Autor Tópico: As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.  (Lida 1913 vezes)

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Offline LaraAS

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As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Online: 18 de Dezembro de 2012, 16:07:08 »

         Nisso sim é sério e certo que há diferenças endócrinas entre o homem e a mulher, não como aquela vez em que eu falei mas de um modo metafórico sobre pessoas de ideologias extremistas.
         Mas no caso de homens e mulheres (deixando de lado os muito minoritários casos de hermafrodistas) é verdade que eles têm diferenças em certos hormônios, as mulheres com mais ocitocina e dopamina hormônios que reagindo com o cérebro são ligados ao carinho, a empatia, e os homens mais testosterona e adrenalina, hormônios que reagindo com o cérebro ligados a agressividade, assertividade e defesa bem assertiva, e em todos os mamíferos é assim, então não é só questão de alguma coisa desenvolvida através da cultura, através da educação.
          Para confirmar isso, é só ver qualquer livro ou artigo sobre endocrinologia, neurologia  e etologia.
          Quer dizer a versão mais extremista de "ideologia de gênero" é uma coisa que não tem nada a ver, que é totalmente irreal.
          Uma versão mais moderada ainda pode ter alguma coisa a ver, mas a versão mais extremista não tem nada a ver, nada a ver mesmo.
          E a etologia mostra que nos grandes antropoides e mesmo na maioria dos mamíferos, os machos fazem mais atividades produtivas, como a caça ou a coleta, a fêmea até faz um pouco, mas menos que o macho, pois tem que gastar tempo cuidando dos filhos.
          No caso dos humanos às vezes é o irmão da mãe, o tio paterno da nova geração que faz esse papel, mas sempre há um homem fazendo esse papel. Já nos casos de vários pais e mães sociais chamados pelo mesmo nome e tendo todos os filhos de todos em comum, são só em grupos locais muito pequenos, de só no máximo uns 200 membros que acontece isso. Os de 400 membros para mais já tem alguns subdivisões a mais.
          É preciso distinguir o feminismo sério da "ideologia de gênero" do falso feminismo "machorro" e "mari-macho". O feminismo sério reconhece as diferenças entre os homens e as mulheres e considera isso como diferenças em que para se conseguir a igualdade é preciso dar uma ajuda a mais para a mulher,meio estilo só para comparar, a ajuda que se dá a paralíticos, é claro que não é só isso, pois a maior fraqueza física da mulher e os hormônios diferentes da mulher tem relação com uma função social e etológica, a maternidade e cuidar dos filhos e dos idosos e doentes enquanto que um paralitico não tem esse tipo de função, mas é uma coisa que pode ser usada como comparação metafórica, inclusive para incentivar a empatia dos homens, afinal qualquer homem pode ficar paralitico.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #1 Online: 18 de Dezembro de 2012, 16:35:31 »
Tem dois problemas principais, o primeiro é se automaticamente assumir que as diferenças observadas nesse tipo de coisa dão conta das diferenças de comportamento observadas. Outra é desconsiderar a possibilidade de uma cadeia de causalidade mais complexa, e até inversa.

Testosterona, por exemplo, não tem todo o papel em agressividade que as pessoas costumam assumir. Enquanto que se você castra um bicho como um babuíno seus níveis de agressividade praticamente zeram, o aumento de agressividade não é proporcional ao aumento de testosterona, a agressividade atinge um platô, e aumentos nos níveis de testosterona não aumentam a agressividade (mas se não me engano ocorre o contrário). Acho que vi isso em alguma coisa do Robert Sapolsky.

Depois vou postar umas coisas interessantes sobre diferenças e similaridades entre homens e mulheres que vi numas resenhas e entrevistas sobre o livro "gender delusion" de Cordelia Fine. É bastante interessante, não são aquelas viagens ignorantes de pós-modernistas do tipo Judith Butler questionando a existência do sexo (ou seja lá o que se possa abstrair de significado real de toda verborragia vazia), mas críticas ainda dentro de um discurso 100% de acordo com a ciência, apontando como as evidências são muitas vezes mais tênues do que alguns autores fazem parecer, e como as conclusões também acabam sendo algo forçadas.

Algo um pouco relacionado que vi mais recentemente pode ser relacionado à teoria de espectro de masculinidade/feminilidade para o autismo ou espectro do autismo, do Baron-Cohen. Um dos elementos associados à masculinidade e espectro de autismo na teoria é menor empatia, mas dependendo de como se analisa a empatia, os autistas podem até ter em maior grau do que os neurotípicos. Se considerando apenas homens e mulheres neurotípicos, Fine aponta algo como que essas diferenças aparecem apenas dentro de contextos que reforça estereótipos/papéis masculinos e femininos, quando isso não ocorre, os níveis de empatia são iguais.


Um tópico com um link para um debate entre Steven Pinker e Elizabeth Spelke, justamente sobre esse assunto:

Pinker versus Spelke sobre diferenças entre os sexos na atividade científica

Offline LaraAS

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #2 Online: 18 de Dezembro de 2012, 16:57:49 »

         Nisso sim é sério e certo que há diferenças endócrinas entre o homem e a mulher, não como aquela vez em que eu falei mas de um modo metafórico sobre pessoas de ideologias extremistas.
         Mas no caso de homens e mulheres (deixando de lado os muito minoritários casos de hermafrodistas) é verdade que eles têm diferenças em certos hormônios, as mulheres com mais ocitocina e dopamina hormônios que reagindo com o cérebro são ligados ao carinho, a empatia, e os homens mais testosterona e adrenalina, hormônios que reagindo com o cérebro ligados a agressividade, assertividade e defesa bem assertiva, e em todos os mamíferos é assim, então não é só questão de alguma coisa desenvolvida através da cultura, através da educação.
          Para confirmar isso, é só ver qualquer livro ou artigo sobre endocrinologia, neurologia  e etologia.
          Quer dizer a versão mais extremista de "ideologia de gênero" é uma coisa que não tem nada a ver, que é totalmente irreal.
          Uma versão mais moderada ainda pode ter alguma coisa a ver, mas a versão mais extremista não tem nada a ver, nada a ver mesmo.
          E a etologia mostra que nos grandes antropoides e mesmo na maioria dos mamíferos, os machos fazem mais atividades produtivas, como a caça ou a coleta, a fêmea até faz um pouco, mas menos que o macho, pois tem que gastar tempo cuidando dos filhos.
          No caso dos humanos às vezes é o irmão da mãe, o tio paterno da nova geração que faz esse papel, mas sempre há um homem fazendo esse papel. Já nos casos de vários pais e mães sociais chamados pelo mesmo nome e tendo todos os filhos de todos em comum, são só em grupos locais muito pequenos, de só no máximo uns 200 membros que acontece isso. Os de 400 membros para mais já tem alguns subdivisões a mais.
          É preciso distinguir o feminismo sério da "ideologia de gênero" do falso feminismo "machorro" e "mari-macho". O feminismo sério reconhece as diferenças entre os homens e as mulheres e considera isso como diferenças em que para se conseguir a igualdade é preciso dar uma ajuda a mais para a mulher,meio estilo só para comparar, a ajuda que se dá a paralíticos, é claro que não é só isso, pois a maior fraqueza física da mulher e os hormônios diferentes da mulher tem relação com uma função social e etológica, a maternidade e cuidar dos filhos e dos idosos e doentes enquanto que um paralitico não tem esse tipo de função, mas é uma coisa que pode ser usada como comparação metafórica, inclusive para incentivar a empatia dos homens, afinal qualquer homem pode ficar paralitico.

             Ah....outra coisa, mesmo nos casos de grupos locais de cerca de 200 membros, em que todos os homens e mulheres são pais e mães sociais por igual, os homens fazem mais atividades produtivas e fazem 99% das atividades de defesa física em 99,9% dos grupos. É claro sempre há algum grupo étnico excêntrico, mas é uma minoria, o típico caso de "exceção que confirma a regra" e só em 0,01 das etnias, se não ainda menos.

Offline LaraAS

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #3 Online: 18 de Dezembro de 2012, 17:01:23 »
Tem dois problemas principais, o primeiro é se automaticamente assumir que as diferenças observadas nesse tipo de coisa dão conta das diferenças de comportamento observadas. Outra é desconsiderar a possibilidade de uma cadeia de causalidade mais complexa, e até inversa.

Testosterona, por exemplo, não tem todo o papel em agressividade que as pessoas costumam assumir. Enquanto que se você castra um bicho como um babuíno seus níveis de agressividade praticamente zeram, o aumento de agressividade não é proporcional ao aumento de testosterona, a agressividade atinge um platô, e aumentos nos níveis de testosterona não aumentam a agressividade (mas se não me engano ocorre o contrário). Acho que vi isso em alguma coisa do Robert Sapolsky.

Depois vou postar umas coisas interessantes sobre diferenças e similaridades entre homens e mulheres que vi numas resenhas e entrevistas sobre o livro "gender delusion" de Cordelia Fine. É bastante interessante, não são aquelas viagens ignorantes de pós-modernistas do tipo Judith Butler questionando a existência do sexo (ou seja lá o que se possa abstrair de significado real de toda verborragia vazia), mas críticas ainda dentro de um discurso 100% de acordo com a ciência, apontando como as evidências são muitas vezes mais tênues do que alguns autores fazem parecer, e como as conclusões também acabam sendo algo forçadas.

Algo um pouco relacionado que vi mais recentemente pode ser relacionado à teoria de espectro de masculinidade/feminilidade para o autismo ou espectro do autismo, do Baron-Cohen. Um dos elementos associados à masculinidade e espectro de autismo na teoria é menor empatia, mas dependendo de como se analisa a empatia, os autistas podem até ter em maior grau do que os neurotípicos. Se considerando apenas homens e mulheres neurotípicos, Fine aponta algo como que essas diferenças aparecem apenas dentro de contextos que reforça estereótipos/papéis masculinos e femininos, quando isso não ocorre, os níveis de empatia são iguais.


Um tópico com um link para um debate entre Steven Pinker e Elizabeth Spelke, justamente sobre esse assunto:

Pinker versus Spelke sobre diferenças entre os sexos na atividade científica

           E o argumento etológico?
           E há também o fato de que 95% dos presos por crimes hediondos são homens, 95% dos presos por crimes de sangue e/ou cruéis feitos a frio e de modo premeditado são homens, inclusive em países com uma resolução de crimes em proporção razoável, não como o Brasil, em que só uma pequena proporção dos crimes são resolvido, e inclusive em democracias, inclusive em democracias com uma boa igualdade de sexos em outras coisas, como os países escandinavos. E justamente pelo fato de serem premeditados não tem tanto a ver com a força física, além do que com as armas atuais essa diferença fica quase neutralizada.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #4 Online: 18 de Dezembro de 2012, 18:50:32 »
Eu não disse nada (nem as pesquisadoras citadas, suponho) que não seja compatível com os fatos. Que diga-se de passagem, não nos permitem dar uma explicação simples de "masculinidade=criminalidade/violência" e "feminlidade=reditão/docilidade". A maior parte dos homens não são criminosos; há enorme diferença nos números da criminalidade ao redor do mundo e ao longo da história, sem que isso seja correlacionado a países ou épocas com homens biologicamente mais ou menos efeminados.

Offline Geotecton

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #5 Online: 18 de Dezembro de 2012, 21:59:26 »
Ei, faltou você incluir a relação entre o conteúdo do tópico com os marxistas-leninistas.

Textualmente, é claro.

 :P
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Offline AleYsatis

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #6 Online: 18 de Dezembro de 2012, 23:55:19 »

  É preciso distinguir o feminismo sério da "ideologia de gênero" do falso feminismo "machorro" e "mari-macho". O feminismo sério reconhece as diferenças entre os homens e as mulheres e considera isso como diferenças em que para se conseguir a igualdade é preciso dar uma ajuda a mais para a mulher,meio estilo só para comparar, a ajuda que se dá a paralíticos, é claro que não é só isso, pois a maior fraqueza física da mulher e os hormônios diferentes da mulher tem relação com uma função social e etológica, a maternidade e cuidar dos filhos e dos idosos e doentes enquanto que um paralitico não tem esse tipo de função, mas é uma coisa que pode ser usada como comparação metafórica, inclusive para incentivar a empatia dos homens, afinal qualquer homem pode ficar paralitico.
Até reencarnei aqui, senhor tome conta... Feminismo de ponta esse, comparar mulher a um paralítico... Não sei se rio ou se choro, então faço os dois:

 :histeria:  :chorao:  :histeria:  :chorao:

Não, mentira, não reencarnei não, que tenho muitos trabalhos para fazer e coisas mais sérias que passar o dia aqui nessa budega ouvindo-lendo esse tipo de coisa... Só me revirei no caixão por um minuto...
« Última modificação: 18 de Dezembro de 2012, 23:58:55 por AleYsatis (RIP) »
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Offline LaraAS

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #7 Online: 20 de Dezembro de 2012, 05:25:36 »

          Ah....também há outra coisa, no caso da adrenalina sem dúvida que tem a ver com uma maior agressividade de violência, e o homem tem mais adrenalina.

Offline LaraAS

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #8 Online: 20 de Dezembro de 2012, 05:55:31 »

          Ah....também há outra coisa, no caso da adrenalina sem dúvida que tem a ver com uma maior agressividade de violência, e o homem tem mais adrenalina.


           Isso provavelmente também tem a ver com o maior índice de suicídio entre os homens em comparação com as mulheres, pois se é verdade que a adrenalina também pode tornar a forma de incentivar a fuga e ajudá-la, no caso dos homens quando o problema é grande demais e ele não pode responder com a agressão, então isso leva a uma agressão contra si mesmo, é nesse sentido que acorre a fuga em casos graves demais.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #9 Online: 20 de Dezembro de 2012, 14:01:13 »

          Ah....também há outra coisa, no caso da adrenalina sem dúvida que tem a ver com uma maior agressividade de violência, e o homem tem mais adrenalina.

"Sem dúvida"? A quantidade maior de adrenalina é proporcional ao tamanho maior do cérebro e do corpo, ou é desproporcional? Você sabe dizer ao menos isso?


Não existe nenhuma explicação biológica simples para a violência na sociedade.

Enquanto os yanomami vivem resolvendo disputas/atritos em lutas mortais, os esquimós (ou parte deles) têm a tradição de tratar pessoas com raiva como se fossem criancinhas, por considerarem a raiva um comportamento infantil. Se houvesse qualquer causa biológica simples na agressão, se esperaria um padrão universal muito mais estável.

Isso não quer dizer que não haja diferenças entre homens e mulheres, mas simplesmente são insuficientes para dar qualquer resposta muito significativa. Em parte porque a cultura pode até influenciar em como homens e mulheres reagem diferentemente a situações de estresse, isso é algo que foi observado até em babuínos. Num bando que acabou se vendo livre dos machos dominantes (morreram por doença), acabou sendo criada e preservada uma cultura mais "dócil"/"feminina", mesmo depois da vinda de outros machos, de outros grupos.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #10 Online: 31 de Dezembro de 2012, 18:42:49 »

Citar
Testosterone rules: it takes more than just a hormone to make a fellow's trigger finger itch

Discover, March, 1997
Robert Sapolsky. Professor of Biological Sciences, Neurology and Neurological Sciences at
Standford University

[...]
Difficult though scientists with physics envy find it to believe, interindividual differences in
testosterone levels don't predict subsequent differences In aggressive behavior among
individuals. Similarly, fluctuations in testosterone levels within one individual over time don't
predict subsequent changes in the levels of aggression in that one individual -- get a hiccup
in testosterone secretion one afternoon and that's not when the guy goes postal.
Look at our confusing state: normal levels of testosterone are a prerequisite for normal
levels of aggression. Yet if one male's genetic makeup predisposes him to higher levels of
testosterone than the next guy, he isn't necessarily going to be more aggressive. Like
clockwork, that statement makes the students suddenly start coming to office hours in a
panic, asking whether they missed something, in their lecture notes.
Yes, its going to be on the final, and it's one of the more subtle points in endocrinology --
what's referred to as a hormone having a permissive effect." Remove someones testes and,
as noted, the frequency of aggressive behavior is likely to plummet. Reinstate pre-castration
levels of testosterone by injecting the hormone, and pre-castration levels of aggression
typically return. Fair enough. Now, this time, castrate an individual and restore testosterone
levels to only 20 percent of normal. Amazingly, normal pre-castration levels of aggression
come back. Castrate and now introduce twice the testosterone levels from before castration,
and the same level of aggressive behavior returns. You need some testosterone around for
normal aggressive behavior. Zero levels after castration, and down it usually goes@
quadruple levels (the sort of range generated in weight filters abusing anabolic steroids), and
aggression typically increases. But anywhere from roughly 20 percent of normal to twice
normal and its all the same. The brain can't distinguish among this wide range of basically
normal values.

If you knew a great deal about the genetic makeup of a bunch of males, enough to
understand how much testosterone they secreted into their bloodstream, you still couldn't
predict levels of aggression among those individuals. Nevertheless, the subtraction and
reinstatement data seem to indicate that, in a broad sort of way, testosterone causes
aggressive behavior. But that turns out not to be true either, and the implications of this are
lost on most people the first 30 times they hear about it. Those implications are important,
however -- so important that its worth saying 31 times.
Round up some male monkeys. Put them in a group together and give them plenty of time to
sort out where they stand with each other -- grudges, affiliative friendships. Give them
enough time to form a dominance hierarchy, the sort of linear ranking in which number 3, for
example, can pass his day throwing around his weight with numbers 4 and 5, ripping off
their monkey chow, forcing them to relinquish die best spots to sit in, but numbers 1 and 2
still expect and receive from him the most obsequious brownnosing.
Hierarchy in place, its time to do your experiment. Take that third-ranking monkey and give
him some testosterone. None of this within-the-normal-range stuff. Inject a ton of it, way
higher than what you normally see in rhesus monkeys, give him enough testosterone to
grow antlers and a beard on every neuron in his brain. And, no surprise, when you check the
behavioral data, he will probably be participating in more aggressive interactions than
before.
So even though small fluctuations in the levels of the hormone don't seem to matter much,
testosterone still causes aggression, right? Wrong. Check out number 3 more closely. Is he
raining aggressive terror on everyone in the group, frothing with indiscriminate violence? Not
at all. He's still judiciously kowtowing to numbers I and 2 but has become a total bastard to
numbers,1 and 5. Testosterone isn't causing aggression, its exagerating the aggression
that's already there.
Another example, just to show we're serious. There's a part of your brain that probably has
lots to do with aggression, a region called the amygdala. Sitting near It is the Grand Central
Station of emotion-related activity in your brain, die hypothalamus. The amygdala
communicates with the hypothalamus by way of a cable of neuronal connections called the
stria terminals. (No more argon, promise.) The amygdala influences aggression via that
pathway, sending bursts of electrical excitation that ripple down the stria terminalis to the
hypothalamus and put it in a pissy mood.
Once again, do your hormonal intervention: flood die area with testosterone. You can inject
the hormone into the bloodstream, where it eventually makes its way to the amygdala. You
can surgically microinject the stuff directly into the area. In a few years, you may even be
able to construct animals with extra copies of the genes that direct testosterone synthesis,
producing extra hormone that way. Six of one, half a dozen of the other. The key thing is
what doesn't happen next. Does testosterone make waves of electrical excitation surge down
the stria terminalis? Does it turn on that pathway? Not at all. If and only if the amygdala is
already sending an excited volley down the stria terminalis, testosterone Increases the rate
of such activity by shortening the resting time between bouts. It's not turning on the
pathway, its increasing the volume of signaling if it is already turned on. Its not causing
aggression, its exaggerating the pre-existing pattern of it, exaggerating the response to
environmental triggers of aggression.
In every generation, it is the duty of behavioral biologists to try to teach this critical point,
one that seems a maddening cliche once you get it. You take that hoary old dichotomy
between nature and nurture, between intrinsic factors and extrinsic ones, between genes and
environment, and regardless of which behavior and underliving biology you're studying, the
dichotomy is a sham. No genes. No environment. just the interaction between the two.
Do you want to know how important environment and experience are in understanding
testosterone and aggression? Look back at how the effects of castration are discussed
earlier. There were statements like Remove the source of testosterone in species after
species and levels of aggression typically plummet." Not remove the source... and aggression
always goes to zero." On the average it declines, but rarely to zero, and not at all in some
individuals. And the more social experience an individual had being aggressive prior to
castration, the more likely that behavior persists sans cojones. In the right context, social
conditioning can more than make up for the complete absence of the hormone.
A case in point. the spotted hyena. These animals are fast becoming the darlings of
endocrinologists, sociobiologists, gynecologists, and tabloid writers because of their wild sex
reversal system. Females are more muscular and more aggressive than males, and are
socially dominant to them, rare traits in the mammalian world. And get this@ females
secrete more of certain testosterone-related hormones than the males do, producing
muscles, aggression, and masculinized private parts that make it supremely difficult to tell
the sex of a hyena. So high androgen levels would seem, again, to cause aggression and
social dominance. But that's not the whole answer.
High in the hills above the University of California at Berkeley is the worlds largest colony of
spotted hyenas, massive bone-crunching beasts who fight each other for the chance to have
their ears scratched by Laurence Frank, the zoologist who brought them over as infants from
Kenya. Various scientists are studying their sex reversal system. The female hyenas are
bigger and more muscular than the males and have the same weirdo genitals and elevated
androgen levels as their female cousins back in the savanna. Everything is just as it is m the
Wild -- except the social system. As those hyenas grew up, there was a very significant delay
in the time it took for the females to begin socially dominating the males, even though the
females were stoked on androgens. They had to grow up without the established social
system to learn from.
When people first realize that genes have a great deal to do with behavior -- even subtle,
complex, human behavior they are often struck With an initial evangelical enthusiasm,
placing a converts faith in the genetic components of the story. This enthusiasm is typically
reductivity because of physics envy, because reductionism is so impressive, because it would
be so nice if there were a single gene (or hormone or neurotransmitter or part of the brain)
responsible for everything. But even if you completely understood how genes regulate all the
important physical factors involved in aggression-testosterone synthesis and secretion, the
brains testosterone receptors, the amygdala neurons and their levels of transmitters, the
favorite color of the hypothalamus -- you still wouldn't be able to predict levels of aggression
accurately in a group of normal individuals

[...]

"Testosterone equals aggression" is inadequate for those who would offer a simple biological
solution to die violent male. And "testosterone equals aggression" is certainly inadequate for
those who would offer the simple excuse that boys will be boys. Violence is more complex
than a single hormone, and it is supremely rare that any of our behaviors can be reduced to
genetic destiny. This is science for the bleeding-heart liberal: the genetics of behavior is
usually meaningless outside the context of the social factors and environment in which it
occurs.

www.elcervellsocial.net/backend/imagenes_panel/almacen_documentos/Sapolsky.pdf










Citar
Ecological variability of hormonal concentrations in modern humans.

V Bets L.

Department of Anthropology, Faculty of Biology, Moscow State University, Moscow, Russia. bets@soil.msu.ru
Abstract

In a sample of 53 groups of adult males the regularity of spatial variability of hormonal concentrations (testosterone, estradiol, E/T index) was determined. The range of normal biochemical variations of sex hormones in different ethnic-geographical groups was revealed. The hormonal status of different ethnic groups was compared from the point of view of adaptation. The research results present new information on biological individuality and the factors defining it. The hormonal activity optimum depends on ecological factors and serves as a basis for the ecological monitoring of human health.




http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16079596








Offline _tiago

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #11 Online: 31 de Dezembro de 2012, 19:43:06 »
Buck,

Deixa eu ver se entendi. Existem diferenças, em sua maioria sutis, com poucos resultados que atestem uma grande diferença entre ambos? Obviamente que há pessoas que fogem bastante da curva, mas seriam exceções.
E Buck, salvo engano, a população carcerária aqui no Brasil, EUA e noutros lugares é de maioria homens jovens. Poderia significar que alguns aspectos da diferença entre gêneros acentuam-se nesta fase?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #12 Online: 31 de Dezembro de 2012, 20:27:07 »
Eu não estou baseando nenhum "caso" em exceções que se aproximem a hermafroditas ou algo assim. Por exemplo, a maior parte dos homens não são criminosos violentos, e não são "menos masculinos" que os criminosos. Acho que não vamos encontrar uma "explicação biológica" para a criminalidade, e como ela varia entre e dentro dos países. Elas serão fundamentalmente causas sociais e econômicas.

A diferença de criminalidade entre homens e mulheres eu suponho decorrer, bem como a maior parte das diferenças comportamentais entre os sexos, do fato de que a mulher engravida e o homem não. Isso deve desencadear uma série de padrões culturais, criando os "papéis" históricos dos sexos, do homem como "provedor", e da mulher como mãe, ou indivíduo que em boa parte do tempo não precisa prover o próprio sustento por haver homens dispostos a fazê-lo. Ao mesmo que "dita" esses padrões, é algo fraco o suficiente para dar flexibilidade para quaisquer exceções encontradas, e variações em grau, sem requerer diferenças biológicas nessas populações ou épocas. O "provedor" pode tomar a forma de caçador-coletor de presas maiores, de guerreiro, de trabalhador numa fábrica, ou de membro de gangue. Não há impedimento absoluto das mulheres eventualmente também fazerem essas coisas, dessas divisões ficarem mais turvas ou até se inverterem. O dimorfismo sexual ancestral em outros aspectos (além da gravidez), ainda que bastante reduzido, ainda contribui um pouco para reforçar isso, mas não acho que deva ser um forte determinante.

Isso não partiu de alguma forma de "opressão" ou "tomada de poder" masculino, mas foi uma dinâmica natural, algo meio como se as pessoas respondessem às demandas/oportunidades de um "mercado" natural. Essa origem "natural"/não-vilanesca não faz com que sejam inválidas críticas a situações diversas como possíveis discriminações meramente sexuais no mercado de trabalho, ou críticas à educação que se dá às crianças, e à hiper-sexualização dos brinquedos promovida pela indústria, etc. São pontos válidos mesmo que seja biologicamente impossível uma organização social/cultural perfeitamente "unissex" ou qualquer sonho/pesadelo utópico/distópico do tipo.

Offline _tiago

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #13 Online: 01 de Janeiro de 2013, 14:07:29 »
Não descarto as causas sociais e econômicas. Até admito que em determinados locais seus efeitos são mais fortes. Mas não os vejo como fundamentais.
Você alega circunstâncias históricas: basicamente foi o homem o provedor da família. Correto?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #14 Online: 01 de Janeiro de 2013, 14:39:18 »
Não descarto as causas sociais e econômicas. Até admito que em determinados locais seus efeitos são mais fortes. Mas não os vejo como fundamentais.

Você então enxerga as diferenças biológicas como mais importantes para explicar diferenças em criminalidade? Apenas entre homens e mulheres, ou também, por extensão, entre homens, regiões, e ao longo da história?


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Você alega circunstâncias históricas: basicamente foi o homem o provedor da família. Correto?


Parece que sim. Largamente ainda é, e é muito mal visto se for "dono de casa" sustentado pela esposa, etc. Sem falar que essa situação já será rara para começar por essa situação não ser muito favorável a conseguir ou manter uma esposa para começar, o que novamente incentiva o homem a uma busca por status. Nem é visto como "dono de casa", mas vagabundo mesmo, enquanto que a mulher pode ser só dona de casa sem ter essa pressão social, talvez a pressão sendo maior até para ser apenas dona de casa, ainda que atualmente não seja nada radical nem mesmo mal visto mulheres trabalharem fora.

Offline _tiago

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #15 Online: 01 de Janeiro de 2013, 17:20:07 »
Você então enxerga as diferenças biológicas como mais importantes para explicar diferenças em criminalidade? Apenas entre homens e mulheres, ou também, por extensão, entre homens, regiões, e ao longo da história?
Homens e mulheres, somente.
E idade entre homens... Principalmente por causa do negrito.
Parece que sim. Largamente ainda é, e é muito mal visto se for "dono de casa" sustentado pela esposa, etc. Sem falar que essa situação já será rara para começar por essa situação não ser muito favorável a conseguir ou manter uma esposa para começar, o que novamente incentiva o homem a uma busca por status. Nem é visto como "dono de casa", mas vagabundo mesmo, enquanto que a mulher pode ser só dona de casa sem ter essa pressão social, talvez a pressão sendo maior até para ser apenas dona de casa, ainda que atualmente não seja nada radical nem mesmo mal visto mulheres trabalharem fora.
:hein:
Juro que não sei mais quando você está sendo irônico. Aliás, acho que seria bom você começar a se utilizar de smiles.


Offline _tiago

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Re:As diferenças endócrinas entre o homem e a mulher e a etologia.
« Resposta #17 Online: 01 de Janeiro de 2013, 17:28:32 »
Não é isso, Buck.
Se você estava sendo sincero, então me perdoe. Mas é que às vezes tá difícil compreender sua real intenção.

 

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