Autor Tópico: Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos  (Lida 1863 vezes)

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Rhyan

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Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
Estudo mostra que só 25% dos benefícios do tratamento se deve às drogas; 50% se deve ao efeito placebo. Entre os efeitos colaterais está a disfunção sexual

25/10/2011  16h14  Agência O Globo


Recentemente, a médica Marcia Angell publicou um artigo no "The New York Review of Books" sobre a crise da psiquiatria e a ineficácia dos antidepressivos que fez muitos pacientes pararem imediatamente de tomar medicamentos deste tipo. O artigo pôs em dúvida a eficácia dos antidepressivos nos tratamentos convencionais. Segundo a médica, o índice de resposta dos pacientes a antidepressivos é pouquíssimo superior ao de placebos. E, além de poucos benefícios terapêuticos, há graves efeitos colaterais. Cerca de 70% das pessoas que tomam antidepressivos, por exemplo, têm disfunção sexual. E, em alguns casos, mesmo quando param de tomar as pílulas, a disfunção continua.

A teoria do desequilíbrio químico como uma causa da depressão é uma hipótese que não está comprovada, mas os médicos prescrevem medicamentos, principalmente por causa do "rolo compressor da promoção farmacêutica". É o que diz o psiquiatra Daniel Carlat. E não é surpreendente que haja um furor de mídia nos EUA em torno dos medicamentos. Cerca de 10% dos americanos com mais de seis anos de idade tomam antidepressivos. No Reino Unido, as prescrições para as drogas subiram 43% nos últimos quatro anos e chegaram a 23 milhões de receitas por ano.

O professor Irving Kirsch, diretor associado do programa de estudos de placebos da Harvard Medical School e autor de um livro intitulado "As novas drogas do imperador: explodindo o mito antidepressivo", explica a teoria do desequilíbrio químico. Segundo esta teoria, não há serotonina, norepinefrina ou dopamina em níveis suficientes nas sinapses do cérebro de pessoas deprimidas. Mas isto não se ajusta aos dados de pesquisas clínicas, uma vez que reduzir os níveis de serotonina em pacientes saudáveis não tem impacto sobre o humor que eles apresentam. Por isto, há quem acredite que a teria está equivocada.

"Esta teoria do desequilíbrio químico é um mito", diz ele. A idéia de que os antidepressivos podem curar a depressão de forma química é simplesmente errada.

A meta-análise de 38 estudos clínicos - sendo que 40% dos quais tinham sido retirados da linha de de publicação porque as empresas farmacêuticas não gostaram dos resultados - que envolveram mais de 3.000 pacientes com depressão mostra que apenas 25% dos benefícios do tratamento antidepressivo foi devido às drogas e que 50% foi simplesmente efeito placebo.

"Em outras palavras, o efeito placebo foi duas vezes maior que o efeito de drogas, embora a resposta ao placebo tenha sido menor nos pacientes severamente deprimidos. Placebos são extraordinariamente poderosos e podem ser 'tão fortes quanto medicamentos potentes'. A resposta ao placebo é específica: a morfina placebo alivia a dor, antidepressivos placebo aliviam a depressão", diz Irving Kirsch. "É uma questão de expectativa e condicionamento: se você espera se sentir melhor, você se sente melhor, mesmo se tiver efeitos colaterais negativos, pois os efeitos colaterais convencem as pessoas de que elas tomaram uma droga poderosa".

Segundo o médico, a psicoterapia aumenta o efeito placebo e é significativamente mais eficaz que a medicação para todos os níveis de depressão. "Antidepressivos só devem ser utilizados como último recurso e apenas para os mais severamente deprimidos", avalia Kirsch.

Nem todos concordam. Ian Anderson, professor de psiquiatria da Universidade de Manchester, acredita que os antidepressivos são úteis no tratamento de depressão e vai debater com Kirsch em uma conferência na Turquia no próximo mês. Ele diz que corremos o risco de "jogar fora o bebé junto com a água do banho".

"Isto ocorre quando dizemos que os antidepressivos são lixo. Os antidepressivos são parte da caixa de ferramentas de um médico, embora, provavelmente, sejam mais úteis para os pacientes mais deprimidos. Há pessoas que não respondem a terapias da fala. E neste caso não há escolha", comenta Anderson.

O professor Allan Young, presidente de psiquiatria da Imperial College London, concorda. "A depressão é uma doença de classificação ampla. Há vários tipos de depressão, e cada tipo responde de forma diferente", diz Young. "É claro que cérebro e corpo são indissociáveis e os efeitos placebo são maiores nos pacientes que sofrem da doença com menos severidade.

Mas Kirsch levanta outro ponto: "Para tornar as coisas mais complicadas, há o 'efeito nocebo': se você espera se sentir mal quando você sair antidepressivos, você vai sentir-se mal, porque nós tendemos a notar pequenas mudanças aleatórias negativas e interpretá-las como prova de que estamos, na verdade, piorando".

Ele cita o exemplo de uma paciente chamada Lucy, que tinha tendências suicidas. Ela tomou antidepressivos por fora por 10 anos. Ela costumava dizer o seguinte: "A droga deu-me de volta a mim mesma, era como um raio de luz que brilha através da névoa". Mas os efeitos colaterais eram náuseas e a perda da libido, e isto a levou a abandonar o medicamento. Ela também descreveu o que sentia sem o medicamento: "Era como um relógio. Sentia uma contração muscular na parte de trás da minha mente. E vivia com medo da depressão voltar. A única coisa que me manteve viva foi saber que as pílulas estavam lá e que a qualquer momento poderia recorrer a elas".

Para Judy, um outro antidepressivo funcionou bem. "O primeiro que me foi dado produziu em mim enorme ansiedade, como uma viagem ruim, e fez-me terrivelmente ciente de todas as minhas terminações nervosas. Mas a segundo fez efeito desde o primeiro dia. Quando tomava de manhã, eu sabia que ficaria com a química equilibrada. Era como um interruptor sendo ligado: sentia uma corrida fabulosa na direção da alegria".

Ela parou de tomar o medicamento depois de seis meses. E meses depois, ela se sentia fraca, mas não deprimida. "Eu me sinto a depressão como uma pedra no meu plexo solar. E não era mais assim Então, eu ainda pensei que seria agradável ter aquele atalho para a felicidade. E tomei o segundo antidepressivo. Não teve efeito algum porque eu não estava realmente deprimida. E, para mim, a teoria do placebo não faz sentido".

Daniel Carlat, psiquiatra em Boston e autor de "Unhinged: The Trouble with Psychiatry (Revelações de um doutor sobre uma Profissão em Crise) - diz que a prescrição de antidepressivo é um caso de "hit-and-miss". "Infelizmente, sabemos um bocado menos sobre o que estamos fazendo do que você imagina. Quando eu me vejo usando expressões como 'desequilíbrio químico' e 'deficiência de serotonina', geralmente é porque estou tentando convencer um paciente relutante em tomar medicação. Usar essas palavras faz com que a doença parece mais biológica. A maioria dos leigos não percebe como interessa pouco saber sobre a base de doença mental".

Carlat não está tão convicto quanto Kirsch sobre o efeito placebo. Os pacientes que aparecem em seu gabinete são diferentes daqueles recrutados para ensaios clínicos porque as empresas farmacêuticas, desesperadas para fazer os seus produtos superarem um placebo, são muito seletivas sobre quem escolherem.

"Você tem que ter depressão "pura", imaculada por uso de álcool, problemas de ansiedade, transtorno bipolar, pensamentos suicidas, depressão leve ou a longo prazo e isto exclui a maioria dos pacientes)", diz Carlat.

No entanto, como diz Marcia Angell, autora de "A verdade sobre as companhias farmacêuticas: como elas nos enganam e o que fazer sobre isso", é verdade que a indústria faz muita propaganda enganosa, mas os medicamentos antidepressivos ainda são uma alternativa quando nada mais funciona.

Uma coisa é clara: o cérebro permanece misterioso. Como Carlat diz: "Sem dúvida, existem causas neurobiológicas e genéticas para todos os transtornos mentais, mas eles ainda estão além da nossa compreensão. Tudo o que realmente sabemos é que a depressão existe e, por vezes, as drogas parecem funcionar, mesmo que seja efeito placebo".

Para antidepressivos, os médicos têm uma diretriz básica, que todos concordam: nunca pare de tomar antidepressivos sem o discutir com seu médico, porque a interrupção abrupta de medicamentos pode causar sintomas de abstinência, tanto física como mental.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/antidepressivos-trazem-mais-prejuizos-do-que-beneficios-dizem-medicos-9twrtyoautwnm0sa0vkro500e

Rhyan

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #1 Online: 17 de Maio de 2015, 21:13:20 »
A notícia é antiga, mas gostaria de debater. Como um medicamento tão usado pode não ter eficácia bem estabelecida? Um medicamento não tem que superar o placebo para entrar no mercado?

Offline Moro

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #2 Online: 17 de Maio de 2015, 21:39:05 »
em minha ignorância, acho que faz sentido. Fazer análise de efeito placebo em um paciente deprimido é muito mais difícil do que fazer o mesmo em alguém com sarna.

E em minha experiência com anti-depressivos.. nada adianta ao final, a nãos ser você mesmo.
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Rhyan

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #3 Online: 17 de Maio de 2015, 22:01:00 »
Pensei nisso também. Efeito placebo para um depressivo deve ser muito mais complicado.

Quando usava antidepressivos, alguns faziam muita diferença.

Achei isso aqui em contrapartida:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25945410

Rhyan

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #4 Online: 17 de Maio de 2015, 22:02:44 »
Fiquei curioso depois de ter lido esse artigo: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2015/05/1629172-o-efeito-placebo-e-a-pseudomedicina.shtml

Nunca tinha ouvido falar nisso.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #5 Online: 17 de Maio de 2015, 22:08:34 »
Acho que não deve ter sido um estudo incontroverso.

Talvez o que estão dizendo possa ser interpretado não contra a eficácia dos medicamentos em si (vários tipos deles), mas como evidência de estar se receitando esses medicamentos em demasia.

Robert Sapolsky, neuroendocrinologista, uma vez disse que "você tem que ser você mesmo" como argumento anti-antidepressivo pode equivaler a se dizer o mesmo para contraindicar se usar insulina se for diabético. 

Quanto ao aspecto de placebo, não existe dicotoma, placebo versus real. Uma porção de coisas que realmente funcionam são significativamente placebo. Morfina como anestésico é até 50% dependente do efeito placebo. Mas não significa que pode ser substituída por "mais 50% de placebo".

Offline Lorentz

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #6 Online: 18 de Maio de 2015, 10:08:37 »
O que acham disso:



Aqui tem uma crítica ao livro:
http://criticanarede.com/fil_prozac.html
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #7 Online: 18 de Maio de 2015, 14:24:40 »
Uma vez ouvi um debate entre psiquiatras sobre o tema de quão necessários são os medicamentos psiquiátricos. (Acho que era da London School of Economics, mas não lembro o nome ou ano, acho que o título era uma questão)

Um resumo extremo é que podem tanto ser indicados desnecessariamente, como também podem realmente ajudar muito significativamente às pessoas. Acho difícil fazer qualquer generalização, até porque, talvez a generalização de um país ou região não valha para outra.

Na psychology today tem um texto com um título como "por que as crianças francesas não têm distúrbio de hiperatividade e déficit de atenção", que atribui a aparente baixa incidência às crianças terem uma criação mais estruturada e até mais dura em alguns aspectos, que as americanas. Devem haver variações culturais também em fatores relativos à depressão. Tem países onde se considera suicídio algo "de coragem", outros em que se considera covardia, e outros em que consideram uma maluquice hilária de brancos. E diferentes regiões países poderão inclusive ter diferentes freqüências genéticas de genes que "interagem" com esses fatores, então uma cultura pode ser mais propensa a desengatar depressão numas pessoas do que em outras.


Offline Donatello

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #8 Online: 18 de Maio de 2015, 14:47:10 »
Na psychology today tem um texto com um título como "por que as crianças francesas não têm distúrbio de hiperatividade e déficit de atenção"
http://equilibrando.me/2013/05/16/por-que-as-criancas-francesas-nao-tem-deficit-de-atencao/
A despeito de toda a discussão aqui este texto citado, se for o aí de cima, é um balaio de gato que tá muito mais pra hoax a ser batido pelo "e-farsas". Além do fato de ser aquele típico texto chama-clique que aparece repetido em dois trilhões de blogues do tipo "Pragmatismo político" há elementos óbvios que demonstram que a afirmação dele não merece crédito tipo: num momento x o texto afirma que médicos franceses e estadunidenses usam critérios diagnósticos diferentes para a doença e em outro diz que a diferença de números de diagnósticos por criança é resultado da diferença de criação pelos pais :?

De qualquer modo quando li exatamente este artigo dei uma googlada no Google Acadêmico, e, como já esperava: encontrei um monte de artigos franceses dando conta de que a epidemiologia de TDHA em crianças francesas não se difere drasticamente do resto do mundo. É hoax!

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #9 Online: 18 de Maio de 2015, 14:55:33 »
Seria mais "hype" que "hoax" propriamente dito. Tinha visto sobre isso esses dias, só li superficialmente, e, apesar do exagero da manchete, "confiei" pela fonte, psychology today, achando que possa ter algum fundo de verdade, diferenças de criação poderem conduzir a uma coisa ou outra -- como ocorre por exemplo com depressão, de maneira mais sabidamente verdadeira, se não me engano.

Offline Lorentz

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #10 Online: 18 de Maio de 2015, 15:50:03 »
E o caso de que parecem existir bem mais serial killers nos EUA que no resto do mundo procede? Se sim, existe alguma explicação?
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Sergiomgbr

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #11 Online: 18 de Maio de 2015, 16:10:21 »
Tem também o caso da França ter menos obesos por m2...
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #12 Online: 18 de Maio de 2015, 16:21:36 »
E o caso de que parecem existir bem mais serial killers nos EUA que no resto do mundo procede? Se sim, existe alguma explicação?

Citar

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_serial_killers_by_country

[...]

United States
Main article: List of serial killers in the United States

:biglol:


Não sei se é só viés de catalogação, mas acho que podem ter uns aspectos culturais afetando isso, ser um fenômeno mimético/semi-copycat. Meio como suicídios se tornam mais comuns conforme são noticiados.

Offline Johnny Cash

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #13 Online: 18 de Maio de 2015, 16:36:26 »
Quero ver quem vai ser o primeiro a aproveitar e colocar estatísticas de armas nos eua aqui, só pra dar tumulto e correr.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #14 Online: 18 de Maio de 2015, 16:39:20 »
Os EUA devem ganhar em assassinos seriais mesmo descontando os que usam arma, pelo estereótipo. O gênero de filme "slasher" vem daí... ou vice-versa...

Offline Barata Tenno

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #15 Online: 18 de Maio de 2015, 16:41:18 »
Acho, achismo mesmo, que serial killers que matam com armas de fogo são minoria. O problema das armas nos EUA são os assassinatos em massa.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #16 Online: 18 de Maio de 2015, 16:45:02 »
Acho que esses casos são uma minoria das mortes por armas de fogo, mesmo nos EUA.

Se não me engano, há por exemplo o estudo/achado que as leis de proibição do porte aumentam as chances destes, ao mesmo tempo em que há menos mortalidade por arma de fogo.

Mas realmente no que se refere a assassinos seriais, acho que só me lembro de um, recente. Ou dois, acho que eram pai e filho, um deles ficava de franco-atirador dentro do porta-malas do carro que o outro dirigia, com uma adaptação toda para ficar mais oculto e poder atirar sem ser visto.

http://en.wikipedia.org/wiki/Beltway_sniper_attacks

Offline Barata Tenno

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #17 Online: 18 de Maio de 2015, 16:49:19 »
Acho que esses casos são uma minoria das mortes por armas de fogo, menos nos EUA.

Se não me engano, há por exemplo o estudo/achado que as leis de proibição do porte aumentam as chances destes, ao mesmo tempo em que há menos mortalidade por arma de fogo.

Mas realmente no que se refere a assassinos seriais, acho que só me lembro de um, recente. Ou dois, acho que eram pai e filho, um deles ficava de franco-atirador dentro do porta-malas do carro que o outro dirigia, com uma adaptação toda para ficar mais oculto e poder atirar sem ser visto.

http://en.wikipedia.org/wiki/Beltway_sniper_attacks

http://news.stanford.edu/news/2014/november/donohue-guns-study-111414.html
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #18 Online: 18 de Maio de 2015, 16:57:53 »
(agora que vi, talvez tenha havido "mal entendido" -- na verdade "mal comunicado" -- porque escrevi "menos nos EUA", onde devia ter escrito "mesmo nos EUA")

Acho que esse estudo não conflita com o que eu coloquei, é mais um dos que dizem que maior regulação diminui a mortalidade por armas de fogo. Mas ao mesmo tempo parece que essa situação é mais favorável aos atentados de matança aleatória, o que, mesmo assim, não faz com que haja maior mortalidade por armas de fogo nessas regiões.

Offline Barata Tenno

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #19 Online: 18 de Maio de 2015, 17:14:05 »
(agora que vi, talvez tenha havido "mal entendido" -- na verdade "mal comunicado" -- porque escrevi "menos nos EUA", onde devia ter escrito "mesmo nos EUA")

Acho que esse estudo não conflita com o que eu coloquei, é mais um dos que dizem que maior regulação diminui a mortalidade por armas de fogo. Mas ao mesmo tempo parece que essa situação é mais favorável aos atentados de matança aleatória, o que, mesmo assim, não faz com que haja maior mortalidade por armas de fogo nessas regiões.

Não entendo como, a grande maioria dos massacres foram feitos com armas legais em estados com porte liberado.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #20 Online: 18 de Maio de 2015, 17:37:54 »
Bem, acho que um dos estudos que o Libertário citou direta ou indiretamente afirmava justamente o contrário, que o porte era restrito.

http://cnsnews.com/mrctv-blog/matt-vespa/study-all-two-multiple-public-shootings-1950-took-place-where-guns-were-banned

Mas deve haver quem conteste também, esbarrei em resultados contrários antes de ver esse, então não sei como é.

Offline Barata Tenno

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #21 Online: 18 de Maio de 2015, 17:57:31 »
'With just one single exception, the attack on congresswoman Gabrielle Giffords in Tucson in 2011, every public shooting since at least 1950 in the U.S. in which more than three people have been killed has taken place where citizens are not allowed to carry guns.'

Isso é muito mentiroso. Olha lista. Tem ali, Texas 1991 24 mortos 20 feridos, Flórida 1990 11 mortos 6 feridos, Alabama 2009 10 mortos 6 feridos,e a lista segue com a grande maioria sendo nos estados onde não existe controle.

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_rampage_killers_(Americas)
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Offline Osler

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #22 Online: 18 de Maio de 2015, 18:13:23 »
Como qualquer droga tem seus dois lados, o bom e o ruim.
Tão ou mais importante do que a ação é o diagnóstico correto e a indicação.
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #23 Online: 18 de Maio de 2015, 18:15:43 »
'With just one single exception, the attack on congresswoman Gabrielle Giffords in Tucson in 2011, every public shooting since at least 1950 in the U.S. in which more than three people have been killed has taken place where citizens are not allowed to carry guns.'

Isso é muito mentiroso. Olha lista. Tem ali, Texas 1991 24 mortos 20 feridos, Flórida 1990 11 mortos 6 feridos, Alabama 2009 10 mortos 6 feridos,e a lista segue com a grande maioria sendo nos estados onde não existe controle.

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_rampage_killers_(Americas)

Acho que dizem que mesmo nesses casos, são ainda em áreas de porte restrito. "Gun-free zones".

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3589843/

Offline Barata Tenno

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Re:Antidepressivos trazem mais prejuízos do que benefícios, dizem médicos
« Resposta #24 Online: 18 de Maio de 2015, 18:36:15 »
'With just one single exception, the attack on congresswoman Gabrielle Giffords in Tucson in 2011, every public shooting since at least 1950 in the U.S. in which more than three people have been killed has taken place where citizens are not allowed to carry guns.'

Isso é muito mentiroso. Olha lista. Tem ali, Texas 1991 24 mortos 20 feridos, Flórida 1990 11 mortos 6 feridos, Alabama 2009 10 mortos 6 feridos,e a lista segue com a grande maioria sendo nos estados onde não existe controle.

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_rampage_killers_(Americas)

Acho que dizem que mesmo nesses casos, são ainda em áreas de porte restrito. "Gun-free zones".

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3589843/

Os estados que eu coloquei ali como exemplos sano os mais desregulamentados dos EUA, lá não fica mas "free" do que aqueles.
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