Autor Tópico: Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África  (Lida 1667 vezes)

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Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África

Deutsche Welle
Jan D. Walter / Nádia Pontes / Amir Valle (msb)

A decisão de Havana de apoiar os esforços internacionais contra a epidemia de ebola ocorre num momento em que, como reconheceu o presidente Raúl Castro, Cuba atravessa uma situação crítica em termos de insalubridade generalizada, mau estado das próprias instalações de saúde e escassez de profissionais da saúde. Do início de outubro para cá, a ilha caribenha enviou cerca de 250 médicos e enfermeiros para a África Ocidental, e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), outros 50 devem seguir viagem em breve.

Apesar de isso agravar a escassez de médicos no país, a prontidão do regime Castro foi bem recebida internacionalmente. A secretária-geral da OMS, Margaret Chan, e o coordenador especial da ONU para assuntos relacionados ao ebola, David Nabarro, agradeceram pessoalmente ao presidente e ao ministro cubano da Saúde, Roberto Morales, pelo apoio.

Até mesmo o velho inimigo da ilha comunista, os Estados Unidos, elogiou o engajamento cubano. O secretário de Estado John Kerry destacou o papel de Cuba na luta contra o ebola.

Desde o início da epidemia de ebola na região africana, em março, quase 5 mil pessoas morreram vítimas da doença. A maioria das mortes ocorreu na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné – para onde Cuba já enviou 53, 165 e 38 médicos, respectivamente.

Maior delegação estrangeira

A delegação cubana é, de longe, a maior entre os estrangeiros que prestam ajuda nos países africanos. E esta não é a primeira vez que isso acontece. Em 2005, médicos e enfermeiros cubanos foram enviados à porção paquistanesa da Caxemira para prestar ajuda – e eles eram mais numerosos até mesmo que os profissionais do Paquistão. Cinco anos depois, os cubanos foram os primeiros a entrar no Haiti após o destruidor terremoto de 2010.

Outros países também têm apoiado as regiões em crise, enviando assistentes e ajuda humanitária. Entretanto, a atual epidemia de ebola no oeste da África mostra que muitas vezes essa ajuda demora a chegar. "Cuba é um caso especial, digamos, pela capacidade rápida de resposta que teve, pela vontade política e pela própria experiência dos médicos", afirma José Luis Di Fabio, chefe do escritório da OMS em Havana.

Desde a faculdade, ensina-se aos médicos cubanos o compromisso de cumprir missões em países pobres do mundo. Cerca de 15 mil voluntários atenderam ao chamado do governo para combater o ebola na África, e 460 deles foram selecionados.

Para muitos especialistas em Cuba, a grande quantidade de médicos que se unem a missões no exterior também pode ser explicada pelo espírito humano diante da desgraça alheia, que caracterizaria o país desde muito antes do triunfo da Revolução.

Leonardo Fernández, membro do segundo grupo de médicos cubanos enviado à África Ocidental na semana passada, deixou clara a estratégia cubana contra o ebola: "Impedir que o vírus entre na América Latina, derrotando-o na África. É um compromisso com a África e com esse Estado [Cuba] que nos formou sob os conceitos de altruísmo, voluntarismo e humildade".

Ajuda questionada

Entretanto, o médico Antonio Guedes questiona esse voluntarismo. "Quem não concorda em participar pode perder o emprego ou, no mínimo, sua posição, ou então o filho pode não ter vaga na universidade", afirma o cubano, que é presidente da União Liberal Cubana (ULC), partido que funciona no exílio em Madri.

Guedes diz não acreditar que, por trás da decisão cubana, esteja simplesmente o desejo de ajudar. Para ele, Havana almeja muito mais com a positiva reação pública que tem agora. "Cuba está fazendo isso para, em primeiro lugar, polir sua imagem política. Em segundo, por razões econômicas. E, em terceiro lugar, para que países que obtiveram ajuda se posicionem, diante de fóruns internacionais, como as Nações Unidas ou a Comissão de Direitos Humanos [da ONU], a favor dos cubanos", avalia Guedes.

Segundo o Ministério da Saúde de Cuba, atualmente 50 mil funcionários do sistema de saúde do país prestam serviço em 66 países. Cerca de 30 mil estão na Venezuela. Quase um terço dos 83 mil médicos do quadro cubano trabalha no exterior: 12 mil no Brasil, 2 mil em Angola e outros 2 mil no restante do continente africano.

Com eles, o regime Castro ganha mais de 6 bilhões de euros por ano, pois apenas uma parte do dinheiro que os países pagam por esses médicos retorna aos profissionais em forma de salário. Para cada médico enviado a uma missão internacional, o governo recebe entre 2 mil e 4 mil dólares, cifra oitenta vezes maior que o salário médio no país.

O Brasil, por exemplo, paga 10 mil reais (cerca de 4 mil dólares) por mês por cada médico cubano ao governo em Havana. Dessa cifra, o governo fica com 70%, o médico recebe apenas 10% e outro 15% são depositados em seu nome numa conta bancária em Cuba, à qual ele só terá acesso quando retornar ao país.

Questionada pela DW, a embaixada cubana em Berlim, porém, não especificou quanto os médicos que trabalham na região africana atingida pelo surto do ebola ganham.

Sem retorno em caso de infecção

Os profissionais cubanos enviados à África Ocidental precisam ser treinados e ter experiência no exterior. Eles trabalharão na região durante seis meses. Ao mesmo tempo, profissionais da organização internacional Médicos sem Fronteiras (MSF) ficam no máximo seis semanas nas áreas afetadas pelo ebola, por se tratar de um trabalho considerado muito exaustivo.

Para aprender a lidar com os equipamentos de proteção, fundamentais para evitar uma contaminação com o vírus letal durante o tratamento das pessoas infectadas, os profissionais cubanos passaram por um curso de três semanas no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí, perto de Havana. Caso algum profissional seja infectado pelo vírus, ele será tratado numa estação especial para ajudantes internacionais, diz o diretor do instituto, Jorge Pérez.

A imprensa de oposição no exterior considera que essa medida é uma confirmação oficial de que, no caso de uma contaminação, os profissionais não poderão voltar para Cuba. Os médicos teriam relatado que tiveram de assinar um termo de concordância antes de viajar, e, por isso, alguns teriam se negado a participar da missão.

Novamente comparando, voluntários do MSF que são infectados pelo ebola são mandados de volta para seus países para tratamento, para que possam ficar o mais perto possível de seus familiares. Diante das dificuldades de tratamento em Cuba, a decisão sobre a permanência do profissional no local onde foi infectado é compreensível, diz Guedes, mas revela certa desumanidade por parte do regime Castro.

"Claro que é sempre bom quando pessoas, não importa de que parte do mundo, recebem a ajuda que necessitam", considera. Mas, no caso de Cuba, não se deve deixar de considerar sob quais condições essa ajuda chega, pondera.

Autor: Jan D. Walter / Nádia Pontes / Amir Valle (msb)

Edição: Luisa Frey

http://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/cuba-e-os-dois-lados-do-envio-de-médicos-para-combater-o-ebola-na-áfrica/ar-BBbvHS1

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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #1 Online: 29 de Outubro de 2014, 18:01:59 »
Imagine ser obrigado ir à África se expôr ao ebola.  :?
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #2 Online: 29 de Outubro de 2014, 21:39:35 »
bom, pau que bate em Chico bate em Francisco. Sempre que vejo criticarem gringos pelo que fazem de voluntarioso como sendo um pretenso jogo de interesses eu digo que Ok, ao menos a maneira de se fazer é positiva.

Mesma coisa para Cuba. Querem polir a imagem? Evidente, mas estão fazendo de maneira positiva.

Ponto de atenção apenas na parte que falam que podem estar sendo obrigados ao invés de receber incentivos do governo, aí a coisa deixa de ser positiva.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #3 Online: 29 de Outubro de 2014, 22:28:55 »
bom, pau que bate em Chico bate em Francisco. Sempre que vejo criticarem gringos pelo que fazem de voluntarioso como sendo um pretenso jogo de interesses eu digo que Ok, ao menos a maneira de se fazer é positiva.

Mesma coisa para Cuba. Querem polir a imagem? Evidente, mas estão fazendo de maneira positiva.

Ponto de atenção apenas na parte que falam que podem estar sendo obrigados ao invés de receber incentivos do governo, aí a coisa deixa de ser positiva.

Nos países democráticos, várias das missões de médicos são voluntárias. Em Cuba não existe nada voluntário.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #4 Online: 29 de Outubro de 2014, 22:34:09 »
Se estão fazendo de maneira obrigatória é realmente outro ponto negativo para a ilha de fidel e mais um motivo para reflexão daqueles ELAs que não acham o mais médicos um programa danoso.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #5 Online: 29 de Outubro de 2014, 23:18:52 »
E os soldados americanos que estão lá, vão por escolha é isso? Se se recusarem não rola corte marcial nem nada?
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #6 Online: 29 de Outubro de 2014, 23:25:57 »
E os soldados americanos que estão lá, vão por escolha é isso? Se se recusarem não rola corte marcial nem nada?

Os soldados são voluntários no alistamento.

A partir do momento que entram no serviço militar eles assinam um contrato com o exército do EUA por um período geralmente de 4 a 6 anos, onde se obrigam a executar as ordens passadas pelo comando.

Fonte.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #7 Online: 29 de Outubro de 2014, 23:26:10 »
não sei como funciona a convocação para Guantánamo, assim como não sei as do Cubanos.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #8 Online: 29 de Outubro de 2014, 23:26:31 »
ahh.. o Geo respondeu
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #9 Online: 29 de Outubro de 2014, 23:34:45 »
Médicos escolhem essa carreira voluntariamente, poderiam ser lixeiros, carteiros, leiteiros, padeiros, o salário é quase o mesmo.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #10 Online: 29 de Outubro de 2014, 23:42:49 »
se sou médico devo fazer o que me mandarem, até o que afeta minha vida pessoal?
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #11 Online: 30 de Outubro de 2014, 00:08:30 »
se sou médico devo fazer o que me mandarem, até o que afeta minha vida pessoal?

Se estiver previsto em contrato, que foi consentido e assinado livremente, eu entendo que sim.

O caso dos médicos (e de quaisquer outros profissionais) de Cuba é diferente porque lá o controle do estado sob a vida privada, familiar e profissional das pessoas é quase absoluto.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #12 Online: 30 de Outubro de 2014, 00:15:56 »
Se a empresa me mandar ir ao MX e eu não quiser, eu peço para me demitirem. Não gostaria que ameaçassem meu filho ou que eu fosse preso, são coisas distintas.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #13 Online: 30 de Outubro de 2014, 00:23:04 »
Se a empresa me mandar ir ao MX e eu não quiser, eu peço para me demitirem. Não gostaria que ameaçassem meu filho ou que eu fosse preso, são coisas distintas.

A demissão é um ato livre.

A recusa em ir seria insubordinação.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #14 Online: 30 de Outubro de 2014, 00:34:34 »
se sou médico devo fazer o que me mandarem, até o que afeta minha vida pessoal?

Da mesma maneira como se você fosse médico do exército americano. Ou Brasileiro, aliás, ou qualquer exército do mundo. A diferença é que Cuba usa seus médicos como se fossem um exército, mandando em missões pelo mundo pra espalhar a imagem de um socialismo "bonzinho" e "caridoso" que luta pelos "pobres", como os EUA fazem com seu exército, espalhando "democracia" e "liberdade".
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #15 Online: 30 de Outubro de 2014, 00:43:18 »
cara, outra daquelas suas comparações.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #16 Online: 30 de Outubro de 2014, 00:56:05 »
Onde esta o erro? Os EUA tem um exército que manda mundo a fora pra defender seus interesses, Cuba tem um "exército" de médicos que manda mundo afora pra defender seus interesses. Quem se alista no exército sabe disso nos EUA, quem se forma médico sabe disso em Cuba. Não quer fazer? Não se aliste no exército ou não trabalhe como médico. Simples assim.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #17 Online: 30 de Outubro de 2014, 01:03:41 »
Qualquer profissão em Cuba é sujeito a esse risco.. eh.. entende? É uma ditadura..

Apenas no exército você tem esse risco nos EUA.

Em todos os exércitos do mundo você tem esse risco, não só nos EUA.


Barata, na boa, antes da sua próxima analogia, pensa direito. Bicho, você é insuperável :)
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #18 Online: 30 de Outubro de 2014, 01:07:48 »
Qualquer profissão em Cuba é sujeito a esse risco.. eh.. entende? É uma ditadura..

Apenas no exército você tem esse risco nos EUA.

Em todos os exércitos do mundo você tem esse risco, não só nos EUA.


Barata, na boa, antes da sua próxima analogia, pensa direito. Bicho, você é insuperável :)

Cuba esta enviando padeiros pra região do Ebola? Tem marceneiros sendo exportados? Tem algum pedreiro sendo mandado pra Serra Leoa? Me de exemplos de outras profissões além de médicos que estão sendo obrigados a ir para outras regiões do planeta. Porque se não houver, se não quiser "ser exportado" é só não virar médico, do mesmo jeito que quem não quiser ir pra guerra não entra pro exército.

E Madiba, aproveita umas ferias e da um pulinho em Cuba, é ruim, mas não é 1984.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #19 Online: 30 de Outubro de 2014, 01:08:20 »
Onde esta o erro? Os EUA tem um exército que manda mundo a fora pra defender seus interesses, Cuba tem um "exército" de médicos que manda mundo afora pra defender seus interesses. Quem se alista no exército sabe disso nos EUA, quem se forma médico sabe disso em Cuba. Não quer fazer? Não se aliste no exército ou não trabalhe como médico. Simples assim.

Não é tão simples assim.

O controle do estado cubano ocorre em todas as atividades internas e externas dos seus cidadãos, incluindo as da esfera privada. No final dos anos 80, trabalhei com um geólogo cubano no estado de Goiás e ele tinha de se reportar diariamente para a embaixada.

No EUA não ocorre a mesma situação de controle de atividades cotidianas privadas dos seus cidadãos.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #20 Online: 30 de Outubro de 2014, 01:31:04 »
O serviço militar sempre foi "autoritário", por sua própria natureza e finalidade, em qualquer lugar do mundo, desde que a humanidade existe. E provavelmente sempre será.

TODO exército em qualquer lugar do mundo será assim.

Entretanto, FORA do exército, desconheço qualquer tipo de militarização de cidadãos que seja compartilhado ou ao menos comum a todos os países.

Pegar o exército e compará-lo com ditaduras totalitárias que controlam a vida privada de seus cidadãos comuns, visando defender ou atenuar estas últimas, é de uma tremenda idiotice.





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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #21 Online: 30 de Outubro de 2014, 01:41:18 »
também reitero que a comparação do barata, de novo, não faz sentido. Já esta no meu texto original.

Barata, não vou dar exemplo algum, se você acha que Cuba não pode mandar um operário contra sua vontade tanto quanto o faz com médicos, você está equivocado. É uma ditadura.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #22 Online: 30 de Outubro de 2014, 01:46:08 »
Eu não estou comparando uma ditadura com um país livre, estou comparando médicos cubanos com soldados. Os médicos cubanos estão para Cuba como os soldados americanos estão para os EUA. Ambos são enviados para zonas de conflito para espalhar o ideal de cada país. Quem não quer ser exportado para zonas de conflitos não entra no exército e nem se torna médico, logo, quem essas nessas profissões sabe bem o que o espera e não é nenhum coitado arrastado pelas pernas ao redor do mundo.
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #23 Online: 30 de Outubro de 2014, 01:49:15 »
Eu ainda vou criar um tópico para analogias iguais as feitas pelo Barata, para os foristas exercitarem a imaginação.

Alguns exemplos:


 - Na Alemanha Nazista, os judeus tinham que usar marcas identificadoras e poderiam ser presos se desobedecessem. Nos EUA as pessoas podem ser presas por falsidade ideológica. São casos semelhante, pois na Alemanha, o judeu que não se identificasse estaria cometendo "falsidade ideológica" também (se passando por não-judeu) e portanto deveria ser preso, tal qual nos EUA.

- Nos países islâmicos, quem cometer apostasia (abandonar o islã) pode ser condenado à morte. Nos EUA e Brasil, um nacional que tomar armas contra seu próprio país em tempo de guerra também pode ser condenado à morte. São casos semelhantes, pois os islâmicos vêem a apostasia como uma "traição" à sua fé, suas leis e instituições.

 
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Re:Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África
« Resposta #24 Online: 30 de Outubro de 2014, 01:52:28 »
Eu não estou comparando uma ditadura com um país livre, estou comparando médicos cubanos com soldados. Os médicos cubanos estão para Cuba como os soldados americanos estão para os EUA. Ambos são enviados para zonas de conflito para espalhar o ideal de cada país. Quem não quer ser exportado para zonas de conflitos não entra no exército e nem se torna médico, logo, quem essas nessas profissões sabe bem o que o espera e não é nenhum coitado arrastado pelas pernas ao redor do mundo.

Os apóstatas do islã estão para os países islâmicos como os traidores no exército estão para os países ocidentais. Ambos se voltaram contra seu próprio país ou fé. Quem não quer ser condenado à morte, não abandone o islã ou pegue armas contra o seu próprio país, logo, quem está nessas situações sabe bem o que espera e não é nenhum coitado arrastado para a morte sem motivo.


Até que é divertido isso, por ser fácil.  :lol:
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