Ela não disse que vivia agradecendo a Deus o tempo todo, e sim que dizia Graças à Deus frequentemente. Essa interjeição, em geral para situações de alívio, pode ser usada sem que se dê conta da sua origem religiosa.
Da mesma forma, uma pessoa pode dizer "Oh, meu Deus!", "Virgem Maria!", "(Minha) nossa (senhora)!", "Cruzes", etc., sem prestar à atenção ao que realmente está dizendo.
Eu me policio, mas às vezes falo "nossa", ou mais raramente "cruzes".
Legal esse lance dela assumir o ateísmo, e preservar a opinião mesmo diante de uma situação adversa. Além de serem raros os casos em que pessoas públicas afirmam sua descrença, como recentemente o Fernando Henrique numa entrevista teria desmintido o seu ateísmo, isso também serve de contra-argumento àquelas teses de que as pessoas sempre recorrem a Deus nas situações de desespero.
Gostei da atitude dela.