E aí, acham que o Senhor Rifkin tem alguma razão?
Uma visão extrema: o capitalismo perderá a dominância e dará lugar à economia colaborativa, compartilhada, em meados do século XXI.
O raciocínio é desenvolvido em "Sociedade com Custo Marginal Zero", do economista norte-americano Jeremy Rifkin, que ensina executivos a tornar suas empresas sustentáveis na escola de negócios Wharton (da Universidade da Pensilvânia, nos EUA).
Para ele, o dinamismo e a eficiência produtiva do sistema, somados à evolução das máquinas, serão os responsáveis por seu colapso.
Rifkin aponta que o grande e constante avanço tecnológico possibilita um ritmo de produção cada vez mais acelerado, tornando o custo marginal –preço para produzir uma unidade a mais de determinado produto– muito próximo de zero. Assim, o acesso a tudo se torna mais fácil.
Com essa perspectiva, relata que lucros das corporações começam a diminuir, a ideia de propriedade vai se enfraquecendo e uma economia baseada em escassez é substituída por uma cena de abundância. As pessoas passam a compartilhar bens, desfrutam de produtos ou serviços, sem necessariamente comprá-los.
Para Rifkin, uma sociedade com essa característica torna-se um cenário ideal para promover o bem-estar geral, representando o triunfo do capitalismo e, ao mesmo tempo, a sua inevitável saída do palco mundial.
De acordo com o autor, "enquanto o mercado capitalista baseia-se no interesse próprio e é guiado pelo ganho material, os bens comuns sociais são motivados por interesses colaborativos e guiados por um profundo desejo de se conectar com os outros e de compartilhar".
Posse X Acesso
Rifkin diz que, se a propriedade privada é a característica definidora de um sistema capitalista, então o automóvel particular é seu símbolo de status. Comparando novas gerações com a sua, o autor vê um decréscimo no número de jovens que dão extrema importância aos automóveis.
Ele destaca empresas como a Zipcar ou a City Car Share, nos EUA, cujo objetivo é disponibilizar veículos e estimular a ideia de acesso –não mais a posse.
A tendência de compartilhar tudo deve aumentar e, no futuro, chegar aos carros autônomos, sem motorista –por exemplo, os desenvolvidos pelo Google.
Além de veículos, casas, roupas e outros itens passam a ter evidência no compartilhamento e já têm impacto na economia, aponta o autor.
"A busca do interesse próprio está sendo moderada pela pressão de interesses colaborativos, e o tradicional sonho de enriquecimento financeiro está sendo suplantado pelo sonho de uma qualidade de vida sustentável", escreve o autor.
Trabalho
A tecnologia, que faz alcançarmos baixos custos na produção marginal, também afeta o mercado de trabalho.
Internet das coisas (objetos interconectados que geram benefícios para o cotidiano), big data (coleta e análise de muitos dados), algoritmos, inteligência artificial e robótica ajudam na substituição da mão de obra humana nos setores mais variados, aponta Rifkin.
A perspectiva levantada por ele é de centenas de milhões de pessoas sem emprego na primeira metade do século XXI. Mas a substituição de pessoas por máquinas não é exatamente motivo para pânico, de acordo com o autor.
Rifkin enxerga oportunidades para empreendedores sociais e empregos em organizações sem fins lucrativos.
Há outras chances em um meio conectado com a internet das coisas, que o autor considera a alma gêmea do modelo emergente de bens comuns.
Com auxílio de impressoras 3D, por exemplo, as pessoas passam a ser "prosumidores", ou seja, produtores e consumidores ao mesmo tempo –de uma simples caneta a um móvel.
Jeremy Rifkin assume ter uma posição ambígua em relação ao capitalismo. Para ele, o sistema foi o mecanismo mais ágil e eficiente para organizar a economia no passado. Mas ele não lamenta o fim do regime.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/12/1715273-obra-preve-fim-do-capitalismo-para-dar-lugar-a-economia-colaborativa.shtml
Isso está me parecendo mais um Socialismo disfarçado, igual ao movimento zeitgeist, projeto venus, etc.
Só um problema, a principal variável que direciona a alocação de recursos, o cálculo econômico, é o preço. Sem livre mercado, não temos formação de preços, o que impede o cálculo econômico e a racionalização dos recursos. Temos um porcesso de cooperação deficiente.
O que não se entende é que no capitalismo, só se alcança riqueza e objetivos pessoais (em uma sociedade realmente liberal, como foi a dos EUA e Suécia no passado), se você gerar valor para a sociedade. Se a sociedade valora coisas que em tese não deveria valorar, o problema não é o livre mercado, é um problema de valores e educação, são outras instituições que devem ser trabalhadas.
A afirmação de que o capitalismo não seja capaz de lhe dar com a abundância, é falaciosa. Primeiro, que tem que se definir o que seja "abundância"? Uso de recursos espaciais ? Com relação a qual população? A questão é que o livre mercado é a única forma de lhe dar com recursos escassos, o que não significa que não seja capaz de lhe dar com a abundância.
Como todo socialismo, essa proposta parte da premissa de um grau de homogenização social só passível de ser atingido no filme "Invasores de Corpos". E o mais grave, em minha opinião, é que uma sociedade sem livre iniciativa e prorpiedade privada, sempre converge para uma sociedade totalitária.
Isso não impede que se tente novamente, projetar uma sociedade na prancheta, como vem sendo feito pela ONU e socialistas fabianos, etc.
Abs
Felipe