Machismo. O feminino de cavalheiro deveria ser cavalheira. Ou talvez amazonha.
Nunca sei quando você está sendo sincero ou apenas trollando,
"Trolar" é tapear, fingir estar defendendo algo só para "causar", eu não faço isso.
mas a língua não precisa necessariamente fazer sentido a primeira vista. A lógica existe não apenas em um contexto etimológico, mas também cultural, social e histórico.
Sim, claro, o que inclusive reforça a esquisitice de palavras como "presidenta", mesmo supondo ser ou sendo correto mesmo. Para outras situações morfológica ou etimologicamente comparáveis geralmente se vê a terminação "nte" como unissex, não precisando se falar em presidentas e presidentos.
Também acho bizarro que o diminutivo de foto correto seja "a fotinho", e não "fotinha", de moto "a motinho", não "a motinha", diga-se de passagem.
Se causa estranheza a primeira vista é porque poucas mulheres estão em situação de presidente (a mesma estranheza causa palavras do português que não são usadas frequentemente).
Não necessariamente, causa estranheza simplesmente pela palavra em si ser pouco usada, principalmente.
Mesmo análogos, reais ou imaginaŕios, como "estudanta", "agenta", "inteligenta", "doenta" soam esquisito, e isso não se dá por raridade de mulheres nessas condições, mas pela raridade do uso dessas palavras, apenas, dado que normalmente se aceita a versão "unissex" para elas.
Acho que em Portugal usam "estudanta", mas aqui isso mais provavelmente seria visto como um tipo de trocadilho e ironia da mistura de "estuadante" com "anta".
Caso semelhante houve em Portugal quando começaram a aparecer mulheres magistradas. Juiz era o juiz e a juiz. Lá houve quem implicasse com juíza, sendo que juíza e presidenta entraram no português pela primeira vez (comprovadamente e na escrita), no mesmo ano e na mesma obra.
Assim como é natural o idioma mudar, é natural a resistência a mudanças, especialmente as que pareçam pouco naturais e desnecessárias. Se não houvesse essa resistência não haveria idioma nenhum.