Tópico: O fim da história!

[Reginaldo brasileiro]

Textos e links citados:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fim_da_história
http://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia_liberal
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_End_of_History_and_the_Last_Man
http://edge.org/response-detail/23710

Há 20 anos atrás,Francis Fukuyama publicou a primeira edição do seu mais famoso livro,"The End of History and the Last Man"(O fim da história e o último homem),na onde ele contextualizava a teoria do "Fim da história" de Hegel para o fim da Guerra Fria,decretando a superioridade da Democracia liberal ocidental sobre outras ideologias políticas . A humanidade poderia regressar para formas "inferiores" de ideologias políticas,mas não avançaria para uma forma politica "superior" a Democracia liberal ocidental que fosse claramente diferente desta .

Dylan Evans publicou um artigo no site Edge.org no ano de 2013,como uma resposta para a pergunta "What should we be worried about?",que pode ser encontrada aqui:

http://edge.org/response-detail/23710

A principal tese deste artigo é de que se a democracia não for o "Fim da história",como Hegel e Fukuyama declararam,qualquer que seja a ideologia política superior a ela não surgirá através de uma evolução ou uma revolução política em um país que adote os elementos principais da "Democracia liberal ocidental" .

Gostaria de saber quais são as suas reflexões sobre nesse assunto.

[Moro]

Sem ler todos os links e me baseando no que conheço e no seu texto postado, realmente não acredito que haja uma volta majoritária a regimes autoritários caso consingamos manter "condições normais de temperatura e pressão", isto é, em um cenário sem escassez de água, comida, sem uma guerra entre potências mundiais (basicamente qualquer combinação entre EUA, China e Russia) não deveríamos ter qualquer risco de volta à regimes autoritários nos países centrais e em desenvolvimento.

[Reginaldo brasileiro]

Sem ler todos os links e me baseando no que conheço e no seu texto postado

Dos links em questão,o principal é o texto de Dylan Evans,postado aqui:

http://edge.org/response-detail/23710

Este texto é uma resposta a pergunta anual feita pelo Edge.org no ano de 2013,que foi "What should we be worried about?"(No que deveriamos estar preocupados?),que eventualmente,foi lançado como um livro . O Edge.org tem uma tradição anual de lançar livros cujo tema são perguntas anuais que são respondidas por pessoas que se destacam no meio intelectual . As várias respostas desta pergunta serão eventualmente usadas por mim para abrir tópicos aqui no Clube cético .

Voltando a esta "resposta",a versão resumida dele é a seguinte:

    Dylan Evans inicia o artigo citando o famoso livro de Fukuyama,"O fim da história e o último homem" com sua conclusão de que a "democracia liberal ocidental" é o melhor sistema politico que poderemos ter . Ele questiona se isto pode ser verdade e compartilha a conclusão de que se houver um sistema político alternativo superior a este,a "democracia" poderá dificultar a descoberta destas alternativas .
   A principal razão para isto se deve a um dos principais elementos desta ideologia,que são as eleições . A vantagem principal das eleições é que,com o tempo,os partidos políticos são forçados a abandonarem posições extremistas,se quiserem conseguir representação política e está é uma das razões pela qual o comunismo e o autoritarismo não são implementados através de eleições em democracias maduras,mesmo que os partidos que defendam estas ideologias consigam representação política majoritária .
 Pórem,este elemento possui uma desvantagem pouco conhecido,que é de impedir o desenvolvimento de de sistemas políticos superiores . Esta "Pesquisa e desenvolvimento" de sistemas politicos melhores pode começar com a criação de uma cidade ou através da segregação de certas cidades,com leis e regras diferentes de outras cidades . Políticos que defendem ideias assim em democracias não conseguiriam ser eleitos e se fossem eleitos,não conseguiriam implementar tais ideias .
 Por outro lado,em países autoritários,como a China comunista,isto já foi feito,através da criação de Zonas econômicas especiais,como a de Shenzen e mais recentemente,em Shangai . A Zona Franca de Manaus tambem entra nesta categoria . Ambos os casos foram implementados por governos autoritários,que não precisam justificar suas ações para a população .
 
Há uma analogia do autor relacionada ao apêndice para explicar este problema sob o ponto de vista da teoria da evolução,mas meu conhecimento de ambos os assuntos é limitado o bastante para gerar um resumo coerente . Peço ajuda à quem tiver conhecimento em inglês para melhorar este resumo e usar de suas longas experiências em debates com criacionistas para explicar essa analogia .

[Sergiomgbr]

Sem ler todos os links e me baseando no que conheço e no seu texto postado, realmente não acredito que haja uma volta majoritária a regimes autoritários caso consingamos manter "condições normais de temperatura e pressão", isto é, em um cenário sem escassez de água, comida, sem uma guerra entre potências mundiais (basicamente qualquer combinação entre EUA, China e Russia) não deveríamos ter qualquer risco de volta à regimes autoritários nos países centrais e em desenvolvimento.

Santa ingenuidade, a verdade é que estamos cada vez mais ovelhinhas apesar de termos cada vez mais a imprensão de sermos lobões.

[Cumpadi]

Santa ingenuidade, a verdade é que estamos cada vez ovelhinhas apesar de termos cada vez mais a imprensão de sermos lobões.

Também acho, o maior perigo para as democracias são elas mesmo.

[Rocky Joe]

Santa ingenuidade, a verdade é que estamos cada vez ovelhinhas apesar de termos cada vez mais a imprensão de sermos lobões.

Também acho, o maior perigo para as democracias são elas mesmo.

Muito bem dito, parcus!

[Moro]

por que? algo como a distopia de Huxley?

[Brienne of Tarth]

Com ou sem o Soma?

[Reginaldo brasileiro]

Santa ingenuidade, a verdade é que estamos cada vez ovelhinhas apesar de termos cada vez mais a imprensão de sermos lobões.

Também acho, o maior perigo para as democracias são elas mesmo.

Qual seria esse perigo?

[Geotecton]

Santa ingenuidade, a verdade é que estamos cada vez ovelhinhas apesar de termos cada vez mais a imprensão de sermos lobões.

Também acho, o maior perigo para as democracias são elas mesmo.

Qual seria esse perigo?

Autodestruição.

[JJ]

Santa ingenuidade, a verdade é que estamos cada vez ovelhinhas apesar de termos cada vez mais a imprensão de sermos lobões.

Também acho, o maior perigo para as democracias são elas mesmo.

Qual seria esse perigo?

Tolerar ideologias autoritárias, que podem crescer e conquistar o poder, levando ao fim o regime democrático que existia.



.

[Skorpios]

Achei bem interessante esse artigo.

E se eu lhe disser que a democracia é uma fraude?

E se eu lhe disser que você só pode votar porque seu voto não faz diferença?  E se eu lhe disser que, não importa em quem você vote, a mesma elite política, os mesmos lobistas, e os mesmos grupos de interesse sempre estarão no comando?  E se eu lhe disser que o conceito de uma pessoa/um voto era apenas uma ficção criada pelo governo e por esses grupos de interesse para induzir a sua complacência?

E se você descobrir que a democracia, em seu formato atual, é extremamente perigosa para as liberdades individuais?  E se você descobrir que a democracia desvirtua totalmente o conceito que as pessoas têm de direitos naturais, fazendo com que elas passem a acreditar que tomar a propriedade alheia é um "direito adquirido"?  E se você descobrir que a democracia não passa de um verniz capaz de transformar as campanhas políticas em meros concursos de beleza?

E se você descobrir que, se o número de pessoas que for às urnas para votar a favor de uma medida criada pelo governo (como em um referendo) for maior do que o número que for votar contra, a democracia permite que o governo faça tudo o que ele quiser?

E se você descobrir que o propósito da democracia moderna é o de convencer as pessoas de que elas podem prosperar não pelo trabalho e pela criação voluntária de riqueza, mas sim pela apropriação da riqueza de terceiros?

E se eu lhe disser que a única maneira moral de adquirir riqueza é por meio da atividade econômica voluntária?  E se eu lhe disser que o governo é capaz de persuadir as pessoas de que é perfeitamente aceitável adquirir riqueza por meio da atividade política?  E se eu lhe disser que a atividade política inclui todas as coisas parasíticas e destrutivas que o governo faz?  E se eu lhe disser que o governo jamais é capaz de criar riqueza?  E se eu lhe disser que tudo o que governo possui adveio do roubo de cidadãos produtivos?

E se você descobrir que a ideia de que precisamos de um governo para tomar conta de nós não passa de uma ficção que foi exitosamente perpetrada para aumentar o tamanho e o poder do estado?  E se você descobrir que o objetivo dos políticos e burocratas que ocupam o governo é expandir seu controle sobre a população?

E se eu lhe disser que nossas qualidades individuais e culturais dependem não do poder do governo mas sim do quão livre somos em relação ao governo?

E se você descobrir que essa mistura de governo inchado e democracia gera dependência?  E se você descobrir que, tão logo esse tal 'governo democrático' cresce, ele começa a enfraquecer as pessoas, acabando com sua auto-suficiência?  E se eu lhe disser que um governo inchado destrói a iniciativa e a motivação das pessoas, e que a democracia as convence de que a única motivação de que precisam é 'votar certo' e aceitar os resultados?

E se eu lhe disser que o homicida Josef Stalin estava certo quando disse que a pessoa mais poderosa do mundo é aquela que conta os votos?  E se você descobrir que os votos que realmente contam ocorrem em segredo, atrás dos bastidores?

E se eu lhe disser que o problema da democracia é que a maioria se acredita apta a 'consertar o que está errado', a criar qualquer tipo de lei, a tributar qualquer tipo de atividade, a regular qualquer tipo de comportamento, e a se apossar daquilo que mais lhe aprouver?  E se o maior tirano da história estiver hoje entre nós?  E se esse tirano tiver o apoio da maioria?  E se ele chegar ao poder?  E se a maioria não reconhecer limites ao seu poder?

E se o governo for astuto o bastante para ludibriar os eleitores, de modo que estes passem a defender e justificar tudo o que o governo quiser fazer?  E se o governo comprar o apoio das pessoas por meio de benesses que ele distribui?  E se o governo der assistencialismo para os pobres, universidades para a classe média e protecionismo para os empresários ricos, de modo a manter todos dependentes dele?

E se eu lhe disser que uma república vibrante depende não do processo democrático da votação, mas sim de eleitores informados e ativos, que entendem corretamente os princípios da existência humana, dentre eles a posse inalienável de direitos naturais?

E se eu lhe disser que podemos nos libertar do jugo do estado interventor, mas que os defensores do establishment não querem isso?  E se eu lhe disser que o governo será o mesmo não importa quem vença as eleições?  E se eu lhe disser que existe apenas um grande partido político, o qual é subdividido em duas alas, social-democrática e socialista?  E se eu lhe disser que ambas as alas querem impostos, assistencialismo, protecionismo, regulamentações e crescimento contínuo do governo, diferindo apenas muito polidamente quanto aos meios para se alcançar estes objetivos?  E se eu lhe disser que este partido único criou leis eleitorais que tornam praticamente impossível o surgimento e o sucesso de uma concorrência política?

E se você descobrir que o sucesso do governo depende de sua habilidade de fingir e enganar?  E se eu lhe disser que nossos ancestrais acreditavam que o rei era divino?  E se eu lhe disser que eles acreditavam que o rei era infalível?  E se eu lhe disser que eles acreditavam que a voz do rei era a voz de Deus?

E se você descobrir que o governo é bom em fazer os outros acreditarem?  E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que tem voz?  E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que os políticos eleitos são o próprio povo?  E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que os políticos são servidores do povo?

E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que a maioria democrática nunca erra?  E se eu lhe disser que a tirania da maioria é tão destrutiva para a liberdade humana quanto a tirania de um indivíduo louco?

O que você faria?

Fonte

[Sergiomgbr]

Achei bem interessante esse artigo.

E se eu lhe disser que a democracia é uma fraude?

[...]

E se eu lhe disser que existe apenas um grande partido político, o qual é subdividido em duas alas, social-democrática e socialista?  E se eu lhe disser que ambas as alas querem impostos, assistencialismo, protecionismo, regulamentações e crescimento contínuo do governo, diferindo apenas muito polidamente quanto aos meios para se alcançar estes objetivos?  E se eu lhe disser que este partido único criou leis eleitorais que tornam praticamente impossível o surgimento e o sucesso de uma concorrência política?

[...]

O que você faria?

Fonte

Pois é, e se eu te disser que aqui em Minas, não importa se vai ganhar o PT ou o PSDB, o governador vai ser o Sr.  Pimenta Pimentel?

[Gabarito]

Achei bem interessante esse artigo.

Skorpios e seus textos bons de ler!

Mas nesse aqui, a gente precisa parar para pensar mais um pouco.
Sem democracia, o que já é ruim, pode piorar.

Um sistema perfeito precisa de um robô, uma máquina, com código já aprimorado e perfeito, imune a alterações, e que assuma o papel de governo.
O ser humano mexendo nisso, dá no que dá. Até as guerras decorrem disso.

Mas aí, de que vale uma humanidade controlada por sistemas binários?

[Lorentz]

Achei bem interessante esse artigo.

Skorpios e seus textos bons de ler!

Mas nesse aqui, a gente precisa parar para pensar mais um pouco.
Sem democracia, o que já é ruim, pode piorar.

Um sistema perfeito precisa de um robô, uma máquina, com código já aprimorado e perfeito, imune a alterações, e que assuma o papel de governo.
O ser humano mexendo nisso, dá no que dá. Até as guerras decorrem disso.

Mas aí, de que vale uma humanidade controlada por sistemas binários?

A democracia atual praticada em muitos países não é perfeita. Depende de dinheiro, lobistas e muita propaganda. Mas se eu tiver que escolher entre isso ou o comunismo, socialismo, fascismo, feudalismo, despotismo, escolho a menos pior (Civilization nunca mente, a democracia gera mais moedinhas por terreno).

Agora, algo que me incomoda muito no Brasil (não sei como é em outros países) é propaganda governamental: o governo toma nosso dinheiro na forma de impostos para pagar campanhas publicitárias para comunicar a nós mesmos que eles estão fazendo algo por nós.

[Sergiomgbr]

Achei bem interessante esse artigo.

Skorpios e seus textos bons de ler!

Mas nesse aqui, a gente precisa parar para pensar mais um pouco.
Sem democracia, o que já é ruim, pode piorar.

Um sistema perfeito precisa de um robô, uma máquina, com código já aprimorado e perfeito, imune a alterações, e que assuma o papel de governo.
O ser humano mexendo nisso, dá no que dá. Até as guerras decorrem disso.

Mas aí, de que vale uma humanidade controlada por sistemas binários?

Acho que não precisamos chegar ao ponto de precisar de um Robô para melhorar, e muito. Basta apenas um pouco mais de esprit de corps de cada cidadão a nível municipal, que é onde realmente é preciso estar atento para que tudo o mais se reflita nas demais esferas de poder.

[Gabarito]

Explicando melhor o que eu quis dizer com robô, seria mais como apenas um sistema administrativo. Não teríamos a humanidade escravizada, como mostrado em filmes de ficção científica. Mas um sistema de gerência administrativa, da mesma forma que delegamos ao computador fazer as nossas contas, somar e informar nosso saldo bancário e outros sistemas mecânicos e automáticos que já usamos.
Governar no sentido de administrar, gerenciar as cidades, os transportes, o bem-comum, coisas burocráticas e passíveis de automação. Nada de escravizar nem submeter a humanidade a jugos ou opressões.

Quem sabe, daqui a uns 300 anos alguém leia isso e diga: já implementamos!

[Fabrício]

Não teríamos a humanidade escravizada, como mostrado em filmes de ficção científica.

Mas aí não tem graça nenhuma  ...

[Osler]

O que são "direitos naturais"?

[Reginaldo brasileiro]

Achei bem interessante esse artigo.

E se eu lhe disser que a democracia é uma fraude?

E se eu lhe disser que você só pode votar porque seu voto não faz diferença?  E se eu lhe disser que, não importa em quem você vote, a mesma elite política, os mesmos lobistas, e os mesmos grupos de interesse sempre estarão no comando?  E se eu lhe disser que o conceito de uma pessoa/um voto era apenas uma ficção criada pelo governo e por esses grupos de interesse para induzir a sua complacência?

E se você descobrir que a democracia, em seu formato atual, é extremamente perigosa para as liberdades individuais?  E se você descobrir que a democracia desvirtua totalmente o conceito que as pessoas têm de direitos naturais, fazendo com que elas passem a acreditar que tomar a propriedade alheia é um "direito adquirido"?  E se você descobrir que a democracia não passa de um verniz capaz de transformar as campanhas políticas em meros concursos de beleza?
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E se você descobrir que o governo é bom em fazer os outros acreditarem?  E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que tem voz?  E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que os políticos eleitos são o próprio povo?  E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que os políticos são servidores do povo?

E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que a maioria democrática nunca erra?  E se eu lhe disser que a tirania da maioria é tão destrutiva para a liberdade humana quanto a tirania de um indivíduo louco?

O que você faria?

Fonte

O título desse texto deveria ser chamado de "O Manifesto Anarquista" . Apesar disso,é bem interessante .

Explicando melhor o que eu quis dizer com robô, seria mais como apenas um sistema administrativo. Não teríamos a humanidade escravizada, como mostrado em filmes de ficção científica. Mas um sistema de gerência administrativa, da mesma forma que delegamos ao computador fazer as nossas contas, somar e informar nosso saldo bancário e outros sistemas mecânicos e automáticos que já usamos.
Governar no sentido de administrar, gerenciar as cidades, os transportes, o bem-comum, coisas burocráticas e passíveis de automação. Nada de escravizar nem submeter a humanidade a jugos ou opressões.

Quem sabe, daqui a uns 300 anos alguém leia isso e diga: já implementamos!

Em resumo,você está sugerindo automatizar a maior parte do Executivo?

O que são "direitos naturais"?

É um termo usado por alguns filósofos que tentam buscar uma justificativa não arbitrária para algumas de suas ideias . Possui uma certa correspondência com as "leis naturais",exceto que são aplicados para sociedades . O termo "direitos naturais" daria a entender que estes devem ser permanentes,transcedem as decisões humanas e não podem ser negociáveis .

[Reginaldo brasileiro]

Achei bem interessante esse artigo.

E se eu lhe disser que a democracia é uma fraude?

E se eu lhe disser que você só pode votar porque seu voto não faz diferença?  E se eu lhe disser que, não importa em quem você vote, a mesma elite política, os mesmos lobistas, e os mesmos grupos de interesse sempre estarão no comando?  E se eu lhe disser que o conceito de uma pessoa/um voto era apenas uma ficção criada pelo governo e por esses grupos de interesse para induzir a sua complacência?

E se você descobrir que a democracia, em seu formato atual, é extremamente perigosa para as liberdades individuais?  E se você descobrir que a democracia desvirtua totalmente o conceito que as pessoas têm de direitos naturais, fazendo com que elas passem a acreditar que tomar a propriedade alheia é um "direito adquirido"?  E se você descobrir que a democracia não passa de um verniz capaz de transformar as campanhas políticas em meros concursos de beleza?

E se você descobrir que, se o número de pessoas que for às urnas para votar a favor de uma medida criada pelo governo (como em um referendo) for maior do que o número que for votar contra, a democracia permite que o governo faça tudo o que ele quiser?

E se você descobrir que o propósito da democracia moderna é o de convencer as pessoas de que elas podem prosperar não pelo trabalho e pela criação voluntária de riqueza, mas sim pela apropriação da riqueza de terceiros?

E se eu lhe disser que a única maneira moral de adquirir riqueza é por meio da atividade econômica voluntária?  E se eu lhe disser que o governo é capaz de persuadir as pessoas de que é perfeitamente aceitável adquirir riqueza por meio da atividade política?  E se eu lhe disser que a atividade política inclui todas as coisas parasíticas e destrutivas que o governo faz?  E se eu lhe disser que o governo jamais é capaz de criar riqueza?  E se eu lhe disser que tudo o que governo possui adveio do roubo de cidadãos produtivos?

E se você descobrir que a ideia de que precisamos de um governo para tomar conta de nós não passa de uma ficção que foi exitosamente perpetrada para aumentar o tamanho e o poder do estado?  E se você descobrir que o objetivo dos políticos e burocratas que ocupam o governo é expandir seu controle sobre a população?

E se eu lhe disser que nossas qualidades individuais e culturais dependem não do poder do governo mas sim do quão livre somos em relação ao governo?

E se você descobrir que essa mistura de governo inchado e democracia gera dependência?  E se você descobrir que, tão logo esse tal 'governo democrático' cresce, ele começa a enfraquecer as pessoas, acabando com sua auto-suficiência?  E se eu lhe disser que um governo inchado destrói a iniciativa e a motivação das pessoas, e que a democracia as convence de que a única motivação de que precisam é 'votar certo' e aceitar os resultados?

E se eu lhe disser que o homicida Josef Stalin estava certo quando disse que a pessoa mais poderosa do mundo é aquela que conta os votos?  E se você descobrir que os votos que realmente contam ocorrem em segredo, atrás dos bastidores?

E se eu lhe disser que o problema da democracia é que a maioria se acredita apta a 'consertar o que está errado', a criar qualquer tipo de lei, a tributar qualquer tipo de atividade, a regular qualquer tipo de comportamento, e a se apossar daquilo que mais lhe aprouver?  E se o maior tirano da história estiver hoje entre nós?  E se esse tirano tiver o apoio da maioria?  E se ele chegar ao poder?  E se a maioria não reconhecer limites ao seu poder?

E se o governo for astuto o bastante para ludibriar os eleitores, de modo que estes passem a defender e justificar tudo o que o governo quiser fazer?  E se o governo comprar o apoio das pessoas por meio de benesses que ele distribui?  E se o governo der assistencialismo para os pobres, universidades para a classe média e protecionismo para os empresários ricos, de modo a manter todos dependentes dele?

E se eu lhe disser que uma república vibrante depende não do processo democrático da votação, mas sim de eleitores informados e ativos, que entendem corretamente os princípios da existência humana, dentre eles a posse inalienável de direitos naturais?

E se eu lhe disser que podemos nos libertar do jugo do estado interventor, mas que os defensores do establishment não querem isso?  E se eu lhe disser que o governo será o mesmo não importa quem vença as eleições?  E se eu lhe disser que existe apenas um grande partido político, o qual é subdividido em duas alas, social-democrática e socialista?  E se eu lhe disser que ambas as alas querem impostos, assistencialismo, protecionismo, regulamentações e crescimento contínuo do governo, diferindo apenas muito polidamente quanto aos meios para se alcançar estes objetivos?  E se eu lhe disser que este partido único criou leis eleitorais que tornam praticamente impossível o surgimento e o sucesso de uma concorrência política?

E se você descobrir que o sucesso do governo depende de sua habilidade de fingir e enganar?  E se eu lhe disser que nossos ancestrais acreditavam que o rei era divino?  E se eu lhe disser que eles acreditavam que o rei era infalível?  E se eu lhe disser que eles acreditavam que a voz do rei era a voz de Deus?

E se você descobrir que o governo é bom em fazer os outros acreditarem?  E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que tem voz?  E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que os políticos eleitos são o próprio povo?  E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que os políticos são servidores do povo?

E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que a maioria democrática nunca erra?  E se eu lhe disser que a tirania da maioria é tão destrutiva para a liberdade humana quanto a tirania de um indivíduo louco?

O que você faria?

Fonte

Vendo este texto,tive a seguinte constatação . De acordo com Hegel,para que possamos chegar ao "fim da história",é necessário que haja um sistema politico que consiga satisfazer a problemática do "Escravo" e o "Mestre" e que esteja imune a qualquer contradição(no sentido de ser uma contradição severa o bastante para não ser corrigida pelo próprio sistema e que eventualmente,o colapse)  . A democracia não satisfaz ambos e possui uma contradição,que como bem aponta este texto,é a facilidade do eleitorado em ser iludido da legitimidade de um governo .

Das alternativas propostas no milênio passado para resolver estes dois problemas(relação mestre/escravo e dialética),a única alternativa que ainda não foi devidamente implementada no mundo real é o anarcocapitalismo . Como vocês acham que deveria ser implementado o anarcocapitalismo?

[Osler]

Reformularei, quais são os direitos naturais?

[EuSouOqueSou]

Textos e links citados:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fim_da_história
http://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia_liberal
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_End_of_History_and_the_Last_Man
http://edge.org/response-detail/23710

Há 20 anos atrás,Francis Fukuyama publicou a primeira edição do seu mais famoso livro,"The End of History and the Last Man"(O fim da história e o último homem),na onde ele contextualizava a teoria do "Fim da história" de Hegel para o fim da Guerra Fria,decretando a superioridade da Democracia liberal ocidental sobre outras ideologias políticas . A humanidade poderia regressar para formas "inferiores" de ideologias políticas,mas não avançaria para uma forma politica "superior" a Democracia liberal ocidental que fosse claramente diferente desta .

Dylan Evans publicou um artigo no site Edge.org no ano de 2013,como uma resposta para a pergunta "What should we be worried about?",que pode ser encontrada aqui:

http://edge.org/response-detail/23710

A principal tese deste artigo é de que se a democracia não for o "Fim da história",como Hegel e Fukuyama declararam,qualquer que seja a ideologia política superior a ela não surgirá através de uma evolução ou uma revolução política em um país que adote os elementos principais da "Democracia liberal ocidental" .

Gostaria de saber quais são as suas reflexões sobre nesse assunto.

Por que vc coloca espacos antes de pontos e nao coloca depois de virgulas?

[Reginaldo brasileiro]

Por que vc coloca espacos antes de pontos e nao coloca depois de virgulas?

Falta de experiência em fóruns . Prestarei mais atenção nestes detalhes daqui pra frente 

[Derfel]

Isso não é questão de forum.  É escrita mesmo.