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Manifestações como passeatas têm qualquer efeito significativo?

Sim, elas realmente mudam o curso da história
4 (19%)
Não, não fazem mais diferença do que ficar revoltado sentado no sofá de casa
4 (19%)
Algumas vezes, apenas quando __________________
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Autor Tópico: Manifestações como passeatas têm qualquer efeito significativo?  (Lida 5163 vezes)

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Offline AleYsatis

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Re:Manifestações como passeatas têm qualquer efeito significativo?
« Resposta #50 Online: 15 de Dezembro de 2012, 21:26:15 »
Ok, as coisas "mudam". Talvez então a pergunta devesse ser se é geralmente um instrumento eficiente de mudança.

Por exemplo, acho que poderiam agitar a maior passeata "sou da paz" da história, com uma massa interminável de gente vestida de branco e fazendo o gesto da pomba da paz, que os número de assassinatos na semana seguinte não mudaria um dígito.
Será que não? Como saber. E mesmo que não mude desta forma, só de se conseguir fazer uma passeata deste tamanho já há um mudança enoorme, afinal como se conseguiu tanta gente para fazer parte da passeata. As próprias pessoas que estão numa passeata já são a mudança... Veja, se tentamos fazer esse passeata hoje, vem um número X de pessoas, se ano que vem vem X+1 pronto ocorreu uma mudança, em uma pessoa uai, é mudança, então já estão justificadas essas manifestações. Pode até ser mesmo que não gere grandes mudanças, mas e ai, por não gerarem grandes, optamos por não fazer mudança nenhuma? Eu prefiro saber que algo que fiz atingiu 2 pessoas que não fazer só porque eu queria que atingisse 2 mil
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Offline AleYsatis

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Re:Manifestações como passeatas têm qualquer efeito significativo?
« Resposta #51 Online: 15 de Dezembro de 2012, 21:30:30 »
Sinceramente eu acho que isso que a gente chama de história é a somatória impensável e incalculável de todas as subjetividade. Pra mim, mudar a si próprio que seja é mudar o rumio da história em algum grau. Como aquela história do bater das asas de uma borboleta que que faz chover do outro lado do mundo. Ninguém está desconectado, ninguém está fora da história. Um holocausto só aconteceu pela soma de cada individuo que aderiu a ele, então em ultima analise, parece que é a coletividade que conta, mas coletividade é mera soma de individualidades... Então são essas que contam.
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Offline Südenbauer

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Re:Manifestações como passeatas têm qualquer efeito significativo?
« Resposta #52 Online: 19 de Dezembro de 2012, 10:57:31 »
Se o objetivo da manifestação fosse o não-aumento no preço das passagens, e elas de fato aumentaram, a manifestação foi inútil. Ok, tu pode comentar que a sociedade é formada por pessoas e que essas manifestações influenciam ideologicamente outras, beleza. A questão é sobre a efetividade do negócio. Eu acho que é muito mais proveitoso tu fazer um lobby, tentar conversar com o prefeito e com quem vai mudar a lei, tentar debater os aspectos técnicos, etc. do que sair na rua gritando que o prefeito é o filho do capeta.

Offline AleYsatis

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Re:Manifestações como passeatas têm qualquer efeito significativo?
« Resposta #53 Online: 19 de Dezembro de 2012, 14:48:26 »
Se o objetivo da manifestação fosse o não-aumento no preço das passagens, e elas de fato aumentaram, a manifestação foi inútil. Ok, tu pode comentar que a sociedade é formada por pessoas e que essas manifestações influenciam ideologicamente outras, beleza. A questão é sobre a efetividade do negócio. Eu acho que é muito mais proveitoso tu fazer um lobby, tentar conversar com o prefeito e com quem vai mudar a lei, tentar debater os aspectos técnicos, etc. do que sair na rua gritando que o prefeito é o filho do capeta.
Voto no Lobby e no grito! O lobby vai tratar das questões técnicas com quem deve ser tratadas, o grito vai fazer todo esse trabalho ideológico de mudança social pela mudança e pelo engajamento daqueles que participam da passeata.
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Offline Südenbauer

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Re:Manifestações como passeatas têm qualquer efeito significativo?
« Resposta #54 Online: 20 de Dezembro de 2012, 16:59:51 »
Pŕoblema é que grito ninguém respeita.

Offline JohnnyRivers

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Re:Manifestações como passeatas têm qualquer efeito significativo?
« Resposta #55 Online: 20 de Dezembro de 2012, 17:04:08 »
gritos sem apoio político ou da influência dos meios de comunicação tornam-se apenas ataques histéricos.
"Que homem é um homem que não torna o mundo melhor?"

"What do we need? Where do we go when we get where we don't know?
  Why should we doubt the virgin white of fallen snow when faith's our shelter from the cold?"
- Skid Row


Offline AleYsatis

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Re:Manifestações como passeatas têm qualquer efeito significativo?
« Resposta #57 Online: 21 de Dezembro de 2012, 01:01:14 »
Pŕoblema é que grito ninguém respeita.
Será que não. De exemplos de manifestações de grupos grandes que conseguiram grandes vitórias utilizando só o lobby? Claro que só o grito também não ajuda. Mas se quisermos exemplos de como o melhor é essa junção, veja o movimento gay.

Ele tem um lobby fortíssimos e umas das maires organização populares, ou seja, também é forte no grito. Já falei isso ali em cima, pra mim, a força das manifestação não está em mudar a sociedade, está em mudar quem participa dela. As passeatas gays, por exemplo, para além da visibilidade e tal, tem como grande forte unir e juntar os gays por sua causa. Dar-lhes auto-identificação numa sociedade que ainda os marginaliza.

Se o povo está vendo como um bando de depravados não importa, nós estamos fazendo a diferença ao nos fortalecer de dentro. Na minha visão, uma parada é antes para fortalecimento do grupo e das ideologias que para mudança social em si, o que é apenas correlato. Para essa mudança mais social e legal está o lobby e os cabeças do movimento trabalhando.

A massa mesma da parada, na minha visão, nem importa se estão cada vez menos despolitizados, nem todo mundo precisa se importa com politica e nem toda forma de politica é discursiva e partidária. Numa parada, o importante é que sua grande massa faça o que está ali para fazer, que é se divertir, beijar, transar, e mostrar para  sociedade que existimos, somos muitos e não vamos nos calar. A parte mais política ou legal, deixe que cuidem os cabeças do movimento e quem se interessa por isso. Até porque, politica não é só isso, politica está na vida, no dia-a-dia, e essa multidão numa parada está fazendo politica também, ainda que não saiba, e na minha opinião uma das melhores forma de politica que é a politica da alegria e da festa por ser quem são.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Manifestações como passeatas têm qualquer efeito significativo?
« Resposta #58 Online: 12 de Janeiro de 2013, 20:47:34 »
Como é que "ver o movimento gay", realmente exemplifica que é melhor essa junção? Está comparando ao que exatamente? A outros movimentos que usam só lobby, ou só "grito"? Onde? Quais? Ou movimentos gays em outros países que sejam mais políticos e menos carnavalescos?

E porque dar auto-identificação nesse caso em particular é bom, se de modo geral não-fascistas consideram melhor que as pessoas se vejam (e aos outros) como indivíduos, não como parte de uma massa? Pensamento/política/identidade de massa é geralmente visto como algo ruim. Reprime divergências. Me parece que esse tipo de coisa acontece no feminismo e nos movimentos negros pelo menos, quem diverge é logo taxado de traidor, de "opressor" infiltrado. Mesmo com ateísmo eu uma vez questionei qualquer coisa "política" (acho que era algo em torno do "deus seja louvado" nas notas ou algo que o valha) e me falaram que "duvido que você seja ateu de verdade".

Eu tenho a impressão que essa coisa toda de passeatas/protestos gays, vegetarianas, feministas, "da paz", atéias, etc, na maior parte do tempo, não só não trazem nenhum benefício aos grupos, como dificulta que sejam levados a sério, no que quer que tenham a dizer que realmente faça sentido.

Acho bastante provável que as pessoas que não façam parte desses grupos os tendam a ver com maior respeito quanto menos são expostas a movimentos espalhafatosos e exagerados que parecem casos de "lei de Poe". Seria interessante bolarem um tipo de "teste de associação implícita" para esse tipo de coisa, e usar imagens ou "primings" desses grupos, em versões "bem comportadas" e "escandalosas", e então comparar os resultados. Acho que a diferença a favor dos "bem comportados" será especialmente mais drástica naquelas pesoas que não tenham qualquer afinidade com o grupo em questão.





Acho que talvez o melhor exemplo de ativismo contraproducente são as modelos e atrizes que posam peladas para a PETA, ou mesmo os grupos de feministas que andam peladas por aí de vez em quando.

Se elas dizem, "prefiro ficar pelada do que vestir peles", então a tendência é que parte da população preferisse que todas as roupas fossem de peles, se possível. Elas deveriam é prometer que posariam peladas conforme baixassem os lucros de quem produz roupas de peles.

Parece até que essas coisas são dirigidas por quem tem interesse em que elas continuem. Na Cracked mencioanram que produtores de cigarro, conseguiram não só posar de bonzinhos e preocupados com uma campanha "fale com seus filhos sobre os males do cigarro", como ao mesmo tempo aumentar os lucros, por efeitos de psicologia reversa.

Com essas coisas de movimentos sociais me parece algo meio parecido, os extremos se alimentam mutuamente.

Offline JJ

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Re:Manifestações como passeatas têm qualquer efeito significativo?
« Resposta #59 Online: 16 de Novembro de 2018, 19:14:22 »
Lei de terrorismo, aprovada no Senado, fragiliza protestos no Brasil


Projeto abre brechas para criminalizar manifestações, segundo grupos de direitos humanos


São Paulo 31 OUT 2015 - 05:08   CET
Senado aprova lei do terrorismo


Cerco de policiais a manifestantes. BOSCO MARTÍN



Moradores da periferia queimam um ônibus para protestar contra a morte de um jovem nas mãos da polícia. Durante uma manifestação de estudantes contra o fechamento de escolas estaduais, uma estação do metrô é apedrejada. Em passeata pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, um rapaz que vestia camiseta vermelha é agredido com tapas e pontapés. De acordo com uma lei aprovada na noite desta quarta no Senado, todos os exemplos podem ser enquadrados como atos de terrorismo, e aqueles que os praticaram estão sujeitos a penas de 16 a 24 anos. Curiosamente, o relator da matéria na Casa é Aloysio Nunes (PSDB-SP), ele mesmo tachado de terrorista quando pegou em armas na luta contra a ditadura militar no país. A matéria agora volta para a Câmara, e caso seja aprovada, segue para sanção presidencial.


MAIS INFORMAÇÕES
“O que aconteceu em junho de 2013 no Brasil ainda não acabou”
Manifestação contra o impeachment neste 20 de agosto
Movimentos vão às ruas contra o impeachment e o ajuste fiscal
Protestos vão às ruas em clima de ‘ruim com Dilma, pior sem ela’
A batalha dos revoltados
Os abusos policiais durante os protestos no Brasil chegam ao cenário internacional



O projeto de lei chega num momento em que o Brasil é sacudido por protestos de toda natureza, diante do aprofundamento da crise política e econômica: de professores que se queixam do fechamento de escolas, a movimentos sociais que protestam contra o ajuste fiscal, passando pelos movimento pró e contra impeachment da presidenta Dilma.


O avanço da lei no Senado é visto por entidades de defesa dos direitos humanos como extremamente nocivo, uma vez que tipifica o crime de terrorismo de forma a possivelmente enquadrar participantes de atos de rua que depredem patrimônio público ou privado. Diversas entidades assinaram um manifesto contra a lei. De acordo com o texto divulgado, "as condutas tipificadas são todas já previstas e, por isso, puníveis, na legislação penal em vigor no Brasil". O projeto é apontado como "desnecessário, redundante e desproporcional", além de ter "o potencial de agravar de modo dramático o quadro de restrição a direitos fundamentais e de censura à expressão ideológica e política em que o Brasil já vem incorrendo".


Enquanto os parlamentares se esforçam para criminalizar protestos, o relatório As Ruas Sob Ataque, da ONG Artigo 19, aponta que quem viola direitos em manifestações não costumam ser seus participantes. O documento analisou 740 manifestações de janeiro de 2014 a julho de 2015 - contra a Copa do Mundo, por moradia, de professores entre outros -, e contabilizou 849 detenções arbitrárias e diversas violações dos direitos humanos cometidas pelo Estado. No total, sete pessoas morreram em atos realizados no período. A falta de identificação da tropa - que contraria o próprio Regulamento de Uniformes da Polícia -, a detenção preventiva, que é ilegal, e o uso indiscriminado de balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo são apenas algumas violações cometidas pela PM. A Polícia Militar de São Paulo afirmou em nota que “não existe, no ordenamento jurídico brasileiro, a prisão para averiguação”, e que atos ilegais ou “fundada suspeita” levaram a tropa a conduzir suspeitos para delegacias. Mas o documento pinta um retrato diferente.


Mas não são apenas com balas de borracha e bombas de gás que o Estado age de forma antidemocrática contra protestos de rua


Não são apenas com balas de borracha e bombas de gás que o Estado age de forma antidemocrática contra protestos de rua. O texto fala também sobre a ofensiva do Legislativo para restringir a ação dos manifestantes - e cita o projeto de Nunes como sendo o mais nocivo para a liberdade de expressão. Os juízes também têm sua parcela de culpa, segundo o relatório. “O poder Judiciário chancelou a postura criminalizadora dos poderes Executivo e Legislativo em relação ao direito de protesto, optando pela via da condenação criminal de manifestantes”, diz o texto. Camila Marques, coordenadora do centro de referência legal da Artigo 19, afirma que o estudo buscou analisar “não somente as violações que aconteciam na rua”, mas também a maneira “como o Estado como um todo agiu no sentido de criminalizar os manifestantes”.


“A lógica de segurança dos protestos não se voltou para a proteção e bem estar dos manifestantes e comunicadores presentes nas ruas”, diz o texto. Muito pelo contrário, “as forças de segurança se comportaram de maneira agressiva frente aos protestos, demonstrando despreparo do Estado em lidar com essa legítima forma de expressão dos sistemas democráticos”.


Se por um lado nenhuma destas denúncias contra as polícias é nova, o relatório aponta que, se as forças públicas haviam sido pegas de surpresa durante os protestos de 2013, a partir de 2014 já poderiam ter se preparado de forma adequada para lidar com as manifestações. “Houve o tempo necessário para entender o fenômeno (…) e agir no sentido de garantir os direitos de liberdade de expressão e manifestação”, afirma o relatório. Mas a resposta foi uma modernização do aparato repressivo, com o uso de armadura (apelidada de Robocop), veículos blindados municiados com canhões de água e o kettling (envelopamento) de manifestantes e jornalistas pela tropa. No envelopamento os policiais cercam toda a manifestação - especialistas afirmam que o método coloca as pessoas em risco ao confiná-las.


Protestos contra Dilma Rousseff realizados este ano são um ponto fora da curva no comportamento das Polícias Militares


Em nota, a PM afirmou que é “instituição garantidora da democracia e dos direitos fundamentais”, e que sempre atua “para garantir a segurança dos próprios manifestantes”. Segundo a corporação, a técnica de envelopamento “é utilizada internacionalmente”, e foi responsável pela redução no uso de outras técnicas “potencialmente mais violentas, embora legais, como o uso de munição química e de elastômeros [bala de borracha]”.


O Ministério Público também é acusado no documento por ter encaminhado “diversos inquéritos repletos de inconsistências e ilegalidades, sem provas efetivas”. Um exemplo claro desta prática foi o caso do estudante Fábio Hideki Hirano, detido em junho de 2014 durante ato na avenida Paulista, em São Paulo, e acusado de incitação ao crime, associação criminosa, resistência, desobediência e porte de coquetel molotov. Ele ficou 45 dias preso até que um laudo pericial comprovou que ele não tinha explosivo algum: teria sido detido apenas por estar de capacete no meio do protesto.


Ponto fora da curva


Para Camila Marques, da Artigo 19, os protestos contra o Governo da presidenta Dilma Rousseff realizados este ano são um ponto fora da curva no comportamento das Polícias Militares do país. Os atos, que reuniram mais de um milhão de pessoas em dezenas de cidades, terminaram sem repressão policial. “São um tipo de manifestação distinta, que provoca reações distintas do Estado”, diz ela. A advogada afirma que estes atos tiveram um apoio institucional da Segurança Pública, “algo que não vimos, por exemplo, nos atos do Movimento Passe Livre”. De acordo com Marques, “em um caso o Estado garante a segurança dos manifestantes, no outro ele provoca as violações”.


Em São Paulo, onde houve o maior público nos atos contra a mandatária, o governador tucano Geraldo Alckmin foi acusado de incentivar os protestos e garantir sua realização. Segundo a coordenadora da ONG, as polícias militares devem sempre agir no sentido de garantir a segurança do protesto “para que ele tenha começo, meio e fim, e alcance seu objetivo político e social”. A atuação nos atos contra Dilma mostram que a tropa “tem algum conhecimento no sentido de garantir estes direitos”, mas ressalta que “a proteção dos atos não pode ser decisão política, mas sim institucional e constitucional”.


Antes e depois de junho de 2013


As chamadas 'jornadas de junho', ocorridas em 2013 e convocadas pelo Movimento Passe Livre, fizeram com que o brasileiro voltasse a conhecer o significado de manifestações de massa. Se inicialmente os protestos contra o aumento da passagem dos transportes reuniam poucos milhares de pessoas, após uma violenta repressão da Polícia Militar em 13 de junho os atos ganharam outra dimensão. Após décadas de ditadura militar - durante as quais não havia direito a protesto -, o país voltava a ter grandes atos. O que se seguiu em 2014 e 2015 foram centenas de protestos - anti-Copa, anti-Dilma, anti-chacinas na periferia -, convocados tanto pela esquerda quanto pela direita. Depois dos anos de chumbo, a população retomou a ação política nas ruas. A dúvida é como o Estado democrático de direito irá lidar com esse novo momento.


https://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/10/politica/1441896491_455735.html

 

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