Como eu expliquei mais acima, creio que a nossa inteligência é muito boa, mas ainda bem distante de conseguir enxergar tudo. Quando me deparo com questões ligadas ao infinito, seja do tempo, do espaço e da grandiosidade (em todos os sentidos) do universo em que estamos inseridos, concluo que é muito provável que falte muita coisa para que eu consiga entender tudo. Dessa forma, não me sinto confortável em dizer categoricamente que não existe um mecanismo maior acima da minha compreensão. Não atribuo a esse mecanismo maior o nome de deus, porque daí decorrem todos os erros de todas as religiões, e eu me sinto vacinado contra elas. Também não falo em criação, que as coisas foram criadas por "vontade" ou "desejo" desse mecanismo. O universo simplesmente está aí, evoluiu e chegou a níveis de complexidade fascinantes.
Para dizer que não existe algo maior lá fora, com certeza absoluta, eu teria que conhecer tudo o que, humildemente, confesso que não conheço. Por isso, me enquadro melhor no grupo 3, que são aqueles que não têm certeza da existência de deus (não gosto dessa colocação - prefiro mais "na existência de algo maior"). O grupo 3 também representa aqueles que não estão confusos, mas apenas abraçaram a incerteza (That doesn't mean this group is confused, the researchers say. They just embrace uncertainty).
Da mesma forma que o teísta grita a plenos pulmões a sua fé, também seria constrangedor ao ateu gritar bem alto a inexistência de deus se, depois de tudo, descobrir que sim, tem um deus, sim. Afinal, tem tanta coisa ainda que não sabemos... Mas tanta coisa... É o infinito de novo na conversa.
Eu poderia me enquadrar melhor num grupo 7, que representasse aqueles que se acham muito pequenos e limitados, mas que, dada as evidências de hoje, é provável que não exista um deus por trás de tudo. Ou seja, ainda um grupo de ateus. Nesse grupo eu estou.