Autor Tópico: Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?  (Lida 2781 vezes)

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Offline DDV

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Vou tentar explicar o que o título do tópico não consegue:

É possível que no futuro seja factível alterações biológicas em seres humanos, em nível genético ou não. Estas alterações poderiam eliminar, atenuar, acentuar ou mesmo criar muitas características psíquicas que fazem parte de nós, por exemplo: sentimentos de cobiça, inveja, orgulho extremo, vaidade, agressividade, egoísmo, falta de empatia, tendência homicida ou criminosa em geral, ciúme, etc

Seria tentador procurar modificar os seres humanos de modo a eliminarmos as raízes psicológicas da grande maioria dos problemas não-extrínsecos que assolam a humanidade. Entretanto, ao fazermos isso, poderíamos estar eliminando características que nos tornam "humanos", criando seres robotizados, artificiais, desprovidos do "tempero" que nos faz sermos o que somos e talvez até possibilita termos as sensações que fazem as nossas vidas mais "significativas".


Deveria então ser terminantemente proibido quaiquer modificações que afetem a psique humana? Existem alguns traços que devem ser considerados "sagrados" e intocáveis e outros não?
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Derfel

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #1 Online: 20 de Maio de 2012, 22:32:29 »
Essa modificação já ocorre naturalmente desde o primeiro representante do gênero Homo e continua a ocorrer mesmo hoje.

Offline _Juca_

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #2 Online: 20 de Maio de 2012, 22:40:35 »
Primeira questão é, isso é possível? Ou existe alguma evidência de que essa possibilidade seja plausível num futuro próximo ou distante? Se sim, então começa o debate ético. Se não, é melhor nem começar.

Offline Muad'Dib

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #3 Online: 21 de Maio de 2012, 07:01:40 »
Vaidade, cobiça, inveja e tal eu não sei, mas medo por exemplo, a gente já sabe qual área cerebral que tem participação na emoção e no sentimento de medo (emoção e sentimento são distintos).

O problema é que diferente do que a maioria pensa, emoção e razão não são separados. Alterações no sistema emocional alteram o lado racional.

Eu acho absurdo tentativas de se alterar genética ou neurologicamente seres humanos. Acho que a questão aqui é a mesma do outro tópico, será que não é melhor, mais fácil, mais eficiente e mais seguro alterar o meio ambiente?


Offline D|V

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #4 Online: 21 de Maio de 2012, 09:20:21 »
Como o Derfel falou, essas alterações sempre aconteceram e vão continuar acontecendo, a única diferença é que a engenharia genética conseguiria direcionar essas modificações e encurtar o tempo necessário para realizá-las.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #5 Online: 26 de Maio de 2012, 10:10:06 »
Eu acredito que se o desenvolvimento de medicamentos (ou como quer que seja apropriado chamar) psiquiátricos continuar se dando gradualmente e não houver nenhuma afobação ou histeria progressista promovendo a adoção massiva de alguma novidade, a tendência natural seria o descarte razoavelmente rápido do que quer que parecesse seriamente ter o potencial de nos desumanizar. Claro, ainda haveria espaço para algumas dessas coisas no mercado negro, tal como existe com as drogas ilegais, e haveria tentativa de legalização por parte de esquerdistas malévolos ou ingênuos, mas a longo prazo o bom-senso imperaria.

Se tratando de modificações mais permanentes do que se pode ter com drogas, como cirurgias irreversíveis ou eugenia, os riscos são bem mais elevados e o policiamento por parte daqueles que não anseiam ver o "novo übermensch socialista" deve ser bem mais rigoroso, sendo na imensa maior parte do tempo preferível errar no lado da precaução.

Offline _tiago

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #6 Online: 26 de Maio de 2012, 16:36:18 »
Vaidade, cobiça, inveja e tal eu não sei, mas medo por exemplo, a gente já sabe qual área cerebral que tem participação na emoção e no sentimento de medo (emoção e sentimento são distintos).
Qual a distinção?

Offline _tiago

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #7 Online: 26 de Maio de 2012, 16:38:10 »
Essa modificação já ocorre naturalmente desde o primeiro representante do gênero Homo e continua a ocorrer mesmo hoje.
Acho que ele quis dizer alterações direcionadas de acordo com nossos interesses. Tipo, fazer com que todas as crianças que nasçam sejam capazes de sentir empatia.

Offline _tiago

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #8 Online: 26 de Maio de 2012, 16:58:02 »
Citar
É possível que no futuro seja factível alterações biológicas em seres humanos, em nível genético ou não. Estas alterações poderiam eliminar, atenuar, acentuar ou mesmo criar muitas características psíquicas que fazem parte de nós, por exemplo: sentimentos de cobiça, inveja, orgulho extremo, vaidade, agressividade, egoísmo, falta de empatia, tendência homicida ou criminosa em geral, ciúme, etc
Pra alguns casos de psicopatia, a proposta é interessante. Atenuar a produção do hormônio X que torna a pessoa muito mais agressiva, também. Se o nível de agressividade ou tendência para tal destoa perigosamente da média, parece não ser problema corrigi-los. Seja antes do berço ou mesmo nele.
Só não vejo muitas pessoas honestas pro serviço.
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Seria tentador procurar modificar os seres humanos de modo a eliminarmos as raízes psicológicas da grande maioria dos problemas não-extrínsecos que assolam a humanidade. Entretanto, ao fazermos isso, poderíamos estar eliminando características que nos tornam "humanos", criando seres robotizados, artificiais, desprovidos do "tempero" que nos faz sermos o que somos e talvez até possibilita termos as sensações que fazem as nossas vidas mais "significativas".
Depende do quê, a pergunta é muito genérica.
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Deveria então ser terminantemente proibido quaiquer modificações que afetem a psique humana? Existem alguns traços que devem ser considerados "sagrados" e intocáveis e outros não?
Conheço gente com transtorno de personalidade: neuróticos, paranoicos, bipolar... Eu acho que elas adorariam ser corrigidas e tenho certeza que a maioria não quer isso para seus filhos.
Não vejo por que tirar, apenas corrigir o que se souber transtorno.

Offline DDV

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #9 Online: 26 de Maio de 2012, 22:58:41 »
Tiago, você está se referindo a transtornos mentais. Eu me refiro mais a emoções ou características psíquicas que, embora consideradas negativas pela maioria, são consideradas normais em seres humanos.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline _tiago

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #10 Online: 26 de Maio de 2012, 23:16:08 »
Tiago, você está se referindo a transtornos mentais. Eu me refiro mais a emoções ou características psíquicas que, embora consideradas negativas pela maioria, são consideradas normais em seres humanos.


É possível que no futuro seja factível alterações biológicas em seres humanos, em nível genético ou não. Estas alterações poderiam eliminar, atenuar, acentuar ou mesmo criar muitas características psíquicas que fazem parte de nós, por exemplo: [n]sentimentos de cobiça, inveja, orgulho extremo, vaidade, agressividade, egoísmo, falta de empatia, tendência homicida ou criminosa em geral, ciúme, etc[/n]

Você não foi específico e transtornos são características humanas.
Mas se é pra responder simplesmente sua pergunta, eu não tiraria nenhuma. O medo nos mantêm vivo, o ciúmes pode motivar, o egoísmo também estende a mão e o ciúmes protege e desconfia. A raiva, nos incita à luta, que talvez se faça necessária. Sentimentos, em geral, são a força motriz da razão...
A raiva, por exemplo,

Offline Sr. Alguém

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #11 Online: 27 de Maio de 2012, 18:02:07 »
Se for para virarmos vulcanos, isto é, mais racionais e menos violentos eu apoio.

Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo_secular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_social

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #12 Online: 27 de Maio de 2012, 18:10:01 »
Aparentemente é meio impossível. Os nossos julgamentos/sentimentos morais são fundamentados no lado emocional, não algo 100% racional. E tem pesquisa e/ou observações no sentido de pessoas de alguma forma menos emotivas fazendo julgamentos morais menos do que apropriados, mas não me recordo de detalhe algum.

Além disso vulcanos no cio não são nem um pouco avessos à violência.

Offline DDV

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #13 Online: 27 de Maio de 2012, 18:26:22 »
Se for para virarmos vulcanos, isto é, mais racionais e menos violentos eu apoio.



Credo!
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Derfel

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #14 Online: 27 de Maio de 2012, 18:44:31 »
Vida longa e próspera.

Offline D|V

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #15 Online: 29 de Maio de 2012, 10:18:04 »
Eu li certa vez, embora não me lembre aonde, que mesmo as decisões racionais utilizam a parte emocional do cérebro.
Pessoas com uma patologia que compromete a parte emocional do portador (ou pessoas que tinham algum dano na parte do cérebro responsável pela emoção, agora não me recordo bem) eram incapazes, ou possuíam muita dificuldade, em tomar decisões das mais banais, como por exemplo (um dos que era usado no artigo) escolher o melhor dia pra uma consulta médica. A pessoa simplesmente não conseguia se decidir sobre qual dia seria melhor marcar a consulta. Essa é uma decisão que, a princípio, não parece envolver nenhum componente emocional, mas mesmo assim o julgamento era afetado.

Offline _tiago

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #16 Online: 29 de Maio de 2012, 13:46:01 »
Eu já li que não existem decisões racionais...

Offline JJ

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #17 Online: 29 de Maio de 2012, 22:06:53 »
Eu li certa vez, embora não me lembre aonde, que mesmo as decisões racionais utilizam a parte emocional do cérebro.
Pessoas com uma patologia que compromete a parte emocional do portador (ou pessoas que tinham algum dano na parte do cérebro responsável pela emoção, agora não me recordo bem) eram incapazes, ou possuíam muita dificuldade, em tomar decisões das mais banais, como por exemplo (um dos que era usado no artigo) escolher o melhor dia pra uma consulta médica. A pessoa simplesmente não conseguia se decidir sobre qual dia seria melhor marcar a consulta. Essa é uma decisão que, a princípio, não parece envolver nenhum componente emocional, mas mesmo assim o julgamento era afetado.


Antônio Damásio,  O Erro de Descartes :


A razão das emoções: um ensaio
sobre “O erro de Descartes”

O erro de Descartes: emoção, razão e o
cérebro humano, de António R. Damásio1

Carlos Tomaz
Lilian G. Giugliano
Universidade de Brasília

http://www.scielo.br/pdf/epsic/v2n2/a13v02n2.pdf


Ultimamente, vários estudos têm abordado o “velho” tema das
emoções e a sua importância no controle do comportamento,
incluindo as chamadas funções mentais superiores como a
percepção, aprendizagem, memória e inteligência. Para aqueles, como
nós, que trabalham com emoção e cognição é gratificante constatar
que o debate sobre o tema atravessou a barreira dos laboratórios e da
academia e passou a fazer parte do cotidiano de um público mais geral.
“O Erro de Descartes” de António Damásio é um livro elegante,
de uma leitura arrebatedora, que ilustra o fato de que as emoções são
indispensáveis para a nossa vida racional. São as emoções que nos
fazem únicos, é o nosso comportamento emocional que nos diferencia
uns dos outros. A natureza e a extensão do nosso repertório de respostas
emocionais não depende exclusivamente do nosso cérebro, mas da
sua interação com o corpo, e das nossas próprias percepções do corpo.
Como diz Damásio, o corpo representado no cérebro constitui-se num
quadro de referência indispensável para os processos neurais que nós
experienciamos como sendo a mente.

Neste ponto, o autor aponta alguns “erros” de Descartes - a
separação entre a mente e o corpo. O que se passa no cérebro são ..




Offline _tiago

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #18 Online: 01 de Junho de 2012, 09:25:19 »
Conforme este paper, e a idéia é bastante intrigante,
http://edge.org/conversation/the-argumentative-theory
Nosso raciocínio existe somente pra convencermos os outros de nossos pontos de vista e não para descobrir a verdade.
Conforme um apanhado de leituras desse blog que condensa diversos estudos,
http://youarenotsosmart.com/
Nossa razão serve, em gigantesca medida, contar histórias que nos convençam dos nossos atos.

Ao que parece, o pensamento crítico é um arremedo de pensamento crítico. Como postura ele é inquestionável em sua finalidade, como habilidade já não é bem assim.

Offline rflt

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #19 Online: 05 de Julho de 2012, 00:17:52 »
Respondendo a pergunta: o livre arbítrio.


Offline Vento Sul

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #20 Online: 05 de Julho de 2012, 00:43:29 »
Como digo e acredito, (leia no meu rodapé) somos animais, pensamos ser mais inteligentes que os outros do planeta, individualmente sim, mas a humanidade não parece ser muito inteligente. Estamos aqui com certeza para aumentar e prolongar o tempo de vida da espécie, então acho  o que não deve ser tocado no homem é seu instinto de sobrevivência. Como é instintivo, acho que nunca vai ser ameaçado, a fêmea sempre vai proteger o filhote, por mais que ela tome coca-cola e outras drogas siliconadas.
« Última modificação: 05 de Julho de 2012, 00:45:44 por zambest »
.
.
Resumindo: Ou acreditamos em mágica ou não!
 
 
 
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Offline rflt

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #21 Online: 05 de Julho de 2012, 02:02:47 »
Nós somos animais? Talvez, mas nós também temos a possibilidade de (conscientemente) acabar com a nossa própria espécie e todas as outras (com bombas atômicas, por exemplo). Portanto, algo nos distingue dos outros animais: o livre arbítrio. Isso é inegável.

Nenhum animal tem a capacidade de ir contra a sua própria natureza, bastando querer. Portanto, se nós somos animais, também temos a possibilidade de sermos mais que isso. O livre arbítrio, na minha opinião, é a essência do ser humano.

Qual é o animal que é capaz de fazer greve de fome por motivos altruístas? Só aquele que possuir livre arbítrio.
Qual é o animal que é capaz de se suicidar por motivos subjetivos como tristeza ou problemas financeiros?
Só o ser humano.

Por isso a minha resposta à pergunta do tópico é: o livre arbítrio.

Offline Pagão

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #22 Online: 12 de Julho de 2012, 12:27:41 »

Qual é o animal que é capaz de fazer greve de fome por motivos altruístas? Só aquele que possuir livre arbítrio.
Qual é o animal que é capaz de se suicidar por motivos subjetivos como tristeza ou problemas financeiros?
Só o ser humano.


Julgo que é falso. Há casos de cães que se deixaram morrer de fome e tristeza após a morte do dono. Um caso que li não há muito relata um animal que se deitou na campa do dono até acabar por falecer...
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #23 Online: 12 de Julho de 2012, 14:23:15 »
A depressão pode ser comum ao ser humano e a alguns outros animais. No entanto coisas como greve de fome exemplificam decisões voluntárias (em vez de um estado de ânimo, como depressão) com um objetivo num futuro mais distante imaginado. Esse tipo de plano de longo prazo os outros animais não fazem.

Não sei se suicídio se enquadra muito nisso, porque ainda que tenha uma fração, e não ocorra em outros animais, também parece que em boa parte do tempo é algo mais impulsivo do que propriamente planejado. Já homens bomba ou kamikazes talvez satisfaçam melhor a distinção.

Offline rflt

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Re:Que parte do que nos faz "humanos" deve ser objeto de proteção absoluta?
« Resposta #24 Online: 12 de Julho de 2012, 19:24:30 »

Qual é o animal que é capaz de fazer greve de fome por motivos altruístas? Só aquele que possuir livre arbítrio.
Qual é o animal que é capaz de se suicidar por motivos subjetivos como tristeza ou problemas financeiros?
Só o ser humano.

Há casos de cães que se deixaram morrer de fome e tristeza após a morte do dono. Um caso que li não há muito relata um animal que se deitou na campa do dono até acabar por falecer...

Isso é duvidoso. Não existe prova inequívoca de que animais desejem acabar com suas vidas voluntariamente. No máximo pode haver depressão e, por consequência, morte. Mas a morte não é um objetivo desejável pelo animal.


 

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