Tenho mesmo que passar por isso? Para que? Para atender aos caprichos de "debatedores" ritualísticos? Para, depois, ter que dizer nada mais que o que eu, exatamente, já disse?
Mas que pena. Alguém que parecia mais experiente e mais maduro está se revelando um típico adolescente magoado. Adolescente no sentido de que ainda está na fase de autoafirmação, brandindo pseudoconhecimento e tentando passar que "você não sabe mais do que eu".
Cientista, da forma como você está direcionando o debate,
insinuando que eu aprecio argumento alheio,
perguntando se eu sou arguto o suficiente,
me pedindo o obséquio,
que não dá a mínima para o meu comentário,
se dirigindo a mim com expressões como "francamente", que está atendendo
caprichos de debatedores ritualísticos e ainda chamadas em
outro tópico, sempre numa conotação provocativa. Veja que colocar aspas em debatedores, se referindo a mim, é uma provocação. Nunca me dirigi a você de forma desrespeitosa. O adolescente que eu me referi no parágrafo acima é um comportamento típico de como você agiu, fato comprovado com a correspondente analogia, e não uma insinuação ou desrespeito.
Não frequento esse maravilhoso fórum com o objetivo de ser mais arguto do que ninguém, nem interessado em fazer saber aos quatro ventos que sou muito bom, que sei isso, que sei aquilo, nem coloco num megafone frases como "
Disto resulta que quaisquer "estudos" "humanos" não valem de nada para mim", como você brandiu no
outro tópico.
Já não sou mais adolescente e nem pretendo me comportar com tal, em meio a colegas de elevadíssimo nível cultural, pessoas mais maduras e ponderadas, que, de fato, alcançaram a sabedoria no comportamento e nas palavras, principalmente conduzidas num fórum público.
Lamento muito que a nossa conversa, que julguei inicialmente teria vida longa, tenha tido um aborto tão precoce. Pensei, ingenuamente, que você poderia trazer muito do conhecimento que adquiriu na sua caminhada de vida para um debate sadio (sem aspas, por favor) e proveitoso, não só para ambos os lados como para todos que acompanham o tópico.
Com todo o respeito, sugiro que você reflita, pense um pouco no que já disse nos seus comentários, na sua atitude claramente beligerante, na sua arrogância em emitir opiniões e conceitos "donos de verdade", na sua postura perante um fórum público, sério e muito bem frequentado, no seu tratamento com os colegas, que nada mais são do que companheiros na jornada do conhecimento e, finalmente, na sua crença de que já viveu muito e que, por isso, sabe de tudo.
(Repito: digo e sugiro isso com todo o respeito. Não tome nem julgue como ofensa ou provocação, mas apenas um pequeno incentivo, se me for permitido. Senão, por favor, me desculpe.)
Você não sabe, Cientista. Eu não sei, ninguém sabe ou saberá de tudo.
Sou humilde para afirmar com todas as letras de que sou um analfabeto do conhecimento, sou um neófito na estrada da sabedoria, sou um aprendiz de aprendiz na maravilhosa caminhada da vida. E, contrariamente ao que você afirma,
dizendo "
Eu não acredito que haja nada belo por que lutar. Luto por simples sobrevivência instintiva", pelo meu lado, eu luto por valores tidos como belos, eu, sim, encontro muita coisa pelas quais valem a pena empregar toda a minha energia e empenho, eu enxergo muita coisa boa misturada no meio de muita lama, e por elas eu me comprazo em investir minhas energias.
Apesar das agruras da caminhada, não me sinto pessimista, cansado nem amargurado, como muitas vezes você demonstra transparecer nas suas falas. Sou partidário dos bons sentimentos, apesar de ateu e cético (acho que essa ressalva nem seria necessária, mas entra também como ênfase). Sou do time dos que gostam mais do bom-humor e da alegria do que aquele outro time escuro, das ofensas, provocações, exibicionismos intelectuais e "
não vou me dar ao trabalho disso ou daquilo" ou "
não tenho que passar por isso". E, acima de tudo, também, como você, luto por instinto.
Pois eu não me canso de aprender. Principalmente com os colegas daqui. E tenho que passar quantas vezes for necessária por isso e por aquilo. Minha paciência não se esgotou com a vida, com o aprendizado, com o que de bom pode vir de meus colegas do fórum. E são muitos, e são muitas coisas. Todos os dias eu aprendo bastante com todos eles e vou passar por isso e aquilo infinitas vezes.
Minhas paciência esgotou-se unicamente com você, prezado Cientista.
Por hoje, chega para mim.
Pois é. Chega mesmo. Vou lá me juntar a Laura e dar esse capítulo por encerrado.
Boa sorte, caríssimo Cientista. E reitero as minhas boas vindas ao fórum.