Autor Tópico: Por que acreditamos (ou não) em Deus?  (Lida 3725 vezes)

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Offline EuSouOqueSou

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Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Online: 01 de Maio de 2013, 22:11:20 »
Chega de evidências anedóticas, agora temos evidências empríricas (eu acho :P )

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Alguns dias atrás, a revista Prospect da Inglaterra publicou o resultado de uma pesquisa que elegeu os maiores pensadores do mundo. No topo da lista está o biólogo e professor da Universidade de Oxford, Richard Dawkins. Dawkins é popularmente conhecido pela sua posição contrária e extremista com relação ao teísmo e/ou crenças em seres sobrenaturais. Existe muita gente que acredita em Deus. E isso irrita um pouco o Dawkins. No entanto, para a surpresa de muitos, existe muita gente no mundo que não acredita em Deus. Tal variedade, obviamente, sempre despertou o interesse de cientistas cognitivos (incluindo eu) que buscam entender o que há de cognitivo na crença em Deus (ou na falta dela).

Uma das propostas mais convincentes até o momento diz respeito ao que chamamos na Psicologia Cognitiva de estilos cognitivos (cognitive styles ou modes of thinking). Em termos gerais, temos dois sistemas de pensamento: um sistema que chamamos de analítico e um outro sistema que chamamos de intuitivo. O sistema analítico geralmente requer o uso de mais recursos cognitivos, demanda mais tempo de processamento e é associado a uma análise criteriosa do problema em questão. Já o sistema intuitivo está relacionado a respostas mais rápidas e que demandam menos uso de recursos cognitivos. Todos nós utilizamos os dois sistemas de maneira cotidiana. Eles não são mutualmente exclusivos e tampouco associados com inteligência ou falta dela.

No entanto, pesquisas têm apontado que a crença em Deus ou em outros seres sobrenaturais está associada ao sistema intuitivo da nossa cognição (veja essa postagem do Cognando). Muitos desses estudos, na verdade, são estudos de caráter correlacional, ou seja, não há como fazer nenhum tipo de inferência causal. Um estudo publicado recentemente na revista Science buscou preencher essa lacuna. Em uma série de experimentos, Will Gervais e Ara Norenzayan mostraram que é possível inferir que um modo de pensamento mais analítico causa uma descrença religiosa.

No estudo, os participantes responderam a uma medida de religiosidade após serem induzidos a pensar de forma mais ou menos analítica. Em um dos experimentos, os participantes foram expostos a obras de arte mostrando pessoas pensando (ex.: O Pensador) ou obras mostrando outros tipos de atividade (ex.: O Discóbolo de Myron). As pessoas expostas às obras de pessoas pensando (supostamente induzindo um modo mais analítico de pensar) mostraram uma crença religiosa significativamente menor em comparação ao outro grupo de pessoas expostas às obras neutras.

Para induzir um modo de pensamento analítico de maneira mais direta, os pesquisadores utilizaram um fenômeno já bastante conhecido na Psicologia Cognitiva, chamado de fluência de processamento. Esse princípio postula que informações difíceis de serem processadas (tipo um texto cinza claro em um fundo branco), induzem um modo de pensamento mais analítico. Assim, a medida de religiosidade foi impressa em fontes fáceis de serem lidas e em fontes difíceis de serem lidas. O resultado mostrou que o grupo de pessoas que recebeu a medida de religiosidade impressa em uma fonte difícil de ser lida demonstrou uma crença religiosa significativamente menor do que o grupo que recebeu a mesma medida impressa em uma fonte fácil de ler. E esse efeito ocorreu mesmo após o controle de outras variáveis tais como inteligência e afiliação religiosa.

O que isso quer dizer? Em termos gerais, isso quer dizer que, dentre os vários fatores que causam a descrença em Deus e em outros seres sobrenaturais, o estilo cognitivo é um deles. Pensar de maneira mais analítica parece deixar pouco espaço para crenças religiosas. Basta saber até que ponto esse efeito é pervasivo em culturas que apresentam vários níveis de religiosidade, organizamos de maneira complexa. O primeiro passo está dado.

Depois de alguns meses parado, o Cognando volta à ativa! Sigam as postagens do Cognando no Google+, Twitter e no Facebook. Clica lá, gente!!!! :)

Referência:
Gervais WM, & Norenzayan A (2012). Analytic thinking promotes religious disbelief. Science (New York, N.Y.), 336 (6080), 493-6 PMID: 22539725

fonte: http://scienceblogs.com.br/cognando/2013/04/por-que-acreditamos-ou-nao-em-deus/
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #1 Online: 02 de Maio de 2013, 00:13:23 »
Será que melhoramos o decorrer dos debates em questões de ciência vs religião se usarmos fontes rebuscadas e de pouco contraste? :biglol:

Offline Pagão

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #2 Online: 03 de Maio de 2013, 11:26:55 »

O Instinto de Acreditar

A psicologia das almas, o destino e o sentido da vida

 de Jesse Bering

Edição/reimpressão: 2011

Páginas: 284

Editor: Temas e Debates

ISBN: 9789896441562

17,50€

 Normalmente segue para o correio em 24 horas
Sinopse
 
Neste livro espirituoso e magnificamente construído, Jesse Bering revela o motivo psicológico pelo qual acreditamos. Combinando relatos claros de estudos surpreendentes com incursões pela literatura, pela filosofia e até mesmo pela cultura popular, apresenta-nos uma narrativa tão divertida quanto provocadora. O autor lança luz sobre tópicos como a nossa procura de um objetivo de vida predestinado, o nosso desejo de ver mensagens divinas em desastres naturais e outros acontecimentos aleatórios, as nossas visões do outro mundo e a nossa curiosidade em relação à forma como o comportamento moral e imoral é recompensado, ou punido, nesta vida. Ousadamente, defende que o instinto que nos faz acreditar em Deus e em outras forças incognoscíveis deu aos primeiros seres humanos uma vantagem evolutiva. No entanto, agora que estas ilusões psicológicas ultrapassaram o objetivo evolutivo, chamanos a atenção para um novo desafio: fugir delas…
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Feliperj

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #3 Online: 03 de Maio de 2013, 12:47:51 »
Chega de evidências anedóticas, agora temos evidências empríricas (eu acho :P )

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Alguns dias atrás, a revista Prospect da Inglaterra publicou o resultado de uma pesquisa que elegeu os maiores pensadores do mundo. No topo da lista está o biólogo e professor da Universidade de Oxford, Richard Dawkins. Dawkins é popularmente conhecido pela sua posição contrária e extremista com relação ao teísmo e/ou crenças em seres sobrenaturais. Existe muita gente que acredita em Deus. E isso irrita um pouco o Dawkins. No entanto, para a surpresa de muitos, existe muita gente no mundo que não acredita em Deus. Tal variedade, obviamente, sempre despertou o interesse de cientistas cognitivos (incluindo eu) que buscam entender o que há de cognitivo na crença em Deus (ou na falta dela).

Uma das propostas mais convincentes até o momento diz respeito ao que chamamos na Psicologia Cognitiva de estilos cognitivos (cognitive styles ou modes of thinking). Em termos gerais, temos dois sistemas de pensamento: um sistema que chamamos de analítico e um outro sistema que chamamos de intuitivo. O sistema analítico geralmente requer o uso de mais recursos cognitivos, demanda mais tempo de processamento e é associado a uma análise criteriosa do problema em questão. Já o sistema intuitivo está relacionado a respostas mais rápidas e que demandam menos uso de recursos cognitivos. Todos nós utilizamos os dois sistemas de maneira cotidiana. Eles não são mutualmente exclusivos e tampouco associados com inteligência ou falta dela.

No entanto, pesquisas têm apontado que a crença em Deus ou em outros seres sobrenaturais está associada ao sistema intuitivo da nossa cognição (veja essa postagem do Cognando). Muitos desses estudos, na verdade, são estudos de caráter correlacional, ou seja, não há como fazer nenhum tipo de inferência causal. Um estudo publicado recentemente na revista Science buscou preencher essa lacuna. Em uma série de experimentos, Will Gervais e Ara Norenzayan mostraram que é possível inferir que um modo de pensamento mais analítico causa uma descrença religiosa.

No estudo, os participantes responderam a uma medida de religiosidade após serem induzidos a pensar de forma mais ou menos analítica. Em um dos experimentos, os participantes foram expostos a obras de arte mostrando pessoas pensando (ex.: O Pensador) ou obras mostrando outros tipos de atividade (ex.: O Discóbolo de Myron). As pessoas expostas às obras de pessoas pensando (supostamente induzindo um modo mais analítico de pensar) mostraram uma crença religiosa significativamente menor em comparação ao outro grupo de pessoas expostas às obras neutras.

Para induzir um modo de pensamento analítico de maneira mais direta, os pesquisadores utilizaram um fenômeno já bastante conhecido na Psicologia Cognitiva, chamado de fluência de processamento. Esse princípio postula que informações difíceis de serem processadas (tipo um texto cinza claro em um fundo branco), induzem um modo de pensamento mais analítico. Assim, a medida de religiosidade foi impressa em fontes fáceis de serem lidas e em fontes difíceis de serem lidas. O resultado mostrou que o grupo de pessoas que recebeu a medida de religiosidade impressa em uma fonte difícil de ser lida demonstrou uma crença religiosa significativamente menor do que o grupo que recebeu a mesma medida impressa em uma fonte fácil de ler. E esse efeito ocorreu mesmo após o controle de outras variáveis tais como inteligência e afiliação religiosa.

O que isso quer dizer? Em termos gerais, isso quer dizer que, dentre os vários fatores que causam a descrença em Deus e em outros seres sobrenaturais, o estilo cognitivo é um deles. Pensar de maneira mais analítica parece deixar pouco espaço para crenças religiosas. Basta saber até que ponto esse efeito é pervasivo em culturas que apresentam vários níveis de religiosidade, organizamos de maneira complexa. O primeiro passo está dado.

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fonte: http://scienceblogs.com.br/cognando/2013/04/por-que-acreditamos-ou-nao-em-deus/

Eu li errado? não entendi direito? Esta pesquisa viesou/eliminou a crença/descrença já existente nas pessoas dos dois grupos ? E os grupos de controle, onde meramente houve a pergunta de "nível de religiosidade" de cada individuo ?

Abs
Felipe

Offline Feliperj

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #4 Online: 03 de Maio de 2013, 12:51:45 »

O Instinto de Acreditar

A psicologia das almas, o destino e o sentido da vida

 de Jesse Bering

Edição/reimpressão: 2011

Páginas: 284

Editor: Temas e Debates

ISBN: 9789896441562

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Sinopse
 
Neste livro espirituoso e magnificamente construído, Jesse Bering revela o motivo psicológico pelo qual acreditamos. Combinando relatos claros de estudos surpreendentes com incursões pela literatura, pela filosofia e até mesmo pela cultura popular, apresenta-nos uma narrativa tão divertida quanto provocadora. O autor lança luz sobre tópicos como a nossa procura de um objetivo de vida predestinado, o nosso desejo de ver mensagens divinas em desastres naturais e outros acontecimentos aleatórios, as nossas visões do outro mundo e a nossa curiosidade em relação à forma como o comportamento moral e imoral é recompensado, ou punido, nesta vida. Ousadamente, defende que o instinto que nos faz acreditar em Deus e em outras forças incognoscíveis deu aos primeiros seres humanos uma vantagem evolutiva. No entanto, agora que estas ilusões psicológicas ultrapassaram o objetivo evolutivo, chamanos a atenção para um novo desafio: fugir delas…

Dificil imaginar uma mecanismo de seleção natrual para todas estas características, de forma a "perpetuá-la" na espécie.

Não lembro onde, mas li que a nossa estrutura cerebral é "desenhada" de forma a induzir este tipo de comportamento; algo a ver com o que se chamou o "gene" de Deus.

Abs
Felipe

Offline Sofista

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #5 Online: 08 de Maio de 2013, 10:21:30 »
Num mundo de incertezas, de duvidas pra mim a crença parece bem natural, acho até cômico procurar explicações numa psicologia evolucionista. Não podemos afirmar o que vai acontecer amanhã. Nem se voltarei pra saber a resposta deste tópico. Acreditar parece a unica saída para está duvida paralisante.
Nossa "consciência"  nos alerta que nosso destino bate a porta a cada instante, é um fardo pesado demais para nós humanos ,não seria?Ou o mais leve deles? A procura por uma resposta genética seria uma forma de melhorar a forma como carregamos este fardo de homo sapiens?
« Última modificação: 08 de Maio de 2013, 10:24:45 por Gelado »
Quem sou eu?Entre os crente sou ateu, entre ateus sou um crente.

Offline Moro

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #6 Online: 08 de Maio de 2013, 17:57:18 »
cê ta super confuso cara.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #7 Online: 09 de Maio de 2013, 01:33:16 »
Eu acho NECESSÁRIO que Deus exista, meu ego pede uma razão para a vida e não apenas o materialismo de Demócrito.

Offline Pagão

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #8 Online: 09 de Maio de 2013, 08:23:48 »
Eu acho NECESSÁRIO que Deus exista, meu ego pede uma razão para a vida e não apenas o materialismo de Demócrito.

Razão? ou será mero pretexto?
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Offline Vento Sul

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #9 Online: 09 de Maio de 2013, 09:08:24 »
O ser humano, na maioria, tem necessidade de acreditar em mágicas, sempre mitificam prá viver, por exemplo, o caso lá de Mariana, da figura "caboclo d´agua" o Ibama botou câmeras e descobriram que é uma onça. Toda vez que conseguimos ver a realidade, é muito simples, nada de mágico, então acreditar em Deus é um ato calcado na ignorância, acentuado por um eterno problema existencial: da onde vim, pronde eu vou?
Eu aos treze anos de idade, "filosofando" e pensando bem no ser homem que eu até então conhecia, decidi não acreditar nos contos do vigário que ele próprio criava, como passei acreditar que o homem criou deus. E então quanto mais velho, mais minha convicção foi se afirmando, então quanto mais velho, mais descrente eu fico. Então a razão em mim, nesse ponto, fala mais alto.
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Resumindo: Ou acreditamos em mágica ou não!
 
 
 
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Offline Sofista

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #10 Online: 09 de Maio de 2013, 15:57:00 »
cê ta super confuso cara.
Acho que sim, vc sabe quem não esta?
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Offline Moro

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #11 Online: 09 de Maio de 2013, 18:32:58 »
experimente abandonar a religião, você melhorará 80%
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Offline Dr. Manhattan

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #12 Online: 09 de Maio de 2013, 19:07:03 »
Num mundo de incertezas, de duvidas pra mim a crença parece bem natural, acho até cômico procurar explicações numa psicologia evolucionista. Não podemos afirmar o que vai acontecer amanhã. Nem se voltarei pra saber a resposta deste tópico. Acreditar parece a unica saída para está duvida paralisante.

Fale por você. Não se ofenda, mas essa história de crença religiosa como chupeta existencial me parece um tanto degradante para com a dignidade humana. Se alguem acha que precisa dessa chupeta, ótimo, mas pelo menos não tente tratá-la como um objeto metafísico. É apenas uma chupeta.

Na minha opinião, da mesma forma que uma criança pode aprender a viver sem sua chupeta, qualquer pessoa pode aprender a viver sem crenças religiosas. Não é preciso ser mais inteligente, nem mais culto. Basta ter coragem de encarar suas ideias com honestidade.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline nikita

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #13 Online: 09 de Maio de 2013, 22:03:02 »
Num mundo de incertezas, de duvidas pra mim a crença parece bem natural, acho até cômico procurar explicações numa psicologia evolucionista. Não podemos afirmar o que vai acontecer amanhã. Nem se voltarei pra saber a resposta deste tópico. Acreditar parece a unica saída para está duvida paralisante.


Fale por você. Não se ofenda, mas essa história de crença religiosa como chupeta existencial me parece um tanto degradante para com a dignidade humana. Se alguem acha que precisa dessa chupeta, ótimo, mas pelo menos não tente tratá-la como um objeto metafísico. É apenas uma chupeta.



Não tenho tanta certeza de que pessoas com vidas muito desgraçadas não precisem mesmo dessa chupeta.
« Última modificação: 09 de Maio de 2013, 22:06:36 por nikita »

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #14 Online: 10 de Maio de 2013, 08:16:13 »
experimente abandonar a religião, você melhorará 80%
hahahahahahahahahahah, vc acha que sou crente?
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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #15 Online: 10 de Maio de 2013, 08:40:38 »
Num mundo de incertezas, de duvidas pra mim a crença parece bem natural, acho até cômico procurar explicações numa psicologia evolucionista. Não podemos afirmar o que vai acontecer amanhã. Nem se voltarei pra saber a resposta deste tópico. Acreditar parece a unica saída para está duvida paralisante.

Fale por você. Não se ofenda, mas essa história de crença religiosa como chupeta existencial me parece um tanto degradante para com a dignidade humana. Se alguem acha que precisa dessa chupeta, ótimo, mas pelo menos não tente tratá-la como um objeto metafísico. É apenas uma chupeta.

Na minha opinião, da mesma forma que uma criança pode aprender a viver sem sua chupeta, qualquer pessoa pode aprender a viver sem crenças religiosas. Não é preciso ser mais inteligente, nem mais culto. Basta ter coragem de encarar suas ideias com honestidade.

Pode até aprender a viver sem crenças religiosas, não duvido. Mas sem nenhuma crença?é possível suportar o sofrimento sem nenhum significado?E pq essa diferença entre "verdade" e "mentira"? Seria a verdade mais honesta, mais ética? vc pode ter certeza que não foi vc que colocou este valor para a verdade?O mais profundo ceticismo é um deserto, ele é árido, seria algum homem capaz de suportar?
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Offline Geotecton

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #16 Online: 10 de Maio de 2013, 09:05:07 »
Pode até aprender a viver sem crenças religiosas, não duvido.

Ótimo, porque isto está aumentando.


Mas sem nenhuma crença?
[...]
O mais profundo ceticismo é um deserto, ele é árido, seria algum homem capaz de suportar?

Eu não tenho nenhum tipo de crença faz tempo. E estou muito bem, obrigado.


é possível suportar o sofrimento sem nenhum significado?

A qual sofrimento você se refere?


E pq essa diferença entre "verdade" e "mentira"? Seria a verdade mais honesta, mais ética? vc pode ter certeza que não foi vc que colocou este valor para a verdade?

A verdade sempre é a preferível. A não ser que você goste de viver algum tipo de fantasia.
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Offline Moro

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #17 Online: 10 de Maio de 2013, 23:01:16 »
Num mundo de incertezas, de duvidas pra mim a crença parece bem natural, acho até cômico procurar explicações numa psicologia evolucionista. Não podemos afirmar o que vai acontecer amanhã. Nem se voltarei pra saber a resposta deste tópico. Acreditar parece a unica saída para está duvida paralisante.

Fale por você. Não se ofenda, mas essa história de crença religiosa como chupeta existencial me parece um tanto degradante para com a dignidade humana. Se alguem acha que precisa dessa chupeta, ótimo, mas pelo menos não tente tratá-la como um objeto metafísico. É apenas uma chupeta.

Na minha opinião, da mesma forma que uma criança pode aprender a viver sem sua chupeta, qualquer pessoa pode aprender a viver sem crenças religiosas. Não é preciso ser mais inteligente, nem mais culto. Basta ter coragem de encarar suas ideias com honestidade.

Pode até aprender a viver sem crenças religiosas, não duvido. Mas sem nenhuma crença?é possível suportar o sofrimento sem nenhum significado?E pq essa diferença entre "verdade" e "mentira"? Seria a verdade mais honesta, mais ética? vc pode ter certeza que não foi vc que colocou este valor para a verdade?O mais profundo ceticismo é um deserto, ele é árido, seria algum homem capaz de suportar?

ceticismo não é niilismo.
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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #18 Online: 10 de Maio de 2013, 23:02:02 »
experimente abandonar a religião, você melhorará 80%
hahahahahahahahahahah, vc acha que sou crente?

Puts, seria uma surpresa se não fosse, pelo que disse de cristo e bíblia.
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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #19 Online: 11 de Maio de 2013, 11:23:00 »
Num mundo de incertezas, de duvidas pra mim a crença parece bem natural, acho até cômico procurar explicações numa psicologia evolucionista. Não podemos afirmar o que vai acontecer amanhã. Nem se voltarei pra saber a resposta deste tópico. Acreditar parece a unica saída para está duvida paralisante.

Fale por você. Não se ofenda, mas essa história de crença religiosa como chupeta existencial me parece um tanto degradante para com a dignidade humana. Se alguem acha que precisa dessa chupeta, ótimo, mas pelo menos não tente tratá-la como um objeto metafísico. É apenas uma chupeta.

Na minha opinião, da mesma forma que uma criança pode aprender a viver sem sua chupeta, qualquer pessoa pode aprender a viver sem crenças religiosas. Não é preciso ser mais inteligente, nem mais culto. Basta ter coragem de encarar suas ideias com honestidade.

Pode até aprender a viver sem crenças religiosas, não duvido. Mas sem nenhuma crença?é possível suportar o sofrimento sem nenhum significado?E pq essa diferença entre "verdade" e "mentira"? Seria a verdade mais honesta, mais ética? vc pode ter certeza que não foi vc que colocou este valor para a verdade?O mais profundo ceticismo é um deserto, ele é árido, seria algum homem capaz de suportar?

Claro que crenças são necessárias. Eu, por exemplo, não acredito em relativismo moral. O problema não é a existência ou não de crenças, mas a maneira como lidamos com elas. Principalmente porque é preciso ter em mente que certas crenças correspondem a diferentes perspectivas, e devem ser reconhecidas com tais. Um exemplo trivial seria o famoso caso do copo pela metade: eu prefiro acreditar que o copo está meio cheio, enquanto outros preferem vê-lo como meio vazio. Mas eu reconheço que meio-cheio ou meio-vazio são diferentes formas de encarar o objeto físico do copo + líquido. O problema das crenças religiosas é que elas tentam impor suas perspectivas como verdades absolutas (o copo estaria inegavelmente, irrevocavelmente, necessariamente, meio vazio, e quem duvidar é um herege). A postura cética (ou pelo menos o ceticismo científico) não tenta estabelecer uma separação entra as afirmações num binômio verdade/mentira absolutos, mas reconhecer que o status de uma afirmação é passível de crítica e de mudança.
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Alan Watts

Offline Moro

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #20 Online: 11 de Maio de 2013, 15:55:02 »
você não acredita no relativismo moral ou você não o considera correto e consegue argumentar claramente para defender seu ponto, sem a utilização de entidades e dogmas morais?
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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #21 Online: 11 de Maio de 2013, 16:23:48 »
você não acredita no relativismo moral ou você não o considera correto e consegue argumentar claramente para defender seu ponto, sem a utilização de entidades e dogmas morais?

Para ser claro: não acredito no relativismo moral no sentido de que, por exemplo, eu tentaria impedir índios de matarem seus filhos recém-nascidos por possuirem defeitos congênitos. Não consigo admitir sistemas morais que permitam ou necessitam de sofrimento (evitável) para alguns. Não se trata de uma moral baseada em dogmas, mas simplesmente de curvar minha racionalidade ao meu sentimento de empatia pelo próximo. Não é algo que possa ser demonstrado exatamente, com uma lógica infalível, embora a ética utilitária se aproxime disso. E, naturalmente, não tem nada de metafísico.
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Alan Watts

Offline Moro

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #22 Online: 11 de Maio de 2013, 16:27:26 »
não me parece que acreditar seja o melhor termo, salvo em sua acepção "acho". Melhor concluo, não?
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #23 Online: 11 de Maio de 2013, 16:30:27 »
"Aceito", seria melhor? :)
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Re:Por que acreditamos (ou não) em Deus?
« Resposta #24 Online: 11 de Maio de 2013, 16:39:05 »
aceito?  não parece que alguém te sugeriu ou impôs?
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