Vou tentar te ajudar "desenhando", já que um simples apontar de dedo jamais mostra eficácia. Preste bem atenção porque a funcionalidade mágica da mente dificulta o entendimento da coisa.
E a sua certeza de que tal questão é inquestionavelmente válida, em contraposição à minha, de que não é? (Você acredita que tem uma dúvida e eu uma certeza, mas você tem certeza de que não pode haver dúvida de sua dúvida e esse é o fato e o problema, para você, é claro. Você não expõe dúvida alguma aqui, tão só uma certeza muito mal disfarçada a uma mente científica.) Comove-se com ela também?
Eu tenho e declaro a mais absoluta certeza de que absolutamente nada no universo é criado ou, e aqui está o local da nevralgia, **criável**, nem o próprio. Se você tem certeza do contrário, e acredita que a dúvida ficaria só no modo de criação, "se efetivamente foi criado ou não" ("se não tiver mesmo sido, até que poderia ter sido"), ou no modo ainda mais fundamental de criabilidade, sinta-se à vontade com sua certeza. Sua certeza só não é tal qual a minha, porque ela é baseada em especulações ilusoriamente livres suas, advindas de sua credulidade funcional fundamental, estando, portanto, erradas; a minha, baseada em evidências de verificações das quais não se pode fugir sem se iludir, portanto, corretas. Mas o maior fato é que certeza é inerente a qualquer exercício mental, seja declaratório ou inquiridor, fundamentadas nas figuras dos pressupostos primários absolutos, popularmente conhecidos nessas bandas como "petições de princípio". Estas sempre estão intrínsecas a isso que se chama pensamento. A diferença é se são verificadas experimentalmente ou especulativas, isto é, projetadas dos modelos experimentais para fora dos limites fisicamente operacionais dos mesmos.
"Desenhei" o melhor que pude no momento. Poderia eu esclarecer melhor que isso?...