Já li uma especulação ou outra sobre quem seria o autor da citada pichação, bem como seu significado; tem muita babosidade maionésica, mas tem umas sacadas interessantes.
Você ficou sabendo
desse caso interessantíssimo de criptografia?
[...]Grafite ou não, a arte de Joana Cesar é intrigante demais. Ela ri quando eu digo, mas é verdade. Porque você sabe que tem algo a mais ali, um texto, uma mensagem e que, por mais que você não conheça a autora, sabe ter alguém gritando para o mundo ouvir o que ela diz. Ao mesmo tempo, é um desabafo que não quer ser lido. Com sua arte, Joana conseguiu criar uma proteção para a sua intimidade explícita em muros da cidade.[...]
![](http://www.riocomela.com.br/wp-content/uploads/2011/07/grafia1.jpg)
![](http://www.riocomela.com.br/wp-content/uploads/2011/07/ClarissaPivetta1.png)
E de como ele foi, inesperadamente, solucionado?
O embate de dois matemáticos com as confissões cifradas e
eróticas que uma artista plástica espalhou pelas ruas do Rio.
[...]
Joana César jamais revelou a chave para decifrar seu código. Adolescente isolada, não usou o alfabeto secreto para se comunicar com amigas. Valeu-se dele apenas para cifrar as anotações que
fazia para si mesma e hoje espalha pela cidade. Era a única a entender o alfabeto com o qual escrevia suas confissões.
[...]
A dupla de matemáticos tinha pouco com que começar. Não havia pistas sobre o idioma das inscrições. Cada símbolo podia representar uma letra, quiçá uma sílaba. Podia haver um sinal para representar o espaço entre as palavras, já que as letras eram escritas de forma contínua.
[...]
Precisavam antes determinar quais são os pares de letras mais frequentes no idioma. Para isso, era preciso analisar um texto extenso e representativo do português brasileiro. Orenstein pensou
no verbete “Brasil”, um dos mais longos da Wikipédia lusófona. Mas preferiu escolher um texto literário, por achar que estaria mais próximo do registro lírico que Joana César deveria ter usado nas mensagens. Escolheu Dom Casmurro. A análise do romance de Machado de Assis revelou que os pares de letras mais frequentes eram AS, RA e OT. Era chegada a hora de testar o algoritmo. Primeiro, aplicaram um texto que eles mesmos embaralharam com um código que conheciam de antemão. Funcionou: o programa conseguiu decifrar a mensagem. Podiam finalmente pôr à prova os textos de Joana. Orenstein coletou algumas frases cifradas da artista para alimentar o algoritmo.
Quando rodou novamente o programa, obteve uma resposta frustrante. “Não chegamos nem perto de conseguir ler”, contou.
[...]
A história toda dá um filme.
Consegui achar um PDF.
Lamento e me desculpo por ter fugido do tema do tópico.
Caso queira continuar as pichações e criptografias, abra um tópico novo.