Autor Tópico: Índice de escravidão global  (Lida 2781 vezes)

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Offline Fabrício

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Re:Índice de escravidão global
« Resposta #25 Online: 20 de Outubro de 2013, 16:04:13 »
 :histeria:
"Deus prefere os ateus"

Offline Liddell Heart

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Re:Índice de escravidão global
« Resposta #26 Online: 27 de Outubro de 2013, 12:49:17 »

 É você produzir e não ter acesso à totalidade do que foi produzido.

Tópico onde mais-valia é discutido:   ../forum/topic=21457.0.html

Não sei se você é um fake ou um marxista de verdade, mas recomendo cuidado com esse troço de repetir mantras ideológicos sem pensar, isso pode embotar o raciocínio e atrofiar o cérebro.

Onde eu citei Marx ou Mais-valia?  Quando eu falo da totalidade do que é produzido, falo da figura quase que parasitária dos donos do meios de produção. Minha crítica não é de natureza econômica, é de viés institucional.

Então explique-a, diferenciando as duas naturezas (econômica e institucional) porque o que você escreveu até o momento é um aspecto descritivo da (bobagem marxista da) 'mais-valia'.

Mais-valia fala sobre o processo de alienação econômica que ocorre no capitalismo, sobretudo no capitalismo industrial. Mas quando eu critico os meios de produção capitalistas, eu estou criticando toda essa cultura baseada na verticalidade, propriedade privada, herança, consumo fetichista, etc...
Marx tenta ser muito científico, eu só entendo as relações econômicas atuais como um ~arranjo social~ que se mostrou extremamente opressor, desigual e que privilegia apenas um pequeno grupo. É uma construção e pode (deve) ser plenamente criticado.
:)
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Índice de escravidão global
« Resposta #27 Online: 27 de Outubro de 2013, 13:02:55 »
A questão não é trabalhar para sobreviver, é a forma como se faz isso. É ser comprado pelo capital.
Para ficar mais claro o entendimento, podemos falar de "escravidão pelo salário". É você produzir e não ter acesso à totalidade do que foi produzido.

O que é mais eficiente/produtivo/lucrativo para todas as pessoas envolvidas na produção, uma vez que as pessoas que não vivem em regimes de subsistência têm geralmente melhor qualidade de vida, desde o "ranking" mais baixo.


Dizer que uma pessoa que trabalha livremente é "escrava do capital" porque não vai ganhar as coisas de graça e precisa trabalhar para viver, é trivializar a escravidão real, e de foram bastante ridícula. É equivalente a dizer que as pessoas são "escravas" da comida ou do oxigênio.

Offline Liddell Heart

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Re:Índice de escravidão global
« Resposta #28 Online: 27 de Outubro de 2013, 14:19:13 »
A questão não é trabalhar para sobreviver, é a forma como se faz isso. É ser comprado pelo capital.
Para ficar mais claro o entendimento, podemos falar de "escravidão pelo salário". É você produzir e não ter acesso à totalidade do que foi produzido.

O que é mais eficiente/produtivo/lucrativo para todas as pessoas envolvidas na produção, uma vez que as pessoas que não vivem em regimes de subsistência têm geralmente melhor qualidade de vida, desde o "ranking" mais baixo.


Dizer que uma pessoa que trabalha livremente é "escrava do capital" porque não vai ganhar as coisas de graça e precisa trabalhar para viver, é trivializar a escravidão real, e de foram bastante ridícula. É equivalente a dizer que as pessoas são "escravas" da comida ou do oxigênio.

Como eu já disse, não é o trabalho, mas a qualidade dele. Uma fábrica autogestionada já não se enquadraria como ferramenta da escravidão salarial.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Índice de escravidão global
« Resposta #29 Online: 27 de Outubro de 2013, 14:57:43 »
Seria escravidão institucional. Apenas se tiraria a posse dos escravos de uma pessoa, e passaria à fábrica em si. Uma hidra, que cresce uma nova cabeça cada vez que uma é decapitada, como senhor de escravos, em vez de pessoas, que poderiam ser responsabilizadas de forma mais prática, não protegidas pela abstração, pela pulverização de responsabilidades em um sistema complexo. Esse senhor de escravos fica ainda protegido por sua própria existência ser questionada como uma reificação, enquanto que a escravidão prática, real, produzida pelo sistema, permanece inquestionada; é julgada como não podendo existir "por definição", apesar de igualmente tirar o acesso da pessoa à totalidade do que ela mesma produz.


Parece ser necessário escolher entre a escravidão natural, a estatal/institucional, ou a privada/oligárquica.

 

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