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Com qual das duas você se identifica melhor

Ateísmo: ausência de crença em Deus ou deuses
Ateísmo: ausência de crença no Sobrenatural

Autor Tópico: Definição de Ateu  (Lida 6114 vezes)

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Offline Pagão

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #25 Online: 18 de Setembro de 2013, 13:06:26 »
"Sobrenatural" por si só é ilógico. Tudo que existe é natural. Supondo que um anjo exista, ele passa a ser natural. Como não existe, simplesmente não existe.

Isso é um mero jogo de semântica; é lógico que se você definir natural como aquilo que pertence à natureza e a natureza como tudo que existe qualquer coisa não-natural não existe. Mas não é com esse sentido que a palavra sobrenatural é comumente empregada.

Se existir algo que não se submete às leis da Natureza, e eventualmente a nenhuma lei (conhecida ou por conhecer), esse algo deve ser considerado mesmo assim natural ou é aceitável considerá-lo sobrenatural?
 
Por ex: Javé, se existir, faz parte da Natureza?
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline JohnnyRivers

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #26 Online: 18 de Setembro de 2013, 21:03:20 »
Por ex: Javé, se existir, faz parte da Natureza?

Com base em nossos conhecimentos científicos e filosófico atuais, não tem como o conceito no qual personifica a imagem divina judaica-cristã ser parte integrante da natureza.



"Que homem é um homem que não torna o mundo melhor?"

"What do we need? Where do we go when we get where we don't know?
  Why should we doubt the virgin white of fallen snow when faith's our shelter from the cold?"
- Skid Row

Offline Cientista

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #27 Online: 26 de Outubro de 2013, 20:00:15 »
"Sobrenatural" por si só é ilógico. Tudo que existe é natural. Supondo que um anjo exista, ele passa a ser natural. Como não existe, simplesmente não existe.

Isso é um mero jogo de semântica; é lógico que se você definir natural como aquilo que pertence à natureza e a natureza como tudo que existe qualquer coisa não-natural não existe. Mas não é com esse sentido que a palavra sobrenatural é comumente empregada.

Se existir algo que não se submete às leis da Natureza,
Não existem leis da natureza, são leis da física (e não leis físicas, atente-se bem: leis DA física -- física, que é, meramente, criação de estrutura modelar mental para representar realidade). As leis da física se submetem (devem ser submetidas, em ciência) à natureza (apenas mais um nome, em ciência, para realidade). Daí a aquisição empírica prévia a tudo.


e eventualmente a nenhuma lei (conhecida ou por conhecer),
"Por conhecer"????? Se está "por conhecer", ainda não é conhecida e não se pode especular nada a respeito, em ciência. Poderia até ser a "criabilidade da realidade por algum ente tipo divino" CASO tais entes não tivessem sido imaginados previamente. Agora que a mente humana invencionou tais entes, eles não devem existir. A mente não antecipa realidade desconhecida; tal capacidade mágica não é possuída por ela, só invenciona compilações artísticas com aquilo que já conhece e chama de criação cada obra que compõe com tantos elementos já conhecidos. Os deuses são só homens adornados, homens carnavalescos, obras de arte humana, não uma "realidade desconhecida possível".


esse algo deve ser considerado mesmo assim natural ou é aceitável considerá-lo sobrenatural?
É por isso que há a última tautologia que é o último (ou primeiro...) axioma cientificamente perfeitamente funcional, onde a mente ilusória desaparece. Tudo é natural porque o que existir, é. Fora disso, funciona-se no defeito funcional filosofista da ilusão consciente transcendente.


Por ex: Javé, se existir, faz parte da Natureza?
Javé não existe, sinto muito por ti se crês, nisso ou nessa possibilidade, tanto faz (ou... crer na possibilidade é pior: quando um crente "simples e inocente" acredita porque nasceu imerso num meio crente e apenas nunca pensou mais adequadamente e detidamente a respeito, quando pensa, verifica minimamente uma inconsistência e "deixa de crer"; porém, quando algum crente outro faz o mesmo percurso e insiste na crença "refinando-a", tentando salvá-la exercitando filosofia extrema, é um crente mais intrínseco, arraigado, sem conserto; acreditar na possibilidade de deuses e coisas mágicas em geral é muito pior que acreditar em suas existências objetivas, daí o agnóstico ser o pior e mais irrecuperável dos crentes, até por ele acreditar, muy "sobriamente", que é a melhor relação de compromisso que pode haver para alguém "bem centrado na realidade"; o agnosticismo é o poço de potencial mais intransponível; é um atrator para onde, invariavelmente, vão os crentes que "se refinam mais"; mostre-se, com evidência científica, algum agnóstico que deixou de ser, não há).

Offline Cientista

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #28 Online: 27 de Outubro de 2013, 13:39:11 »
Comecei isso ontem e tinha que terminar...   ...para que...?

A ter de escolher uma das duas opções para definir um ateu, não necessariamente você (que até pode não se considerar ateu) e sem "fundamentalismo e*s*timológico", qual a opção mais correta? Qual a que tem mais a ver com aquilo que um ateu é?
É "mais ateu" quem aceita realidades ou fenómenos sobrenaturais sem aceitar um ou mais deuses sobrenaturais ou é "mais ateu" quem aceita e usa conceitos de um ou mais deuses sem conotação sobrenatural e é exclusivamente fisicalista? No Ateísmo, o que é central é Deus ou é o Sobrenatural? Qual é a sua forma de colocar esta questão?
" "fundamentalismo e|S(?!)|timológico" "[sic sic](duplo mesmo)??? Seria isso uma variedade, forma apresentativa alternativa daquela falácia que chamam por aí de... espantalho? Isso que você chama de fundamentalismo é isto que reconheceria, eu, chamar de *rigor linguístico*. A semantização variada e frouxa é o problema basilar do filosofismo desviante. A-teu é A-teu, é sem deus, é o que é. Se quer nomear outro conceito, encontre nome adequado, e("s"??? ato falho? resultante de muita 'e*s*tima' -- prefira 'etima', no caso, estima pela etim..ologia -- pela liberdade de não ser livre -- não, não é paradoxo; é como aquela "liberdade" que um dra(o)gado vicioso crê que tem justamente porque não tem liberdade nenhuma além daquela para acreditar que tem)timologicamente falando (e escrevendo também, claro).


Não tem "escolha" ("a ter de escolher") nenhuma nisso, tal "liberdade" não existe.


Quais seriam os tais "deuses (conceituais usuais/usáveis) sem conotação sobrenatural"? Claro é que és lusitano, também, porém não és O lusitano, és?  ...És?

Se você diferencia, categoricamente (em categoria mesmo), " "D"eus" (qualquer, mas, quando se escreve com letra maiúscula trata-se de um -- seu -- particular, com nome próprio auferido/*sequestrado* do próprio signo linguístico do conceito semântico que deveria ser genérico, além do que, mesmo o seu d("D")eus, qualquer, tem nome próprio -- de substantivo abstrato -- para ser escrito com inicial maiúscula) de sobrenatural, então és crente -- não podes enxergar a identificação clara. Não são categorias diferentes -- deuses são casos particulares de sobrenatural.







Olá Pagão

Eu descordo do Domiciniano, a própria palavra é bem clara ''Ateu'', não deus, ou seja, Ateu é toda e qualquer pessoa que afirma não existirem divindades.
Afirmar não é o que importa. Importa(ria, caso fosse questão plausível) se deuses existem ou não (frise-se bem: não importa "se podem ou não existir", isso não tem importância alguma; importa--ria-- SE EXISTISSEM). (A pa-la-vra) ateu tem importância em seu significado direto, sem nenhuma conexão com... *crenças*(! ...faça o favor... ter que crer até no significado da/de uma palavra: "qual significado tem essa palavra para você?", "o que você... seeente que seja, por exemplo... ateu!?", "de qual jeitinho particular-redutoresco você gosta mais de acreditar e entender o que essa palavra signifiiicaa?"; isso é o resultado de filosofia).


Tanto é que algumas poucas religiões, em um sentido mais amplo, são consideradas ateias como o budismo, apesar de ser inegável que a maioria dos ateus também são não acreditam em qualquer tipo de misticismos ou fatos sobrenaturais.
Toda religião conceitua algum tipo de deus, ainda que tal se confunda com o próprio religioso. E todo deus é antropomórfico! A morfologia não é, nem necessariamente, anatômica, nem mesmo psicológica, mas com o suposto "potencial criador/guiador" em maior escala.


Não acreditar em deuses ou deus, seja la o que for, é a unica coisa que une os ateus, não é possível falar nenhuma outra generalização, embora existam predominâncias.
Nada "une" ateus. Se um ou mais deuses existissem, talvez pudessem uni-los...





Adriano

A ser como dizes, então não fazem sentido os tópicos e postagens neste fórum criticando o panteísmo e os panteístas como se devessem assumir-se como ateus...
Panteístas são ateus como tudo mais no universo. São apenas crentes em, entre tantas outras coisas além de deuses, que são mais rebuscadamente crentes que outros. Mas o deus que invencionam é exatamente igual a todo e qualquer outro: só invencionice arquetípico-euista-extrapolatória e nada mais.


a própria palavra é clara "Tudo é Deus"
É uma palavra sem correspondência com a realidade. A única clareza que pode ter é o não dizer nada.


, apenas existe o divino... Se o que importa é o significado da palavra...
O que importa é o significado da realidade. A palavra deve aferir-se a isto. A realidade mostra que não existe "o divino", nada divino, tudo divino, qualquer coisa divino/a...


Julgo que quando se diz "ateu" é um "não Deus" tal implica um definição desse "Deus" e não apenas a negação da palavra "Deus",
Exatamente (não é concordando com você, este exatamente), a palavra ateu, já na sua composição, demanda obrigatoriamente a palavra teu (que, por mim, pode continuar sendo só teu -- e não precisa ser *T*eu... -- mesmo...  e de quem mais quiser adotar a "bonitinha"...); o conceito de deus é prévio ao de não-deus/sem deus... e surge da extrapolação fugidia do "eu" ilusório filosófico. Daí, pouco importa "qual deus", visto isso ser problema de quem o invenciona e não de quem o reconhece inexistente. Uma observação é que se é "somente uma palavra", "genérica", que teria que ter objeto definido, por que a maiúscula?

E... não! Não implica uma definição de deus. Isso só tem sentido para o crente, que sempre acredita, além de no tal deus, que o tal deus preferido dele é mesmo diferente de qualquer outro. O superman só é diferente do hulk para quem cria essas bobagens e para quem se sujeita a descrevê-las. Para alguém como eu, é tudo nada além de besteirol supereróico. Eu seria asupereróico e não precisaria especificar se isso se aplica ao superman, homem-aranha ou batman.


seja lá o que for que essa palavra queira dizer para quem a pronuncia....
Essa frouxidão é o problema, tanto da inter como da intracomunicação.


Se assim não fosse, então o ateu era apenas aquele que não gosta da palavra e não mais do que isso...
Sendo, eu, permissivo..., não poderia, ao menos, ser alguém que não é crente? Não poderia ser alguém que, como descrente, para, realmente, não acreditar em deus(/es), opera sob/sobre algo mais, como não acreditar no sobrenatural (o que INCLUI deuses, TODO-E-QUALQUER)? Minimizando, não poderia ser alguém que, simplesmente, não crê? Alguém que nunca confunde crença com desconhecimento?







Pagão

Quando escrevi o tópico acima,
Quem "escreveu"(iniciou, de fato) o tópico foi o Pagão.


não deixei mt claro,
De fato...  Você ficará mais atento, na média do seu tempo, com variações amplas devido a esgotamentos físicos e mentais, por certo, e melhorará, mas se esforce sempre para se concentrar ao máximo porque os melhores resultados são os poucos advindos de muito esforço, não o contrário.


mas me referi ao significado ''correto'' de deus
Correto ou exato? Aqui, há diferença.


, ou seja, uma ou mais divindades que criaram o universo e a humanidade, onipresentes, oniscientes e onipotentes.Repare que coloquei o correto entre aspas justamento pq nao ha uma definição correta de deus,
Em seguimento...


mas essa é a mais tradicional e mais utilizada.
Não que seja necessariamente isso. Mas eu prefiro considerar essa a melhor reductio ad absurdum.


Se vc for considerar o panteísmo, dai sim concordo que a palavra ateu não tem significado.
Continua tendo, pois panteísmo, já em sua composição, demanda a primariedade de teísmo, que demanda theos, que demanda "eu", que demanda corrompimento linguístico arbitrariamente interpretável. Ateu estaria no lado do (que seria um, na visão deformada que o pensador mágico tem da realidade) contraponto, lado oposto de um mesmo decreto (ir)realisticamente infundado.


Mas falei tudo isso pq existem muitos ateus que obviamente nao acreditam em nenhuma divindade pore acreditam em vários fenômenos sobrenaturais,
Podem até não cultuar algum deus, ritualisticamente. Daí a não acreditar vai diferença topologicamente estanqueadora. O grande problema do crente não é acreditar ou não no que quer seja, mas acreditar na possibilidade do que quer que seja, possibilidade para a qual ele não tem fundamento algum para dar consideração, além da crença de que "faz sentido".


por isso dei aquela definição de ateus, que na minha opinião, serve para a maioria dos casos.
A única definição de ateu que deve servir é aquela que remete ao que a palavra significa originalmente. Isso não é democracia para "valer na maioria dos casos", deve ser entendida por todos igualmente sempre, ou nada significa.





Ateísmo é o que o nome diz, sem deus,
Isso seria ateu. Ateísmo é a doutrinariedade criada falsamente sobre a palavra ateu, para a condição de um tipo específico de crente.


ficar criando mais requisitos dentro disso é criar um escocês pra usar depois.
Isso dependerá de como cada família escocesa vê seus filhos.






Ateísmo é o que o nome diz, sem deus, ficar criando mais requisitos dentro disso é criar um escocês pra usar depois.

Há alguns meses li a "História do Ateísmo" de Georges Minois, de 741 páginas.
A obra foi publicada com o apoio do Ministério Francês da Cultura e da Comunicação, em 1998, pela Arthéme Fayard. Tenho a tradução portuguesa de 2004.

Escreve o autor: "Este livro fala da história dos descrentes,
Pensei que o título dissesse "história do ateísmo"...


reagrupando sob esse vócabulo
Viva a liberdade...


todos os que não reconhecem a existência de um deus pessoal
Esse "pessoal" seria de "(deus--es) com personalidade humana" ou de "(deus--es) particular(es) para atender meus interesses pessoais"?


que intervenha na sua vida:
Destaquei essa parte aqui do comentário acima pois, se conseguir atentar com a devida atenção, verás que não altera nada.


ateus, panteístas, cépticos, agnósticos, mas também deístas, sendo infinitas as diferenças entre todas estas categorias.
É mesmo!? Nunca consigo ver qualquer diferença além dos nomes*...

*No caso da palavra ateu, com seu sentido ressemantizado ou dessemantizado para (>) "quem não crê"; no caso de 'céptico', com seu uso por/para quem não é.


Todos eles constituem, sem dúvida, a maioria da humanidade.
!!!!!!!!!!!!!!!!!  ??????????????? !?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!

...E não é que é mesmo?...


É de facto a história dos homens que apenas acreditam na existência dos homens."
Então, não estou incluído nessa...  Que triste...


O autor escreve isto, mas isso não o impede de designar a sua vasta obra como ""História do Ateísmo".
Claro que não...


Para ele o que importa no Ateísmo é a descrença relativamente ao Deus pessoal dos Teísmos...
Claro que sim...


Aliás, por norma, os devotos desse tipo de Deus consideram os descrentes como ateus sem mais...
...O que?

Ateus como os crentes e tudo mais?

Isso tá parecendo loucura. Não incentiva a ler...


Este livro influenciou o meu inquérito (enquéte)
Não me parece um bom livro...

Offline Mussain!

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #29 Online: 27 de Outubro de 2013, 20:46:33 »
Se a pessoa não acreditar em deuses, mas acreditar em semideuses, seria um "semiateu"?
Sua preliminar é julgar que "deus/completo" existe, por isso sua pergunta não faz sentido. E como se não bastasse qualificar isto como existente, vc ainda faz subcategorias.

Para ser mais claro, é a mesma coisa de dizer que o "semi-sapo-gigante-invisível-cor-de-rosa-onipotente-onipresente-onisciente que mora no fundo do mar" e não quer aparecer para os humanos seria diferente de acreditar que o "sapo-gigante-invisível-cor-de-rosa-onipotente-onipresente-onisciente que mora no fundo do mar" tem diferente grau de crença. Ambos partem da existência de tal "sapo".

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #30 Online: 27 de Outubro de 2013, 21:26:06 »
Se a pessoa não acreditar em deuses, mas acreditar em semideuses, seria um "semiateu"?

Semi[poli]teísta, polissemiteísta.

Offline Aroldocbn

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #31 Online: 15 de Novembro de 2013, 13:37:26 »
Ateu é aquele que não crê que há Deus/deuses
Logo é uma opção de fé também .
http://blogdoaroldocbn.blogspot.com.br/
A ciência embora pretensa não é uma fonte de saber neutra,ela é moldada pelos pressupostos de sua época.
Deus é um Axioma ! Logicamente, Deus é premissa... axioma !!
E como axioma não pode ser demonstrado logicamente, entendeu ?
  “Assombra-me o Universo e eu crer procuro em vão, que exista um tal relógio e o relojoeiro não”
Voltaire

Offline Mussain!

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #32 Online: 15 de Novembro de 2013, 23:51:05 »
Ateu é aquele que não crê que há Deus/deuses
Logo é uma opção de fé também .


E aí, quem se habilita...? rsrsrs


Offline EuSouOqueSou

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #33 Online: 16 de Novembro de 2013, 00:01:28 »
Ateu é aquele que não crê que há Deus/deuses
Logo é uma opção de fé também .


E aí, quem se habilita...? rsrsrs



No momento estou ocupado com coisas mais importantes. Vai chover amanha? :P
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Mussain!

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #34 Online: 16 de Novembro de 2013, 00:02:43 »
Ateu é aquele que não crê que há Deus/deuses
Logo é uma opção de fé também .


E aí, quem se habilita...? rsrsrs



No momento estou ocupado com coisas mais importantes. Vai chover amanha? :P

 :lol:

Offline 3libras

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #35 Online: 16 de Novembro de 2013, 03:32:25 »
Ateu é aquele que não crê que há Deus/deuses
Logo é uma opção de fé também .

é uma opção religiosa.

opção de fé seria alguma religião.

careca não é cor de cabelo.
If you don't live for something you'll die for nothing.

Offline _Juca_

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #36 Online: 16 de Novembro de 2013, 09:06:32 »
Ateu é aquele que não crê que há Deus/deuses
Logo é uma opção de fé também .

Não, é ausência na fé em deus ou deuses. Não se pode ter fé numa coisa como contrário de ter fé em outra. Não existe fé na descrença. Foge da lógica. Se você tem fé, é por que crê em alguma coisa, se você não tem fé nela é por descrê.

Se uma pessoa acredita em algo que não se pode provar, ela tem fé, do contrário não. Como alguém pode ter fé no fato de não ter fé em algo que não se pode provar? :|

Offline AlienígenA

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #37 Online: 16 de Novembro de 2013, 11:37:02 »
Ateu é aquele que não crê que há Deus/deuses
Logo é uma opção de fé também .

Falando por mim, se essa é a melhor forma de você compreender essa visão de mundo contraria à sua, está de bom tamanho. E se com isso for capaz de aceitar que é possivel enxergar realmente o mundo de forma diferente da sua, está ótimo assim.

Offline NandoR

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #38 Online: 25 de Novembro de 2013, 10:24:16 »
Ateísmo é o que o nome diz, sem deus, ficar criando mais requisitos dentro disso é criar um escocês pra usar depois.

Concordo plenamente!  :(
Sou jovem! Sou cetico! E adoro jogar nas slots!

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #39 Online: 25 de Novembro de 2013, 12:07:08 »
Ateu é aquele que não crê que há Deus/deuses
Logo é uma opção de fé também .

Assim como a não crença na astrologia, no saci, em lobisomem, na chapeuzinho vermelho, etc. Apenas variadas fés na não-veracidade histórica de mitos e fábulas.

Offline Lion

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #40 Online: 27 de Novembro de 2013, 14:48:09 »
Ateu é aquele que não crê que há Deus/deuses
Logo é uma opção de fé também .

Não, é ausência na fé em deus ou deuses. Não se pode ter fé numa coisa como contrário de ter fé em outra. Não existe fé na descrença. Foge da lógica. Se você tem fé, é por que crê em alguma coisa, se você não tem fé nela é por descrê.

Se uma pessoa acredita em algo que não se pode provar, ela tem fé, do contrário não. Como alguém pode ter fé no fato de não ter fé em algo que não se pode provar? :|

Lembrei desse vídeo!

<a href="http://www.youtube.com/v/F39rabmFHKg" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/F39rabmFHKg</a>

Offline Otto, niilista-clássico

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #41 Online: 23 de Dezembro de 2013, 10:39:29 »
Pagão


Além da etimologia da palavra, que deixa bastante claro que ateu é aquele que não crê em deuses, haverá também exceções, se dissermos que ateu é aquele que descrê no que é sobrenatural. Um exemplo são os budistas. O budismo não prega o teísmo, entretanto prega a crença em coisas sobrenaturais, como a reencarnação.
A vontade justifica os fins e os fins justificam os meios.

Offline Cientista

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #42 Online: 24 de Dezembro de 2013, 01:49:30 »
O que a etimologia deixa claro é que é aquilo em que não há deus.

Offline Tirn Aill

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Re:Definição de Ateu
« Resposta #43 Online: 20 de Maio de 2018, 18:30:05 »
Desculpem por ressuscitar esse tópico, mas é necessário trazer esclarecimento visto o debate raso sobre esses temas na internet, quem não acredita em sobrenatural é naturalista.

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Naturalismo

Conforme definido pelo filósofo Paul Draper, o naturalismo é "a hipótese de que o mundo natural é um sistema fechado" no sentido de que "nada que não faz parte do mundo natural o afeta". Mais simplesmente, é a negação da existência de causas sobrenaturais. Ao rejeitar a realidade de eventos, forças ou entidades sobrenaturais, o naturalismo é a antítese do sobrenaturalismo.

Como uma visão substancial sobre a natureza da realidade, é freqüentemente chamado de naturalismo metafísico , naturalismo filosófico ou naturalismo ontológico para distingui-lo de um princípio metodológico relacionado. O naturalismo metodológico , ao contrário, é o princípio de que a ciência e a história devem presumir que todas as causas são naturais apenas com o propósito de promover uma investigação bem-sucedida.. A idéia por trás deste princípio é que as causas naturais podem ser investigadas diretamente através do método científico, enquanto que as causas sobrenaturais não podem, e presumindo que um evento tem uma causa sobrenatural para fins metodológicos, detém uma investigação mais aprofundada. Por exemplo, se uma doença é causada por micróbios, podemos aprender mais sobre como os micróbios interagem com o corpo e como o sistema imunológico pode ser ativado para destruí-los, ou como a transmissão de micróbios pode ser contida. Mas se uma doença é causada por demônios, não podemos aprender nada mais sobre como pará-la, já que os demônios são seres sobrenaturais não limitados pelas leis da natureza (ao contrário das causas naturais).

Ao utilizar o naturalismo metodológico, a ciência e a história não assumem a priori que, de fato, causas sobrenaturais realmente não existem. Não há conflito conceitual entre praticar a ciência ou a história e acreditar no sobrenatural. No entanto, como vários de nossos autores argumentam abaixo (por exemplo, Agostinho, Fales, Forrest e Oppy), o naturalismo metodológico não seria tão incrivelmente bem-sucedido como de fato foi se o naturalismo metafísico fosse falso. Assim, o sucesso de facto do naturalismo metodológico fornece fortes evidências empíricas de que o naturalismo metafísico é provavelmente verdadeiro.

- Keith Augustine

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Materialismo

O materialismo (ou fisicalismo) pode significar uma visão metafísica ampla ou, mais restritivamente, um tipo de teoria da mente. O materialismo metafísico é um tipo específico de naturalismo que afirma que tudo o que existe é físico ou dependente do físico. Em geral, o materialismo reducionista sustenta que tudo é estritamente físico; mais estreitamente, sustenta que a mente (pelo menos) é puramente física. O materialismo não-redutor também permite a existência de propriedades não-físicas que são inerentes ou emergem de um substrato físico. Consequentemente, às vezes é chamado de materialismo emergente oudualismo de propriedade . Em sentido amplo, o materialismo não-redutor sustenta que tudo é físico ou pelo menos dependente do físico; e, no sentido mais restrito, sustenta que a mente pode ter aspectos físicos e não-físicos, mesmo que deva ser instanciada em um sistema físico como o cérebro.

Enquanto o materialismo metafísico envolve uma teoria materialista da mente, pode-se ser materialista sobre o mental sem acreditar que tudo é físico (por exemplo, alguns teólogos são materialistas não-reducionistas sobre a mente humana, mas acreditam que Deus não é nem físico nem dependente do físico; alguns filósofos que pensam que a mente é puramente física também acreditam em objetos abstratos não-físicos ).

- Keith Augustine

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Naturalismo Pluralista

Existem dois tipos principais de naturalismo: materialismo e naturalismo pluralista. O materialismo , ou fisicalismo, é uma forma "monista" de naturalismo, na medida em que sustenta que só existe um tipo básico de coisas - material físico. O naturalismo pluralista, em contraste, combina o naturalismo com o pluralismo ontológico, a ideia de que há mais do que apenas um tipo básico de coisas. Assim, enquanto os materialistas rejeitam a realidade do material (não irredutível) não físico, os pluralistas afirmam a existência de pelo menos um tipo de material (não irredutível) não físico.

Nossas características mentais podem ser (irredutivelmente) propriedades não-físicas do cérebro. Mas como esse dualismo de propriedade é compatível com a idéia de que existem apenas substâncias físicas , é compatível com o materialismo e o pluralismo. Onde o materialismo e o naturalismo pluralista parecem divergir é em negar ou afirmar, respectivamente, a existência de objetos abstratos não-físicos, formas platônicas transcendentes além da natureza.

Esse tipo de naturalismo pluralista sustenta que, além dos objetos físicos e suas propriedades (físicas e possivelmente não-físicas), há objetos abstratos transcendentes (como números) e suas propriedades abstratas (como números primos ) subsistentes dentro de um reino platônico fora de espaço e tempo. Tal "realismo platônico" é motivado pelo fato de que o número 4, por exemplo, não parece ser o tipo de coisa que pode ser localizada em um determinado ponto no espaço, nem o tipo de coisa que pode entrar ou sair de existência em um determinado momento. Em vez disso, entidades abstratas pelo menos aparecemser formas platônicas universais e atemporais. Se for real, existem formas platônicas mesmo que ninguém as tenha percebido, e elas não causam mudanças em objetos físicos ou mentes humanas porque elas não têm localização espaço-temporal e nunca mudam (o número 4 nunca pode se tornar um número ímpar, por exemplo) . Enquanto os objetos abstratos platônicos são acausais, eles são compatíveis com o naturalismo porque, embora transcendam a natureza, não intervêm nele para provocar mudanças na natureza.

Há também concepções alternativas de abstracta compatíveis com o materialismo: (1) que elas não existem (nominalismo); (2) que eles "existem" apenas nas mentes (conceitualismo, que trata os objetos abstratos como ilusões da mesma maneira que o idealismo de George Berkeley trata os objetos físicos como ilusões); e (3) que eles realmente existem como universais, mas estão incorporados em todos os objetos físicos (realismo aristotélico, ou realismo moderado) ao invés de existirem separadamente e serem "espelhados" por eles.

Em princípio, o pluralismo permite a possibilidade de coisas físicas, mentais e abstratas, cada uma delas verdadeiramente distinta da outra. Mas pelo menos há tensão, se não incompatibilidade direta, entre o naturalismo e o dualismo de substâncias interacionistas, a noção de que existem substâncias mentais distintas que interagem com o mundo físico. Pois a ideia de uma substância não física de fundo que pode causar mudanças físicas chega muito perto da noção de uma causa sobrenatural. Em Cambridge Companion to Atheism, Evan Fales sugere que o naturalismo requer minimamente que "se existem substâncias mentais imateriais, elas não podem ser coisas que existem além da incorporação em uma substância física" (p. 128), para agentes desencarnados como deuses e almas são exemplos principais de seres sobrenaturais.

Finalmente, deve-se notar que o pluralismo é tecnicamente mais amplo do que o naturalismo pluralista discutido aqui. Como qualquer posição que sustente que há mais do que apenas um tipo de coisa é pluralista, qualquer teísmo que afirme que Deus e o mundo físico existe seria uma forma de pluralismo.

- Keith Augustine
https://infidels.org/library/modern/nontheism/naturalism/pluralistic.html

 

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