Tópico: Laffer Curve: Após 33% de impostos governo irá sufocar economia e receber menos

[Jack Carver]

O grande problema que vejo são pessoas criticando a Escola Austríaca sem estudar a escola austríaca, replicando um monte de besteira sobre a mesma. E o cara querer debater com a Wikipedia, e lendo na hora.......ta de sacanagem!!!

Se vc viu o vídeo, peço por favor que post aqui os principais argumentos dele, para que eu possa responder, pois sinceramente, não vou ver 50 min desse tipo de critica.

Basicamente, o segundo vídeo é um complemento do primeiro. Com base neste, ele tenta explicar porque a Escola Austríaca não é ensinada nas grandes Academias de Economia do mundo(apenas como referência histórica) e sua doutrina não é adotada nas vastas diretrizes políticas-econômicas também. Inclusive, seu post me fez lembrar do video quando correlacionou à TE, comentada tbm ironicamente no discurso do tal vlogger.   

[JJ]

Ola JJ,

Não chegaram e nunca irão chegar!!!Pois lidam com sistemas complexos, que constantemente se atualizam (feedbacks) com nova informação (conhecimento).

Abs
Felipe

Ótimo, é o que eu afirmei.  Não chega nem perto, erra muito, e tem amplo dissenso,  então como já sabem que não vão nem chegar perto da capacidade da física,  deveriam abaixar a cabeça e por suas violas no saco ao invés de virem com  a conversa fiada de se dizerem cientistas, e ainda mais cientistas de primeira linha.  Não são, é uma cienciazinha de centésima categoria, fraquinha e recheada de valores, subjetivismo, e política, e sem a capacidade fazer previsões detalhadas e de alta acurácia . E seus "cientistas" não enxergam que suas teoriazinhas são  incapazes, e  que não chegam nem nos pés dos chinelos das teorias da física, e da química.  Entretanto, apesar de viverem errando, ainda se acham os tais.


Deveriam se colocar no devido lugar, bem longe e abaixo da supremacia das ciências de primeira linha, como a  física e a química, e dos cientistas de primeira linha.  Aliás acho que é até difícil chamar esses caras de cientistas,  são uma ralé da ciência.  Talvez dê para chamá-los de cientistazinhos  pés de chinelo  de centésima categoria.

 
Realmente deveria ter um ranking das ciencias, onde um parâmetro importante seria a sua objetividade e a sua capacidade de prever e obter resultados detalhados, de alta acurácia, e verdadeiros.  Coisa que essa cienciazinha verme rastejante não consegue.

[Geotecton]

Você tem algum problema com o ramo do conhecimento humano chamado Economia?

[Sergiomgbr]

Acho que nem é preciso tanto bordejamento, simplesmente se economia produz empiria, é ciência, se não produz, não.

[Cientista]

Acho que nem é preciso tanto bordejamento, simplesmente se economia produz empiria, é ciência, se não produz, não.

Intenta-se produzir "conhecimento econômico" por empiria, também. Mas empiria ainda não é a absoluta garantia de/para ciência. Como vimos já nosso caro jovem Pedro Reis a recentemente demonstrar, é possível usar empiria de forma errada e induzir estaticamente. É o desastre do pensamento mágico. Induzir é, de fato, o modo fundamenatal de todas as máquinas pensadoras funcionarem, sejam as científicas ou as mágicas. A diferença é que as mágicas fixam-se numa única experimentalmente delimitada indução. Daí as recalcitrâncias de "conhecimentos" que nada oferecem além das evidenciações das próprias ineficácias.

[JJ]

Ola JJ,

Não chegaram e nunca irão chegar!!!Pois lidam com sistemas complexos, que constantemente se atualizam (feedbacks) com nova informação (conhecimento). Seria mais ou menos como vc solicitar para um evolucionista a previsão de um caminho evolutivo de trasformação de uma espécie em outra, com a sequencia de alterações fisiológicas e genéticas.

A Escola Austriaca sempre alertou para o caráter limitado e qualitativo das previsões econômicas (impossibilidade do socialismo como sistema de cooperação social, recessão causada pela expansão creditícia artificial, sem poupança previa, etc). Acontece, que a Escola de Chicago ressurge com a proposta de colocar a economia dentro do paradigma positivista,o que depois acabou sendo adotado por todo o maistream, com execessão dos austríacos, é claro. E pior, para poderem fazer isso, tinham que matematizar a Economia e, para viabilizar essa matematização, utilizaram premissas completamente surreais, que por si só já comprometem muito essa escola. Abaixo, alguns pontos de comparação, que evidenciam o que falei :

Pontos de comparação
 
1.  Conceito de economia (princípio essencial):

Paradigma austríaco - Teoria da ação humana entendida como um processo dinâmico (praxeologia).
Paradigma neoclássico - Teoria da decisão: maximização sujeita a restrições (conceito estrito de "racionalidade").
 
2.  Perspectiva metodológica:

Paradigma austríaco -Subjetivismo.
Paradigma neoclássico - Estereótipo do individualismo metodológico (objetivista).
 
3.  Protagonista dos processos sociais:
Paradigma austríaco -Empreendedor criativo.
Paradigma neoclássico -Homo oeconomicus.
 
4.  Possibilidade de os agentes se equivocarem a priori e natureza do ganho empresarial:
Paradigma austríaco - Admite-se a possibilidade de serem cometidos erros empresariais puros que poderiam ter sido evitados com maior perspicácia empresarial na percepção de oportunidades de lucro.
Paradigma neoclássico -Não se admite que existam erros dos quais alguém se possa arrepender, uma vez que todas as decisões passadas se racionalizam em termos de custos e benefícios. Os lucros empresariais são considerados como a renda de mais um fator de produção.
 
5.  Concepção da informação:
Paradigma austríaco - O conhecimento e a informação são subjetivos, estão dispersos e alteram-se constantemente (criatividade empresarial).  Distinção radical entre conhecimento científico (objetivo) e prático (subjetivo)
Paradigma neoclássico - Pressupõe-se a existência de informação perfeita (em termos certos ou probabilísticos), objetiva e constante a propósito de fins e de meios.  Não se distingue entre conhecimento prático (empresarial) e científico.
 
6.  Ponto de referência:
Paradigma austríaco - Processo geral com tendência coordenadora.  Não se distingue entre a micro e a macroeconomia: todos os problemas econômicos são estudados de forma interrelacionada.
Paradigma neoclássico - Modelo de equilíbrio (geral ou parcial).  Separação entre a micro e a macroeconomia.
 
7.  Conceito de  «concorrência»:
Paradigma austríaco - Processo de rivalidade empresarial.
Paradigma neoclássico -Situação ou modelo de «concorrência perfeita».
 
8.  Conceito de custo:
Paradigma austríaco - Subjetivo (depende da capacidade empresarial para descobrir novos fins alternativos).
Paradigma neoclássico - Objetivo e constante (pode ser conhecido e medido por uma terceira parte).
 
9.  Formalismo:
Paradigma austríaco - Lógica verbal (abstrata e formal) que permite a consideração do tempo subjetivo e da criatividade humana.
Paradigma neoclássico - Formalismo matemático (linguagem simbólica própria da análise de fenômenos atemporais e constantes).
 
10.  Relação com o mundo empírico
Paradigma austríaco - Raciocínios apriorístico—dedutivos: Separação radical e, quando necessário, coordenação entre teoria (ciência) e história (arte).  A história não pode ser utilizada para testar as teorias.
Paradigma neoclássico -Verificação empírica das hipóteses (pelo menos retoricamente).
 
 
11.  Possibilidades de previsão específica:
Paradigma austríaco - Impossível, uma vez que o que vai suceder no futuro depende de um conhecimento empresarial ainda não criado.  Apenas são possíveis pattern predictions de tipo qualitativo e teórico sobre as consequências descoordenadoras do intervencionismo.
Paradigma neoclássico - A previsão é um objetivo que se procura de forma deliberada.
 
12.  Responsável pela previsão
Paradigma austríaco - O empresário.
Paradigma neoclássico - O analista econômico (engenheiro social).
 
Um ponto que rende uma boa discussão é o 10. Abaixo três livros excelentes sobre a escola austríaca que vc acessa de graça no mises.ogr

1) A Escola Austríaca
http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=30

Para mim, esse é o melhor livro introdutório sobre a escola austríaca, pois além dos conceitos e polêmicas, conta a história de seu desenvolvimento desde os Escolásticos, na Espanha e em Portugal!!!

2) A Ciência Econômica e o Método Austríaco
http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=18

Aqui, a preocupação é a defesa do método austríaco, onde o item 10 que citei é explorado. O autor é muito didático!!

3) Teoria e Historia
http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=100

Outro livro onde a questão do método austríaco é fundamentado. Esse é do próprio Mises

Com relação à "Matematização" da Economia, esses artigos são muito bons :

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1735

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1690

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1627

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=95

E uma curiosidade : a contribuição da Escola Austriaca para o Teorema de Nash

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2102

Abs
Felipe

A coisa é pior do que eu pensava.  É um escândalo. É escabroso.

[Feliperj]

O que é um escandalo?

[JJ]

O que é um escandalo?

A mainstream science na ciência econômica eu já considero fraca em comparação com as ciências de primeira linha.  Mas isso aí de praxeologia é uma filosofada das brava.

"Blaug diz de Mises, "Seus estudos sobre os fundamentos da ciência econômica são tão excêntricos e idiossincráticos que podemos apenas nos perguntar como pode existir alguém que os leve a sério"."


Quem quiser perder tempo com essa filosofada, fique a vontade.