Mas acho que não corresponde inteiramente ao que penso não. Algumas perguntas ali acabaram resultando nisso, mas até que sou favorável à liberdade econômica de alguma maneira.
Como por exemplo...
Então, na hora pensei nessas questões relativas ao Uber e à livre concorrência, inclusive monopólio estatal sobre o petróleo. Em geral, tendo a achar que o Estado deve supervisionar algumas atividades a bem da coletividade.
Concordo. Mas em países com sociedades pouco informadas e cultas, quem supervisiona o estado?
Estas foram as perguntas:
a) O governo pode cobrar altos impostos se os serviços prestados forem adequados.
Se o serviço for útil, sim, e desde que naturalmente não implique a percepção de lucro, sendo devida a remuneração para compensar a prestação do serviço.
Talvez, se neste país as instituições democráticas forem fortes, se a população tiver uma boa formação cultural e se houver mecanismos de participação da população que não estejam sob controle de grupelhos ideologicamente anacrônicos ou da escumalha política.
Em um país como o Brasil? Não, porque o dinheiro se destina principalmente a 'alimentar as castas' mais privilegiadas, ou seja, os funcionários públicos (de carreira de estado ou não) e os grandes empresários ligados ao estado.
Por definição o estado não tem lucro e sim superávit.
b) Deve haver salário mínimo determinado pelo governo.
Respondi que sim, pensando que o contrário pode resultar na exploração da pobreza alheia.
Inicialmente eu apoiava tal ação mas hoje eu tenho certeza que este é um tremendo erro neste país, porque há importantes despesas obrigatórias e discricionárias que estão vinculadas ao valor do salário mínimo. Aumentar o valor acima da inflação é armar uma 'bomba' que destruirá o Tesouro Nacional e fará a inflação 'explodir', destruindo a moeda.
c) O governo deve resgatar empresas em dificuldade financeira.
O que ele quer dizer com resgatar? Eu pensei nos processos de recuperação de empresas, assim como intervenção e liquidação extrajudicial de bancos, seguradoras, etc. O fundamento estaria na utilidade pública dos serviços dessas empresas, por gerir o patrimônio das pessoas.
Não, não é sob a forma de recuperação judicial e sim a de fornecer linhas de crédito com juros subsidiados, aportar dinheiro diretamente ou reduzir a tributação. Todos eles são onerosos para a sociedade.
Em tese eu sou contrário porque tal procedimento é uma maneira de existir e facilitar a corrupção entre estado/governo/políticos/grandes empresários e porque vai contra um dos princípios do capitalismo, que é o de punir a ineficiência.
Mas cada caso, é um caso.
d) O governo deve criar agências para regular o setor privado.
Penso que sim, novamente, restritas a algumas atividades essenciais, para não resultar em precarização do serviço.
Sim, desde que tenham atribuições e missões claras, sejam ocupadas por técnicos e sob supervisão da sociedade.
Ou seja, longe do que são as agências hoje, especialmente nas administrações petistas.
e) O governo deve usar os impostos para fazer distribuição de renda.
O que ele entende por distribuição de renda? Pensei simplesmente no nosso imposto de renda aplicado às necessidades da coletividade. Entendo que não podemos derivar o nosso sucesso inteiramente do nosso trabalho (ter nascido em uma família que deu condição, ter habilidades naturais e mesmo a própria sorte), de modo que seria um imperativo ético (legalizado pelo imposto, por exemplo) retribuir a sociedade com parte dos nossos ganhos.
Pelo que deduzi, a 'distribuição de renda' é conhecida por aqui como 'assistencialismo'. Eu sou, em tese, contra.
Posso aceitá-la em condições muito específicas, como por exemplo, nos casos de auxílio após desastres naturais e para as pessoas com graves deficiências que as impedem de ter sustento próprio.
Mas sou absolutamente contrário às benesses do tipo 'abono salarial'.