Tópico: Cuba e os dois lados do envio de médicos para combater o ebola na África

[Barata Tenno]

Ser médico em Cuba é uma escolha, ser soldado nos EUA é uma escolha, os candidatos a ambas as vagas sabem o que os aguarda se seguirem em frente, se o fazem é por livre escolha. Qual a diferença?

[DDV]

Ser médico em Cuba é uma escolha, ser soldado nos EUA é uma escolha, os candidatos a ambas as vagas sabem o que os aguarda se seguirem em frente, se o fazem é por livre escolha. Qual a diferença?

Se você é brasileiro ou americano, não pode pegar armas contra seu próprio país. Se você é muçulmano, não pode deixar de sê-lo. Qual a diferença? EUA, Brasil, Irã... tudo igual!

[DDV]

Barata, não são SÓ os médicos que são "militarizados" em Cuba, é toda a população!

Não é algo específico de uma carreira. Qualquer cidadão cubano pode ser a qualquer momento mandado em "missões" do governo, estando sujeito aos mesmos instrumentos de convencimento/coação.

Não dá simplesmente para "escolher" isso ou não ao escolher uma profissão.


O Geotecton citou há alguns posts atrás o exemplo de um geólogo.

[Barata Tenno]

Eu não estou comparando coisas diferentes, estou comparando duas profissões que são tratadas da mesma maneira pelos seus respectivos países. Pra Cuba os médicos são soldados a serviço do país, eles vêem e tratam seus médicos da mesma maneira que os EUA trata seus soldados e quem se candidata para ser medico sabe disso. Pessoas que desejam ser médicos em Cuba tem a mesma expectativa de jovens que desejam se alistar no exército, servir o pais e viajar para outros lugares, no caso de Cuba, muitos pra fugir do país, mas anyway, quem não quiser viajar para lugares de conflito pode seguir qualquer outra profissão, não é como se médico ganhasse muito mais que padeiros, lixeiros, engenheiros, etc....
Veja, não estou dizendo que o povo em Cuba é livre leve e solto, estou falando do caso específico de ser mandado pra zonas de conflito, como guerras e lugares com ebola. Do mesmo jeito que tem médico cubano nas zonas infectadas também tem soldados americanos. Não tem pedreiros, nem dentistas, nem bibliotecários, logo, se você não quer ir pra nenhum lugar com ebola, não seja médico em Cuba e nem soldado americano.

[Moro]

Ser médico em Cuba é uma escolha, ser soldado nos EUA é uma escolha, os candidatos a ambas as vagas sabem o que os aguarda se seguirem em frente, se o fazem é por livre escolha. Qual a diferença?

Se você é brasileiro ou americano, não pode pegar armas contra seu próprio país. Se você é muçulmano, não pode deixar de sê-lo. Qual a diferença? EUA, Brasil, Irã... tudo igual!

exato, essa foi bacana, pega bem o espírito das comparações baratianas. 

[Fabrício]

Às vezes eu acho que o Barata está sacaneando com todo mundo quando faz essas analogias. Ou então está sendo do contra para incentivar o debate.

[Barata Tenno]

Às vezes eu acho que o Barata está sacaneando com todo mundo quando faz essas analogias. Ou então está sendo do contra para incentivar o debate.

You'll never know.

[Fabrício]

Às vezes eu acho que o Barata está sacaneando com todo mundo quando faz essas analogias. Ou então está sendo do contra para incentivar o debate.

You'll never know.

 

[Buckaroo Banzai]

Onde esta o erro? Os EUA tem um exército que manda mundo a fora pra defender seus interesses, Cuba tem um "exército" de médicos que manda mundo afora pra defender seus interesses. Quem se alista no exército sabe disso nos EUA, quem se forma médico sabe disso em Cuba. Não quer fazer? Não se aliste no exército ou não trabalhe como médico. Simples assim.

E as duas coisas nem são auto-excludentes. Da mesma forma que os soldados podem ter um propósito humanitário, dentre médicos podem haver agentes com interesse bélico, de recolher amostras para explorar o potencial uso do patógeno como arma biológica.