Você tem razão quanto ao termo "opção sexual", mas opção ou orientação pra mim não difere no que concerne à essa tese.
Como não difere? O início da defesa da sua tese começou assim (grifo meu):
Atente ao meu grifo, eles não diferem no que concerne à tese de que uma alternativa ao homossexualismo seja algum tipo de tratamento, e em se falando de tratamento se fala de cura, resolução de um problema de desajuste, o que pra mim é falso.
É claro que opção e orientação se diferem, embora no caso dos homossexuais e até dos bissexuais também pode ser uma mistura de ambas.
Vou bater o pé, diferem sim. Justamente porque apenas algo não opcional, que gera desconforto a alguém, já justificaria a existência de um tratamento. O simples fato de algo ser opcional, anula a necessidade de um tratamento.
É claro que opção e orientação se diferem, embora no caso dos homossexuais e até dos bissexuais também pode ser uma mistura de ambas.
Você tem alguma fonte que corrobore isso? Pois tenho fonte científica (já mencionada no tópico) que mostra que não se trata de opção e, portanto, nem uma mistura entre ambas, como você está sugerindo.
Para você não é um problema. Para mim, também não. Mas nós estamos confortavelmente instalados no grupo heterossexual, sem condições de julgar se ser homossexual é um problema ou não.
Discordo. Não estou alienado da sociedade onde vivo, e podemos ter uma percepção bem clara e próxima dos problemas que eventualmente o homossexual pode vir a ter, ainda mais quando temos parentes, vizinhos, amigos entre outras pessoas próximas que vivem essa condição.
Convivo, diariamente, em meios predominantemente gays. A maioria de meus amigos é gay, meu melhor amigo é gay e moramos juntos há 4 anos. E, embora eu saiba de tudo que enfrentam, eu não sinto na pele o que é não ter mais contato com a família, não ter direito a guarda compartilhada de um filho que se teve quando mais jovem e não ser bem vindo em muitos meios, só pra citar alguns exemplos. Não te chamei de alienado. Mas você não pode dizer que sabe como um gay se sente, intimamente, sem ser um.
Essa é uma percepção totalmente particular, que está mais ligada ao histórico individual do que ao que você considera mais ou menos digno. Algumas pessoas simplesmente não querem fazer de sua vida uma luta social contra o preconceito.
Claro, as pessoas não precisam fazer de sua vida uma luta contra o preconceito, mas se o sofrem não há nada de errado em combatê-los.
A questão é justamente essa: porque ser obrigado a combater um preconceito sem vontade de fazê-lo? Você, como ateu, sofre preconceito e porque então não levanta a bandeira da causa ateísta? (Essa comparação continua sendo extremamente desproporcional, ao meu ver, mas já que você propôs eu vou usá-la)
E se houvesse algum meio real de deixar de ser gay (não há, essa nossa conversa é meramente pelo prazer da discussão
) , não como obrigatoriedade, mas como possibilidade, nada mais justo que os próprios pudessem decidir como querem viver.
Claro, cada um deve ser livre para fazer o decidirem fazer com suas vidas, desde que não prejudique outras. Mas como não há essa possibilidade ( deixar de ser gay através de tratamento), discutir essa hipótese pra mim, é dar corda para a discriminação e o preconceito, não há um mínimo de validade nessa discussão.
Se para você não há propósito e um mínimo de validade na discussão, é só não responder ao tópico e aos posts. Talvez você não aprecie o tema ou talvez não esteja apreciando discutir o tema comigo e não vejo nenhum problema nisso. Mas eu discuto e converso aqui no cc, primordialmente, para me divertir. Porque é assim que eu me divirto; debatendo, elaborando, escrevendo... enfim, pensando. Como não estou em rede nacional, em um canal de televisão aberta, mas sim em um fórum que tem como principal proposta proporcionar ao participantes discussões e conversas de alto nível sobre temas diversos, conto sempre com a inteligência dos outros foristas e visitantes que, por ventura, venham a ler nossos posts. Logo, espero que ninguém confunda essa discussão com um incentivo ao preconceito, simplesmente, porque não é.

Você não acha que, ao negar o direito às pessoas de disporem de suas próprias vidas, em nome do que o politicamente correto considera mais digno, é uma atitude opressora?
Sim, mas não é o caso. Estamos discutindo a imposição de um fato politicamente incorreto ( tratamento) a um grupo de pessoas, apenas por causa de sua orientação sexual.
Sim, é o caso, desde quando eu te propus a pensar diferente "e se alguém quiser um tratamento desses e se sentir compelido a negar esse desejo em nome da opinião pública, do politicamente correto?", "e se um gay quiser viver a sua vida em paz e que dane-se a causa homessexual?" e "e se o politicamente correto, estiver sendo opressor e autoritário?".
A comparação com o ateísmo não é válida. Isso não interfere em nenhuma questão legal de nossas vidas, não apanhamos na rua, não somos constantemente ridicularizados… e ainda temos a opção de forjar uma suposta religiosidade para pessoas não íntimas, a qualquer momento, se quisermos ficar mais confortáveis. Nunca precisei fazer isso, mas como atéia, não julgo quem o faça por qualquer razão.
Eu não tenho coragem plena de ficar me declarando ateu à torto e direita por aí. A comparação com o ateísmo tem diferenças, mas também semelhanças, justamente porque nós ateus, relutamos em sair do armário, diferentemente dos gays que já o fazem há algumas décadas, por isso
Então... vou me repetir: se você não tem coragem, porque acha que os outros devam ter?