Lancei este tópico para por fim à discussão referente ao tópico "os segredos dos rosacruzes" antes que o mesmo descambe em argumentos redundantes por parte dos defensores da AMORC. Tentarei então aqui provar de uma vez por todas que esta "antiga e mística ordem secreta" não passa de pura embromação.
Usarei como foco o mito da Atlântida e o argumento real de que a AMORC não destoa nem um pouco do que a HPB diz a respeito deste "enigmático continente perdido", pois para eles o continente submergido existiu há 12.000 anos e foi o lar de seres superpoderosos que dominavam tecnologias tão avançadas que ultrapassam facilmente o limite da nossa imaginação, blá, blá, blá, que disseminaram sua sabedoria divina para o Egito, blá, blá, blá, que sua biblioteca que contém todo o conhecimento do mundo está enterrado debaixo da Esfinge que eles mesmos construíram, blá, blá, blá e
que os Açores são o que resta daquele continente que era muito montanhoso. Isso e muito mais é o que realmente a AMORC prega.
Mas vamos ao fatos.
Platão realmente disse a verdade em Timeu e Crítias? Sim, disse, mas vamos com calma.
Crantor, filósofo grego da Academia e discípulo fervoroso de Platão, segundo Proclo, visitou Saís no Egito e os sacerdotes de Neith corroboraram para ele o relato do legislador ateniense Sólon ao lhe mostrarem um pilar com inscrições que era o mesmo que o "sábio da Grécia" dizia ter visto.
Mas qual foi a história que Solon ouviu dos sacerdotes de Saís? Com certeza deve ter sido a de que há
900 anos atrás o grande império chamado Keftiu, que era um dos pilares da Terra, tentou subjugar todos os territórios conhecidos com a sua grande e poderosa frota naval. Eles eram um povo muito avançado para a época que dispunham de fontes de água quente e fria, tinham uma espécie de tauromaquia, seus domínios eram formados por grandes extensões de terra e mar de modo que se distribuíam circularmente com uma ilha principal no meio, era montanhoso e as paredes eram "pintadas" em vermelho, preto e branco, se situavam no limite do mundo conhecido (para os egípcios), mas que mesmo assim havia uma massa continental para além (a Europa, para os egípcios) e eram tão gananciosos que tentaram escravizar Atenas, mas acabaram sucumbindo em um dia e uma noite numa grande catástrofe que fez com que o mar engolisse toda a Keftiu. Isso foi há 900 anos.
Estes são os fatos, mas Keftiu de fato existiu? A resposta é sim.
Além de Keftiu aparecer numa estela egípcia e ter sido realmente chamada de "um dos pilares da Terra", hoje os arqueólogos sabem que os egípcios utilizavam a palavra Keftiu quando se referiam à
Creta. Mas os sacerdotes de Neith fizeram um retrato fiel dos cretenses?
Creta, há 900 anos de Sólon, de fato era a super-potência da época. Atenas não era nada ainda. Eles de fato estabeleceram um imenso domínio ao redor. Como no relato, dispunham de uma grande frota naval, comerciavam com os egípcios, sendo que estes, que achavam que todos que não era do Egito eram bárbaros, consideravam os minoanos como o único povo civilizado e adiantado digno de confiança, tinham um conhecimento avançado para a época se comparado à outras culturas, dispunham realmente de fontes de água quente e fria, como os arqueólogos descobriram nas escavações de Akrotiri, tinham também um tipo de tauromaquia,
era montanhosa, as paredes eram formadas por camadas preta, vermelha e branca
e o formato da sede do império era circular com uma ilha no centro. Vejam:
Muito parecido com a descrição da Atlântida de Platão, não é mesmo?
Por fim, cabe falar que de fato os minoanos tentaram dominar e escravizar Atenas, só que foi Atenas quem acabou tento a glória. Isto esta velado no mito do
Minotauro.
Agora vamos à lenda.