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O racismo reverso existe?

Sim
9 (60%)
Não
6 (40%)

Votos Totais: 15

Autor Tópico: Racismo reverso, ele existe?  (Lida 3082 vezes)

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Offline Gauss

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #25 Online: 21 de Fevereiro de 2017, 21:07:44 »
Voto alterado. :ok:
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline _Juca_

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #26 Online: 22 de Fevereiro de 2017, 09:13:13 »
A pergunta na época foi mal formulada por ter se baseado no discurso do movimento negro que considera racismo apenas a discriminação racial contra negros, e não contra brancos, chamando a última por tanto de racismo reverso como uma tentativa de minimizar ou negar a existência de racismo contra brancos. O correto mesmo seria chamar de racismo contra brancos. Eu acredito que existe sim brancos que sofrem racismo principalmente por serem brancos, e chamar isso de racismo reverso seria mesmo incorreto, enquanto chamar apenas de racismo estaria certo.

Por isso eu votei não.

Offline Gigaview

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #27 Online: 28 de Fevereiro de 2017, 01:11:38 »
Saiu na Folha...ridículo...agora vem mais essa de "apropriação cultural".

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Uso de acessório afro provoca polêmica sobre apropriação cultural - 23/02/2017 - Cotidiano - Folha de S.Paulo

Folha de São Paulo · by FERNANDA MENA DE SÃO PAULO

Um adereço de origem oriental, símbolo da cultura e religiosidade de matrizes africanas, que já fez a cabeça de foliões em muitos Carnavais e frequentou passarelas de moda, reduziu um debate tido como fundador da sociedade brasileira a uma questão menor: branco pode ou não usar turbante?

O turbante, ícone da etnicidade negra, suscitou discussões e dezenas de artigos e vídeos sobre apropriação cultural quando uma garota com leucemia postou nas redes sociais que havia sido constrangida por jovens negras a retirá-lo de sua cabeça por ser branca.

Apropriação cultural é quando elementos de uma determinada cultura são tomados como seus por uma outra cultura dominante, ou seja, quando existe uma relação assimétrica de poder.

O relato de Thauane Cordeiro, que lançou a hashtag #VaiTerTodosDeTurbanteSim, convulsionou as redes, opondo grupos à direita ("é racismo inverso") e à esquerda ("é racismo"), brancos ("tenho o direito a usar o que eu quiser" ou "cultura não tem dono") e negros ("é a banalização de um símbolo da nossa cultura").

Para a filósofa e ativista Djamila Ribeiro, a questão passa longe do "pode ou não usar". "O que incomoda o movimento negro é que nossas pautas são ridicularizadas ao mesmo tempo em que se quer fazer uso da nossa cultura e de seus símbolos."

"A população negra, além de ter sido escravizada, teve sua cultura inferiorizada e criminalizada", explica ela. "Esses mesmos elementos, quando interessantes ao mercado, foram embranquecidos, esvaziados e, então, transformados em produto comercial, sem que os povos que o produzem fiquem com sua fatia do bolo por serem etnias marginalizadas."

A capoeira, que no século 19 era considerada crime de vadiagem, e o samba seriam outros exemplos de apropriação cultural, pois teriam conquistado as massas em especial quando protagonizados por brancos.

O mesmo poderia ser dito, defendem estudiosos, do rock e do jazz: ambos de origem negra, ganhariam o mundo na pele e no rebolado branco. Nos EUA, o fenômeno ganhou até termo próprio: "whitewashing", algo como "lavagem branca".

O hip-hop, os cabelos rastafári e o culto a orixás de religiões afro-brasileiras em versões brancas completariam essa lista.

"O que é de origem italiana ou judaica, por exemplo, é respeitado como tal. Por que não respeitar o que é símbolo da cultura negra?", questiona Ribeiro.

O uso pela indústria da moda de crucifixos, símbolo do catolicismo, ou de quimonos, típicos da cultura japonesa, não geram a mesma discussão, segundo antropólogos ouvidos pela Folha, porque não carregam a carga de segregação pregressa dos negros no Brasil.

"Quando falamos em população negra, temos de pensar no que eles viveram ao longo da nossa história para entendermos a violência e virulência com que certas bandeiras são colocadas atualmente, haja visto o genocídio da juventude negra nas periferias urbanas", avalia a historiadora Marina de Mello e Souza, autora de "África e Brasil Africano" (ed. Saraiva).

Para ela, nossa história escravista e a sistemática marginalização e inferiorização do negro e de sua cultura tornam essa uma bandeira política. "A gente lida muito mal com nossa herança africana."

Cristian Salaini, antropólogo especialista em patrimônio cultural afro-brasileiro, afirma que os brasileiros têm uma relação ambígua com a cultura afro. "O uso de símbolos negros ocorre quando é conveniente e cool, e sem ônus. O sujeito não pratica o candomblé nem vive na periferia."

Para a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz, autora de "O Espetáculo das Raças" (Companhia das Letras), "é importante politizar essa questão e mostrar como os costumes e os termos não são ingênuos, que tudo tem passado e história".

Schwarcz cita "Um Rio Chamado Atlântico" (ed. Nova Fronteira), de Alberto da Costa e Silva, que aponta que o turbante viajou da África para as Américas e das Américas para a África, onde disputaria território com os cabelos trançados, num movimento de fluxo e refluxo.

"As populações brancas, por sua situação, tiveram mais condições de apropriar do que de serem apropriadas. É inegável que estamos todos nos copiando, mas a cultura não é um terreno separado da política", afirma. "Toda essa questão de apropriação cultural é politicamente relevante contanto que não gere censura."

Um jovem de cabelos rastafári loiros, que não quis se identificar para evitar represálias virtuais, admite que o debate o fez refletir sobre seu estilo, ao qual diz ter aderido como homenagem aos negros e manifestação de rebeldia.

"Não posso carregar as bandeiras do movimento negro e o peso de sua história porque uso este cabelo. Não seria de verdade", admite. "Mas também não vou mudar meu estilo por causa disso."

A cantora Mahmundi diz não gostar da "divisão" que tem acompanhado a discussão. "Você acaba focando uma coisa muito específica como o turbante, e afastando as pessoas. Temos que lutar por igualdade de outra forma."

Para a ativista e editora de estilo Juliana Luna, que ministra workshops de turbante para mulheres negras e brancas, o caminho é informar e educar sobre a simbologia de certos elementos da cultura negra, gerando respeito. "O privilégio cega as pessoas e propaga o racismo e a ignorância. Mas podemos hackear isso em favor da nossa memória e cultura."

Folha de São Paulo · by FERNANDA MENA DE SÃO PAULO
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Shadow

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #28 Online: 28 de Fevereiro de 2017, 12:40:28 »
Esse talvez seja o exemplo de "exagero" conservador....
"Who knows what evil lurks in the hearts of men? The Shadow knows..."

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #29 Online: 28 de Fevereiro de 2017, 15:34:13 »
Nos anos 90, você falaria para um branco que pergunta sua opinião sobre ele usar dread lock:

"Ok, tudo bem você usar cabelo dread lock, apenas tenha em vista que dependendo do seu emprego, isso pode não ser bem aceito, mas devem até achar legal se você for algo como vendedor de pranchas de surf".

Então alguém que escutava o diálogo se intromete, "dread lock? Mas isso é coisa de preto!"

E então as pessoas em volta tenderiam a repreender, "Racista!"

Vinte anos mais tarde, e você tem a mesma situação, até o momento que alguém vem e fala "dread lock? Mas isso é coisa de preto". A partir daí as pessoas em volta então olham para o sujeito que disse que não tinha nada demais um branco usar, e se juntam ao coro, "é! Isso é coisa de preto!". E em seguida, "racista!"

Dentro de dez anos é capaz dos assentos de trás de ônibus acabarem sendo reservados para negros de novo, e vai ser racista quem questionar. Em seguida se terá bebedouros separados, e talvez sanitários públicos.


Offline Skeptikós

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #30 Online: 01 de Março de 2017, 22:00:24 »
No metrô já se tem vagões exclusivos para mulheres (com a premissa de que estatisticamente mulheres são mais vitimadas por homens do que o contrário), o que não deixa de ser um tipo de segregação, só que neste caso, de gênero (o interessante é que o mesmo poderia ser aplicado para negros e brancos, já que estatisticamente mais brancos são vitimados por negros do que o inverso, só que aqui uma segregação deste tipo seria chamada pelos mesmos idealizadores e defensores da medida de vagões exclusivos para mulheres no metrô de racismo, enquanto lá consideram um direito das mulheres).
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #31 Online: 02 de Março de 2017, 01:30:38 »
Eu acho um pouco diferente mas não estou com paciência de elaborar.

Um pouco como banheiros para mulheres, que, acho que poucos dizem ser sexismo análogo ao racismo de se ter banheiros racialmente separados.

Offline Skeptikós

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #32 Online: 02 de Março de 2017, 15:40:11 »
Sobre os banheiros, as principais diferenças são as de que eles são exclusivos tanto para homens quanto para mulheres, e estão reservados a um momento de privacidade e intimidade que não se compara a uma simples viagem de trem. Mas eu reconheço que haveria diferenças no caso da segregação entre negros e brancos e mulheres e homens no transporte público, o primeiro caso se concentraria em estatísticas sobre furtos, e o segundo em abusos de natureza sexual. A semelhança entre ambos é a mensagem de que homens e negros são estatisticamente mais perigosos do que mulheres e brancos, e que os primeiros oferecem um risco maior aos segundos, e que por este motivo, brancos e mulheres mereçam de maneira generalizada um tratamento privilegiado e exclusivo para se protegerem de maneira geral dos homens e negros.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #33 Online: 03 de Março de 2017, 14:56:50 »
Não é diferente, a idéia é separar vagões para que as mulheres não sofressem violações de privacidade e intimidade comparáveis ou piores até do que aquelas que encontrariam em banheiros mistos.



Outro problema fundamental com a analogia coitadista com racismo é que, tirando homens entrarem em vagões separados, os problemas relatados pelas mulheres iriam praticamente a zero.

Já com segregacionismo racial, brancos e negros ainda seriam assaltados em seus próprios vagões*, mesmo que os ladrões respeitassem essas reservas (o que já é duvidoso).


* até porque ainda haveria PARDOS em algum grau entre ambos [/racista heterodoxo]



Offline Skeptikós

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #34 Online: 04 de Março de 2017, 01:24:57 »
Mas separar os vagões não tem como objetivo preservar a intimidade das mulheres, e sim protege-las de abusos de natureza sexual, por isso não se compara a banheiros separados, até por que no caso dos banheiros, como dito, homens e mulheres, cada um tem o seu, no caso dos vagões, somente mulheres desfrutam de vagões exclusivos.

No segundo caso, mulheres ainda poderiam continuar a serem abusadas, por outras mulheres, assim como os brancos poderiam continuar a serem assaltados, por outros brancos,  o que mantêm a equivalência, pelo menos neste sentido.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #35 Online: 04 de Março de 2017, 17:55:05 »
"Poderiam" continuar a ser abusadas por outras mulheres em cenários filosóficos com tênue conexão com o mundo real. Essas coisas simplesmente não são equivalentes, "violência" é praticamente um comportamento masculino, não se compara com disparidades raciais.

Ambas as separações acabam tendo o mesmo efeito, as mulheres não tem sua intimidade invadida por homens, qualquer que seja o grau de vioência envolvido.

E se mulheres tem vagões femininos, evidentemente então os homens acabam ficando com os masculinos. Mas, mesmo que não, que os demais sejam mistos, ainda não tem por que choramingar em torno disso já que o risco "sexual" muito maior continua sendo o das mulheres nesses vagões, não dos homens. Risco esse que ainda será largamente de ser vítima de outros homens, não de mulheres, não fazendo então sentido uma equivalência total na medida paliativa, que precisaria então ser de vagões individuais.

Diga-se de passagem, a crítica então deveria se focar em se ter vagões mais seguros para todos. Mas isso ainda provavelmente ignora o fato de que os vagões exclusivos para mulheres devem reduzir muito a vitimação a um custo muito mais reduzido do que se teria com maior policiamento. Então as críticas ficam sempre com um "as mulheres que se fodam, eu acho isso ofensivo, a igualdade filosófica é mais importante que a vitimação real" implícito, ainda que isso nem seja necessariamente consciente.



A analogia com crimes generalizados seria ser contra as pessoas terem trancas e portões em suas casas, pois isso seria ofensivo, um insulto, uma visão generalizada de qualquer cidadão como criminoso em potencial. Então não é justo as pessoas se protegerem dessa maneira insultante como puderem, o certo é a sociedade parar de praticar crimes.

Offline Skeptikós

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #36 Online: 05 de Março de 2017, 14:04:48 »
Eu concordo que o risco seja maior, mas não a ponto de se justificar a criação de vagões exclusivos. De maneira geral as mulheres não estão correndo risco de vida ou tendo a sua integridade física severamente ameaçada, já que a maioria esmagadora dos abusos não chegam a incluir violência física ou grave ameaça a integridade física das mulheres (não me lembro de nenhum caso no Brasil que tenha havido violência física ou grave ameaça a exemplo daquele caso onde uma indiana teria sido estuprada por vários homens em um ônibus na Índia), e sim, encoxadas, cantadas e etc. E mesmo considerando apenas estes casos mais brandos eu não acredito que constituam um número significativo de casos para que se justifique tal medida (se pensa o contrário gostaria de conhecer alguma evidência confiável e facilmente replicável que aponte o oposto). E convenhamos, o transporte público fica prejudicado, o que um homem deveria fazer no caso de todos os vagões mistos estarem ocupados, mas os exclusivos não? Perder seu compromisso?

Além disso tem o fato da medida discriminar sim os homens de maneira geral. A mensagem que se passa é a de que as mulheres devem ser protegidas dos homens, a mensagem que passa é a de que homens são violentos e agressivos e mulheres vítimas passivas desta violência.

A ultima analogia não se aplica, pois estamos falando de transporte público, e casas são locais privados, particulares.
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Offline Skeptikós

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Re:Racismo reverso, ele existe?
« Resposta #37 Online: 05 de Março de 2017, 14:07:57 »
Resumindo, eu não acredito que o assédio que mulheres sofram no transporte público seja significativo a tal modo de se justificar a criação de tal medida. Não acredito que com a criação desta medida as vantagens superem as desvantagens.
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