Professor de psicologia nos EUA diz que expressões espalham peconceito e pede que sejam esquecidas
Para professor, os apelidos têm a mesma força de expressões racistas
David Anderegg, professor de psicologia no Bennington College, é a favor do fim das expressões nerd e geek. Para ele, a simples menção dos apelidos servem apenas para perpetuar o estereótipo e, assim como apelidos racistas, são perigosos e deveriam ser banidos.
É a resposta do professor, dada ao jornal New York Times, a um artigo publicado no mesmo jornal em que o autor sugere que, no futuro, os Estados Unidos vão precisar de mais "cool nerds", ou nerds bacanas. O texto informa que o nerd legal é aquele com carreira híbrida e que combina computação com outros campos, de medicina à indústria do cinema em Hollywood.
O jornal afirma que a expressão cool nerd já tem sido utilizada em escolas elitizadas do ensino médio em Manhattan como um elogio, para se referir alguém com níveis acadêmicos e intelectuais invejáveis e com interesses diversos.
Para o dr. Anderegg, é possível que em alguns lugares dos Estados Unidos as expressões tenham caráter posítivo, mas ele acredita que na maioria do país a expressão deve ser evitada. As expressões, de acordo com o psicólogo, são parecidas mas não iguais: enquanto geek sugere alguém com conhecimentos específicos, nerd é sinônimo de alguém socialmente inapto ou inadequado. E nenhuma das duas é legal. Ainda segundo Anderegg, os jovens associam matemática, ciências e computação com nerds e geeks. Na visão dele, o resultado é que muitos se autosabotam nesses campos, que se reflete no mercado de trabalho.
"A melhor maneira de combater isso é jogar as expressões em uma lata de lixo linguística", sugere dr. Anderegg. Ele entende do assunto. Um de seus livros se chamada "Nerds: Who They Are and Why We Need More of Them" (Nerds: quem são eles e por que precisamos mais deles).
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