1. Temos mais filos, ordens e famílias nas camadas antigas que aparecem principalmente depois do cambriano e estes vão diminuindo até 1% depois do KT.
A diversificação nos galhos , gêneros e sobretudo especies, ocorre como uma explosão depois do KT, pleistoceno, ou seja, nas camadas mais atuais.
Pela lógica do fato da evolução/especiação/diferenciação, deveríamos
a. aumentar a biodiversidade em termos de familia, ordens, filos e não apenas nas pontas
b. Se o comportamento bio-modificacional das especies existe, e não temos esta diversificação no registro fossil, (temos apenas 300 mil especies fosseis, exceptuando as recentes), logo não tivemos tempo para que as mesmas se diversificassem
A) não necessariamente, porque a diversificação não acontece em um ritmo constante, mas depende de muitas variáveis do ambiente.
Grandes extinções, por exemplo, causam um queda súbita na diversidade das espécies, mas deixam lacunas nos ecossistemas, que são preenchidas por espécies sobreviventes, que se adaptam as novas condições. Assim um evento de extinção em massa reduz a diversidade subitamente, mas aumenta a velocidade com que novas espécies se originam, pelo menos até o ponto que os nichos ecológicos estejam no ápice novamente. A partir daí, o surgimento de novas espécies é mais lento.
ele parece presumir que a velocidade com que as espécies novas surgem deveria ser sempre o mesmo. Além disso, parece dizer que surgiram apenas novas espécies, e não novos filos, famílias, etc; ou ainda que que deveria haver uma "obrigação" de novos filos surgirem. A menos que esteja enganado, não sou paleontólogo, mas os os filos não surgiram todos na mesma era. E não existe razão para pensar que a velocidade com que os filos, classes, espécies surgem deva ser a mesma ao longo do tempo.
Devido a forma como a evolução funciona, como mudanças cumulativas ao longo do tempo, mudança em cima de mudança, ao invés de "voltar para prancheta" e fazer uma espécie completamente nova; o que se espera é que as diferenças primordiais, aquelas que definem a qual reino ou filo uma espécie pertence, devam ter surgido na história antiga da vida da Terra, enquanto que as mudanças menores, aquelas que separam uma família de outra, por exemplo, devam surgir na história recente.
b) ????
transicionais não existem no registro fóssil? Isso é uma mentira velha, há transicionais entre peixes e anfíbios, entre cetáceos e o ancestral dos cetáceos, etc.
E na boa, registro fóssil não é parâmetro para dizer como exatamente foi o passado na Terra. Nem toda espécie fossiliza, algumas existiram por pouco tempo e em locais muito específicos, os fósseis abundantes são de espécies que existiram por longo períodos, e vastas regiões.
A melhor evidência de ancestralidade entre as espécies está no DNA, e não falo apenas da semelhança entre o DNA funcional; mas também entre falhas do DNA, regiões não codificantes ou que perderam a função por mutações causadas por vírus, estas funcionam como uma assinatura viral, que pode ser usada para traçar a ancestralidade entre as espécies. O registro fóssil é importante para ter uma noção de como eram as espécies extintas, mas a evidência de ancestralidade encontrada no DNA é muito melhor.