Autor Tópico: Leandro Narloch - o Mito  (Lida 2780 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Leandro Narloch - o Mito
« Resposta #25 Online: 02 de Abril de 2016, 00:08:10 »
Também poderíamos pensar ao contrário: quais possíveis problemas teríamos vindos de se criminalizar a exploração industrial do vício na droga álcool ?


Quais seriam as possíveis consequências do tráfico de drogas alcoólicas ?

Uma considerável perda de empregos e lucros indiretos, insatisfação de uma grande parte da população que consome bebidas alcoólicas, e talvez violência associada ao tráfico, se houver incentivo político para o uso de violência pelos traficantes.

Apesar da pergunta se enfocar só em problemas, os benefícios poderiam ser redução da violência e acidentes, e alguma melhora na saúde da população, especialmente no que concerne ao consumo excessivo de álcool.



O que é melhor: legalizar a produção de drogas alcoólicas ou criminalizá-la ?

Legalização regulamentada de tal forma que minimize o consumo problemático, que é o que se tenta fazer de maneira mais ou menos precária.

Para drogas que ainda não têm uma produção industrial por nunca ter havido uma demanda tão vultosa quanto a que drogas tradicionalmente aceitas têm, é interessante prevenir o crescimento dessa demanda, que seria o objetivo natural de quem produzisse industrialmente. Daí, como disse antes (e ficou de fora de sua citação) seria interessante apenas leniência com a produção caseira/pequena, ao menos no caso das drogas menos nocivas, ou talvez só maconha especificamente.

Offline JJ

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Re:Leandro Narloch - o Mito
« Resposta #26 Online: 02 de Abril de 2016, 09:19:01 »
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E qual você acha que seja o melhor caminho para aumentar a riqueza produzida em um país :

Talvez esse país já seja rico o suficiente, a questão seria a distribuição desta riqueza.



Considerando o fato de que ainda tem muita gente pobre no Brasil,  e conforme a sua avaliação o problema não é falta de riqueza, e sim que ao invés disso existe riqueza suficiente para todos, e o problema é que alguns estão com uma parcela excessiva dessa riqueza, e outros não foram aquinhoados com uma parcela suficiente dessa riqueza (má distribuição da riqueza que existe);

Então a solução que você propõe  para  diminuir  a  pobreza dos mais pobres do Brasil é retirar renda e riqueza da parcela que tem mais e passar para os mais pobres ?




« Última modificação: 02 de Abril de 2016, 09:30:29 por JJ »

Offline MarceliNNNN

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Re:Leandro Narloch - o Mito
« Resposta #27 Online: 02 de Abril de 2016, 10:39:37 »
O que é melhor: legalizar a produção de drogas alcoólicas ou criminalizá-la ?

Legalização regulamentada de tal forma que minimize o consumo problemático, que é o que se tenta fazer de maneira mais ou menos precária.

Para drogas que ainda não têm uma produção industrial por nunca ter havido uma demanda tão vultosa quanto a que drogas tradicionalmente aceitas têm, é interessante prevenir o crescimento dessa demanda, que seria o objetivo natural de quem produzisse industrialmente. Daí, como disse antes (e ficou de fora de sua citação) seria interessante apenas leniência com a produção caseira/pequena, ao menos no caso das drogas menos nocivas, ou talvez só maconha especificamente.
Maconha tem um potencial muito grande para a industria farmacêutica, não vejo motivos para limitar somente a produção caseira.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Leandro Narloch - o Mito
« Resposta #28 Online: 02 de Abril de 2016, 15:20:40 »
Sim, é bem provável que se legalize o cultivo para uso na indústria farmacêutica, já vem acontecendo coisas nessa direção.

Produção para esse fim não será necessariamente a mesma exata planta/variação, por terem interesse em componentes que não o THC, e interesse em reduzir esse, diferentemente da maconha produzida para recreação.

Offline Lorentz

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Re:Leandro Narloch - o Mito
« Resposta #29 Online: 11 de Abril de 2016, 15:21:04 »
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Nalini para presidente

Secretário de Educação de São Paulo está mais que certo ao considerar a garantia de igualdade de oportunidades, e não a educação pública, uma das tarefas essenciais do Estado


Por: Leandro Narloch  11/04/2016 às 12:23

A esquerda paulista ficou furiosa com o artigo A Sociedade Órfã, publicado semana passada por José Renato Nalini, secretário de Educação de São Paulo.

Nalini diz no texto que precisamos de um Estado “apenas controlando excessos, garantindo igualdade de oportunidades e só respondendo por missões elementares e básicas. Segurança e Justiça, como emblemáticas. Tudo o mais, deveria ser providenciado pelos particulares”. A turma esperneou porque o secretário não incluiu a sua pasta entre as missões básicas do Estado.

A polêmica é tola; o artigo é irretocável. O alvo de Nalini é a ilusão de que o Estado deve prover tudo e é capaz de tudo. “Todas as reivindicações encontram eco no Estado-babá, cuja outra face é o Estado-polvo, tentacular, interventor e intervencionista”, diz ele. “Para seu sustento, agrava a arrecadação, penaliza o contribuinte, inventa tributos e é inflexível ao cobrá-los.”

O começo do artigo é particularmente interessante. Nalini explica a atual dependência ao Estado pelo fato da sociedade “ter se tornado órfã”. Com o enfraquecimento das instituições tradicionais de convívio e assistência (a vila, a família, a comunidade, a Igreja), os indivíduos tiveram que recorrer a um novo pai – o Estado, que passou de sua função de coordenação para assumir “o papel de provedor”.

É uma análise similar à do historiador israelense Yuval Harari no magnífico livro Sapiens, uma Breve História da Humanidade. Harari conta que à medida que a noção de indivíduo se fortaleceu, a partir do século 18, o Estado e o mercado roubaram a importância da família e da comunidade. “Libertados” da vila medieval, os indivíduos passaram a contar com o mercado e o Estado para assistência, proteção e seguridade.

A Folha de S. Paulo, em editorial do último sábado, criticou o artigo de Nalini por acreditar que “ensino de qualidade é condição necessária para o Brasil galgar os vários degraus que o separam das nações desenvolvidas”. Mas o secretário Nalini não deve discordar disso. Afirma no artigo que o Estado deve agir “garantindo igualdade de oportunidades”. A diferença é que ele não parece acreditar em educação pública – e sim naquela “providenciada por particulares”. Não deve excluir a possibilidade do governo bancar bolsas para estudantes pobres em escolas privadas.

Mas é verdade que Nalini deixou uma questão sem resposta: por que ele não faz o que acredita? Se acha que o papel do Estado é apenas o de garantir a oportunidade de estudantes em escolas privadas, então que direcione a Secretaria de Educação de São Paulo para esse objetivo. Há dezenas de modelos de vouchers de educação e charter schools prontinhos para serem copiados. Basta o secretário e o governador terem coragem de agir segundo seus princípios, e não conforme a pauta da oposição.
@lnarloch
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Rhyan

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Re:Leandro Narloch - o Mito
« Resposta #30 Online: 12 de Abril de 2016, 13:09:42 »
"Igualdade de oportunidade" é um termo sem sentido e sem nexo com a realidade. A única igualdade possível é aquela perante à lei.

Se favelas da África e da Ásia podem se beneficiar com escolas privadas (que geram lucros), por que as favelas brasileiras não poderiam?

Offline Lorentz

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Re:Leandro Narloch - o Mito
« Resposta #31 Online: 12 de Abril de 2016, 13:12:41 »
Se favelas da África e da Ásia podem se beneficiar com escolas privadas (que geram lucros), por que as favelas brasileiras não poderiam?

Porque na África e Ásia os governos e a população servem aos interesses estadunidenses dos imperialistas do EUA da América do Norte.
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Offline Lorentz

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Re:Leandro Narloch - o Mito
« Resposta #32 Online: 12 de Abril de 2016, 13:14:51 »
"Igualdade de oportunidade" é um termo sem sentido e sem nexo com a realidade. A única igualdade possível é aquela perante à lei.

Eu acredito que este discurso serve para que as pessoas criadas no nosso ensino marxista não odeiem automaticamente quem tenta defender a iniciativa privada. Ainda assim, é possível garantir a igualdade de oportunidade no sentido de garantir o ensino gratuito e de igual qualidade em qualquer lugar do país.
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Rhyan

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Re:Leandro Narloch - o Mito
« Resposta #33 Online: 12 de Abril de 2016, 13:49:20 »
Concordo, considerando ainda que o Narloch faz parte da equipe do PSL 2.0.

Mas o Rothbard tirava um belo sarro daquela analogia do Friedman da corrida onde ao invés de chegarem todos ao mesmo tempo, todos deveriam largar ao mesmo tempo. Não tem como igualar oportunidades, tem apenas que dar a chance dos mais pobres de buscarem oportunidades, através do mercado, lógico.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Leandro Narloch - o Mito
« Resposta #34 Online: 12 de Abril de 2016, 16:20:32 »
"Igualdade de oportunidade" é um termo sem sentido e sem nexo com a realidade. A única igualdade possível é aquela perante à lei.

Se favelas da África e da Ásia podem se beneficiar com escolas privadas (que geram lucros), por que as favelas brasileiras não poderiam?

Provavelmente há países com estados menos destrambelhados que os de alguns países sulamericanos, asiáticos e africanos (provavelmente mesmo em países asiáticos, africanos, e talvez até sulamericanos) que conseguem fornecer algum ensino público de forma mais acessível e abrangente do que essas "escapatórias", e então isso é largamente visto como ideal, e "demandado" do governo pela população ("pseudo demandado", talvez), por argumentavelmente ser até melhor no fim das contas supondo que desse certo.

Em segundo lugar, a "tradição" no Brasil parece ser de escolas privadas como algo de elite, não o contrário. Isso é um nicho novo, que deve parecer inerentemente arriscado, pouco atraente. Requer uma índole filantrópica, uma dedicação especial à comunidade ou "causa", em vez de pensar apenas no lucro individual. Provavelmente qualquer pessoa que pudesse atuar nisso também teria mais demanda em situações um pouco melhores, de pessoas menos necessitadas, quase que por definição.

Além da menor demanda significando dinheiro efetivamente disponível para isso, também não devem ser poucos os que não enxergam na educação um investimento importante, por não verem diferença na "realidade deles" entre pessoas que cursaram N ou N+X anos na escola, ou que se dedicaram mais aos estudos.

E mesmo sem essa mentalidade, um dos critérios de cotas sociais (para faculdade especificamente, não sei se existem para outras coisas) ainda pune quem investe financeiramente em educação, o que deve fazer mesmo quem estaria disposto a isso pensar duas vezes antes de tirar o filho da escola pública. Antes disso seriam preferíveis investimentos que não desqualificassem para uma futura cota social na faculdade, a menos que já houvesse uma escola tremendamente boa e bastante acessível.   

Rhyan

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Re:Leandro Narloch - o Mito
« Resposta #35 Online: 12 de Abril de 2016, 17:11:19 »
O governo pode ser superior ao mercado aberto na educação (ou em qualquer outro serviço/produto) no custo-benefício?
Resposta: Não.

 

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