Tópico: Desabafo/ajuda

[Novag]

Amigos,

Não sei se existem mais pessoas aqui no fórum com a  mesma situação do que eu , de forma que as trocas de mensagens feitas poderiam ajudar mais pessoas alem de mim.

Como é que eu faço para sair da igreja?

Sim, é essa a pergunta, por mais estranha que possa parecer.
O que ocorre é que o ser humano é treinado para viver em sociedade, mas em seu individualismo não pode ser 100% feliz pois cada indivíduo tem a sua linha de raciocínio particular.
Comecei a freqüentar a igreja evangélica por causa da minha esposa, mas a verdade dos fatos é que não gosto nenhum pouco de fazer isso. Vejo a exploração do pastor com os fiéis e me sinto obrigado em dar oferta por causa da situação.
Afinal, freqüento a igreja e minha esposa é evangélica.
Na verdade, ela é até cética quanto a milagres. Não acredita mais nisso e nem na honestidade dos pastores, digamos assim (o que vejo já ser meio caminho andado), mas ela tem aquela de :

“Ora, se Deus não estiver na igreja, o que seria de nós no futuro?”

Daí quando eu lanço questões céticas ela se afasta de mim e vai escutar hinos evangélicos, o que eu já percebi que é apenas para aplacar o seu temor de ter que encarar a realidade de nossa tão curta vida.
Graças a Odin, eu já venci esse medo. Sou feliz como sou , reconheço minha insignificância nesse universo e sei que, assim como estive morto a milhões de anos atrás, assim continuarei morto a milhões de anos pra frente. O que impede muitas pessoas de raciocinarem assim é o egocentrismo. Mas, o que fazer?

Não queria ficar perdendo meu tempo ( e dinheiro) indo em uma igreja cujo pastor olha para os fieis como sendo pés de dinheiro. Até ônibus a igreja tem para pegar os mais pobres afim de levá-los para o culto.

Enfim, estou de s*** cheio...

Alguma sugestão? 

[Pasteur]

Você é obrigado a acompanhá-la?

[Contini]

Cara... cada caso é um caso! 

Minha esposa é de criação católica, eu nunca forçei argumentos para ela, apenas algum comentário aqui e ali em relação a assuntos cotidianos, políticos, etc.  Vejo ela migrando lentamente para uma visão de mundo semelhante a de Einstein... Claro que ela vive em um meio acadêmico, doutora engenheira quimica, isso faz muita diferença.

Minha família é católica, de rezar em qualquer situação e usar as típicas frases feitas religiosas. Quando estou na casa de meus pais, respeito a crença deles e "participo" dessas pequenas cerimônias. Não bater de frente é minha forma de agir, apenas me firmo em questões onde a crença quer impingir um valor que não é correto em minha opinião, tipo discriminação de homoafetivos ou quando querem impor valores religiosos em minhas questões privadas. Deixo claro que não acredito em religiões, nenhuma delas, mas não exponho se sou agnostico, ateu, panteísta.. mesmo porque não me preocupo muito em definir isso.

Talves argumentar que "deus" não está preso a uma contrução ou grupo específico de pessoas, que a pessoa pode rezar em qualquer lugar e que voce não se sente bem indo a esses cultos... Sem forçar a barra, aos poucos, mas seja honesto quanto a esse incômodo que os cultos te causam.

Cabeças dificilmente mudam de uma hora para a outra, se mudam...

Boa sorte.

[Pasteur]

Minha esposa também é religiosa, não fico importunando a cabeça dela com o meu ceticismo, apenas quando sou confrontado com alguma bizarrice. Mas como o Contini falou, aposto que até o final dos dias ela continuará firme em sua religiosidade, até porque, como você mesmo disse, há o temor pelo fim.

[Price]

Pare de ir.

[Filosofo Superficial]

 

Como é que eu faço para sair da igreja?

Pela porta.

...

A, quer saber como não ir e não arranjar confusão coma esposa? Fale com ela, deixe ela ir mas explique que você não compartilha da fé dela e não se interessa em ir...

[Moro]

Não confronte a fé, tente primeiro tira-la da igreja já que ela já questiona a história de milagres, mas etc., acho que usar a estratégia do Lar como templo pode ser adequada

[JohnnyRivers]

Não vá, ué!
Nada que uma conversa sincera entre o casal não resolva. Você também tem o direito de ter sua própria opinião, e ela também tem que te respeitar.


Por incrivel que pareça, eu não gosto de ir a igrejas. Quando era mais novo, meus pais obrigavam a ir e eu detestava isso. Conforme fui crescendo, expressei minha opinião. Para falar a verdade, até vou quando o convite é feito por amigos e e eu não esteja fazendo mais nada no dia. Mas não que eu vá voltar na missa/culto seguinte.

[Gaúcho]

Concordo com o Johnny. Se tu não tens no relacionamento a liberdade e tranquilidade de dizer o que pensa sobre o assunto, está na hora de rever o relacionamento, não as idas à igreja.

[Fabrício]

Tem duas opções:

- Você pára de ir e encara um possível conflito;

- Você evita o conflito e continua indo.

Coloque na balança o que é menos custoso para você (conflito/igreja) e  tome sua decisão.

Agora, se você quer deixar de ir na igreja e também não quer encarar o conflito (e "conflito" é uma classificação bem abrangente, vai de uma simples conversa ao divórcio com vários móveis quebrados no processo  ), sinto muito, mas não dá.

Em todo relacionamento a gente tem que ceder para que a convivência não seja um inferno. Mas acho importante traçar uma linha imaginária onde, dali para trás, a gente não recua, ou pelo menos não recua sem uma boa briga... se a sua percepção da ida à igreja está atrás desta linha, vai preparando as suas armas  .

[Novag]

Valeu pelas sugestões, pessoal!

Analisei bem cada comentário e, pela minha situação, acho que um balanço adequado para que não haja conflito, pelo menos por enquanto, é deixar de dar as tais “ofertas”. Não quero ter prejuizos no meu relacionamento por causa da igreja (já chega os problemas que ela tem causado para humanidade), mas creio que , pelo menos, “parar” de dar dinheiro já seria meio caminho andado. Nisso minha esposa não vai criar caso, penso, embora a situação possa causar um certo constrangimento inicial.  Dentro da igreja eu já encontro tempo para minha mente divagar em meus afazeres da vida; colocando em ordem o que eu farei na próxima semana. É a única forma de passar mais ou menos bem o tempo em que fico lá dentro.  Às vezes sou pego de surpresa por alguma alma que começa a gritar e pular “falando em línguas”. São os momentos de descontração em que começo a rir...

[Geotecton]

Diálogo franco meu caro Novag, diálogo franco.

Exponha a ela, clara mas calmamente, que você se sente desconfortável em ir à igreja (a qualquer uma) porque tal lugar nada representa para você. E, ao mesmo tempo, deixe ela livre para ir, se ela assim desejar.

Em relação ao dinheiro doado, se ele faz falta ao orçamento familiar, é bom dialogar com ela, pedindo que ela analise com mais cuidado esta decisão. Procure mostrar para ela o quanto os valores doados representarão, em termos de valor total e capitalizado, em um horizonte temporal de, digamos, 10 anos.

Principalmente se esta doação já faz falta agora.

[Aroldocbn]

Amigos,

Não sei se existem mais pessoas aqui no fórum com a  mesma situação do que eu , de forma que as trocas de mensagens feitas poderiam ajudar mais pessoas alem de mim.

Como é que eu faço para sair da igreja?

Sim, é essa a pergunta, por mais estranha que possa parecer.
O que ocorre é que o ser humano é treinado para viver em sociedade, mas em seu individualismo não pode ser 100% feliz pois cada indivíduo tem a sua linha de raciocínio particular.
Comecei a freqüentar a igreja evangélica por causa da minha esposa, mas a verdade dos fatos é que não gosto nenhum pouco de fazer isso. Vejo a exploração do pastor com os fiéis e me sinto obrigado em dar oferta por causa da situação.
Afinal, freqüento a igreja e minha esposa é evangélica.
Na verdade, ela é até cética quanto a milagres. Não acredita mais nisso e nem na honestidade dos pastores, digamos assim (o que vejo já ser meio caminho andado), mas ela tem aquela de :

“Ora, se Deus não estiver na igreja, o que seria de nós no futuro?”

Daí quando eu lanço questões céticas ela se afasta de mim e vai escutar hinos evangélicos, o que eu já percebi que é apenas para aplacar o seu temor de ter que encarar a realidade de nossa tão curta vida.
Graças a Odin, eu já venci esse medo. Sou feliz como sou , reconheço minha insignificância nesse universo e sei que, assim como estive morto a milhões de anos atrás, assim continuarei morto a milhões de anos pra frente. O que impede muitas pessoas de raciocinarem assim é o egocentrismo. Mas, o que fazer?

Não queria ficar perdendo meu tempo ( e dinheiro) indo em uma igreja cujo pastor olha para os fieis como sendo pés de dinheiro. Até ônibus a igreja tem para pegar os mais pobres afim de levá-los para o culto.

Enfim, estou de s*** cheio...

Alguma sugestão? 

Sou evangélico e falo sem medo de errar...
Conte a verdade e o máximo que ela vai fazer é orar por você.
Viver assim é insuportável, já frequentei igreja sem ser evangélico e sei como isso é ruim.

[Aroldocbn]

Diálogo franco meu caro Novag, diálogo franco.

Exponha a ela, clara mas calmamente, que você se sente desconfortável em ir à igreja (a qualquer uma)
porque tal lugar nada representa para você. E, ao mesmo tempo, deixe ela livre para ir, se ela ssim desejar.

Em relação ao dinheiro doado, se ele faz falta ao orçamento familiar, é bom dialogar com ela, pedindo que ela analise com mais cuidado esta decisão. Procure mostrar para ela o quanto os valores doados representarão, em termos de valor total e capitalizado, em um horizonte temporal de, digamos, 10 anos.

Principalmente se esta doação já faz falta agora.

Perfeito ! Ótimo conselho.

[Aroldocbn]

  Às vezes sou pego de surpresa por alguma alma que começa a gritar e pular “falando em línguas”. São os momentos de descontração em que começo a rir...

 

[Feliperj]

Amigos,

Não sei se existem mais pessoas aqui no fórum com a  mesma situação do que eu , de forma que as trocas de mensagens feitas poderiam ajudar mais pessoas alem de mim.

Como é que eu faço para sair da igreja?

Sim, é essa a pergunta, por mais estranha que possa parecer.
O que ocorre é que o ser humano é treinado para viver em sociedade, mas em seu individualismo não pode ser 100% feliz pois cada indivíduo tem a sua linha de raciocínio particular.
Comecei a freqüentar a igreja evangélica por causa da minha esposa, mas a verdade dos fatos é que não gosto nenhum pouco de fazer isso. Vejo a exploração do pastor com os fiéis e me sinto obrigado em dar oferta por causa da situação.
Afinal, freqüento a igreja e minha esposa é evangélica.
Na verdade, ela é até cética quanto a milagres. Não acredita mais nisso e nem na honestidade dos pastores, digamos assim (o que vejo já ser meio caminho andado), mas ela tem aquela de :

“Ora, se Deus não estiver na igreja, o que seria de nós no futuro?”

Daí quando eu lanço questões céticas ela se afasta de mim e vai escutar hinos evangélicos, o que eu já percebi que é apenas para aplacar o seu temor de ter que encarar a realidade de nossa tão curta vida.
Graças a Odin, eu já venci esse medo. Sou feliz como sou , reconheço minha insignificância nesse universo e sei que, assim como estive morto a milhões de anos atrás, assim continuarei morto a milhões de anos pra frente. O que impede muitas pessoas de raciocinarem assim é o egocentrismo. Mas, o que fazer?

Não queria ficar perdendo meu tempo ( e dinheiro) indo em uma igreja cujo pastor olha para os fieis como sendo pés de dinheiro. Até ônibus a igreja tem para pegar os mais pobres afim de levá-los para o culto.

Enfim, estou de s*** cheio...

Alguma sugestão? 

Ola

Vc pode citar o próprio Jesus : Levantai uma pedra e estarei lá, etc..etc..etc. Ou seja, se o proprio Jesus nunca se preocupou em encontrar Deus em uma Igreja, pq ela se preocuparia ?

Outra Coisa : Segundo a TRG, vc está e sempre estará no Espaço-Tempo. A relatividade nos garante vida eterna.

Abs
Felipe

[AlienígenA]

Eu nem imagino como é a situação, porque nunca vivi nada parecido, mas se fosse você, seria sincero, até porque não sei se conseguiria viver essa situação, correndo o risco de descontar minhas frustrações nela. É o que acho o mais perigoso, porque pode ir minando nossa paciência, capacidade de compreensão e a propria relação, sem percebemos.

Deve haver alguma forma de você poder dizer a ela como se sente e como isso pode ser nocivo para vocês dois, escutar o que ela tem a dizer, o que espera, descobrir no que cada um pode ceder.

Parece ser algo que está te incomodando muito. Eu tenho a mania de por tudo no papel antes. Para mim, uma boa forma de descobrir a real dimensão das coisas é escrever sobre elas. Faço do teclado o meu melhor amigo nessas horas e na maioria das vezes percebo que os problemas são menores e menos complicados do que parecem.

Boa sorte! 


Boa sorte! 

[Fabi]

Infelizmente não existe a opção Evangélico não praticante, e também não ter vizinhos intrometidos ajuda muito. Quando eu mudei pra um lugar sem muito contato com vizinhos, minha vida mudou e melhorou. Essa deve ser a parte de difícil de abandonar uma igreja, as fofocas dos vizinhos evangélicos. Se não tiver isso, é só ser sincero com sua esposa que o problema está 50% resolvido.