As ameaças externas, se não existirem, são simplesmente criadas.
Todos sabem que praticamente todos os conflitos militares do século XX foram fabricados pelos EUA através de false-flagging.




Quanta besteira! Quanto desperdício em espantalhos infantilóides.
Além dos memes e fotos-resposta nos quais você se baseia para forjar a sua profunda visão de mundo sugiro a leitura de "The Grand Chessboard: American Primacy and Its Geostrategic Imperatives", de Zbigniew Brzezinski.
Brzezinski é simplesmente ex-conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, e o livro é o desdobramento de um "paper" elaborado para delinear, para as administrações americanas, como deveriam ser as diretrizes geopolíticas dos EUA para os 20 anos vindouros. Seria ótimo, pelo menos, para dar alguma maturidade à sua argumentação.
Mas já que você parece não ser capaz de ir além da simploriedade talvez compor um cenário simplista lhe ajude a raciocinar.
Vamos supor que estejamos vivendo o "fim da História", ou que pelo menos a tese capenga de Fukuyama se tornasse uma crença dominante nas administrações e no público norte-americano. Ficaria difícil justificar um orçamento militar de 1 trilhão em um país cujo déficit orçamentário, quando atingiu seu menor nível nos últimos anos, ainda assim passou de incríveis 430 bilhões de dólares. Especialmente se notarem que os gastos militares de todos os potenciais adversários somados, reais ou imaginados, mal chegam a 15% dos recursos que os EUA desperdiçam para grande benefício do complexo industrial militar.
Talvez o eleitorado se ponha a pensar: "Pra quê gastar 1 trilhão por ano? Se gastássemos "apenas" 500 bilhões, em vez de déficit gigantesco teríamos superávit, um luxo no mundo de hoje, e ainda estaríamos gastando mais em defesa que todas as outras potências juntas. Nosso país talvez pudesse então resolver nossa desigualdade social, a maior entre todos os países desenvolvidos, poderíamos ter assistência médica e outros serviços sociais parecidos com de outros países ricos, acabar com os homeless que nós não vemos em lugares como a Suécia, Suíça ou Japão, ter índices de criminalidade civilizados em vez de uma população carcerária que só perde para a da China..."
Enfim, talvez as pessoas começassem a pressionar para que o governo gastasse um pouco desse dinheiro com elas, em vez de apenas ficar guerreando zelotes da idade do bronze em lugares distantes do terceiro mundo.
Mas suponha também que você seja o controlador do consórcio Lockheed-Martin, ou uma destas poucas dezenas de super corporações recipientes da maior parte do orçamento militar, desse trilhão de dólares. Você acharia uma boa ideia? Ficaria satisfeito em faturar 500 bilhões a menos ( anualmente ) para o benefício dos sem teto? Ou você usaria de toda influência e poder político, social e midiático que um trilhão por ano podem comprar para manter seus lucros estratosféricos e, se possível, até aumenta-los?
Aliás, em vez de pensar no que
VOCÊ faria, tente imaginar como as coisas verdadeiramente trabalham no mundo real.
De repente ajude a entender como as coisas realmente são se você estudar como aqui as empreiteiras, formiguinhas corporativas se comparadas a estas empresas americanas que também vivem de recursos públicos, constituíram um verdadeiro governo dentro do governo, chegando mesmo a controlar como seria votado no Congresso o orçamento da
União. Entre outros infinitos exemplos.
Talvez ajude a entender se você começar a conhecer um pouco de História, pelo menos as reflexões de Einsenhower e o alerta à nação que ele emitiu em seu discurso de encerramento de mandato - num tom inédito e jamais repetido, completamente fora do protocolo - sobre os perigos para uma democracia que representavam existir um complexo de empresas militares subsistindo unicamente a partir de recursos colossais do governo.
D. Einsenhower, um militar, um general, um conspiracionista que não entendia nada do mundo e muito menos de como as coisas funcionam nos Estados Unidos e estas relações com a indústria bélica porque ao contrário de você não forjou sua cultura política em caricaturas de internet mas foi apenas o comandante supremo das Forças Aliadas na Europa durante uma guerra mundial, o primeiro comandante supremo da OTAN e presidente dos Estados Unidos só por 8 anos em um período que incluiu a guerra da Coréia.
Para não me estender muito mais, procure pesquisar também sobre o programa Guerra nas Estrelas que Ronald Reagan quis enfiar goela abaixo do contribuinte, que seria o mais caro projeto militar da história, contra a gritaria de centenas de cientistas e técnicos americanos, e da comunidade acadêmica, alertando que a chance daquele troço ter alguma efetividade ( há 40 anos! ) era de 0,00000000001%. Mas aparentemente só os executivos e engenheiros da LockheedMartin e os políticos achavam que podiam construir, caso fossem gastos os trilhões necessários, um escudo contra mísseis impenetrável sobre todo o território americano.
Mas ainda relacionado com o lobby do programa Guerra nas Estrelas é interessante conhecer um pouco sobre o caso dos mísseis Patriot utilizados na primeira guerra do golfo em 90. Durante este conflito estes mísseis anti-mísseis fabricados pela LockheedMartin e Rathyeon obtiveram, sobre todas as outras armas utilizadas, um espetacular destaque na imprensa mundial e americana ( por quê? ) como sendo um inequívoco sucesso da tecnologia anti-mísseis. Alguns Scuds já haviam atingido Israel, mas todos viam imagens na TV de Scuds lançados contra forças americanas sendo destruídos pelos fantásticos Patriots. Porém, embaraçosamente, quando milhares de artigos e telejornais já haviam convencido o público da incrível eficácia dessa tecnologia, um Scud iraquiano atingiu uma base na Arábia Saudita causando o maior número de baixas americanas durante a guerra. Que chato!
Surgiu então uma história, também reproduzida milhares de vezes na imprensa, para explicar o incidente. Teria sido um problema conhecido em Métodos Numéricos como "erro de propagação e arredondamento" sobre o qual não vou entrar em detalhes mas estaria
relacionado com o fato do sistema anti-mísseis ter ficado ligado durante muito tempo sem reinicialização. O exemplo da falha do Patriot é usado até hoje em disciplinas de métodos numéricos.
O problema é que essa explicação é
TOTALMENTE FALSA! Mais tarde equipes independentes, do MIT e outras, analisaram as imagens de interceptações e demonstraram que geralmente o patriot errava o alvo. Acontecia simplesmente que os mísseis obsoletos de Saddam Hussein eram do tempo da guerra da Coréia e tinham pouca precisão, e também geralmente apenas caíam sobre o deserto.
A eficácia real do Patriot esteve em torno de 30% contra velharias BALÍSTICAS ( é preciso notar! ) da década de 50. Mas até hoje permanece a explicação falsa sobre erros no uso de sistemas de ponto flutuante plantada ubiquamente na imprensa. Dizer que foi "plantada" é apenas reconhecer que essa foi a história contada pelos técnicos das próprias empresas que vendem este sistema.
Mas é óbvio, como as suas foto-respostas clara e espantalhosamente demonstram, não deve haver nenhuma relação, como prontamente teria suspeitado o conspiracionista sem noção Einsenhower, entre o interesse de mega-corporações de sugar trilhões do Estado
em um projeto duvidoso e os meios e a capacidade, o poder econômico e político, as redes de influência já bem estabelecidas, destas mesmas mega-corporações trilionárias de influenciar a opinião pública e corromper o poder público na direção de seus próprios interesses.
Qual foi a verdadeira efetividade do sistema:
http://www.warfareblog.com.br/2015/06/raytheon-lockheed-martim-mim-104.htmlO que a própria LockheedMartin, endossada pelo Pentágono, explicou:
http://www.diale.org/patriot.html