêmica ou familiar não é o único fator que incrementa as taxas de criminalidade brasileiras, por exemplo.