Recentemente, numa das marchas da maconha aqui em SP, pelo que entendi, a polícia pediu para os manifestante não ocuparem todas as faixas da Paulista. Não deu outra, eles ultrapassaram e invadiram todas. Começaram as musiquinhas, os xingamentos... A polícia reagiu, muita gente se machucou.
Dia desses fizeram a marcha das vadias, não deu em nada. Em Higinópolis, fizeram o encontro da gente diferenciada, também não deu nada. Dentre outras que vez ou outra ferram o trânsito ferrado da região e me pões de mau humor
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Alguns assuntos, como a legalização da maconha, instam nas pessoas uma posição mais aguerrida. O assunto é sensível, as pessoas quando tomam parte, o fazem com fervor e orgulho. O melindre borbulha, qualquer percepção fica exagerada e uma ordem da polícia pode parecer uma afronta. O menor distúrbio pode degringolar em violência. Outros assuntos, como as outras duas manifestações, não. A coisa tudo corre mais como um carnaval, gente junta com um propósito qualquer. O assunto não comove, pouco sensibiliza, não há polêmica. Nesses casos, qualquer ordem da polícia é mais facilmente acatada.
O caso do RS me pareceu do primeiro tipo. A presença policial fazendo proteção a um objeto contra o qual os manifestantes sentem relativa repulsa, como se vê na entrevista postada pelo Jaf aqui, como é de conhecimento geral que muita gente detesta símbolos capitalistas e, por consequência, se sentem no direito de fazer valer sua posição de qualquer maneira, uma ordem policial pode não ser bem recebida, percebida antes como afronta que apenas uma forma de se estabelecer a ordem.
Obviamente, isso tudo é mera confabulação minha e trato somente os manifestantes. Da polícia eu poderia levantar outras situações, como aquelas apontadas pelo Jaf ou mesmo má preparação ou a forma de abordagem, talvez agressiva por demais e que, talvez, pode ser até necessária, fazendo da violência um efeito comum nessas circunstâncias... Enfim, sei la!