Tópico: Califórnia proíbe terapia de 'conversão' para jovens gays

[DDV]

O que quer dizer com problema em "achar que seja minimamente válido"?

Digamos que houvesse tal tratamento, que funcionasse. Você acha que não seria "válido" sugerir isso a um homossexual que não gosta de ser homossexual?

Eu entendo assim. Se o cara gosta de homem e encheu o saco ou acha que pra ele não está bom, ele pode passar a pegar mulher,  não precisa de tratamento, psicólogo, quimioterapia ou benzimento para um simples gosto sexual e pessoal. Se essa tese tiver minimamente alguma validade você tem que aceitar que uma pessoa que é heterossexual e não gosta de sê-lo (?), teria que fazer um tratamento para para virar gay.  Talvez o mais importante nesse caso é perguntar ao homossexual porque não gosta de ser o que é. É opressão, discriminação, sentimento de inferioridade numa sociedade machista e religiosa? Não vejo outra razão para a pessoa não gostar de se homossexual, se o que eu entendo por ser homossexual é uma simples opção ou gosto, preferência.

Mas Juca, não se usa mais a expressão "opção sexual", e sim "orientação sexual", justamente porque não é uma questão de preferência. Ainda não se sabe a causa da homossexualidade, mas ninguém escolhe ser gay. E, nesse caso, é bem possível que alguém queira mudar isso exatamente pelo que você citou "opressão, discriminação, sentimento de inferioridade numa sociedade machista e religiosa" . Se a medicina existe, primordialmente, para proporcionar bem estar e conforto (inclusive psicológico), um hipotético tratamento seria válido.

http://www.apa.org/helpcenter/sexual-orientation.aspx

Você tem razão quanto ao termo "opção sexual", mas opção ou orientação pra mim não difere no que concerne à essa tese. O desejo sexual é um só. A partir do momento em se fala de tratamento, automaticamente se relaciona o homossexualismo a um problema que precisa de cura ou de resolução. Em outra spalavras se diz ao homossexual que ele está errado e a discriminação certa. Pra mim qualquer coisa que diga que o homossexualismo é um problema está errado.

Discordo. O cara que é homossexual pode apenas querer que seu instinto sexual fique compatível com o seu corpo (órgãos sexuais).

[DDV]

A argumentação contra esse tipo de coisa nada mais é do que falácia naturalista. Se a pessoa naturalmente tem a condição X, ela "deve" ser assim, mesmo contra sua vontade, e condena-se moralmente a opção de ser normal/ter outra condição.

É mais ou menos como aqueles antropólogos que acham errado os membros de tribos com tecnologia primitiva adotarem tecnologias ou costumes modernos, pois ao fazer isso, estariam de alguma forma "traindo" ou depreciando as suas tradições. Algo parecido seriam os negros que não gostam ou aderem a estereótipos da cultura africana (roupas, acessórios, religião, etc).

[Laura]

Homossexuais são historicamente discriminados, porque fazer essa correlação hipotética, falando de tratamento, para algo que não precisa de tratamento justamente em cima daquilo do que mais sofrem esse grupo? A minha questão é essa. Pra mim discutir liberdade individual em cima do fato de uma escolha em deixar de ser homossexual só conota um certo preconceito, discriminação, que afinal, talvez você  tenha menos que eu no dia a dia, de acordo com sua história de vida.

Desculpe-me se em algum momento meus argumentos soaram agressivos, essa jamais será a minha intenção. Falo com muito tranquilidade desse assunto, justamente porque tenho intimidade com esse universo. E, francamente, se fosse para simplesmente criticar o politicamente incorreto sobre o tema homossexualidade, já tão explorado, preferiria nem me manifestar. Isso sim, já nem deveria ter mais validade entre pessoas esclarecidas, servindo apenas para os grandes meios de comunicação tentarem educar a massa. Já não é óbvio que as pessoas merecem respeito, independente do sexo de seus parceiros sexuais? Lembre-se, estamos nós dois conversando sobre isso, entre pessoas das quais eu espero um nível mínimo de esclarecimento, não estou falando com crianças e nem com pessoas ignorantes. Existe todo um contexto.

Uma das coisas que eu mais gosto e espero do fórum é justamente a possibilidade de sair do lugar comum das conversas cotidianas.

[Laura]

Acho que o que o Juca não concorda é que mesmo que existisse um método para mudar a orientação sexual isso não poderia ser denominado tratamento, pois esse nome carregaria implicitamente (ou subrepticiamente) "cura" e doença".

Não sei... ele parece incomodado com o fato de alguém se adaptar a sociedade, tal como ela é, majoritariamente, especialmente se para isso tenha que adotar uma postura politicamente incorreta e supostamente preconceituosa.  Se é uma questão de nomenclatura, tudo bem, podemos chamar de qualquer outra coisa, não faz diferença em toda a minha linha de raciocínio. Nesse caso, eu estava defendendo a vontade individual acima de qualquer conceito coletivo de certo e errado.

[DDV]

Homossexuais são historicamente discriminados, porque fazer essa correlação hipotética, falando de tratamento, para algo que não precisa de tratamento justamente em cima daquilo do que mais sofrem esse grupo? A minha questão é essa. Pra mim discutir liberdade individual em cima do fato de uma escolha em deixar de ser homossexual só conota um certo preconceito, discriminação, que afinal, talvez você  tenha menos que eu no dia a dia, de acordo com sua história de vida.

Concordo. Discussões sobre homossexualidade deveriam ser censuradas.

[DDV]

Acho que o que o Juca não concorda é que mesmo que existisse um método para mudar a orientação sexual isso não poderia ser denominado tratamento, pois esse nome carregaria implicitamente (ou subrepticiamente) "cura" e doença".

Poderíamos chamar de "calibração" ou "realinhamento" do instinto sexual com os órgãos sexuais. A pessoas receberia a opção de mudar o instinto para adequá-lo ao corpo ou mudar  corpo para adequá-lo ao instinto. 

[Laura]

Acho que o que o Juca não concorda é que mesmo que existisse um método para mudar a orientação sexual isso não poderia ser denominado tratamento, pois esse nome carregaria implicitamente (ou subrepticiamente) "cura" e doença".

Poderíamos chamar de "calibração" ou "realinhamento" do instinto sexual com os órgãos sexuais. A pessoas receberia a opção de mudar o instinto para adequá-lo ao corpo ou mudar  corpo para adequá-lo ao instinto. 

"Realinhamento", boa! Fiquei pensando em uma palavra, mas nenhuma parecia suficientemente correta (politicamente falando, é claro).

[Price]

Considerando que não se sabe a causa da homoafetividade, qualquer tipo de proposição de tratamento, e qualquer tratamento por si só, é mera estupidez.

[_Juca_]

Acho que o que o Juca não concorda é que mesmo que existisse um método para mudar a orientação sexual isso não poderia ser denominado tratamento, pois esse nome carregaria implicitamente (ou subrepticiamente) "cura" e doença".

Não sei... ele parece incomodado com o fato de alguém se adaptar a sociedade, tal como ela é, majoritariamente, especialmente se para isso tenha que adotar uma postura politicamente incorreta e supostamente preconceituosa.  Se é uma questão de nomenclatura, tudo bem, podemos chamar de qualquer outra coisa, não faz diferença em toda a minha linha de raciocínio. Nesse caso, eu estava defendendo a vontade individual acima de qualquer conceito coletivo de certo e errado.

Na verdade me sinto incomodado na proposição de adaptação à sociedade de uma minoria à uma maioria, ainda mais dando a isso o nome de tratamento. Nada tem haver com politicamente correto ou incorreto. A liberdade individual também tem seus limites diante da coletividade, não?

[DDV]

A liberdade individual também tem seus limites diante da coletividade, não?

Se prejudicar a liberdade individual alheia, sim.

[Laura]

Na verdade me sinto incomodado na proposição de adaptação à sociedade de uma minoria à uma maioria, ainda mais dando a isso o nome de tratamento.

Certo, entendo o seu incômodo. Só que nessa situação hipotética, seria uma decisão pessoal se adaptar a maioria ou não. Se as pessoas que assim o fizessem desejassem essa adaptação, porque eu ou você devemos nos sentir incomodados por isso? Quanto a palavra "tratamento", concordo que ela não seja adequada, só não pensei em nenhuma outra.

Nada tem haver com politicamente correto ou incorreto.

Tudo bem, eu só imaginei isso a partir dessa afirmação sua: "Sim, mas não é o caso. Estamos discutindo a imposição de um fato politicamente incorreto ( tratamento) a um grupo de pessoas, apenas por causa de sua orientação sexual.". 

A liberdade individual também tem seus limites diante da coletividade, não?

Sim, claro que sim! Não estou sugerindo um faroeste, Juca. 
Estou considerando que os voluntários hipotéticos para o "alguma coisa que substitua tratamento" hipotético sejam pessoas adultas e em pleno gozo de suas faculdades mentais. Nesse caso, acho que a coletividade não deve ter nenhum poder de decisão sobre o indivíduo.

[Buckaroo Banzai]

A argumentação contra esse tipo de coisa nada mais é do que falácia naturalista. Se a pessoa naturalmente tem a condição X, ela "deve" ser assim, mesmo contra sua vontade, e condena-se moralmente a opção de ser normal/ter outra condição.

É mais ou menos como aqueles antropólogos que acham errado os membros de tribos com tecnologia primitiva adotarem tecnologias ou costumes modernos, pois ao fazer isso, estariam de alguma forma "traindo" ou depreciando as suas tradições. Algo parecido seriam os negros que não gostam ou aderem a estereótipos da cultura africana (roupas, acessórios, religião, etc).

Em família progressiva radical:

_ Pai... não sei como dizer... mas preciso.. eu sou gay... mas eu não queria ser! Tem esse tratamento experimental, será que...
_ O quê? Pode parar com isso agora mesmo! Onde já se viu uma coisa dessas! Filho gay meu, tem que ser gay e ponto final! É assim que você nasceu, e é assim que vai morrer! Foi assim que a natureza te fez! Mudar isso é uma abominação!!
_ Mas pai--
_ Não tem nada de "mais"! Vai continuar sendo gay e ponto final! Eu não quero saber se os seus colegas da escola vão te zoar, se tem menos parceiros potenciais, se tem mais risco de pegar HIV, não importa! E não se fala mais disso nessa casa!

[Osler]

Acho que o que o Juca não concorda é que mesmo que existisse um método para mudar a orientação sexual isso não poderia ser denominado tratamento, pois esse nome carregaria implicitamente (ou subrepticiamente) "cura" e doença".

Não sei... ele parece incomodado com o fato de alguém se adaptar a sociedade, tal como ela é, majoritariamente, especialmente se para isso tenha que adotar uma postura politicamente incorreta e supostamente preconceituosa. Se é uma questão de nomenclatura, tudo bem, podemos chamar de qualquer outra coisa, não faz diferença em toda a minha linha de raciocínio. Nesse caso, eu estava defendendo a vontade individual acima de qualquer conceito coletivo de certo e errado.

Nesse caso a nomenclatura faz toda a diferença, como você mesmo afirmou em:

Mas Juca, não se usa mais a expressão "opção sexual", e sim "orientação sexual", justamente porque não é uma questão de preferência.

Ninguem sabe até hoje o que determina a orientação sexual, na medida que adotamos termos como tratamento e cura implicitamente fazemos um link entre homafetividade e doença.
A não ser que se proponha usar o termo tratamento com um sentido beeeeeem mais amplo.
Não costumo ser tão cri cri assim com a terminologia, mas ache que nesse caso faz diferença sim.

Acho que o que o Juca não concorda é que mesmo que existisse um método para mudar a orientação sexual isso não poderia ser denominado tratamento, pois esse nome carregaria implicitamente (ou subrepticiamente) "cura" e doença".

Poderíamos chamar de "calibração" ou "realinhamento" do instinto sexual com os órgãos sexuais. A pessoas receberia a opção de mudar o instinto para adequá-lo ao corpo ou mudar  corpo para adequá-lo ao instinto. 

Nem todo homoafetivo deseja modificar o corpo, o que não faltam são variações, e a transexualidade não é a regra (mesmo quando permitida).  De qualquer maneira gostei dos termos 

Considerando que não se sabe a causa da homoafetividade, qualquer tipo de proposição de tratamento, e qualquer tratamento por si só, é mera estupidez.

Totalmente de acordo, mas o tópico já mudou da discussão sobre o tratamento de jovens gays na california para uma masturbação mental discussão hipotética sobre a possibilidade de realinhamento sengundo o intinto sexual de cada um.

[Laura]

Nesse caso a nomenclatura faz toda a diferença, como você mesmo afirmou em:

Mas Juca, não se usa mais a expressão "opção sexual", e sim "orientação sexual", justamente porque não é uma questão de preferência.

Ok, tem razão. Não tinha um termo bom para substituir a palavra tratamento. Mas agora isso não é mais um problema, pois graças ao DDV, nós temos o "realinhamento".

Considerando que não se sabe a causa da homoafetividade, qualquer tipo de proposição de tratamento, e qualquer tratamento por si só, é mera estupidez.

Totalmente de acordo, mas o tópico já mudou da discussão sobre o tratamento de jovens gays na california para uma masturbação mental discussão hipotética sobre a possibilidade de realinhamento sengundo o intinto sexual de cada um.

Isso aconteceu já na primeira página. Mas nada impede que você volte a falar sobre o tratamento de jovens gays californianos, se quiser. Assim como nada o obriga a participar da nossa masturbação mental.

[Osler]

Isso aconteceu já na primeira página. Mas nada impede que você volte a falar sobre o tratamento de jovens gays californianos, se quiser. Assim como nada o obriga a participar da nossa masturbação mental.

Sem problema, como médico eu sempre falo para os meus paciente que masturbação faz bem a saúde   

[Price]

Que comecem as maturbações.

[Laura]

Sem problema, como médico eu sempre falo para os meus paciente que masturbação faz bem a saúde   

  Bela recomendação!