Está mais é para o 'fim da picada'. Como se toda (a) realidade organizacional das sociedades fosse inerentemente construída por ideologia. Como se, sempre, não fosse o mesmo "monstro" debaixo/por trás dos adereços, das vestes ataviosas ilusórias.
Não entendi o que você escreveu . Poderia explicar melhor?
...Posso tentar. Fundamentalmente, a crença que contamina, *de princípios* mais que como princípio, o exposto aqui, na abertura do tópico, é a crença no 'destinismo', numa teleologia para o homem e, principalmente para o(s) conjunto(s) de homem(ns). Crer que certas coisas são equivalentemente ideológicas, como pudessem ser produtos de escolhas, como no caso do que é chamado de capitalismo, que apenas e simplesmente evolui(u) naturalmente, não muda o fato de que não são (produtos de escolhas, de movimentos, conscientes, bem programados ou não, de socialização). Por exemplo, mesmo os comunistas são capitalistas; a pregação fundamental deles é capitalista -- reivindicam "de volta", "propriedade que seria deles" e que teria lhes sido "tomada". A diferença é que, apenas, não têm qualquer legitimidade na petição.
Os adereços, as vestes ataviosas ilusórias são essas supostas "escolhas" de "sistemas" que não teriam qualquer naturalidade não humana. O "monstro" permanente por baixo de toda a ilusão é a forma como se estruturam as sociedades, sempre a mesma, dito de forma bem simplificada, "com os mais poderosos a decidir tudo". Numa REAL democracia, que É(!), É (e, mais uma vez, É!) a
ditadura da maioria, o poder seria da maioiria. Em 'pseudodemocracias' (para ser eufêmico), em que a maioria só pode decidir o que é permitido pelas concepções de minorias com "lindas" filosofias limitantes do(s) poder(es) democrático(s), tem-se, quando muito, um pluriditatorialismo, com uns ditando umas coisas sobre os outros e tendo algumas coisas ditadas sobre si. Isso só é essencialmente diferente de uma hipotética (jamais existiu uma ocorrência) REAL democracia porque, numa REAL democracia há(veria!) uma complexa difusão de complexas interpenetrações pluriditatoriais, uma vez que os interesses dividem maiorias. Um arranjo sempre se estabelece, porém sempre da mesma forma fundamental. Nada há da visão dramática de "fim" ou de "último homem" nesse processo da realidade.
Em suma, tudo isso é de um filosofismo vazio, como não pode deixar de ser.
Achei bem interessante esse artigo.
Skorpios e seus textos bons de ler!
Mas nesse aqui, a gente precisa parar para pensar mais um pouco.
Sem democracia, o que já é ruim, pode piorar.
Um sistema perfeito precisa de um robô, uma máquina, com código já aprimorado e perfeito, imune a alterações, e que assuma o papel de governo.
O ser humano mexendo nisso, dá no que dá. Até as guerras decorrem disso.
Mas aí, de que vale uma humanidade controlada por sistemas binários?
Acho que não precisamos chegar ao ponto de precisar de um Robô para melhorar, e muito. Basta apenas um pouco mais de esprit de corps de cada cidadão a nível municipal, que é onde realmente é preciso estar atento para que tudo o mais se reflita nas demais esferas de poder.
O algoritmo de um sistema "ROBÔ" (não é isso, mas... aceite-se, para "não complicar") não é essecialmente diferente, inclusive e especialmente em sua funcionalidade, do de um "simples" sistema burocrático. Livre-se (não só você, especificamente; é um 'livre-se' no sentido genérico) das ilusões, retirem-se as camadas encobridoras delas de cima, e olhe-se bem para o âmago da realidade! (Um) "ROBÔ" não fará mágica. ONDE?! Onde está o "problema"! Olhe para ele! Consegue? Você não terá mais grandes salvadores nem mesmo salvações, "as próprias" em toda a "impessoalidade", nem grandes ideias paladinas. O que sobra?