Eu não sugeri qualquer forma de "intervenção estatal", apenas vejo parte do mercado como aproveitadores, que "criam a própria necessidade", cultivando e ampliando um senso de vitimização nas pessoas. Algo meio como auto-ajuda só que sem a parte de ajuda, em vez disso é só explicação de que toda uma outra parte da sociedade os odeia, e age contra eles o tempo todo, ainda veladamente em boa parte do tempo -- traiçoeiros que são.
O curioso é que em alguns casos a pessoa consegue ainda viver se se alimentando de preconceito/racismo sem nem necessariamente criticá-lo, só o reafirma. Uma vez vi uns trechos de uma palestra de um cara (americano) que ganha bem por palestras de "conscientização" em empresas, e basicamente o que o cara dizia é que, os brancos, de origem não-latina, e alguns asiáticos, são sérios, frios, trabalhadores, concentrados; já os latinos são mais emocionais, não colocam o trabalho como prioridade máxima, têm a família e amigos como mais importantes, e é similar com os negros (tinha mais características típicas de cada grupo). Então, você não deve criticar latinos e negros por se dedicarem menos ao trabalho; o que para um branco não-latino seria estar sendo folgado, preguiçoso, é para latinos e negros, só o seu jeito de ser, e temos que ser tolerantes, não racistas contra essas diferenças raciais de dedicação.
