Autor Tópico: [quiz] Quão sexista você é?  (Lida 5768 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #50 Online: 21 de Novembro de 2014, 04:59:41 »
É sexismo/misoginia se referir a* "feministas" apenas com artigo feminino, "as feministas". O padrão do português de "neutralidade" de gênero no masculino pode ser já argumentavelmente misógino (ao excluir/negar o feminino, ser falonormativo), mas esse viés especificamente é pior ainda, ao sugerir que apenas mulheres podem ser feministas. Essa "feminização" subliminar/neurolingüística do movimento é uma estratégia patriarcal, se aproveitando das convenções de gênero para tornar isso uma associação com algo "de mulherzinha", logo aversiva aos homens, que visarão então apenas defender o status quo patriarcal.



* apenas preposição, aí, logo não é hipocrisia.


Offline _Juca_

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #51 Online: 21 de Novembro de 2014, 08:38:25 »
http://en.wikipedia.org/wiki/Radical_feminism

E o feminismo continua não tendo nada de extremo.

Acho que passa a ser extremo quando mulheres defendem ideias como "todo homem é um estuprador em potencial" ou que 'deveriam haver vagões separados para homens e mulheres nos trens". Quem substitui um tipo de discriminação por outro acaba trabalhando contra a própria causa, que nesse caso seria a igualdade de gêneros. 

Eu fico em dúvida quando falamos sobre feminismo em geral (nesse caso sem as ideias "radicais" ::)).

Mulheres que levam uma vida completamente normal, estudando e trabalhando, casadas ou não, que não querem depender financeiramente de ninguém e/ou acreditam que rótulos como "vagabunda' e "mulher para casar" não fazem sentido em pleno século XXI são "feministas" só por isso?  :wink:

Classificar uma pessoa que pense assim como "feminista' também me parece muito radical.



Qualquer um pode radicalizar qualquer coisa ou posição, desde o feminismo até o gosto por andar pelado na rua, ser feminista não quer dizer que alguém defenda idéias extremadas. Até acho o contrário, o feminismo combate as idéias radicais machistas.

Eu não nego de forma alguma a importância histórica do feminismo e sou totalmente a favor de combater ideias machistas, só acho que como você mesmo falou: "qualquer um pode radicalizar qualquer coisa ou posição". Então, mesmo que o feminismo a princípio não tenha nada de radical (defenda somente a igualdade entre homens e mulheres) se o movimento passa a ser distorcido por uma divulgação excessiva das ideias "extremistas' ou da utilização "eleitoreira" da causa (o que infelizmente acontece) acaba perdendo apoio. E no caso do feminismo, não há uma definição clara do que seria esse movimento (até porque seria perda de tempo tentar definir) e se trata de algo muito heterogêneo, então, se eu digo que sou feminista, isso pode ser interpretado de muitas maneiras, inclusive dando a entender um certo radicalismo. Na minha opinião, é por isso muitas mulheres evitam se declarar feministas.


Os únicos que podem entender errado quando você se declara feminista, são as pessoas que não sabem o que é o feminismo, que desconhecem e ignoram os ganhos históricos, ou aqueles que são contra o feminismo ( por incrível que pareça), muitas vezes acusando o feminismo de ser exatamente aquilo que ele combate, sexista. Eu vejo muitas feministas brigonas, duronas, firmes e convictas em suas posições defendendo a igualdade de gênero com unhas e dentes, e estão no direito delas e é uma das razões do feminismo ter ganhos tão grandes para nossa sociedade, mas estão muito longe de serem sexistas, de quererem a supressão e o subjugo dos homens, de lutarem contra os direitos masculinos, como os homens fizeram com as mulheres ao longo da história.  Aliás de uns tempos pra cá,o que eu vejo, é uma nova incorporação da defesa dos homens pelo feminismo ( que é algo inerente ao feminismo) contra a tirania do machismo e do patriarcalismo que vem sendo mais divulgada pelo movimento feminista.



« Última modificação: 21 de Novembro de 2014, 09:03:33 por _Juca_ »

Offline Georg Hagedorn

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #52 Online: 21 de Novembro de 2014, 10:05:34 »
A maioria das feministas quer direitos iguais, mas não deveres iguais. Na hora da crise/guerra, a maior parte das tarefas pesadas sobra pros homens.

Isso é uma generalização. Nem todas as feministas são contra a participação de mulheres em guerras. Algumas inclusive defendem o fim do serviço militar obrigatório para homens.

A partir do momento em que um grupo reivindica direitos como por exemplo: votar, trabalhar e poder tomar decisões está assumindo também os deveres que vêm junto.


Leia o que eu escrevi. Elas podem até defender isso, mas na prática é outra história.

"Alguma frase aleátoria na assinatura"

Offline Geotecton

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #53 Online: 21 de Novembro de 2014, 11:18:53 »
Incrível, consegui a marca 0/0 de primeira (é óbvio, adivinhando quais seriam as respostas "certas" para cada pergunta). Mais enviesado impossível, se este é o melhor que o Buck viu eu não quero nem ter ideia de qual o pior.

A primeira pergunta já é de uma estupidez ímpar mas ainda deixei passar, deixei em branco: a questão não tem nada a ver com sexismo de qualquer dos lados, é muito mais existencial e muito menos (nada) ideológica: cantarolar com o Lulu que "é impossível ser feliz sozinho" não te faz nem mais nem menos machista ou femi(ni)sta (mas o autor do estudo quer que faça, logo, a resposta "certa" é discordo totalmente). Ainda passa (mas parece que o cara tem uma fixação porque a mesma pergunta aparece de novo com outras redações mais de uma vez).

A segunda já é de vomitar em cima de tanto tendenciosismo (e só piora daí por diante) e desisti de responder a sério a partir dela, respondi o resto apenas para tentar adivinhar o gabarito... por exemplo: dizer que feministas não fazem demandas COMPLETAMENTE (ênfase no completamente embora o completamente já seja a ênfase em si próprio) razoáveis aos homens já me torna um tantinho sexista, pode isso Arnaldo?

Outro enviesamento óbvio é se referir às mulheres e genericamente em diversas questões como se o feminismo fosse um movimento de (só de) e das (de todas as) mulheres. É óbvio que os autores sabem que não, mas como é também óbvio que são desonestos intelectuais de carteirinha e diploma redigiram coisas como "Most women interpret innocent remarks or acts as being sexist. " em vez de "Many people (or most feminists) interpret innocent remarks or acts as being sexist. ". O most e o women fazem toda a diferença semântica nesta frase, e é óbvio que isso não é sem intenção como nada me parece ser, neste "estudo".

O gabarito é 0 0 5 0 0 5 5 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 5 0 0 0 0

Fiquei com preguiça de comentar mas concordo com várias das colocações do Donna. Algumas das perguntas foram feitas claramente com um viés.

Por isto que quando postei o meu score, também coloquei a palavra bullshit.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #54 Online: 21 de Novembro de 2014, 12:15:16 »
Os únicos que podem entender errado quando você se declara feminista, são as pessoas que não sabem o que é o feminismo,

Ou que apenas tenham a visão (bastante comum) de que, "feminismo" engloba "feminsmo radical", não sendo coisas distintas (o que é mais coerente/honesto do que manter que há uma distinção clara e universal), mas havendo toda uma gradação, e já achando que os problemas também vão aparecendo gradualmente, não só de uma vez em um radicalismo gritante. Isso combinado ao fato de aparentemente para quase tudo, as pessoas que tendem a exagerar serem também as mais vocais, o que faz com que "feminismo" acabe sendo mais associado a isso, ao passo que o feminismo "moderado" acaba sendo a posição "mainstream"/default da sociedade, praticamente perdendo sentido o rótulo.

As pessoas também não geralmente vêem muito sentido em se dizer "anti-escravistas" ou "pró-crianças", apesar de escravidão e abuso infantil serem provavelmente problemas maiores na sociedade e no mundo do que injustiças especificamente contra as mulheres, em especial comparado a algumas das principais bandeiras do feminismo atual. Ex.: muito mais grave é trabalho infantil ou condições similares à escravidão do que se a Taylor Swift tem um clipe na MTV que "retrata" um garoto preferindo como namorada a menina "santinha" à "vagabunda", que o Mario Brother ter que resgatar a princesa-objeto, etc. (Claro, o "feminismo" pode se preocupar também com escravidão, com direitos dos gays, com tratamento ético dos animais, com proliferação nuclear, etc -- qualquer coisa para poder tentar se manter relevante num mundo onde sua essência fundamental já são valores universalmente aceitos).

Offline _Juca_

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #55 Online: 21 de Novembro de 2014, 15:05:14 »
Os únicos que podem entender errado quando você se declara feminista, são as pessoas que não sabem o que é o feminismo,

Ou que apenas tenham a visão (bastante comum) de que, "feminismo" engloba "feminsmo radical", não sendo coisas distintas (o que é mais coerente/honesto do que manter que há uma distinção clara e universal), mas havendo toda uma gradação, e já achando que os problemas também vão aparecendo gradualmente, não só de uma vez em um radicalismo gritante. Isso combinado ao fato de aparentemente para quase tudo, as pessoas que tendem a exagerar serem também as mais vocais, o que faz com que "feminismo" acabe sendo mais associado a isso, ao passo que o feminismo "moderado" acaba sendo a posição "mainstream"/default da sociedade, praticamente perdendo sentido o rótulo.

As pessoas também não geralmente vêem muito sentido em se dizer "anti-escravistas" ou "pró-crianças", apesar de escravidão e abuso infantil serem provavelmente problemas maiores na sociedade e no mundo do que injustiças especificamente contra as mulheres, em especial comparado a algumas das principais bandeiras do feminismo atual. Ex.: muito mais grave é trabalho infantil ou condições similares à escravidão do que se a Taylor Swift tem um clipe na MTV que "retrata" um garoto preferindo como namorada a menina "santinha" à "vagabunda", que o Mario Brother ter que resgatar a princesa-objeto, etc. (Claro, o "feminismo" pode se preocupar também com escravidão, com direitos dos gays, com tratamento ético dos animais, com proliferação nuclear, etc -- qualquer coisa para poder tentar se manter relevante num mundo onde sua essência fundamental já são valores universalmente aceitos).

Universalmente aceitos? Sei, nem aqui no fórum é.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2014-11-21/uma-em-cada-tres-mulheres-e-vitima-de-violencia-no-mundo-mostra-oms.html
« Última modificação: 21 de Novembro de 2014, 15:07:28 por _Juca_ »

Offline AlienígenA

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #56 Online: 21 de Novembro de 2014, 16:08:02 »
A maioria das feministas quer direitos iguais, mas não deveres iguais. Na hora da crise/guerra, a maior parte das tarefas pesadas sobra pros homens.

Isso é uma generalização. Nem todas as feministas são contra a participação de mulheres em guerras. Algumas inclusive defendem o fim do serviço militar obrigatório para homens.

A partir do momento em que um grupo reivindica direitos como por exemplo: votar, trabalhar e poder tomar decisões está assumindo também os deveres que vêm junto.


Leia o que eu escrevi. Elas podem até defender isso, mas na prática é outra história.

E como é na prática, na hora da crise/guerra? As mulheres se encarregam de cuidar, proteger e prover os pequenos, enquanto os pais, irmãos, maridos, filhos adultos combatem, ficando também vulneráveis física, emocional e financeiramente, embora não tanto quanto eles, assumem os negócios que eles deixaram para trás e todas as demais tarefas e funções, inclusive pesadas, aquelas que você duvidaria que elas fossem capazes, se voluntariam para ajudar os feridos ou mesmo para irem ao combate (*) ou só ficam por aí queimando soutiens velhos nas praças?

(*) Mulheres na Segunda Guerra

Offline Buckaroo Banzai

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #57 Online: 21 de Novembro de 2014, 17:22:04 »
Os únicos que podem entender errado quando você se declara feminista, são as pessoas que não sabem o que é o feminismo,

Ou que apenas tenham a visão (bastante comum) de que, "feminismo" engloba "feminsmo radical", não sendo coisas distintas (o que é mais coerente/honesto do que manter que há uma distinção clara e universal), mas havendo toda uma gradação, e já achando que os problemas também vão aparecendo gradualmente, não só de uma vez em um radicalismo gritante. Isso combinado ao fato de aparentemente para quase tudo, as pessoas que tendem a exagerar serem também as mais vocais, o que faz com que "feminismo" acabe sendo mais associado a isso, ao passo que o feminismo "moderado" acaba sendo a posição "mainstream"/default da sociedade, praticamente perdendo sentido o rótulo.

As pessoas também não geralmente vêem muito sentido em se dizer "anti-escravistas" ou "pró-crianças", apesar de escravidão e abuso infantil serem provavelmente problemas maiores na sociedade e no mundo do que injustiças especificamente contra as mulheres, em especial comparado a algumas das principais bandeiras do feminismo atual. Ex.: muito mais grave é trabalho infantil ou condições similares à escravidão do que se a Taylor Swift tem um clipe na MTV que "retrata" um garoto preferindo como namorada a menina "santinha" à "vagabunda", que o Mario Brother ter que resgatar a princesa-objeto, etc. (Claro, o "feminismo" pode se preocupar também com escravidão, com direitos dos gays, com tratamento ético dos animais, com proliferação nuclear, etc -- qualquer coisa para poder tentar se manter relevante num mundo onde sua essência fundamental já são valores universalmente aceitos).

Universalmente aceitos? Sei, nem aqui no fórum é.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2014-11-21/uma-em-cada-tres-mulheres-e-vitima-de-violencia-no-mundo-mostra-oms.html

E a notícia é postada em forma de comemoração (velada), não como algo trágico, lamentável que ainda aconteça, hoje em dia. Porque a homenidade odeia a mulher, simplesmente.

Offline Bastet

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #58 Online: 21 de Novembro de 2014, 20:05:25 »
A maioria das feministas quer direitos iguais, mas não deveres iguais. Na hora da crise/guerra, a maior parte das tarefas pesadas sobra pros homens.

Isso é uma generalização. Nem todas as feministas são contra a participação de mulheres em guerras. Algumas inclusive defendem o fim do serviço militar obrigatório para homens.

A partir do momento em que um grupo reivindica direitos como por exemplo: votar, trabalhar e poder tomar decisões está assumindo também os deveres que vêm junto.


Leia o que eu escrevi. Elas podem até defender isso, mas na prática é outra história.



Li o que você escreveu e discordo.

Se o preço a se pagar pelos direitos conquistados é a execução de trabalhos pesados, sujos e de tarefas que ponham em risco a integridade física (na prática) já vem sendo pago há bastante tempo. Inclusive através de ocupações de cargos militares e de atuações em situações de guerra.

Atualmente no exército americano (mesmo sendo minoria, somente 15%) existem mulheres trabalhando em 95% das funções disponíveis, então, não se pode dizer que "mulheres querem se alistar mas não conseguiriam realizar as tarefas" isso seria negar os fatos.

http://www.army.mil/women/history/early.html

Em todas as guerras (ou pelo menos nas mais recentes) as mulheres atuaram em funções militares, inclusive em combate direto, porque assim como homens, também se sentem na obrigação de ajudar a comunidade.

E como as guerras se tratam de uma situação extrema (como você mesmo colocou) todos saem prejudicados de diversas formas e acabam pagando o preço. Então não acho que seja um bom exemplo para ilustrar a desigualdade de gêneros ou para justificar a argumentação machista.


Offline _Juca_

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #60 Online: 22 de Novembro de 2014, 09:36:14 »
Os únicos que podem entender errado quando você se declara feminista, são as pessoas que não sabem o que é o feminismo,

Ou que apenas tenham a visão (bastante comum) de que, "feminismo" engloba "feminsmo radical", não sendo coisas distintas (o que é mais coerente/honesto do que manter que há uma distinção clara e universal), mas havendo toda uma gradação, e já achando que os problemas também vão aparecendo gradualmente, não só de uma vez em um radicalismo gritante. Isso combinado ao fato de aparentemente para quase tudo, as pessoas que tendem a exagerar serem também as mais vocais, o que faz com que "feminismo" acabe sendo mais associado a isso, ao passo que o feminismo "moderado" acaba sendo a posição "mainstream"/default da sociedade, praticamente perdendo sentido o rótulo.

As pessoas também não geralmente vêem muito sentido em se dizer "anti-escravistas" ou "pró-crianças", apesar de escravidão e abuso infantil serem provavelmente problemas maiores na sociedade e no mundo do que injustiças especificamente contra as mulheres, em especial comparado a algumas das principais bandeiras do feminismo atual. Ex.: muito mais grave é trabalho infantil ou condições similares à escravidão do que se a Taylor Swift tem um clipe na MTV que "retrata" um garoto preferindo como namorada a menina "santinha" à "vagabunda", que o Mario Brother ter que resgatar a princesa-objeto, etc. (Claro, o "feminismo" pode se preocupar também com escravidão, com direitos dos gays, com tratamento ético dos animais, com proliferação nuclear, etc -- qualquer coisa para poder tentar se manter relevante num mundo onde sua essência fundamental já são valores universalmente aceitos).

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http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2014-11-21/uma-em-cada-tres-mulheres-e-vitima-de-violencia-no-mundo-mostra-oms.html

E a notícia é postada em forma de comemoração(velada), não como algo trágico, lamentável que ainda aconteça, hoje em dia. Porque a homenidade odeia a mulher, simplesmente.

 :what:

Offline Geotecton

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #61 Online: 22 de Novembro de 2014, 11:37:01 »
Os únicos que podem entender errado quando você se declara feminista, são as pessoas que não sabem o que é o feminismo,

Ou que apenas tenham a visão (bastante comum) de que, "feminismo" engloba "feminsmo radical", não sendo coisas distintas (o que é mais coerente/honesto do que manter que há uma distinção clara e universal), mas havendo toda uma gradação, e já achando que os problemas também vão aparecendo gradualmente, não só de uma vez em um radicalismo gritante. Isso combinado ao fato de aparentemente para quase tudo, as pessoas que tendem a exagerar serem também as mais vocais, o que faz com que "feminismo" acabe sendo mais associado a isso, ao passo que o feminismo "moderado" acaba sendo a posição "mainstream"/default da sociedade, praticamente perdendo sentido o rótulo.

As pessoas também não geralmente vêem muito sentido em se dizer "anti-escravistas" ou "pró-crianças", apesar de escravidão e abuso infantil serem provavelmente problemas maiores na sociedade e no mundo do que injustiças especificamente contra as mulheres, em especial comparado a algumas das principais bandeiras do feminismo atual. Ex.: muito mais grave é trabalho infantil ou condições similares à escravidão do que se a Taylor Swift tem um clipe na MTV que "retrata" um garoto preferindo como namorada a menina "santinha" à "vagabunda", que o Mario Brother ter que resgatar a princesa-objeto, etc. (Claro, o "feminismo" pode se preocupar também com escravidão, com direitos dos gays, com tratamento ético dos animais, com proliferação nuclear, etc -- qualquer coisa para poder tentar se manter relevante num mundo onde sua essência fundamental já são valores universalmente aceitos).

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"Uma em cada três mulheres é vítima NO MUNDO!"

Eu gostaria de saber como é que se faz uma estimativa deste tipo.

Isto sim é que me parece o tipo de notícia "plantada".
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Offline _Juca_

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #62 Online: 22 de Novembro de 2014, 12:02:27 »
Os únicos que podem entender errado quando você se declara feminista, são as pessoas que não sabem o que é o feminismo,

Ou que apenas tenham a visão (bastante comum) de que, "feminismo" engloba "feminsmo radical", não sendo coisas distintas (o que é mais coerente/honesto do que manter que há uma distinção clara e universal), mas havendo toda uma gradação, e já achando que os problemas também vão aparecendo gradualmente, não só de uma vez em um radicalismo gritante. Isso combinado ao fato de aparentemente para quase tudo, as pessoas que tendem a exagerar serem também as mais vocais, o que faz com que "feminismo" acabe sendo mais associado a isso, ao passo que o feminismo "moderado" acaba sendo a posição "mainstream"/default da sociedade, praticamente perdendo sentido o rótulo.

As pessoas também não geralmente vêem muito sentido em se dizer "anti-escravistas" ou "pró-crianças", apesar de escravidão e abuso infantil serem provavelmente problemas maiores na sociedade e no mundo do que injustiças especificamente contra as mulheres, em especial comparado a algumas das principais bandeiras do feminismo atual. Ex.: muito mais grave é trabalho infantil ou condições similares à escravidão do que se a Taylor Swift tem um clipe na MTV que "retrata" um garoto preferindo como namorada a menina "santinha" à "vagabunda", que o Mario Brother ter que resgatar a princesa-objeto, etc. (Claro, o "feminismo" pode se preocupar também com escravidão, com direitos dos gays, com tratamento ético dos animais, com proliferação nuclear, etc -- qualquer coisa para poder tentar se manter relevante num mundo onde sua essência fundamental já são valores universalmente aceitos).

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"Uma em cada três mulheres é vítima NO MUNDO!"

Eu gostaria de saber como é que se faz uma estimativa deste tipo.

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Noticia plantada pela OMS? Interessante.

Offline Moro

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #63 Online: 22 de Novembro de 2014, 12:26:27 »
Tem que ver qual critério usado. E testar esse critério com homens por exemplo. Lembro que tivemos um debate aqui onde ficou claro (pelos dados dos suportadores do feminismo) que homens sofriam ainda mais violência. normalizando os indicadores, nenhum problema. Provavelmente iremos encontrar que 2/3 do mundo já sofreram violência. eu por exemplo já sofri.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Geotecton

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #64 Online: 22 de Novembro de 2014, 12:38:36 »
Os únicos que podem entender errado quando você se declara feminista, são as pessoas que não sabem o que é o feminismo,

Ou que apenas tenham a visão (bastante comum) de que, "feminismo" engloba "feminsmo radical", não sendo coisas distintas (o que é mais coerente/honesto do que manter que há uma distinção clara e universal), mas havendo toda uma gradação, e já achando que os problemas também vão aparecendo gradualmente, não só de uma vez em um radicalismo gritante. Isso combinado ao fato de aparentemente para quase tudo, as pessoas que tendem a exagerar serem também as mais vocais, o que faz com que "feminismo" acabe sendo mais associado a isso, ao passo que o feminismo "moderado" acaba sendo a posição "mainstream"/default da sociedade, praticamente perdendo sentido o rótulo.

As pessoas também não geralmente vêem muito sentido em se dizer "anti-escravistas" ou "pró-crianças", apesar de escravidão e abuso infantil serem provavelmente problemas maiores na sociedade e no mundo do que injustiças especificamente contra as mulheres, em especial comparado a algumas das principais bandeiras do feminismo atual. Ex.: muito mais grave é trabalho infantil ou condições similares à escravidão do que se a Taylor Swift tem um clipe na MTV que "retrata" um garoto preferindo como namorada a menina "santinha" à "vagabunda", que o Mario Brother ter que resgatar a princesa-objeto, etc. (Claro, o "feminismo" pode se preocupar também com escravidão, com direitos dos gays, com tratamento ético dos animais, com proliferação nuclear, etc -- qualquer coisa para poder tentar se manter relevante num mundo onde sua essência fundamental já são valores universalmente aceitos).

Universalmente aceitos? Sei, nem aqui no fórum é.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2014-11-21/uma-em-cada-tres-mulheres-e-vitima-de-violencia-no-mundo-mostra-oms.html

"Uma em cada três mulheres é vítima NO MUNDO!"

Eu gostaria de saber como é que se faz uma estimativa deste tipo.

Isto sim é que me parece o tipo de notícia "plantada".

Noticia plantada pela OMS? Interessante.

Então explique como é que eles chegaram a estes números?

Por um censo?

Ou pegaram três mulheres e perguntaram: "Quem de vocês sofreu violência masculina"?

Uma respondeu que sim e aí publicaram "Uma em três mulheres sofre de violência".

Por favor, ao menos justifique o seu ceticismo quando você não dispõe de números tabulados e não conhece a metodologia empregada para obtê-los, porque do contrário fica parecendo apenas que você usa tais informações para reforçar o seu apoio irrestrito ao feminismo.

E porque é a OMS não se pode contestar as informações dela?
« Última modificação: 22 de Novembro de 2014, 12:40:49 por Geotecton »
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Offline _Juca_

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #65 Online: 22 de Novembro de 2014, 13:07:53 »
Os únicos que podem entender errado quando você se declara feminista, são as pessoas que não sabem o que é o feminismo,

Ou que apenas tenham a visão (bastante comum) de que, "feminismo" engloba "feminsmo radical", não sendo coisas distintas (o que é mais coerente/honesto do que manter que há uma distinção clara e universal), mas havendo toda uma gradação, e já achando que os problemas também vão aparecendo gradualmente, não só de uma vez em um radicalismo gritante. Isso combinado ao fato de aparentemente para quase tudo, as pessoas que tendem a exagerar serem também as mais vocais, o que faz com que "feminismo" acabe sendo mais associado a isso, ao passo que o feminismo "moderado" acaba sendo a posição "mainstream"/default da sociedade, praticamente perdendo sentido o rótulo.

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Eu gostaria de saber como é que se faz uma estimativa deste tipo.

Isto sim é que me parece o tipo de notícia "plantada".

Noticia plantada pela OMS? Interessante.

Então explique como é que eles chegaram a estes números?

Por um censo?

Ou pegaram três mulheres e perguntaram: "Quem de vocês sofreu violência masculina"?

Uma respondeu que sim e aí publicaram "Uma em três mulheres sofre de violência".

Por favor, ao menos justifique o seu ceticismo quando você não dispõe de números tabulados e não conhece a metodologia empregada para obtê-los, porque do contrário fica parecendo apenas que você usa tais informações para reforçar o seu apoio irrestrito ao feminismo.

E porque é a OMS não se pode contestar as informações dela?

Os estudos estão publicados na revista médica The Lancet. Você mesmo pode se dar ao trabalho de procurar e contestar se for o caso. Meu ceticismo me diz que devo dar crédito para estudos sérios, de órgão sérios, de pessoas sérias, publicados em revistas sérias. De qualquer forma, como respeito sua opinião, espero que se houver dados errados nesses estudos você possa apontá-lo de maneira consistente.

Offline Moro

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #66 Online: 22 de Novembro de 2014, 14:05:50 »
Ahhh... Incluindo rede13..   juca você ao menos leu algo do estudo? Discorra para esses descrentes como foi realizado..
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Geotecton

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #67 Online: 22 de Novembro de 2014, 14:44:12 »
Os únicos que podem entender errado quando você se declara feminista, são as pessoas que não sabem o que é o feminismo,

Ou que apenas tenham a visão (bastante comum) de que, "feminismo" engloba "feminsmo radical", não sendo coisas distintas (o que é mais coerente/honesto do que manter que há uma distinção clara e universal), mas havendo toda uma gradação, e já achando que os problemas também vão aparecendo gradualmente, não só de uma vez em um radicalismo gritante. Isso combinado ao fato de aparentemente para quase tudo, as pessoas que tendem a exagerar serem também as mais vocais, o que faz com que "feminismo" acabe sendo mais associado a isso, ao passo que o feminismo "moderado" acaba sendo a posição "mainstream"/default da sociedade, praticamente perdendo sentido o rótulo.

As pessoas também não geralmente vêem muito sentido em se dizer "anti-escravistas" ou "pró-crianças", apesar de escravidão e abuso infantil serem provavelmente problemas maiores na sociedade e no mundo do que injustiças especificamente contra as mulheres, em especial comparado a algumas das principais bandeiras do feminismo atual. Ex.: muito mais grave é trabalho infantil ou condições similares à escravidão do que se a Taylor Swift tem um clipe na MTV que "retrata" um garoto preferindo como namorada a menina "santinha" à "vagabunda", que o Mario Brother ter que resgatar a princesa-objeto, etc. (Claro, o "feminismo" pode se preocupar também com escravidão, com direitos dos gays, com tratamento ético dos animais, com proliferação nuclear, etc -- qualquer coisa para poder tentar se manter relevante num mundo onde sua essência fundamental já são valores universalmente aceitos).

Universalmente aceitos? Sei, nem aqui no fórum é.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2014-11-21/uma-em-cada-tres-mulheres-e-vitima-de-violencia-no-mundo-mostra-oms.html

"Uma em cada três mulheres é vítima NO MUNDO!"

Eu gostaria de saber como é que se faz uma estimativa deste tipo.

Isto sim é que me parece o tipo de notícia "plantada".

Noticia plantada pela OMS? Interessante.

Então explique como é que eles chegaram a estes números?

Por um censo?

Ou pegaram três mulheres e perguntaram: "Quem de vocês sofreu violência masculina"?

Uma respondeu que sim e aí publicaram "Uma em três mulheres sofre de violência".

Por favor, ao menos justifique o seu ceticismo quando você não dispõe de números tabulados e não conhece a metodologia empregada para obtê-los, porque do contrário fica parecendo apenas que você usa tais informações para reforçar o seu apoio irrestrito ao feminismo.

E porque é a OMS não se pode contestar as informações dela?

Os estudos estão publicados na revista médica The Lancet. Você mesmo pode se dar ao trabalho de procurar e contestar se for o caso. Meu ceticismo me diz que devo dar crédito para estudos sérios, de órgão sérios, de pessoas sérias, publicados em revistas sérias. De qualquer forma, como respeito sua opinião, espero que se houver dados errados nesses estudos você possa apontá-lo de maneira consistente.

Vamos lá...

A OMS estima que mais de 30% das mulheres já sofreram violência física ou sexual de seus parceiros (WHO estimates that more than 30% of women worldwide have experienced either physical or sexual partner violence) o que é bem diferente de afirmar que "uma em três mulheres (33% de todas elas no mundo) é vitima de violência". A parte em negrito é minha.

A informação dada pela OMS se baseia em duas fontes: nesta e nesta. A primeira não acessei porque não é um texto livre. A segunda trata de homicídios cometidos apenas entre parceiro(as)s, com base em dados de 66 países de 2010.

Com apenas estas duas informações fica claro, ao menos para mim, que o título da matéria do IG é, no mínimo, um exagero. Não nego a existência de violência contra as mulheres, que pode estar no nível anunciado, mas esta conclusão não pode ser obtida a partir dos dados que eu li.
« Última modificação: 22 de Novembro de 2014, 14:48:08 por Geotecton »
Foto USGS

Offline Buckaroo Banzai

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #68 Online: 22 de Novembro de 2014, 14:46:59 »
Independentemente de ser factual a informação, não é o maior problema aqui.

O maior problema no caso é a lógica assumida de que a incidência de crimes é principal ou significativamente determinada pela aceitação social do crime.



Um direitista com o mesmo raciocínio diria que o crescimento em roubos e furtos mostra como a sociedade abraçou os valores comunistas, que rejeitam a propriedade privada.


De vez em quando o raciocínio é quase que explicitamente, "50% das pessoas foram vítimas de crime, logo, as outras 50% foram as perpetradoras".



Incrivelmente, no discurso feminista de vez em quando se vê afirmações como de que esses caras que saem matando um monte de gente, nos "killing sprees", o fazem porque matar um monte de gente é um comportamento socialmente aceito para os homens.

E antes que venham com um "tu quoque" tentando me colocar como MRA ou algo que o valha, como são reflexos no espelho, de vez em quando estes também fazem argumentações parecidas. Como de que o cara lá da Noruega ou por aquelas bandas, havia sido "sexualizado" pela mãe, coitadinho. Inicialmente eu até pensei ser uma espécie de paródia, mas a impressão foi se dissolvendo na medida que continuava a ver a exposição da idéia.

Offline Georg Hagedorn

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #69 Online: 23 de Novembro de 2014, 11:10:31 »
A maioria das feministas quer direitos iguais, mas não deveres iguais. Na hora da crise/guerra, a maior parte das tarefas pesadas sobra pros homens.

Isso é uma generalização. Nem todas as feministas são contra a participação de mulheres em guerras. Algumas inclusive defendem o fim do serviço militar obrigatório para homens.

A partir do momento em que um grupo reivindica direitos como por exemplo: votar, trabalhar e poder tomar decisões está assumindo também os deveres que vêm junto.


Leia o que eu escrevi. Elas podem até defender isso, mas na prática é outra história.



Li o que você escreveu e discordo.

Se o preço a se pagar pelos direitos conquistados é a execução de trabalhos pesados, sujos e de tarefas que ponham em risco a integridade física (na prática) já vem sendo pago há bastante tempo. Inclusive através de ocupações de cargos militares e de atuações em situações de guerra.

Atualmente no exército americano (mesmo sendo minoria, somente 15%) existem mulheres trabalhando em 95% das funções disponíveis, então, não se pode dizer que "mulheres querem se alistar mas não conseguiriam realizar as tarefas" isso seria negar os fatos.

http://www.army.mil/women/history/early.html

Em todas as guerras (ou pelo menos nas mais recentes) as mulheres atuaram em funções militares, inclusive em combate direto, porque assim como homens, também se sentem na obrigação de ajudar a comunidade.

E como as guerras se tratam de uma situação extrema (como você mesmo colocou) todos saem prejudicados de diversas formas e acabam pagando o preço. Então não acho que seja um bom exemplo para ilustrar a desigualdade de gêneros ou para justificar a argumentação machista.
Veja o vídeo.
<a href="https://www.youtube.com/v/BJV7m5dZn_Y" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/BJV7m5dZn_Y</a>

Citar
“Mulher nunca deveria ser soldado de infantaria”, escreveu a capitã dos Marines Katie Petrônio na revista Marine Corps Gazette, segundo informou a agência LifeSiteNews.

No artigo intitulado “Chega disso! Nós não fomos criados todos iguais”, a capitã defende que a anatomia feminina não é capaz de resistir às asperezas de uma longa carreira militar que envolve operações de infantaria.

Ela adverte que os fuzileiros navais (marines) vão sofrer “um aumento colossal no número de mulheres incapacitadas e obrigadas a concluir sua carreira por causas médicas”.

Katie Petronio se baseia na experiência pessoal, adquirida em situações de combate no Iraque e no Afeganistão. Isso acabou lhe causando sérios danos físicos, malgrado um promissor começo na elite da oficialidade da arma.

A capitã escreveu que “preenchia todas as condições” para ser uma mulher-soldado ideal quando começou a carreira. “Eu era uma estrela no hóquei sobre gelo no Bowdoin College, pequena escola de elite no Estado do Maine, com um título em Direito e Administração”.

Ela também alcançou resultados “de longe acima da média em todos os testes físicos de capacidade para mulheres”, embora não completasse todo o treino prévio.

“Cinco anos depois, eu não  sou a mulher que uma vez fui”
“Cinco anos depois, eu não sou a mulher que já fui”
“Cinco anos depois, eu não sou fisicamente a mulher que já fui, e meus pontos de vista a respeito de a mulher ser bem sucedida numa carreira duradoura na infantaria mudaram muito”, escreveu Petronio.

“Eu posso dizer, com base na minha experiência pessoal direta no Iraque e no Afeganistão, e não é apenas uma impressão, que nós ainda não começamos a analisar e a compreender as questões específicas de saúde do gênero e os danos físicos nas mulheres por causa de contínuas operações de combate”.

Petronio “participou em numerosas operações de combate” que por vezes duravam semanas, sofrendo stress e falta de sono.

Suas pernas começaram a se atrofiar, perdeu a mobilidade, perdeu peso, parou de produzir estrógeno e desenvolveu uma síndrome no ovário que a deixou estéril.

Ela completou seu período com bons resultados, mas percebeu que lhe seria impossível aguentar o esforço que um homem é capaz de fazer e pediu para se aposentar por motivos de saúde.

Corpo da mulher não aguenta  o esforço que homem pode fazer
“O corpo da mulher não aguenta o esforço que um homem é capaz de fazer”
Petronio manifestou sua preocupação diante da pressão dos grupos que impulsionam a integração de mulheres no corpo de Infantaria (combate no solo).

“Quem está promovendo essa agenda? Eu pessoalmente não vejo marines femininas, recrutas ou oficiais, batendo às portas do Congresso, queixando-se de que sua impotência para servir na Infantaria viola o direito à igualdade” escreve ela.

Kate diz que essa pressão está sendo aplicada pelo “pequeno comitê de civis nomeado pelo Secretário de Defesa” denominado Comitê Consultivo em Defesa para as Mulheres em Serviço (Defense Advisory Committee on Women in the Service – DACOWITS).

Embora alguns deles tenham experiência militar, nenhum de seus membros “estão no serviço ativo ou têm qualquer tipo de experiência recente em combate ou em operações relevantes sobre as realidades que eles estão tentando modificar”, observou Petronio.

http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/chega-de-igualdade-mulher-nao-da-para-ser-soldado-diz-capita-dos-marines-dos-eua/
« Última modificação: 23 de Novembro de 2014, 11:38:47 por Georg Hagedorn »
"Alguma frase aleátoria na assinatura"

Offline Sergiomgbr

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #70 Online: 23 de Novembro de 2014, 11:36:26 »

Citar
“Mulher nunca [...]

http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/chega-de-igualdade-mulher-nao-da-para-ser-soldado-diz-capita-dos-marines-dos-eua/
É claro que mulheres, apesar de terem grande capacidade de superação assim como os homens, tem tempos diferentes para alcançar essa superações. Não é da noite pro dia que mulheres vão passar a substituir , nem sequer igualar homens em tarefas árduas mesmo para os homens, eles próprios, quando a conjuntura em que os homens se tornaram tão mais fortes e resistentes fisicamente por exemplo, levou milênios para acontecer.

É de uma falta de senso de ridículo abestalhante essa picuinha de que as mulheres não podem ter direitos iguais aos dos homens  por causa de situações limite como a exposta nesse texto.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #71 Online: 23 de Novembro de 2014, 14:28:33 »
Veja o vídeo.
<a href="https://www.youtube.com/v/BJV7m5dZn_Y" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/BJV7m5dZn_Y</a>

Pode ser engraçado, mas não dá para ser tomado como um "retrato" da coisa.

Para começar, cada chute que a mulher deu, já foi ajudando a quebrar a porta.

É difícil para cacete arrombar uma porta na porrada. Aquela coisa de o cara dar uma "ombrada" e ela abre como se não fosse nada só existe em série de baixo custo na TV.

<a href="https://www.youtube.com/v/UiJAFcD8lbw" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/UiJAFcD8lbw</a>



MAS é contudo verdade que massa da pessoa (e da porta) faz diferença. E os homens terão uma vantagem média em massa. Mas há homens pequenos e mulheres grandes, então não é uma coisa de homem x mulher apenas, mas principalmente de tamanho, apesar da correlação. E, considerado esse o único fator relevante em termos de contingente militar, ainda seria provavelmente preferível em muitos casos um exército mais numeroso que incluísse mais pessoas de menor porte (mulheres ou homens), do que uma força mais "de elite", mas menos numerosa.


Citar
“Mulher nunca deveria ser soldado de infantaria”, escreveu a capitã dos Marines Katie Petrônio na revista Marine Corps Gazette, segundo informou a agência LifeSiteNews.

Idem, a coisa é penosa para todos, mesmo havendo menor desvantagem de acordo com constituição física e outros fatores biológicos talvez não tão associados. Vale para qualquer coisa que exige muito do físico, incluindo esportes e até dança, ou mesmo vários trabalhos não estereotipicamente másculos.

Offline Diegojaf

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #72 Online: 23 de Novembro de 2014, 19:52:42 »
É difícil para cacete arrombar uma porta na porrada. Aquela coisa de o cara dar uma "ombrada" e ela abre como se não fosse nada só existe em série de baixo custo na TV.

Ô*... ::)



*zoeira, a porta já estava solta.  :lol:

Já arranquei uma porta do batente, mas era um dia especial em que me deixaram muito, muito, muito puto (dois caras tentaram roubar minha arma) e um deles se trancou em um quarto.

O "kit" que a gente carrega na viatura inclui uma marreta dessas do "one man's army" e um alicate que corta correntes/alicates de meia polegada porque quando você precisa abrir uma porta, VOCÊ PRECISA ABRIR UMA PORTA!! e não ficar dando chutes inúteis nela, o que geralmente entorta a chapa da fechadura e deixa ela ainda mais difícil de abrir.

Na vida real, se você precisa abrir uma porta e não tem o kit, quem chegar depois via perguntar: "Ué, cadê seu kit? Esqueceu? Que muchibada, hein?"

Não é realista querer que as pessoas recorram à força bruta nos dias de hoje quando você dispõe de ferramentas para fazer o mesmo trabalho. O pessoal do GATE (ROTA, BOPE) não sai chutando portas. Eles têm um cara responsável por carregar o aríete que faz isso.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Georg Hagedorn

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #73 Online: 23 de Novembro de 2014, 20:08:02 »
Já vi muito caso de mulher policial perdendo a arma pro bandido, com homem também acontece, mas compare.
"Alguma frase aleátoria na assinatura"

Offline Buckaroo Banzai

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Re:[quiz] Quão sexista você é?
« Resposta #74 Online: 23 de Novembro de 2014, 20:30:35 »
Bem, eu não duvido que uma comparação de fato dê vantagem para homens, e essa vantagem se mantenha mesmo se "filtrado" qualquer efeito estatístico de haver menos mulheres e sei lá o que, mas, é possível que ainda seja melhor haver esses soldados mulheres do que a alternativa.

O que não pode haver é um sistema de cotas, haver homens com maior preparação sendo dispensados para compor uma cota de mulheres. (E, independentemente disso, ainda tem a questão de problemas táticos e estratégicos, e o fator psicológico, também -- acho que é algo a ser considerado).


Se for ver apenas comparações mais superficiais para pensar em medidas que generalizam todo um sexo, homens deveriam ser proibidos de dirigir, já que cometem mais e mais graves acidentes de direção -- apesar de ao mesmo tempo poder ser bem provável que vá haver mais homens bons em manobras daquelas usadas em espetáculo. (Não estou dizendo que isso deveria mesmo ser feito).

 

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