Autor Tópico: Madonna e os paradoxos do pós-feminismo  (Lida 1579 vezes)

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Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Online: 19 de Dezembro de 2012, 02:46:45 »
Madonna e os paradoxos do pós-feminismo:
Vou tentar fazer um resumo da conversa, e falar um pouco o que eu penso sobre isso também, para se alguém tiver interesse em discutir a questão.

Nesta conversa, Carol Teixeira e Marcia Tiburi discutem sobre um possível pós-feminismo. Carol Teixeira, mestranda em filosofia, roqueira e colunista da VIP, é uma mulher gostosa que já fez ensaios sensuais e que tenta pensar a questão da mulher como algo já superado, uma vez que estas já teriam de alguma forma alcançado aquilo que os diferentes feminismo vieram trabalhando para construir no decorrer de sua história. Inclusive, isso pode ser visto por sua tese de mestrado que defende o poder da mulher enquanto objeto sexual . Para ela, hoje, quando uma mulher assume o papel de objeto sexual, é ela quem é o sujeito ativo, pois é ela quem detém e controla o desejo do outro.

Para ela também, uma visão pós-feminista é aquela que entende que homens e mulheres nunca serão iguais, e nem que isso seria desejável, assim a mulher feminista precisa deixar aquela visão de um feminismo mais antigo e de querer se igualar ao homem por uma espécie de masculinização, para só então alcançar uma real libertação podendo se permitir novamente ser Feminina. Madonna viria inserida nesse contexto, como uma mulher que representaria este pós-feminismo. Ela, em suas mais diferentes fases já se permitiu viver e se colocar na sociedade com os mais deferentes papeis. Já fez a puta, a santa, a mãe, o objeto sexual e nunca deixou de estar no comando dos seus desejos e de sua autoimagem enquanto mulher poderosa e liberta mesmo enquanto inscrita nestes mais diferentes papeis sociais.

Eu, particularmente, ainda que concordando com algumas questões, tenho ma visão mais parecida com a que trás Marcia Tiburi.  Não consigo ver o feminismo como algo assim já superado, principalmente no Brasil, onde a grande maioria das mulheres, definitivamente não alcançaram um grau de libertação favorável e desejável.

Veja, até acredito que em alguns meios e que algumas mulheres e homens já podem sim se dar ao luxo de não serem mais feministas. Como o exemplo da Madonna, sim ela é alguém que já superou essa dominação social sobre as mulheres e é uma mulher livre, poderosa e etc... Mas quantas mulheres no mundo, quando realmente vamos as classes mais baixas, podem se dar esse luxo? Como ajudar essas mulheres que não tem a menor condição de sair desse lugar de submissão? Esse é o papel do feminismo.

A Marcia fala algo interessantíssimo, pelas categorias mesmas da filosofia, um sujeito pode, se assim desejar se transformar num objeto, mas será que um objeto consegue se colocar como sujeito? Uma mulher objetificada, que apanha de marido, que se obriga a ter um filho porque acredita que o estado tem o direito de regular sobre seu corpo, será que essa mulher também pode "brincar" de trocar de papel se colocando como sujeito, como faz a mulher livre que quer, por exemplo, se permitir "brincar" de ser mulher objeto, ou brincar de ser mãe? É fácil ser livre quando se nasceu numa condição que já lhe ensinou e lhe vê como sujeito. Agora como ajudar essas outras mulheres a se emancipar também?

Questões práticas estão ai para mostrar que a desigualdade é real e difícil. Um grande número de mulheres ainda são agredidas, apedrejadas, mutiladas; mulheres que ainda ganham menos só por serem mulheres; mulheres que ainda são vistas como meros objetos sendo vendidas nos comerciais como petiscos e brindes de cervejas. O problema não é esta mulher livre que quer se sexualizar, o problema é uma sociedade que vendo as mulheres apenas como objetos sexuais, e quer sexualizar TODAS e inscrevê-las num mesmo lugar que é o da feminilidade. Quem falou que toda mulher quer ou precisa ser feminina e ser vista como mulher? O mesmo para os homens, que absurdo uma sociedade querer inscrever todos os seres do sexo masculino num mesmo lugar, que é o da masculinidade, estou eu aqui para mostrar que nem todos os homens se sentem assim masculinos.

Não podemos esquecer que uma luta ideológica e social tem sempre o objetivo de lutar por aqueles que não podem lutar por si mesmos. Eu, enquanto alguém de uma suposta classe média universitária, posso me dar ao luxo de viver como homem, como mulher, travesti, gay o que bem entender, pois assumi essa liberdade para meu corpo. Ainda que possa ser espancado ou assassinado ao sair travestido na rua, mas eu me dei essa liberdade que a sociedade não dá. Então a luta é para fazer com a sociedade como um todo permita essa liberdade que somente alguns conseguem se permitir e com grandes custos para suas vidas. Tentem por exemplo conseguir um emprego fingindo serem travestis, depois agente conversa se há ou não um problema social na aceitação da liberdade sexual e de gênero.
Então a luta feminista ainda se justifica, e muito, na minha opinião. Como a luta pelos gays, pelos negros, pobres e etc... Subam uma favela, vá a um baile Funk onde meninas sem calcinha não pagam para entrar e pensem realmente se o feminismo hoje é coisa atual ou desnecessária.
Óbvio que algumas questões trazidas por ela são bem interessantes e até concordo, por exemplo, com o fato de que sempre continuará existindo o masculino e o feminino em nossa sociedade, e de acabar com isso seria diminuir a liberdade e não aumentar. Mas ai vejo um erro de entendimento do que se propõe, tanto da parte dela, quanto de algumas pessoas com quem discuti o assunto aqui. Jamais propomos um mundo sem gêneros, jamais advogamos o fim da feminilidade. Alias, nem poderia já que mesmo sendo “homem” me inscrevo nele as vezes. E se gosto de homem, jamais quero que deixem de existir homens também. O erro de entendimento que ela comete com o feminismo de ponta é esse: o feminismo de ponta não quer acabar e igualar os gêneros, quer igualar homens e mulheres, mas não precisa acabar com a dicotomia feminino-masculino para isso. O que se deseja é que feminino e masculino não sejam imposições de gênero ligadas a fatores meramente biológicos.

Não há nada na biologia que determine que um homem não possa se inscrever em todas as construções sociais daquilo que chamamos de feminilidade. E que uma mulher não pode viver inscrita na masculinidade. É simples assim, a gente só precisa entender que a construção social de uma gênero não precisa estar ligada a um sexo biológico e sim a escolha subjetiva de cada individuo que queria se inscrever num ou noutro gênero independente de se biologicamente é homem ou mulher.

Se a construção de gênero fosse uma verdade biológica não existiriam os desviantes em toda a história da humanidade. Ou mesmo aqueles que, por exemplo, sendo homem não são tão másculos e rudes como os demais, são mais delicados e tal sem deixar de ser e querer ser homem. Entre o masculino e o feminino há um espectro infinito de posições que podem ser assumidas livremente por pessoas de ambos os sexos biológicos.
« Última modificação: 19 de Dezembro de 2012, 03:41:28 por AleYsatis (RIP) »
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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #1 Online: 19 de Dezembro de 2012, 08:45:38 »
Aleysatis, você já leu Nessahan Alita? Se sim, o que achou?
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #2 Online: 19 de Dezembro de 2012, 09:06:46 »
Aleysatis, você já leu Nessahan Alita? Se sim, o que achou?
Nunca ouvi falar... Mas pesquisei aqui e me interessei, tenho medo do que lerei mas me interessei mesmo. Se ele é o que me pareceu ser, é um reacionário agindo frente as mudanças que vem ocorrendo frente a libertação da mulheres, é alguém meio que brigando contra isso dentro de um pensamento patriarcal. Sempre que um grupo social avança, grupos contrários reagem, é natural e eu acho mega interessante saber o que esses grupos de reação estão pensando. Qual você recomenda dele?

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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #3 Online: 19 de Dezembro de 2012, 10:03:35 »
Aleysatis, você já leu Nessahan Alita? Se sim, o que achou?
Nunca ouvi falar... Mas pesquisei aqui e me interessei, tenho medo do que lerei mas me interessei mesmo. Se ele é o que me pareceu ser, é um reacionário agindo frente as mudanças que vem ocorrendo frente a libertação da mulheres, é alguém meio que brigando contra isso dentro de um pensamento patriarcal. Sempre que um grupo social avança, grupos contrários reagem, é natural e eu acho mega interessante saber o que esses grupos de reação estão pensando. Qual você recomenda dele?


Não recomendo nenhum, ainda não li o suficiente para isso. Atualmente estou lendo dois títulos, mas criticam mais o comportamento feminino e menos o comportamento feminista, nessa linha o mais interessante tem sido "O Profano Feminino", que me soma muito pouco.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #4 Online: 19 de Dezembro de 2012, 14:50:27 »
Aleysatis, você já leu Nessahan Alita? Se sim, o que achou?
Nunca ouvi falar... Mas pesquisei aqui e me interessei, tenho medo do que lerei mas me interessei mesmo. Se ele é o que me pareceu ser, é um reacionário agindo frente as mudanças que vem ocorrendo frente a libertação da mulheres, é alguém meio que brigando contra isso dentro de um pensamento patriarcal. Sempre que um grupo social avança, grupos contrários reagem, é natural e eu acho mega interessante saber o que esses grupos de reação estão pensando. Qual você recomenda dele?


Não recomendo nenhum, ainda não li o suficiente para isso. Atualmente estou lendo dois títulos, mas criticam mais o comportamento feminino e menos o comportamento feminista, nessa linha o mais interessante tem sido "O Profano Feminino", que me soma muito pouco.
Faz um resumo ai das principais ideias que estão chamando a sua atenção nesta critica ao feminino...
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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #5 Online: 19 de Dezembro de 2012, 15:41:29 »
Do livro não achei nada que seja relevante. As minhas críticas pessoais são, basicamente:

1- O movimento feminista não busca, na maioria das vezes, a emancipação da mulher visando a igualdade social, mas sim privilégios do gênero.
2- O movimento feminista quer os mesmos direitos dos homens mas não quer as mesmas obrigações.
3- O movimento feminista quer influenciar no modo que as mulheres pensam, palpitanto sobre o modo como devem se comportar.
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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #6 Online: 19 de Dezembro de 2012, 17:29:56 »
Do livro não achei nada que seja relevante. As minhas críticas pessoais são, basicamente:

1- O movimento feminista não busca, na maioria das vezes, a emancipação da mulher visando a igualdade social, mas sim privilégios do gênero.
2- O movimento feminista quer os mesmos direitos dos homens mas não quer as mesmas obrigações.
3- O movimento feminista quer influenciar no modo que as mulheres pensam, palpitanto sobre o modo como devem se comportar.
1 - Não, você esta confundindo feminismo com femismo, que este sim seria o equivalente do machismo, onde se acharia que mulheres são superiores aos homens. Esse pensamento é comum e é vendido por ai justamente para desqualificar as lutas feministas. O sistema patriarcal-machista não vai aceitar ser questionado sem lutar para tentar desvalidar essas lutas pelo desqualificamento dos seus discursos. Alias, veja como os próprios termos feminismo, machismo, patriarcado e etc são vistos como coisas antigas, ultrapassados pela maioria das pessoas. É assim que os conservadores e os reacionários vão lutar, ao invés de questionarem as propostas em si e suas utilidades, vão desqualificando o discurso fazendo-o socialmente soar como antigo, ultrapassado, como se as lutas feminista não se justificassem mais. E também vão tentar fazer parecer que aqueles que vem pedindo igualdade estão na verdade roubando espaço e querendo privilégios. Isso é meio obvio que acontece, um grupo que detém todo um poder de mando e de controle sobre outro vai ver a luta pela igualdade como roubo de espaço, como desempoderamento que não está a fim de aceitar de boa. Assim como não foi fácil de a maioria das pessoas aceitarem que não possuíam direito nato pelo corpo de negros, é difícil para muitos hoje aceitar que não tem esse poder sobre as mulheres os gays e etc também...Se realmente o feminismo quer superioridade e privilégios de gênero, por favor de exemplos.

2 - Por favor também, de exemplos.

3 - Todo mundo quer influenciar o que as pessoas pensam. O patriarcado, o machismo e conservadorismo também querem influenciar o que as pessoas pensam. Querem fazer parecer que as mulheres não lutam por igualdade e sim por privilégios, querem amenizar os problemas sociais das mulheres vendendo uma ideia de que as mulheres já estão livre e emancipadas enquanto mulheres ainda são espancadas pelos maridos, ainda ganham menos, ainda são vistas como meros objetos, como já disse, vendidas como petisco em comercial de cerveja... Enfim, sempre que um grupo trás uma ideologia que visa uma mudança os conservadores vão bater de frente vendendo e forçando o pensamento das pessoas contra essas novas ideologias.
« Última modificação: 19 de Dezembro de 2012, 17:37:41 por AleYsatis »
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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #7 Online: 19 de Dezembro de 2012, 17:37:24 »
O argumento mais escroto que ouvi de uma feminista foi: "exigimos ter mais direitos que os homens pra poder ter igualdade"
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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #8 Online: 19 de Dezembro de 2012, 17:39:35 »
O argumento mais escroto que ouvi de uma feminista foi: "exigimos ter mais direitos que os homens pra poder ter igualdade"
O pior é que não está de todo errado... Se um grupo social é destituído de seus direitos básicos não vejo como algo estranho que o estado, por um período, crie leis e direitos "especiais" para a promoção da IGUALDADE deste grupo. É o caso das cotas para negros e pobres...
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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #9 Online: 19 de Dezembro de 2012, 17:42:38 »
Estupro coletivo em ônibus causa comoção na Índia

Mulheres protestam em frente à residência da ministra chefe de Déli, Sheila Dikshit, nesta quarta-feira
Foto: AP
 
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Um caso de estupro coletivo dentro de um ônibus na capital indiana, Nova Déli, vem provocando comoção no país. A vítima foi uma estudante de 23 anos, que está internada em estado grave desde o incidente, no domingo. Cinco pessoas, incluindo o motorista do ônibus no qual ocorreu o ataque, foram presas. A polícia diz estar procurando ainda mais uma pessoa.
A estudante de medicina e um amigo do sexo masculino que a acompanhava teriam sido atacados também com barras de ferro antes de serem jogados para fora do ônibus.
Jatos de água
Nesta quarta-feira, um grande protesto em Nova Déli pedindo punições fortes contra os estupradores foi dispersado pela polícia com jatos de água após manifestantes tentarem derrubar barreiras de metal em frente à casa da chefe de governo de Nova Déli, Sheila Dikshit. Em outras partes da cidade, grupos de estudantes universitários montaram barricadas para protestar contra as autoridades. Em resposta aos protestos, o governo anunciou uma série de medidas para tentar aumentar a segurança para mulheres na cidade.

Na noite de terça-feira, a líder do majoritário Partido do Congresso, Sonia Gandhi, visitou o hospital no qual a estudante atacada está internada. Ela disse posteriormente que "as medidas mais estritas possíveis" devem ser tomadas para prevenir tais incidentes.
Pressão
O governo vem sofrendo grande pressão de membros da oposição, de estudantes e de grupos ativistas pelos direitos das mulheres, que acusam as autoridades de não fazer o suficiente para combater os crimes contra as mulheres. Nesta quarta-feira, deputadas do partido opositor Bharatiya Janata (BJP) também realizaram um protesto em frente ao Parlamento, enquanto centenas de ativistas e estudantes gritavam palavras de ordem em frente ao quartel-general da polícia de Nova Déli.
Pressionado pela oposição, o ministro do Interior, Sushil Kumar, fez nesta quarta-feira um pronunciamento sobre o caso pela segunda vez em dois dias. Shinde disse que haverá mais patrulhas policiais noturnas e que todos os motoristas de ônibus e seus auxiliares serão submetidos a checagens. Ele também afirmou que ônibus com janelas escurecidas e cortinas - como o veículo onde ocorreu o estupro no domingo - serão confiscados.

http://noticias.terra.com.br/mundo/,9a587ceb0e2bb310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html?fb_action_ids=479920498713718%2C336375546469349%2C336375539802683&fb_action_types=news.reads&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%22479920498713718%22%3A450552028342116%2C%22336375546469349%22%3A310398419070866%2C%22336375539802683%22%3A387205428039097%7D&action_type_map=%7B%22479920498713718%22%3A%22news.reads%22%2C%22336375546469349%22%3A%22news.reads%22%2C%22336375539802683%22%3A%22news.reads%22%7D&action_ref_map=%5B%5D&code=AQBOVEiu8DTp1ZlS28TPyGVkfTjGNyxqy11I8EIllzCsEDi27raVsV4hqIonU8e7HMKeSM7UprCdBXrK4UnJHwtgy7HATPn6k8eNolVJf5BTjM2CV9rFXNi7GdRuIpzgo8PoN-SKveHClPoLt6w-i75nlRtTSqHMg5-DKAkr6ZzQYGE0rYoh7H8Iv0ehEXuOJhHLMtsApkbon8wPX_BO2CcR#_=_
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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #10 Online: 19 de Dezembro de 2012, 17:45:34 »
Já tinha lido sobre isto aí na Índia. E não se trata de "ter mais direito que os homens" como algumas defendem, mas sim de igualar. Manter no mesmo patamar. Dar nova redação as lei exstentes para englobar também elas. Na Índia se não me engano, a questão é mais social do que "legal" em algumas regiões. Cabe também um amplo investimento em educação.
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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #11 Online: 19 de Dezembro de 2012, 19:44:26 »
Acho que 99% da população é feminista dentro do razoável. O problema é quando as coisas começam a ficar conspiratórias, histéricas, ou absurdas, se aproximando de propostas de uma total reformulação utópica da sociedade em moldes skinnerianos. Mesmo as propostas de direitos/proteções excepcionais/anisonômicas provavelmente encontram boa aceitação quando forem algo que parecer realmente eficaz/não-redundante/desnecessário, e que não causar alguma outra grave injustiça como efeito colateral. Discordâncias menores tendem a ser exacerbadas de acordo com a tonalidade do discurso, conforme a presença de exageros e conspirações/vilanizações nazistóides.


Ao mesmo tempo acho que o rótulo é algo meio estranho, um pouco como se dizer ser "criancista", ou "geriatrista". Novamente, 99,999% das pessoas são a favor dos direitos das crianças e dos idosos, contra maus tratos, abusos, etc. É o "default". Não precisa se rotular assim, o que meio que implicitamente assume uma postura moral mais elevada em relação aos que não se rotulam dessa maneira.

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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #12 Online: 19 de Dezembro de 2012, 20:16:34 »
Acho que 99% da população é feminista dentro do razoável. O problema é quando as coisas começam a ficar conspiratórias, histéricas, ou absurdas, se aproximando de propostas de uma total reformulação utópica da sociedade em moldes skinnerianos. Mesmo as propostas de direitos/proteções excepcionais/anisonômicas provavelmente encontram boa aceitação quando forem algo que parecer realmente eficaz/não-redundante/desnecessário, e que não causar alguma outra grave injustiça como efeito colateral. Discordâncias menores tendem a ser exacerbadas de acordo com a tonalidade do discurso, conforme a presença de exageros e conspirações/vilanizações nazistóides.


Ao mesmo tempo acho que o rótulo é algo meio estranho, um pouco como se dizer ser "criancista", ou "geriatrista". Novamente, 99,999% das pessoas são a favor dos direitos das crianças e dos idosos, contra maus tratos, abusos, etc. É o "default". Não precisa se rotular assim, o que meio que implicitamente assume uma postura moral mais elevada em relação aos que não se rotulam dessa maneira.
Para falar e verdade não sei se entendo esse tipo de critica, por que acho que na verdade não estou sendo bem entendido. Acho que as vezes acontece uma confusão entre a compreensão do que seja o discurso utópico necessário para a luta numa causa e do que seja a realidade efetiva do que se pretende e do que se vai alcançar com esse discurso.

Veja, eu enquanto feminista militante preciso assumir os papeis que assumo, mas eu tenho consciência plena que o grau do meu feminismo é puramente militante e utópico. Você acha que eu realmente penso que vamos transcender completamente questões de gênero, que vamos eliminar 100% de qualquer preconceito? É claro que não, mas eu preciso dizer que penso assim, e garantir que isso não só é possível como necessário,  e continuar repetindo e repetindo para atingir o maior número de pessoas possível...  :biglol:

As pessoas parecem não entender. Assim como você luta por um ateísmo que você sabe que provavelmente nunca será uma regra. Os ateus são o que, de 1% a 5% da população? Se os gays que se estimam são de 10% a 25% da população será difícil ser visto como algo normal na sociedade, imagine ateus. Mas isso não muda o fato de que essa minoria para alcançar reconhecimento real tem que lutar por isso, as vezes com discursos utópicos sim.

Se a população sendo 99% feminista não eliminou grandes problemas sofridos pelas mulheres, se faz necessário que hajam pessoas mais "extremistas" no discurso e que continuem gritando e pedindo mais e mais mudanças para fazer a coisa não parar. As mudanças pedidas são altas demais, são utópicas demais é claro, mas vão mostrando para esses 99% de feministas realistas e acomodados que coisas ainda precisam mudar, e vão fazendo essas mudanças acontecer, mesmo que lentamente e muito aquém do que propaga a nível de discurso utópico... Não sei, não me parece complicado. O dia que realmente pudermos demonstrar que há uma igualdade de direitos e visibilidade social entre homens e mulheres acho que a luta se faz desnecessária, até lá ela é simplesmente necessária e precisa trabalhar com discursos utópicos...

Ou não? Para vocês podemos parar exatamente onde estamos, porque a questão das mulheres já é coisa resolvida para todas as mulheres das diferentes classes sociais?
« Última modificação: 19 de Dezembro de 2012, 20:18:57 por AleYsatis »
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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #13 Online: 19 de Dezembro de 2012, 20:30:53 »
Complementando, também não me parece difícil compreender que toda a mudança que já ocorreu não se deu por conta do feminismo realista e razoável, digamos assim, porque estes 99% da população que você diz que já são feministas razoáveis, só o são porque o feminismo militante um dia apareceu com discursos utópicos e "extremistas" ensinando todos a serem em algum grau feministas. O feminismo desde que nasceu na primeira onda a nas duas outras ondas seguintes, sempre foi extremista e exigiu "valores" altos. Será que não funcionou? Será que não é assim que deve ser? Se, como você diz, hoje, 99% da população são feministas razoáveis, devemos admitir que nossa forma de luta militante vem dando resultados excelentes, pra que parar?
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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #14 Online: 19 de Dezembro de 2012, 21:08:07 »
Do livro não achei nada que seja relevante. As minhas críticas pessoais são, basicamente:

1- O movimento feminista não busca, na maioria das vezes, a emancipação da mulher visando a igualdade social, mas sim privilégios do gênero.
2- O movimento feminista quer os mesmos direitos dos homens mas não quer as mesmas obrigações.
3- O movimento feminista quer influenciar no modo que as mulheres pensam, palpitanto sobre o modo como devem se comportar.
1 - Não, você esta confundindo feminismo com femismo, que este sim seria o equivalente do machismo, onde se acharia que mulheres são superiores aos homens. Esse pensamento é comum e é vendido por ai justamente para desqualificar as lutas feministas. O sistema patriarcal-machista não vai aceitar ser questionado sem lutar para tentar desvalidar essas lutas pelo desqualificamento dos seus discursos. Alias, veja como os próprios termos feminismo, machismo, patriarcado e etc são vistos como coisas antigas, ultrapassados pela maioria das pessoas. É assim que os conservadores e os reacionários vão lutar, ao invés de questionarem as propostas em si e suas utilidades, vão desqualificando o discurso fazendo-o socialmente soar como antigo, ultrapassado, como se as lutas feminista não se justificassem mais. E também vão tentar fazer parecer que aqueles que vem pedindo igualdade estão na verdade roubando espaço e querendo privilégios. Isso é meio obvio que acontece, um grupo que detém todo um poder de mando e de controle sobre outro vai ver a luta pela igualdade como roubo de espaço, como desempoderamento que não está a fim de aceitar de boa. Assim como não foi fácil de a maioria das pessoas aceitarem que não possuíam direito nato pelo corpo de negros, é difícil para muitos hoje aceitar que não tem esse poder sobre as mulheres os gays e etc também...Se realmente o feminismo quer superioridade e privilégios de gênero, por favor de exemplos.
a)Lei Maria da Penha, b) quase-obrigatoriedade do registro de imóveis do 'minha casa minha vida' no nome de mulheres e c) ameaças a empresários que não tratarem mulheres perfeitamente iguais a homens em suas empresas**.
* http://g1.globo.com/politica/noticia/2012/03/mulher-ficara-com-casa-financiada-pelo-governo-em-caso-de-divorcio.html
** http://www.sindaf.org.br/website/outras-secoes/trabalho-justica-e-cidadania/9016-projeto-define-punicao-a-discriminacao-contra-mulher-no-trabalho

2 - Por favor também, de exemplos.
Não vejo mulheres requerendo a sua obrigatoriedade de se alistar no exército, nem requerendo tempo de aposentadoria igual para ambos os sexos, tempos iguais de licença no casal quando houver filho recém nascido, etc.
Inclusive, é tendência que os direitos antes puramente feminisnos sejam igualados considerando também os homens em sua validade, um exemplo é: http://jus.com.br/revista/texto/18487/o-direito-do-pai-de-concorrer-em-igualdade-com-a-mae-pela-guarda-dos-filhos

3 - Todo mundo quer influenciar o que as pessoas pensam. O patriarcado, o machismo e conservadorismo também querem influenciar o que as pessoas pensam. Querem fazer parecer que as mulheres não lutam por igualdade e sim por privilégios, querem amenizar os problemas sociais das mulheres vendendo uma ideia de que as mulheres já estão livre e emancipadas enquanto mulheres ainda são espancadas pelos maridos, ainda ganham menos, ainda são vistas como meros objetos, como já disse, vendidas como petisco em comercial de cerveja... Enfim, sempre que um grupo trás uma ideologia que visa uma mudança os conservadores vão bater de frente vendendo e forçando o pensamento das pessoas contra essas novas ideologias.
Beleza, continuam tentando influenciar no modo de vida das mulheres. Namorei uma garota que fez parte de um desses movimentos feministas e sei bem o quanto desagradável é essa tentativa.

* Por sinal essa minha ex era do Femen Brasil, e pelo que ela me falava, aquele movimento era um lixo. Vou perguntar pra ela se algum site fala sobre isso.
« Última modificação: 19 de Dezembro de 2012, 21:10:12 por Price »
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #15 Online: 19 de Dezembro de 2012, 21:16:28 »
Eu não "luto pelo ateísmo".

Sou totalmente a favor de políticas/medidas que melhorem as condições/diminuam problemas/injustiças sofridas por mulheres, crianças, gays, idosos, negros, judeus, muçulmanos, etc. Até de homens brancos, heterossexuais e cristãos. Acho que essas coisas não precisam parecer em nada extremas/tremendamente ousadas/radicais etc para que funcionem. Tendo a achar imediatamente suspeito algo que venha dentro de um discurso que me parece histérico.

Me parece bastante comum que pessoas que sejam/posem como defensoras desses grupos defendam coisas que ou simplesmente não funcionam (com possibilidade de "tiro pela culatra" em alguns casos), ou simplesmente não são verdade/são exageros/dramalhão (e fazem parte de um discurso que só piora a situação em alguns aspectos importantes, me parece servir só para lucrar em cima daqueles que são potencialmente vítimas, cultivando medo e paranóia -- não que tudo seja paranóia, que fique bem claro). Curiosamente não diferem muito nesse aspecto de ver as coisas fora de proporção dos coitadistas homens-brancos-heterossexuais-cristãos, que felizmente não são levados muito a sério pelas pessoas em geral, diferentemente dos outros ativistas que são mais "mainstream", "politicamente corretos".

Acho que a maioria das pesssoas pensa mais ou menos assim, exceto por talvez um pouco menos de suspeição/crítica aos discursos politicamente corretos. Não são contra mulheres/negros/gays/etc terem direitos iguais, não são indiferentes a sofrimentos e injustiças, etc. Com uma exceção provavelmente no caso de gays/<aquela sigla toda>, e especificamente a mulheres quanto ao direito ao aborto, devido ao conservadorismo religioso.

Acho que nesses casos as coisas tenderiam a melhorar mais se os ativistas tivessem uma posição que tentasse entender esses pontos de vista e aceitasse concessões menores ainda como avanços. Por exemplo, maior promoção de métodos contraceptivos não-abortivos deverá encontrar menor resistência dos setores mais conservadores, ao mesmo tempo em que seria mais benéfico à sociedade do que a liberação do aborto. Se for tentado se conseguir as duas coisas juntas, há maior tendência às coisas serem barradas. Já com toda a coisa de GBLSDSREWA
 eu não sei, acho que é mais complicado, tendo a desconfiar que os ativistas anti-gay são gays enrustidos que querem só ficar causando para ver se provocam os gays que então vão se manifestar em mais paradas gays e assim os gays enrustidos poderão ver mais gays por aí do que veriam de outra forma, sem arranjar uma boa desculpa. Mas acho que de modo geral também deve valer a noção de que o progresso provavelmente terá maiores chances de avançar se for mais tímido e gradual, do que algo revolucionário. O que não significa tolerar nada do tipo gente que saia por aí dando na cabeça dos outros com um pé-de-cabra. Sei lá. Acho que tem que levar mais em consideração a psicologia da oposição, e como se chegaria a consensos/driblaria uma tendência a discordância.

Tem um pesquisador, Haidt, que diz que os conservadores e liberais (ao menos americanos) tendem a ter diferentes prioridades morais ou "pilares" morais. Os liberais se importando com uns dois valores centrais, enquanto os conservadores se importam com 6. Seja lá qual for o tamanho da mudança que queiram fazer engolir, acho que é preferível a estratégia tentar enquadrar/compatibilizar essas coisas de acordo com esses valores conservadores, em vez de simplesmente desdenhá-los como ultrapassados/reacionários, e colocar essas coisas como uma "vitória contra eles". 

Offline AleYsatis

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Re:Madonna e os paradoxos do pós-feminismo
« Resposta #16 Online: 20 de Dezembro de 2012, 06:48:45 »
É, não adianta, é uma diferença de ponto de vista que temos. Para mim, o que você propõe não funcionaria, porque se já temos dificuldade de resolver entrando no chute, quem dera querendo fazer concessões. Da forma que é o progresso já é lento. Eu sempre olho as coisas por um prisma dialético, para mim, a sociedade só caminha através do confronto direto de ideologia opostas, nada de mascarar as coisas.

Mas o que você propõe até poderia funcionar, a diferença é que não sabemos, sabemos? Me de exemplos de lutas sociais que ocorreram por esse seu método e se mostraram mais rápidas e efetivas? Do método mais "agressivo" do qual compartilho a opinião, temos o exemplo do maiores movimentos sociais como o movimento negro, o movimento gay, o movimento feministas e etc... Todos eles sempre se insurgiram como altamente revolucionários, exigindo tudo, e tem funcionado assim, ou não? Estamos conseguindo cada vez mais igualdade. Não temos que fazer concessões.

O exemplo do abordo, para mim é simplesmente um absurdo surreal um estado pensar que tem o direito de legislar sobre o corpo de uma mulher. Seria como o estado querer dizer se podemos ou não ejacular no banho, porque sei lá, passa a querer definir os espermas como vida. Não tem como eu pensar em uma concessão que pense em valorizar somente os contraceptivos e nos esqueçamos que o direito ao meu próprio corpo é sagrado. É claro que uma educação sexual também é exigida, mas exigir o direito a meu próprio corpo é independente disso. Precisa ser feito, pois está incluída ai toda uma luta pelo reconhecimento da autonomia das mulheres e vai além de meras questões de saúde publica, controle de natalidade ou economia familiar. Não importa se com esse seu método hipotético a educação fosse priorizada e as mulheres aprendessem a se proteger e sequer quisessem abortar, precisaríamos ainda lutar pelo aborto como libertação do corpo e do desejo feminino. Seria um absurdo do ponto de vista ideológico eu aceitar então que o estado continue acreditando que tem o controle sobre a vida de alguém só porque ela sanou os problemas sociais que esta falta de liberdade do corpo criava que eram os abortos. Enfim, não me parece tão simples como você propõe.
« Última modificação: 20 de Dezembro de 2012, 06:55:20 por AleYsatis »
O, Death
O, Death
Won't you spare me over 'til another year?

 

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