"Poderiam" continuar a ser abusadas por outras mulheres em cenários filosóficos com tênue conexão com o mundo real. Essas coisas simplesmente não são equivalentes, "violência" é praticamente um comportamento masculino, não se compara com disparidades raciais.
Ambas as separações acabam tendo o mesmo efeito, as mulheres não tem sua intimidade invadida por homens, qualquer que seja o grau de vioência envolvido.
E se mulheres tem vagões femininos, evidentemente então os homens acabam ficando com os masculinos. Mas, mesmo que não, que os demais sejam mistos, ainda não tem por que choramingar em torno disso já que o risco "sexual" muito maior continua sendo o das mulheres nesses vagões, não dos homens. Risco esse que ainda será largamente de ser vítima de outros homens, não de mulheres, não fazendo então sentido uma equivalência total na medida paliativa, que precisaria então ser de vagões individuais.
Diga-se de passagem, a crítica então deveria se focar em se ter vagões mais seguros para todos. Mas isso ainda provavelmente ignora o fato de que os vagões exclusivos para mulheres devem reduzir muito a vitimação a um custo muito mais reduzido do que se teria com maior policiamento. Então as críticas ficam sempre com um "as mulheres que se fodam, eu acho isso ofensivo, a igualdade filosófica é mais importante que a vitimação real" implícito, ainda que isso nem seja necessariamente consciente.
A analogia com crimes generalizados seria ser contra as pessoas terem trancas e portões em suas casas, pois isso seria ofensivo, um insulto, uma visão generalizada de qualquer cidadão como criminoso em potencial. Então não é justo as pessoas se protegerem dessa maneira insultante como puderem, o certo é a sociedade parar de praticar crimes.