Autor Tópico: O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais  (Lida 757 vezes)

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Offline JohnnyRivers

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Três anos atrás, enquanto o mundo ainda estava nas trevas da crise de 2008, o Brasil brilhava como um Sol ao meio-dia. O país crescia em ritmo acelerado, ajudado pelas medidas de estímulo do governo, e acabara de ser escolhido como palco da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. O brilho iluminava nossas vantagens competitivas – um ambiente institucional mais sólido que noutros países emergentes, um mercado interno gigantesco, uma agroindústria pujante e imensas riquezas minerais e energéticas. As publicações internacionais davam de ombros para os gargalos históricos da Economia brasileira e reverenciavam o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. A austera revista britânica The Economist chegou a publicar uma reportagem de capa exaltando a força e o dinamismo do país. Sob o título “O Brasil decola”, a reportagem era ilustrada pela figura do Cristo Redentor disparando como um foguete em direção ao espaço sideral. O eterno país do futuro, outrora marcado por calotes nos credores externos, uma Inflação estratosférica e um crescimento pífio, parecia ter se tornado enfim o país do presente, pronto para realizar seu potencial.

Parecia.

A lua de mel durou pouco. No fim do ano passado, a percepção do Brasil no exterior, que se deteriorava gradualmente desde o final do governo Lula, piorou muito. Nos últimos meses, as críticas se multiplicaram e se tornaram ainda mais fortes. Como num eclipse que oculta os raios do Sol, o brilho do Brasil perdeu intensidade na arena global. “A ideia do Brasil decolando passou”, disse a ÉPOCA o megainvestidor Mark Mobius, presidente da Templeton Emerging Markets, empresa que administra um patrimônio de US$ 54 bilhões em mercados emergentes, US$ 4,3 bilhões no Brasil. “A percepção do Brasil pelos investidores estrangeiros está no pior momento desde 2002”, afirma o cientista político Christopher Garman, diretor da área de estratégia para mercados emergentes do Eurasia Group, uma consultoria americana especializada na análise de riscos políticos. “Exceto em circunstâncias excepcionais, o mundo não se deixa enganar por muito tempo”, diz Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda e ex-secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). A mesmaEconomist, que louvara o Brasil três anos antes, defendeu recentemente em editorial a saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerado inepto para garantir o crescimento de que o país carece. “Aquela capa do Cristo Redentor falava que o Brasil estava decolando e não que tinha chegado à Lua”, afirma a correspondente da Economist no Brasil, Helen Joyce. “Aquele momento especial chegou ao fim.”

A mudança radical na imagem do Brasil lá fora tem a ver, em boa medida, com o desempenho sofrível da Economia brasileira. Depois de crescer 7,5% em 2010, no último ano do governo Lula, o país desacelerou. Para desconforto da presidente Dilma Rousseff e de sua equipe econômica, confirmaram-se as previsões mais pessimistas dos economistas. Em 2011, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)não passou de 2,5%, um resultado apenas razoável para um país emergente do porte do Brasil. Em 2012, de acordo com as projeções oficiais, ele desacelerou ainda mais, para 1,35%. É um patamar Bem inferior à média mundial no período, de 3,3%, e das estimativas hiperotimistas, de até 5%, feitas por Mantega no início do ano passado. “Lula manteve sem necessidade os estímulos econômicos criados no combate à crise para gerar um clima de euforia e eleger Dilma presidente”, afirma Ricupero. “Mas ele sabia que o dia do juízo chegaria depois.”

Deve-se dizer, em favor do governo, que o fraco desempenho da Economia não foi um privilégio do Brasil no ano passado. Todo o grupo formado pelos grandes países emergentes conhecidos como Brics – Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul – sofreu desaceleração no crescimento e perdeu influência na Economia mundial. Só que nenhum dos Brics teve um resultado tão desanimador quanto o Brasil nesse período. Para reanimar a Economia e estimular os Investimentos privados, o governo tentou de tudo, dentro de seu receituário heterodoxo. Reduziu os juros, cortou as tarifas de energia e promoveu desonerações fiscais e trabalhistas para os setores que souberam gritar mais alto em Brasília. Nada disso funcionou.

Em janeiro, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, considerado pelo governo, desde os tempos de Lula, como um convescote de financistas em defesa do capitalismo, era indisfarçável o desapontamento com o baixo crescimento brasileiro. “Na década passada, o Brasil teve uma boa performance, mas a preocupação é que talvez não tenha energia para seguir adiante”, afirmou em Davos o Economista Kenneth Rogoff, da Universidade Harvard, coautor do livro Oito séculos de delírios financeiros (Editora Campus Elsevier). “Há alguns anos, o Brasil era uma das estrelas de Davos. Neste ano, passou praticamente despercebido”, diz Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e hoje diretor do Centro de Economia Mundial, da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro. “Pensaram que o Brasil poderia repetir o padrão de crescimento chinês.” Nas palavras do Economista Armínio Fraga, também ex-presidente do BC e hoje sócio da Gávea Investimentos, do Rio de Janeiro: “Havia a expectativa de um crescimento maior, de que o Brasil continuaria a crescer 7%. Agora o pessoal caiu na real”.

INSTÁVEL E IMPREVISÍVEL

Posto da Petrobras, em São Paulo. A mudança das regras do jogo no setor de petróleo e o uso político da estatal prejudicaram as ações na Bolsa. Isso contribui para gerar um clima de insegurança e assustar os investidores externos (Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo)

É verdade que há um certo exagero nessa visão negativa dos estrangeiros em relação ao Brasil. “Assim como estavam otimistas demais em 2010, agora estão pessimistas demais”, diz Armínio. “2010 foi um ano de recuperação, e o crescimento de 7% foi um fenômeno isolado. 2012 foi um ano de desaceleração global, e o crescimento de 1% também foi algo esporádico.” Mas a mudança de percepção em relação ao Brasil se deve apenas em parte ao “pibinho”. A lista dos fatores que afetam negativamente a imagem do Brasil no exterior parece não ter fim – da intervenção crescente do Estado na Economia às alterações constantes nas regras do jogo de vários setores de negócios; da paralisação das reformas tributária e trabalhista à adoção de medidas protecionistas; da “flexibilização” do regime de metas de Inflação à interferência na taxa de câmbio. Todas essas questões contribuem para ampliar a insegurança e as dúvidas de analistas e investidores em relação ao futuro do Brasil. “Existe uma grande incerteza, hoje, em relação à qualidade da gestão da Economia brasileira. Muitos clientes me perguntam se o Brasil está virando a Argentina”, diz Garman, do Eurasia Group. “O Capitalismo sem lucro, defendido por Dilma e seus auxiliares mais próximos, as ameaças e o autoritarismo na imposição de regulamentações, as denúncias ásperas contra o ‘tsunami monetário’ dos países desenvolvidos, tudo isso soa como um radicalismo anacrônico dos anos 1960 e 1970 aos ouvidos ingleses, americanos e alemães”, afirma Ricupero.

Com baixa poupança, o Brasil precisa atrair Capital estrangeiro. Ele deve ser cortejado – não tratado como vilão

Num artigo publicado em janeiro, intitulado “O jeitinho monetário do Brasil”, o jornal britânicoFinancial Times ironizou o vaivém da Política cambial e as manobras do governo para tentar controlar a Inflação neste início do ano. Usou como exemplo o pedido ridículo, aos prefeitos de São Paulo e do Rio de Janeiro, para adiar os reajustes das tarifas de transportes. O FTtambém criticou a “contabilidade criativa” adotada pelo governo para transformar um pequenosuperavit num grande superavit fiscal – uma artimanha rechaçada até pelo ex-ministro Antônio Delfim Netto, um aliado governista. “São questões importantes para entender o caminho que o governo brasileiro deverá seguir na Economia daqui para a frente”, afirma Samantha Pearson, autora do artigo. “Essas coisas são preocupantes. Todos especulam: foram fatos isolados ou representam uma tendência?”

MODELO DE CONSUMO

Loja das Casas Bahia, na favela da Rocinha, Rio de Janeiro. O governo apostou na explosão do consumo para atrair as empresas. Mas quem gasta não poupa – e, sem Poupança interna, não há dinheiro para investir

Diante desse quadro nebuloso, os empresários brasileiros se retraíram. Embora o governo tenha tentado alavancar os Investimentos na Produção e na infraestrutura usando toda sorte de estímulo, a resposta não veio. Em vez de os Investimentos crescerem, eles caíram. Em 2012, o volume de Investimentos ficou em 18,7% do PIB, segundo uma prévia relativa aos 12 meses encerrados em setembro, diante dos 20% registrados no mesmo período de 2011. Foi uma queda de 5,6%, e um resultado bem abaixo da média mundial, de 24% do PIB no período, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

>> O Brasil crescerá mais? 

Considerando que o aumento dos Investimentos é essencial para o Brasil entrar na trilha do crescimento sustentável, tal resultado é dramático. Nos últimos anos, o governo apostou na Expansão do consumo.

Acreditava que ela puxaria inevitavelmente os Investimentos na produção. A equipe econômica faz profissão de fé que o aumento dos Investimentos não é incompatível com o consumo. Um dos pilares centrais da teoria econômica reza, contudo, que o Investimento advém do aumento da Poupança (pública e privada). E o dinheiro que vai para o consumo deixa de ir para a poupança. Historicamente, a taxa de Poupança é baixa no Brasil. Está hoje em 17% do PIB, ante uma média global de 23,9%, de acordo com o Banco Mundial. Na China, são 53% do PIB. Na Índia, 34%. No Chile, 25%. No Brasil, além de a Poupança privada ser baixa, o governo gasta quase tudo o que arrecada com o Custeio da máquina administrativa. Sobra muito pouco para investir. Isso torna o país mais dependente dos Investimentos externos para crescer. “A grande dúvida, hoje, é se o Brasil dará uma resposta adequada para alavancar os Investimentos privados”, diz Armínio Fraga. “É difícil conseguir mudar isso da noite para o dia.”

A melhor saída para compensar nossa falta de Poupança interna é tentar atrair investidores externos. O Capital estrangeiro deve ser cortejado, em vez de ser tratado como vilão. Ele não é – nem jamais será – suficiente para alavancar sozinho o desenvolvimento de um país como o Brasil. Mas é essencial para complementar os Investimentos de Capital nacional. Se o Brasil souber enxergá-lo como aliado, certamente dará um grande passo para acelerar nosso crescimento. E a piora de nossa imagem externa tem efeito determinante sobre nossa capacidade de atrair esse capital.

>> O que fazer com seu dinheiro em 2013 

No mercado financeiro, naturalmente mais volátil, já começou a fuga do capital. As aplicações de estrangeiros em Renda Fixa e ações caíram 76,5% em 2012, de US$ 35,3 bilhões para US$ 8,3 bilhões, segundo o Banco Central. Esses investidores costumam ser mais sensíveis aos indicadores conjunturais e ao vaivém regulatório do governo. São eles, em geral, que acompanham de perto as notícias e exercem maior influência na imagem do país. A queda da Taxa Básica de juros, a Selic, para 7,5% ao ano, contribuiu para afugentá-los. Fora isso, o governo decidiu cobrar um pedágio dos estrangeiros sobre os ganhos obtidos na renda fixa, a título de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Fixado inicialmente em 2%, em 2009, o IOF dobrou para 4% em 2010 e, apenas 15 dias depois, subiu para 6%. “Mesmo com a queda dos juros e o IOF, os ganhos no Brasil continuam atraentes para os investidores externos”, diz o americano Mobius. “Mais do que o tipo de regra adotado em cada país, o importante é a previsibilidade e a estabilidade nas regras do jogo.”

>> Dilma, Economist e nacionalismo 

Por enquanto, as grandes multinacionais e os Fundos de investimento em empresas continuam a apostar no Brasil. O país fechou 2012 com o segundo maior volume da história em Investimentos estrangeiros no setor produtivo – cerca de US$ 65 bilhões, resultado que ficou 2,3% abaixo de 2011 e deverá ser mais ou menos semelhante em 2013. “Voltei há pouco tempo de uma viagem de duas semanas ao Brasil e continuo muito otimista sobre os Investimentos de Longo prazo no país”, diz Jim Breyer, presidente da empresa americana de Capital de Risco Accel Partners. Ainda somos o terceiro destino mais atraente para o Capital produtivo, depois dos Estados Unidos e da China, segundo uma pesquisa recente da consultoria PricewaterhouseCoopers com o principal executivo de 1.300 empresas em 68 países.

ESTRELA ASCENDENTE

Fábrica da Ford em Cuautitlan Izcalli, no MéxIco. O país ganhou competitividade nos últimos anos e tomou o lugar do Brasil como preferido dos investidores externos na América Latina

Esse tipo de investidor está mais preocupado com questões como a evolução do mercado consumidor, o crescimento da classe média e o ambiente de negócios. Quer vender seus produtos e Serviços no Brasil, ser sócios do desenvolvimento nacional e enviar os lucros produzidos aqui para reforçar os balanços das matrizes. Por isso, a estabilidade das instituições e regras da Economia é crucial para eles. Para muitas multinacionais, nosso mercado é estratégico, e elas teriam instalações no Brasil de qualquer jeito. Outras se viram forçadas a implantar fábricas aqui por causa da política protecionista do governo, que elevou as alíquotas de importação de alguns produtos e passou a exigir uma Produção mínima de conteúdo local para não penalizar as empresas. “A política industrial brasileira é seletiva. Se a empresa quiser importar pagando menos impostos, ela pode, mas tem de se instalar aqui e produzir também no Brasil”, diz Langoni, da FGV. “Apesar de as condições no país não serem as ideais, quando elas olham para a China, a Índia e a Rússia, países até mais protecionistas e sem o mesmo ambiente institucional, o Brasil se destaca.”

>> Brasil perde posto de 6ª maior Economia do mundo 

Só com a retomada do crescimento, o eclipse se dissipará e o Sol brasileiro poderá voltar a brilhar no céu
Seria ingênuo, porém, supor que a opinião dos investidores no setor produtivo não será afetada pela crise de imagem brasileira. Agora, o Brasil passou a enfrentar a concorrência de outros países da América Latina, como México, Peru, Colômbia e Chile. São essas as estrelas em ascensão na região. Todos têm praticado uma política de maior austeridade fiscal e estão envolvidos na implementação de reformas na economia. Nesses países, há também menos intervenção do governo na atividade econômica. “Há três anos, quando as perspectivas da Economia brasileira eram muito boas, o país reinava soberano na América Latina”, diz o Economista Alfredo Coutiño, diretor para a América Latina da empresa americana de pesquisas Moody’s Analytics. “No momento, há alternativas para os investidores.”

Diante das dificuldades evidentes, o governo precisa implementar uma Política Econômica que favoreça a retomada da Economia e crie as bases para um crescimento sustentável. “O Brasil precisa de mais pragmatismo e menos ideologia”, afirma Armínio Fraga. Infelizmente, o país perdeu muito tempo nos primeiros dois anos do governo Dilma. Há um consenso entre os analistas de que os efeitos de eventuais correções de rota na Economia não virão de imediato. Provavelmente, só se manifestarão no ano que vem, quando Dilma já estiver em campanha pela reeleição. “Está um pouco tarde para o atual governo recuperar a imagem do país e recolocar o Brasil sob os holofotes internacionais neste ano e no próximo”, diz Coutiño. A dúvida é se Dilma deseja realmente seguir nessa direção. Com o anúncio, nas últimas semanas, de novas privatizações e leilões de exploração de petróleo, ela parece disposta a mostrar que sim. A julgar, porém, pelo que fez nos dois primeiros anos de mandato, muita gente acredita que não. Se, neste ano, o país retomar um patamar de crescimento razoável, é possível que o eclipse comece a se dissipar e o Sol brasileiro volte a brilhar, ainda que menos intensamente. Senão, o céu continuará cinzento.

Fonte
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Re:O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais
« Resposta #1 Online: 12 de Março de 2013, 16:02:38 »
Me lembro de ter ouvido muito aqui sobre a superioridade desse governo. Onde está?  Estamos crescendo menos que o mundo e somos de longe o BRIC que menos cresce.
Vamos vernos ad hocs petistas agora.
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Re:O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais
« Resposta #2 Online: 12 de Março de 2013, 17:09:01 »
Não sei o impacto que irá ter na economia como um todo, mas a Dilma está desonerando a folha de pagamento das empresas, também está aliviando para o setor de telecomunicações. Além da energia, no ano passado.
Recentemente, meteu isenção na banda larga.

Populismo ou ação proativa para a economia crescer?

EDIT: Produtos da cesta básica também sofreram corte de impostos.
« Última modificação: 12 de Março de 2013, 17:19:31 por JohnnyRivers »
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Re:O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais
« Resposta #3 Online: 12 de Março de 2013, 17:19:30 »
Isenção sobre consumo favorece primeiramente os empresários, os consumidores ficam em segundo plano.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Fabrício

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Re:O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais
« Resposta #4 Online: 12 de Março de 2013, 17:28:39 »
Não sei o impacto que irá ter na economia como um todo, mas a Dilma está desonerando a folha de pagamento das empresas, também está aliviando para o setor de telecomunicações. Além da energia, no ano passado.
Recentemente, meteu isenção na banda larga.

Populismo ou ação proativa para a economia crescer?

EDIT: Produtos da cesta básica também sofreram corte de impostos.

São boas medidas, mas muito tímidas e com jeitão eleitoreiro...

O Brasil precisava era de uma reforma radical, em quase tudo. Mas a Dilma pelo jeito não fará esta reforma.

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Offline Moro

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Re:O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais
« Resposta #5 Online: 12 de Março de 2013, 17:52:51 »
Isenção sobre consumo favorece primeiramente os empresários, os consumidores ficam em segundo plano.

depende dos produtos que ela isentar. Acho que a folha de pagamento deveria ser o primeiro alvo. O problema é que ela tem que segurar a isenção pois a máquina governamental custa muito caro.
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Re:O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais
« Resposta #6 Online: 12 de Março de 2013, 18:32:28 »
Eu discordo da ideia central do artigo.

Eu acho que o pior, para o Brasil, ainda está por vir.
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Offline JohnnyRivers

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Re:O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais
« Resposta #7 Online: 12 de Março de 2013, 20:42:57 »
Numa análise superficial, acho que este é o ponto fraco da Dilma. Ela não tem muita capacidade para desenvolver o país economicamente. Ao contrário de seus antecessores (FHC e Lula), a presidente(a) não agrada o país internamente e nem internacionalmente neste setor.
Mas ela tem um ponto forte. A Dilma da ótimos incentivos na infraestrutura. Ano passado, além da redução de juros nos financiamentos da CAIXA, teve também um reforço em um incentivo fiscal na Construção Civil. Também teve corte na energia e agora, é a telecomunicação que está sendo beneficiada.

Caso ela seja re-eleita (e creio que será), e se continuar neste ritmo, acho que teremos uma inflaçãozinha chata em 2018, mas com uma infraestrutura decente. Talvez uma das melhores dos emergentes.

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Offline Cumpadi

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Re:O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais
« Resposta #8 Online: 12 de Março de 2013, 20:44:07 »
Eu discordo da ideia central do artigo.

Eu acho que o pior, para o Brasil, ainda está por vir.
Concordo, acho que as bolhas imobiliária e de dívida aqui estourarão junto com a de outros países.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Geotecton

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Re:O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais
« Resposta #9 Online: 12 de Março de 2013, 20:45:47 »
Numa análise superficial, acho que este é o ponto fraco da Dilma. Ela não tem muita capacidade para desenvolver o país economicamente. Ao contrário de seus antecessores (FHC e Lula), a presidente(a) não agrada o país internamente e nem internacionalmente neste setor.
Mas ela tem um ponto forte. A Dilma da ótimos incentivos na infraestrutura. Ano passado, além da redução de juros nos financiamentos da CAIXA, teve também um reforço em um incentivo fiscal na Construção Civil. Também teve corte na energia e agora, é a telecomunicação que está sendo beneficiada.

Caso ela seja re-eleita (e creio que será), e se continuar neste ritmo, acho que teremos uma inflaçãozinha chata em 2018, mas com uma infraestrutura decente. Talvez uma das melhores dos emergentes.

Qual foi o setor de infra-estrutura que teve uma melhora substancial nos últimos 10 anos?

E como a infra-estrutura dará um salto de qualidade em apenas 5 anos?
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Offline Moro

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Re:O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais
« Resposta #10 Online: 12 de Março de 2013, 21:00:57 »
hoje eu li no OESP reclamações sobre aumentos recentes de mensalidade. Alguém sabe algo?
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Re:O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais
« Resposta #11 Online: 12 de Março de 2013, 21:01:12 »
Qual foi o setor de infra-estrutura que teve uma melhora substancial nos últimos 10 anos?l
O Lula foi ridículo nisto.

E como a infra-estrutura dará um salto de qualidade em apenas 5 anos?

Como eu não sei. A ferramenta que está sendo usada é a de incentivos e desonerações, e não investimentos diretos.
A atual gestão está começando pelos não tão complicados. O maior desafio está nos aeroportos e estradas. O primeiro, foi uma vergonha sem igual na gestão do molusco. O segundo, é um antigo problema crônico do país.
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Re:O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globais
« Resposta #12 Online: 12 de Março de 2013, 23:50:08 »
Isenção sobre consumo favorece primeiramente os empresários, os consumidores ficam em segundo plano.

depende dos produtos que ela isentar. Acho que a folha de pagamento deveria ser o primeiro alvo. O problema é que ela tem que segurar a isenção pois a máquina governamental custa muito caro.

Basicamente não existe nenhum produto que se desonerado terá repasse integral para o consumidor, motivos óbvios.
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