Autor Tópico: A necessidade da fé.  (Lida 2269 vezes)

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A necessidade da fé.
« Online: 15 de Junho de 2014, 12:59:55 »
A necessidade da fé.

Devemos tomar algumas premissas como certas antes de prosseguirmos, entenda-se crença aqui como toda ou qualquer adesão a uma opinião como esta sendo verdadeira, e fé como nos casos onde sem evidências suficientes e seguras, uma opinião é tomada como sendo verdadeira, e crença verdadeira justificada, como aquelas opiniões que tomamos como verdadeiras e que são também sustentadas por evidências e lógica.

Clifford escreve: "A crença é profana quando conferida a afirmações não-provadas e não-questionadas, pelo conforto e prazer pessoal do crente .... Quem quer que deseje a consideração de seus pares nessa questão deve guardar a pureza de sua crença com um verdadeiro fanatismo de cuidado atento, para que ela não venha a pousar de repente sobre um objeto indigno e adquirir uma mancha que jamais poderá ser removida ... Se [uma] crença tiver sido aceita com base em evidências insuficientes [mesmo que a crença seja verdadeira, como Clifford explica na mesma página], o seu é um prazer roubado .... Ela é pecadora porque é roubada em desrespeito a nossa obrigação para com a humanidade. Essa obrigação é nos guardar de tais crenças como de uma peste que pode rapidamente dominar nosso próprio corpo e, depois, se espalhar para o resto da cidade .... É sempre errado, em toda pane, e para qualquer pessoa, acreditar em qualquer coisa com base em evidências insuficientes". (Cf. William James, A Vontade de Crer, Tradução de Cecília Camargo Bartalotti, São Paulo: Loyola (2001), p. 17)

William James contestou este extremismo, segundo Ajaan Thanissaro "William James observou certa vez [que] existem dois tipos de verdade na vida: aquelas cuja validade não tem nada que ver com as nossas ações e aquelas cuja realidade depende do que nós fazemos. Verdades do primeiro tipo – verdades do observador – incluem fatos sobre o comportamento do mundo físico: como os átomos formam as moléculas, como as estrelas explodem. Verdades do segundo tipo – verdades que dependem da vontade – incluem habilidades, relacionamentos, projetos empresariais, qualquer coisa que requeira seu esforço para fazer com que seja real. Com verdades do observador, é melhor permanecer cético até que uma evidência razoável surja. Com verdades que dependem da vontade, no entanto, a verdade não acontece sem a sua fé e quase sempre diante de chances não muito promissoras. Se você não acreditar que a democracia funcionará no seu país, ela não vai funcionar. Se você não acreditar que vale a pena se tornar um pianista ou que você tem as qualidades de um pianista, nada acontecerá. As verdades que dependem da vontade são as mais relevantes dentro da nossa busca da verdadeira felicidade." (Cf. Ajaan Thanissaro, Fé na Iluminação, Tradução de Michael Beisert, Acesso ao Insignt)

Para "verdades" que dependem da nossa vontade e da nossa ação, a fé é extremamente importante segundo James, quando nos sentimos atraídos por uma uma mulher, por exemplo, não podemos esperar por evidências cientificas seguras de que ela também se sente atraída por nós, se assim o fizéssemos e só abordássemos uma mulher de que gostamos somente quando tivéssemos certeza absoluta (sustentada por evidências objetivas, seguras e suficientes) de que ela também nos desejava, nossa raça provavelmente já estaria extinta, pois uma oportunidade desta não costuma esperar tempo suficiente para evidências suficientes e seguras confirmarem nosso desejo. Este é um exemplo onde a fé no sentido de acreditar mesmo sem evidências suficientes a favor desta crença, nos faz agir em direção a conquistar algo que não pode esperar por mais evidências: "Quantos corações femininos são conquistados pela mera insistência incansável de algum homem de que elas devem amá-lo! Ele não aceitará a hipótese de que elas possam não o amar. O desejo de um certo tipo de verdade, neste caso, ocasiona a existência dessa verdade especial; e assim se dá em inúmeros casos de outras espécies. Quem ganha promoções, favores, entrevistas senão o homem em cuja vida essas coisas desempenham o papel de hipóteses vivas, que as antecipa, sacrifica outras coisas por elas antes de terem acontecido e assume riscos de antemão por elas? Sua fé atua sobre os poderes acima dele como uma afirmação e cria sua própria realização." (Cf. William James, A Vontade de Crer, Tradução de Cecília Camargo Bartalotti, São Paulo: Loyola (2001), p. 40)

James cita muitos outros exemplos onde a "fé" é importante para a concretização de um objetivo: "Um organismo social de qualquer tipo, grande ou pequeno, é o que é porque cada membro realiza suas próprias tarefas com a confiança de que os outros membros cumprirão simultaneamente as deles. Sempre que um resultado desejado é obtido pela cooperação de muitas pessoas independentes, sua existência como fato é pura conseqüência da fé mútua previamente nutrida pelos diretamente envolvidos. Um governo, um exército, um sistema comercial , um navio, uma faculdade, uma equipe esportiva, todos existem sob essa condição, sem a qual não só nada é conseguido,como nada sequer é tentado." (Cf. William James, A Vontade de Crer, Tradução de Cecília Camargo Bartalotti, São Paulo: Loyola (2001), pp. 40-41)

No plano moral, segundo James "a questão de ter ou não crenças morais é decidida por nossa vontade."1 , as decisões são amparadas por uma vontade de crer, até mesmo aquilo que definimos como objetivos da ciência, é uma decisão arbitrária baseada em nossas paixões passionais: "a própria ciência consulta seu coração quando afirma que a infinita determinação do fato e a correção da falsa crença são os bens supremos para o homem."1 Todas estas decisões são segundo James, sustentadas pela "fé" (vontade de crer).

Segundo James, "nos casos em que a fé num fato pode ajudar a criar o fato, seria uma lógica insana dizer que a fé que vem antes da evidência científica é "o nível mais baixo de imoralidade" a que um ser pensante pode descer. [...] Em verdades dependentes de nossa ação pessoal, portanto, a fé baseada na vontade é, certamente, algo lícito e possivelmente indispensável." (Cf. William James, A Vontade de Crer, Tradução de Cecília Camargo Bartalotti, São Paulo: Loyola (2001), p. 41)

E então, o que é que vocês pensam sobre as conclusões de James, a fé é importante nas ocasiões cuja realidade depende do que nós fazemos (verdades que dependem da vontade), e o ceticismo-cientifico (crença amparada por evidências e lógica) naquelas cuja validade não tem nada a ver com as nossas ações (verdades do observador)?


Notas:

1 Cf. William James, A Vontade de Crer, Tradução de Cecília Camargo Bartalotti, São Paulo: Loyola (2001), p. 38
« Última modificação: 15 de Junho de 2014, 13:19:39 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Geotecton

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #1 Online: 15 de Junho de 2014, 14:39:15 »
A fé é tão importante para as pessoas quanto o é o conhecimento de hidrodinâmica para os peixes para que estes possam nadar.  :biglol:
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Offline Skeptikós

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #2 Online: 15 de Junho de 2014, 15:23:03 »
Porque você não tenta refutar o texto com uma lógica válida ao invés de uma analogia inaplicável ao contexto?

A impressão que tenho  foi a de que  você leu superficialmente o texto e respondeu com base numa ideia preconcebida do significado de fé. Pois se tivesse avaliado o texto de forma coerente não teria respondido com uma analogia inaplicável, teria no minimo discordado apresentando argumentos válidos.

Peço que leia o texto novamente e se de fato encontrar uma contradição e/ou for capaz de elaborar uma refutação válida, fique a vontade para apresenta-la.

Abraços!
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Offline Geotecton

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #3 Online: 15 de Junho de 2014, 15:51:41 »
Porque você não tenta refutar o texto com uma lógica válida ao invés de uma analogia inaplicável ao contexto?

A impressão que tenho  foi a de que  você leu superficialmente o texto e respondeu com base numa ideia preconcebida do significado de fé. Pois se tivesse avaliado o texto de forma coerente não teria respondido com uma analogia inaplicável, teria no minimo discordado apresentando argumentos válidos.

Peço que leia o texto novamente e se de fato encontrar uma contradição e/ou for capaz de elaborar uma refutação válida, fique a vontade para apresenta-la.

Abraços!

Você reparou no emoticon no final de minha frase?


Para lhe ajudar:   :biglol:.

Reforçando:   :biglol:   :biglol:   :biglol:.
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Offline Skeptikós

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #4 Online: 15 de Junho de 2014, 16:14:16 »
O significado do emoticon: (rindo muito), não interfere de forma significante na estrutura lógica da sua argumentação.

O que reparei foi que você usou uma falsa analogia1 na tentativa de refutar o texto acima.



1 Que por sinal é uma argumentação falaciosa
« Última modificação: 15 de Junho de 2014, 16:24:34 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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Offline Geotecton

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #5 Online: 15 de Junho de 2014, 16:47:31 »
O significado do emoticon: (rindo muito), não interfere de forma significante na estrutura lógica da sua argumentação.

O que reparei foi que você usou uma falsa analogia1 na tentativa de refutar o texto acima.



1 Que por sinal é uma argumentação falaciosa

Desculpe, mas Vossa Senhoria está errado em sua análise e conclusão.

Quando coloquei o emoticon ficou claro que apenas fiz uma brincadeira o que, neste caso, deixou implícita a minha despreocupação com a qualidade (incluindo a consistência) argumentativa.
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Offline Skeptikós

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #6 Online: 15 de Junho de 2014, 16:55:51 »
Preocupado ou não com a qualidade e consistência argumentativa, a sua argumentação não refuta o texto do tópico. Neste caso tomando como premissa a ideia de que você só estava a zoar com o texto, eu então desconsiderarei o teu post que resultou nesta discussão.

Abraços!
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Geotecton

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #7 Online: 15 de Junho de 2014, 17:00:38 »
Preocupado ou não com a qualidade e consistência argumentativa, a sua argumentação não refuta o texto do tópico.

Possivelmente estamos com algum tipo de ruído na nossa comunicação.

EU NÃO PRETENDI REFUTAR O TEXTO, ainda mais usando uma frase em um contexto irônico.


Neste caso tomando como premissa a ideia de que você só estava a zoar com o texto, eu então desconsiderarei o teu post que resultou nesta discussão.

Ótimo, parece que eliminamos o ruído.


Abraços!

O mesmo.
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Offline Johnny Cash

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #8 Online: 15 de Junho de 2014, 18:30:47 »
Já que num outro tópico foi dada essa possibilidade lógica: De acordo com meus próprios critérios a fé não é necessária.

Obrigado.

 :nojo:

Offline Dr. Manhattan

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #9 Online: 15 de Junho de 2014, 18:52:13 »
Já disse isso em discussões passadas aqui, mas um dos problemas em se debater a fé é que se costuma jogar no mesmo saco três conceitos distintos: (1) fé religiosa, que é uma crença na qual se persiste a despeito de evidência em contrário, (2) crenças baseadas em evidências, algo a que se atribui uma probabilidade razoável de ocorrer com base em experiências passadas e (3) Esperança, uma atitude mental que consiste em concentrar sua mente num resultado favorável, sem esquecer que o resultado desfavorável ainda pode ocorrer.

Um exemplo do caso (2) é quando empresto dinheiro a um amigo, sabendo que a probabilidade de receber meu dinheiro de volta é maior que 50%. O caso (3) é quando se afirma que se tem "fé" que seu time vai ganhar a partida. Ambos os tipos de "fé" podem ser positivos e até necessários para o bem estar mental e da sociedade.

Um exemplo do caso (1) é acreditar que um sujeito possa transformar vinho em sangue ao pronunciar certas palavras mágicas. Esse tipo de fé geralmente, penso eu, é inútil.

E não, não tive paciência de ler o texto original.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline Sergiomgbr

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #10 Online: 15 de Junho de 2014, 19:10:53 »
Porque você não tenta refutar o texto com uma lógica válida ao invés de uma analogia inaplicável ao contexto?

A impressão que tenho  foi a de que  você leu superficialmente o texto e respondeu com base numa ideia preconcebida do significado de fé. Pois se tivesse avaliado o texto de forma coerente não teria respondido com uma analogia inaplicável, teria no minimo discordado apresentando argumentos válidos.

Peço que leia o texto novamente e se de fato encontrar uma contradição e/ou for capaz de elaborar uma refutação válida, fique a vontade para apresenta-la.

Abraços!
Eu também não lí o texto, e nem precisaria para formular considerações válidas no tópico. Cabe a você apresentar o mote do tópico, mas não julgar o que é de qualidade argumentativa ou não, baseado apenas em assunções pessoais.

A sua imprensões pessoais  também são da mesma natureza assertiva que compõe uma consideração não argumentativa, na mesma medida. E como apelo emocional, são no mínimo suprimíveis para a proficiência do debate.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Gigaview

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #11 Online: 15 de Junho de 2014, 19:51:11 »
Achei o comentário do Dr Manhattan melhor do que o texto original.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Fabrício

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #12 Online: 15 de Junho de 2014, 19:55:57 »
Achei o comentário do Dr Manhattan melhor do que o texto original.

Tenho fé no Manhattan!!!!  :louva:
"Deus prefere os ateus"

Offline Cientista

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #13 Online: 15 de Junho de 2014, 20:02:56 »
A necessidade da fé.

Devemos tomar algumas premissas como certas
Princípio anti-cético detectado. Sistema ceticista-antitético-ataráxico-da'epoche'dagréciaantiga-suspendedor-de-juízo interrompe andamento do programa de verificação de verdadeiro ceticismo.

Offline Johnny Cash

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #14 Online: 15 de Junho de 2014, 20:05:21 »
Achei o comentário do Dr Manhattan melhor do que o texto original.

Eu também!

Já disse isso em discussões passadas aqui, mas um dos problemas em se debater a fé é que se costuma jogar no mesmo saco três conceitos distintos: (1) fé religiosa, que é uma crença na qual se persiste a despeito de evidência em contrário, (2) crenças baseadas em evidências, algo a que se atribui uma probabilidade razoável de ocorrer com base em experiências passadas e (3) Esperança, uma atitude mental que consiste em concentrar sua mente num resultado favorável, sem esquecer que o resultado desfavorável ainda pode ocorrer.

Um exemplo do caso (2) é quando empresto dinheiro a um amigo, sabendo que a probabilidade de receber meu dinheiro de volta é maior que 50%. O caso (3) é quando se afirma que se tem "fé" que seu time vai ganhar a partida. Ambos os tipos de "fé" podem ser positivos e até necessários para o bem estar mental e da sociedade.

Um exemplo do caso (1) é acreditar que um sujeito possa transformar vinho em sangue ao pronunciar certas palavras mágicas. Esse tipo de fé geralmente, penso eu, é inútil.

E não, não tive paciência de ler o texto original.

Vejamos!

No caso (2), partindo do seu exemplo, você sabe que nas vezes passadas que emprestou dinheiro a seu amigo você recebeu de volta em mais da metadade das vezes, portanto, se sabe que historicamente é provavel que ele lhe pague numa próxima vez, mas não se pode ter certeza. Não vejo motivo ou utilidade para fé aqui.

  No caso (3), me parece que fé é colocada como sinônimo de diversos outros termos como Esperança, Otimismo, Pensamento positivo e etecétera e me parece que dessa forma pode ser útil de acordo com o cenário e já até foi demonstrado por alguns estudos (que se for acaso posso ir atrás) que é de ajuda no alcance de algum definido objetivo, nem que seja dando a motivação necessária para que se façam os arranjos que de fato garantirão o sucesso seja qual for.

No caso (1), não há sempre evidência do contrário, podendo haver falta de evidência que suporte grande parte dos mitos. Esse caso (1), acaba não sendo muito diferente do caso (3), especialmente para o exemplo dado para a vitória do time de futebol, caso qual muitos torcedores continuam tendo fé absoluta na glória do time, apesar de péssimo resultado histórico.

Offline JJ

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #15 Online: 15 de Junho de 2014, 22:28:09 »
A necessidade da fé.

Devemos tomar algumas premissas como certas
Princípio anti-cético detectado. Sistema ceticista-antitético-ataráxico-da'epoche'dagréciaantiga-suspendedor-de-juízo interrompe andamento do programa de verificação de verdadeiro ceticismo.



 :histeria:


.

Offline Skeptikós

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #16 Online: 15 de Junho de 2014, 22:37:21 »
Já disse isso em discussões passadas aqui, mas um dos problemas em se debater a fé é que se costuma jogar no mesmo saco
Na minha opinião, o problema em se debater fé por aqui, (assim como crença) é o fato da maioria dos foristas reduzirem os conceitos apenas ao âmbito teístico-religioso.

Por isso, assim como você fez abaixo, eu também fiz acima, definindo antecipadamente o que deveria se entender por "fé", "crença" e "crença verdadeira justificada" quando estes termos fossem abordados dentro do texto. No decorrer do texto, mais duas distinções de crença são apresentadas pelo próprio William James, são estas as crenças que dependem da nossa vontade e as crenças do observador. Formulando uma interpretação a partir das premissas acima, chega-se com facilidade a mesma conclusão que o autor, ou ao menos a uma refutação coerente da mesma.

Mas ignorando-as, (lendo o texto superficialmente e/ou nem mesmo o lendo, como segundo você) o máximo que se pode esperar são reações de repúdio e/ou escarnio infundadas e incapazes de refutar o texto (como as do Geotecton). Ou posicionamentos neutros, como o seu abaixo.

três conceitos distintos: (1) fé religiosa, que é uma crença na qual se persiste a despeito de evidência em contrário, (2) crenças baseadas em evidências, algo a que se atribui uma probabilidade razoável de ocorrer com base em experiências passadas e (3) Esperança, uma atitude mental que consiste em concentrar sua mente num resultado favorável, sem esquecer que o resultado desfavorável ainda pode ocorrer.

Um exemplo do caso (2) é quando empresto dinheiro a um amigo, sabendo que a probabilidade de receber meu dinheiro de volta é maior que 50%. O caso (3) é quando se afirma que se tem "fé" que seu time vai ganhar a partida. Ambos os tipos de "fé" podem ser positivos e até necessários para o bem estar mental e da sociedade.

Um exemplo do caso (1) é acreditar que um sujeito possa transformar vinho em sangue ao pronunciar certas palavras mágicas. Esse tipo de fé geralmente, penso eu, é inútil.

E não, não tive paciência de ler o texto original.
É uma pena você não ter lido, pois acho que você teria muito a contribuiu ao debate com uma critica positiva ao texto.

Abraços!
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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #17 Online: 15 de Junho de 2014, 23:13:36 »
Já que num outro tópico foi dada essa possibilidade lógica: De acordo com meus próprios critérios a fé não é necessária.

Obrigado.

 :nojo:
Muito interessante, quais são os seus critérios?
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #18 Online: 15 de Junho de 2014, 23:18:31 »
Porque você não tenta refutar o texto com uma lógica válida ao invés de uma analogia inaplicável ao contexto?

A impressão que tenho  foi a de que  você leu superficialmente o texto e respondeu com base numa ideia preconcebida do significado de fé. Pois se tivesse avaliado o texto de forma coerente não teria respondido com uma analogia inaplicável, teria no minimo discordado apresentando argumentos válidos.

Peço que leia o texto novamente e se de fato encontrar uma contradição e/ou for capaz de elaborar uma refutação válida, fique a vontade para apresenta-la.

Abraços!
Eu também não lí o texto, e nem precisaria para formular considerações válidas no tópico. Cabe a você apresentar o mote do tópico, mas não julgar o que é de qualidade argumentativa ou não, baseado apenas em assunções pessoais.
A primeira resposta do Geotecton era uma falsa analogia, e por tanto uma argumentação falaciosa que não refutava o tópico. Eu pedi a ele então, que uma argumentação válida segundo aquilo que se entende por lógica fosse apresentado. Caso o seu desejo fosse o de refutar o texto acima.

A sua imprensões pessoais  também são da mesma natureza assertiva que compõe uma consideração não argumentativa, na mesma medida. E como apelo emocional, são no mínimo suprimíveis para a proficiência do debate.
:nao3: Não seguindo o critério do que representa um argumento válido segundo aquilo que se entende por argumentação lógica.

Abraços!
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #19 Online: 15 de Junho de 2014, 23:19:41 »
Achei o comentário do Dr Manhattan melhor do que o texto original.
Gostaria de dizer o motivo?
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #20 Online: 15 de Junho de 2014, 23:20:54 »
A necessidade da fé.

Devemos tomar algumas premissas como certas
Princípio anti-cético detectado. Sistema ceticista-antitético-ataráxico-da'epoche'dagréciaantiga-suspendedor-de-juízo interrompe andamento do programa de verificação de verdadeiro ceticismo.
O tópico não esta a descrever a doutrina cética, por este motivo a sua zombaria não me parece fazer sentido algum.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #21 Online: 15 de Junho de 2014, 23:29:17 »
Já disse isso em discussões passadas aqui, mas um dos problemas em se debater a fé é que se costuma jogar no mesmo saco três conceitos distintos: (1) fé religiosa, que é uma crença na qual se persiste a despeito de evidência em contrário, (2) crenças baseadas em evidências, algo a que se atribui uma probabilidade razoável de ocorrer com base em experiências passadas e (3) Esperança, uma atitude mental que consiste em concentrar sua mente num resultado favorável, sem esquecer que o resultado desfavorável ainda pode ocorrer.

Um exemplo do caso (2) é quando empresto dinheiro a um amigo, sabendo que a probabilidade de receber meu dinheiro de volta é maior que 50%. O caso (3) é quando se afirma que se tem "fé" que seu time vai ganhar a partida. Ambos os tipos de "fé" podem ser positivos e até necessários para o bem estar mental e da sociedade.

Um exemplo do caso (1) é acreditar que um sujeito possa transformar vinho em sangue ao pronunciar certas palavras mágicas. Esse tipo de fé geralmente, penso eu, é inútil.

E não, não tive paciência de ler o texto original.

Vejamos!

No caso (2), partindo do seu exemplo, você sabe que nas vezes passadas que emprestou dinheiro a seu amigo você recebeu de volta em mais da metadade das vezes, portanto, se sabe que historicamente é provavel que ele lhe pague numa próxima vez, mas não se pode ter certeza. Não vejo motivo ou utilidade para fé aqui.

  No caso (3), me parece que fé é colocada como sinônimo de diversos outros termos como Esperança, Otimismo, Pensamento positivo e etecétera e me parece que dessa forma pode ser útil de acordo com o cenário e já até foi demonstrado por alguns estudos (que se for acaso posso ir atrás) que é de ajuda no alcance de algum definido objetivo, nem que seja dando a motivação necessária para que se façam os arranjos que de fato garantirão o sucesso seja qual for.

No caso (1), não há sempre evidência do contrário, podendo haver falta de evidência que suporte grande parte dos mitos. Esse caso (1), acaba não sendo muito diferente do caso (3), especialmente para o exemplo dado para a vitória do time de futebol, caso qual muitos torcedores continuam tendo fé absoluta na glória do time, apesar de péssimo resultado histórico.
Em ambos os exemplos não existem evidências suficientes para garantir antecipadamente o conhecimento do resultado que se dará caso você opte por agir. Por tanto a sua decisão de agir com base naquilo que se espera conseguir depende de uma grande parcela de fé. Segundo James, em todos os casos onde o fato depende da nossa vontade e ação, é onde entra a fé, pois nestes casos a fé num fato pode ajudar a criar o fato.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Johnny Cash

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #22 Online: 15 de Junho de 2014, 23:55:10 »
Já disse isso em discussões passadas aqui, mas um dos problemas em se debater a fé é que se costuma jogar no mesmo saco três conceitos distintos: (1) fé religiosa, que é uma crença na qual se persiste a despeito de evidência em contrário, (2) crenças baseadas em evidências, algo a que se atribui uma probabilidade razoável de ocorrer com base em experiências passadas e (3) Esperança, uma atitude mental que consiste em concentrar sua mente num resultado favorável, sem esquecer que o resultado desfavorável ainda pode ocorrer.

Um exemplo do caso (2) é quando empresto dinheiro a um amigo, sabendo que a probabilidade de receber meu dinheiro de volta é maior que 50%. O caso (3) é quando se afirma que se tem "fé" que seu time vai ganhar a partida. Ambos os tipos de "fé" podem ser positivos e até necessários para o bem estar mental e da sociedade.

Um exemplo do caso (1) é acreditar que um sujeito possa transformar vinho em sangue ao pronunciar certas palavras mágicas. Esse tipo de fé geralmente, penso eu, é inútil.

E não, não tive paciência de ler o texto original.

Vejamos!

No caso (2), partindo do seu exemplo, você sabe que nas vezes passadas que emprestou dinheiro a seu amigo você recebeu de volta em mais da metadade das vezes, portanto, se sabe que historicamente é provavel que ele lhe pague numa próxima vez, mas não se pode ter certeza. Não vejo motivo ou utilidade para fé aqui.

  No caso (3), me parece que fé é colocada como sinônimo de diversos outros termos como Esperança, Otimismo, Pensamento positivo e etecétera e me parece que dessa forma pode ser útil de acordo com o cenário e já até foi demonstrado por alguns estudos (que se for acaso posso ir atrás) que é de ajuda no alcance de algum definido objetivo, nem que seja dando a motivação necessária para que se façam os arranjos que de fato garantirão o sucesso seja qual for.

No caso (1), não há sempre evidência do contrário, podendo haver falta de evidência que suporte grande parte dos mitos. Esse caso (1), acaba não sendo muito diferente do caso (3), especialmente para o exemplo dado para a vitória do time de futebol, caso qual muitos torcedores continuam tendo fé absoluta na glória do time, apesar de péssimo resultado histórico.
Em ambos os exemplos não existem evidências suficientes para garantir antecipadamente o conhecimento do resultado que se dará caso você opte por agir. Por tanto a sua decisão de agir com base naquilo que se espera conseguir depende de uma grande parcela de fé. Segundo James, em todos os casos onde o fato depende da nossa vontade e ação, é onde entra a fé, pois nestes casos a fé num fato pode ajudar a criar o fato.

Abraços!

Complicado isso.

Como garantir que a decisão depende de fé? E pior, de uma grande parcela de fé? Como saber qual o tamanho da parcela de fé?

Para a frase final, eu também disse que a fé num fato pode ajudar a criar o fato. Não entendi seu ponto então.

Offline Cientista

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #23 Online: 16 de Junho de 2014, 04:33:53 »
A necessidade da fé.

Devemos tomar algumas premissas como certas
Princípio anti-cético detectado. Sistema ceticista-antitético-ataráxico-da'epoche'dagréciaantiga-suspendedor-de-juízo interrompe andamento do programa de verificação de verdadeiro ceticismo.
O tópico não esta a descrever a doutrina cética, por este motivo a sua zombaria não me parece fazer sentido algum.
Corrijamos, então, as rotinas a partir da fonte algoritmico-heurística skpetiniana do verdadeiro ceticismo: Em quais casos não se deve aplicar a "doutrina cética" além de quando não se está a descrevê-la? Há critério? Pragmatismo? Necessidade de fé é pragmática ou não faz sentido? ???????????????????????????????????????????????????????????????????????? Sistema travando...

Offline Skeptikós

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Re:A necessidade da fé.
« Resposta #24 Online: 16 de Junho de 2014, 11:44:32 »
Já disse isso em discussões passadas aqui, mas um dos problemas em se debater a fé é que se costuma jogar no mesmo saco três conceitos distintos: (1) fé religiosa, que é uma crença na qual se persiste a despeito de evidência em contrário, (2) crenças baseadas em evidências, algo a que se atribui uma probabilidade razoável de ocorrer com base em experiências passadas e (3) Esperança, uma atitude mental que consiste em concentrar sua mente num resultado favorável, sem esquecer que o resultado desfavorável ainda pode ocorrer.

Um exemplo do caso (2) é quando empresto dinheiro a um amigo, sabendo que a probabilidade de receber meu dinheiro de volta é maior que 50%. O caso (3) é quando se afirma que se tem "fé" que seu time vai ganhar a partida. Ambos os tipos de "fé" podem ser positivos e até necessários para o bem estar mental e da sociedade.

Um exemplo do caso (1) é acreditar que um sujeito possa transformar vinho em sangue ao pronunciar certas palavras mágicas. Esse tipo de fé geralmente, penso eu, é inútil.

E não, não tive paciência de ler o texto original.

Vejamos!

No caso (2), partindo do seu exemplo, você sabe que nas vezes passadas que emprestou dinheiro a seu amigo você recebeu de volta em mais da metadade das vezes, portanto, se sabe que historicamente é provavel que ele lhe pague numa próxima vez, mas não se pode ter certeza. Não vejo motivo ou utilidade para fé aqui.

  No caso (3), me parece que fé é colocada como sinônimo de diversos outros termos como Esperança, Otimismo, Pensamento positivo e etecétera e me parece que dessa forma pode ser útil de acordo com o cenário e já até foi demonstrado por alguns estudos (que se for acaso posso ir atrás) que é de ajuda no alcance de algum definido objetivo, nem que seja dando a motivação necessária para que se façam os arranjos que de fato garantirão o sucesso seja qual for.

No caso (1), não há sempre evidência do contrário, podendo haver falta de evidência que suporte grande parte dos mitos. Esse caso (1), acaba não sendo muito diferente do caso (3), especialmente para o exemplo dado para a vitória do time de futebol, caso qual muitos torcedores continuam tendo fé absoluta na glória do time, apesar de péssimo resultado histórico.
Em ambos os exemplos não existem evidências suficientes para garantir antecipadamente o conhecimento do resultado que se dará caso você opte por agir. Por tanto a sua decisão de agir com base naquilo que se espera conseguir depende de uma grande parcela de fé. Segundo James, em todos os casos onde o fato depende da nossa vontade e ação, é onde entra a fé, pois nestes casos a fé num fato pode ajudar a criar o fato.

Abraços!

Complicado isso.

Como garantir que a decisão depende de fé? E pior, de uma grande parcela de fé? Como saber qual o tamanho da parcela de fé?
Não há necessidade de definir o tamanho da fé, em essência, se as evidências forem insuficientes para garantir antecipadamente a certeza absoluta do resultado, então estará havendo fé. William James citou no texto acima milhares de exemplos onde a fé é necessária pelo simples fato das evidências disponíveis serem insuficientes para justificarem a crença, e nestes contextos e circunstâncias, se faz presente a necessidade da fé.

Para a frase final, eu também disse que a fé num fato pode ajudar a criar o fato. Não entendi seu ponto então.
Se você concorda comigo neste ponto, deve concordar também que a fé é necessária. Pois se boa parte de nossas conquistas foram alcançadas a partir de ações impulsionadas pela vontade de que daria certo, apesar das evidências serem insuficientes para garantir isso, eis ai a necessidade da fé.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

 

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