Independentemente de ser factual a informação, não é o maior problema aqui.
O maior problema no caso é a lógica assumida de que a incidência de crimes é principal ou significativamente determinada pela aceitação social do crime.
Um direitista com o mesmo raciocínio diria que o crescimento em roubos e furtos mostra como a sociedade abraçou os valores comunistas, que rejeitam a propriedade privada.
De vez em quando o raciocínio é quase que explicitamente, "50% das pessoas foram vítimas de crime, logo, as outras 50% foram as perpetradoras".
Incrivelmente, no discurso feminista de vez em quando se vê afirmações como de que esses caras que saem matando um monte de gente, nos "killing sprees", o fazem porque matar um monte de gente é um comportamento socialmente aceito para os homens.
E antes que venham com um "tu quoque" tentando me colocar como MRA ou algo que o valha, como são reflexos no espelho, de vez em quando estes também fazem argumentações parecidas. Como de que o cara lá da Noruega ou por aquelas bandas, havia sido "sexualizado" pela mãe, coitadinho. Inicialmente eu até pensei ser uma espécie de paródia, mas a impressão foi se dissolvendo na medida que continuava a ver a exposição da idéia.