Autor Tópico: Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller  (Lida 2895 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline MarceliNNNN

  • Nível 16
  • *
  • Mensagens: 436
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #25 Online: 10 de Dezembro de 2015, 12:45:03 »
Tem um texto no Mises que vai de encontro ao que foi exposto nessas últimas mensagens:
Citar
"Relatório sugere que quase metade dos empregos nos EUA é vulnerável à automação", grita uma manchete de jornal.
O grito de que "os robôs irão roubar nossos empregos!" já pode ser ouvido em vários países do mundo, principalmente nos mais avançados.  No entanto, o que essa preocupação realmente revela é um medo — e uma incompreensão — do livre mercado.

No curto prazo, a robótica irá sim gerar um deslocamento nos empregos; no longo prazo, os padrões de trabalho irão simplesmente mudar.  O uso da robótica para aumentar a produtividade, além de diminuir os custos, funciona basicamente da mesma maneira que os avanços tecnológicos de épocas passadas, como a implantação da linha de produção.  Tais avanços melhoraram sobremaneira a qualidade de vida de bilhões de pessoas e criaram novas formas de emprego que eram inimagináveis à época.

O avanço tecnológico é um aspecto inerente a um mercado competitivo, no qual inovadores continuamente se esforçam para gerar mais valor a custos menores.  Empreendedores sempre querem estar na frente em seu mercado.  Automação, robótica, informatização e sistemas de controle industrial já se tornaram parte integral desse esforço.

Vários empregos manuais, que consistiam apenas em repetir mecanicamente uma mesma tarefa — como as linhas de montagem em fábricas — já foram abolidos e substituídos por outros, como trabalhos relacionados à tecnologia, à internet e até mesmo a videogames.

Um fato alvissareiro é que os robôs de hoje são altamente desenvolvidos e cada vez menos caros.  Tais características fazem deles uma opção cada vez mais popular.  O Banque de Luxembourg News fez o seguinte comentário:

O atual custo médio estimado por unidade, de aproximadamente US$50.000, certamente irá diminuir ainda mais com a chegada dos robôs de "baixo custo" ao mercado.  É o caso do "Baxter", o robô humanóide dotado de uma inteligência artificial em contínuo desenvolvimento, fabricado pela empresa americana Rethink Robotics; e do "Universal 5", da empresa dinamarquesa Universal Robots.  Ambos custam, respectivamente, US$ 22.000 e US$ 34.000.

Melhor, mais rápido e mais barato são características inerentes a uma maior produtividade.

No que mais, os robôs irão cada vez mais interagir diretamente com o público em geral.  A indústria de fast food é um bom exemplo.  As pessoas podem estar acostumadas com caixas automáticos de serviços bancários, mas um quiosque robotizado que pergunta "Você quer batata fritas como acompanhamento?" será algo realmente novo.

Comparado a humanos, robôs são menos custosos para ser empregado — em parte por razões naturais, em parte por causa das crescentes regulamentações governamentais.

Dentre os custos naturais estão o treinamento, as necessidades de segurança, e os problemas pessoais como contratação, demissão e roubo no local de trabalho.  Adicionalmente, os robôs podem também ser mais produtivos em determinadas funções.  De acordo com este site, eles "podem fazer um hambúrguer em 10 segundos (360 por hora).  Além de mais rápido, também com qualidade superior.  Dado que o restaurante agora estará com mais recursos livres para gastar em ingredientes melhores, ele poderá fazer hambúrgueres gourmet a preços de fast food."

Dentre os custos governamentais estão o salário mínimo, os encargos sociais e trabalhistas e todos os eventuais processos na Justiça do Trabalho, muito comuns no setor da gastronomia.  Chegará um momento em que a mão-de-obra humana em restaurantes fará sentido apenas para preservar um "toque de classe" — ou então para preencher um nicho.

No entanto, todos os temores de economistas, políticos e trabalhadores de que os robôs irão destruir os empregos não apenas são exagerados, como ainda revelam um profundo desconhecimento da história.  Eles deveriam abraçar entusiasmadamente a crescente robotização exatamente porque ela é propícia à criação de novos empregos.  Uma abundante criação de empregos sempre foi, em todo lugar e em qualquer período da história, o resultado de avanços tecnológicos que tautologicamente levaram à destruição de trabalhos obsoletos.

Os robôs serão, em última instância, os maiores criadores de empregos simplesmente porque uma automação agressiva liberta o ser humano do fardo de ter de fazer trabalhos pesados — até então essenciais — e o libera para se aventurar em novos empreendimentos.

Não nos esqueçamos de que houve uma época em que praticamente todos os seres humanos tinham de trabalhar no campo — querendo ou não — apenas para sobreviver.  Para a nossa sorte, a tecnologia acabou com a necessidade de utilizar seres humanos para fazer trabalhos agrícolas pesados, e os liberou para ir buscar outras vocações fora do campo.  Foi então começou nosso processo de enriquecimento e de melhora no padrão de vida.

Com a massificação da automação e do uso de robôs como mão-de-obra, descobriremos novas aptidões e novos trabalhos que, no futuro, nos deixarão atônitos ao percebermos o tanto de energia que gastamos com trabalhos monótonos e repetitivos no passado.  Os "destruidores de emprego" do passado — como o automóvel (que destruiu empregos no setor de carroças), o computador (que destruiu empregos no setor de máquinas de escrever), a luz elétrica (que destruiu empregos no setor de vela) — parecerão ínfimos em comparação.

O automóvel, o computador, a luz elétrica, a internet e a mecanização da agricultura tornaram várias formas de emprego totalmente obsoletas.  Não obstante, isso não apenas não empurrou a humanidade para a pobreza endêmica e para a "fila do pão", como ainda gerou a criação de maneiras totalmente novas de se ganhar a vida.  A automação e a robotização prometem uma multiplicação de tudo isso.

Para entender por que isso irá ocorrer, é necessário antes se lembrar de que tudo o que é poupado no processo de produção se transforma em mais capital disponível para novas ideias.  Se você passa a utilizar menos mão-de-obra e menos recursos em um determinado processo produtivo, essa mão-de-obra liberada e esses recursos poupados estão livres para ser utilizados em outros processos de produção, em novas ideias e em novos empreendimentos.

Empregos não são finitos; ao contrário, eles são o resultado de investimentos.  Para cada Google, Amazon ou Apple surgidos, houve dezenas de milhares de tentativas empreendedoriais que fracassaram, mas que tentaram ser exatamente como uma dessas três gigantes (todas as três grandes empregadoras).  Para que empreendedores possam fazer grandes tentativas empreendedoriais, eles têm antes de ter capital e mão-de-obra disponível para fazê-lo.  A automação e a robótica geram eficiências que aumentam os lucros, e isso permitirá um enorme surto de investimentos, os quais nos brindarão com todos os tipos de novas empresas e de avanços tecnológicos que criarão novos tipos de empregos hoje inimagináveis.

É impossível haver empresas e empregos sem que antes tenha havido investimentos.  E investidores cujo capital cria empresas e empregos são atraídos por lucros.  Se os processos produtivos atuais forem automatizados, e com isso pouparem mão-de-obra e reduzirem custos operacionais, essa automação irá gerar lucros maciços, os quais poderão ser direcionados e investidos nas empresas e nas ideias do futuro.

Essa realidade é frequentemente ignorada por economistas, políticas e comentaristas.  Quase todos analisam o crescimento econômico através do prisma da criação de empregos.  Eles acreditam que é a criação de empregos o que gera crescimento econômico.  Isso está exatamente ao contrário: se a criação de empregos gerasse crescimento econômico, então a solução seria simples: abolir todos os tratores, carros, lâmpadas, serviços bancários e a internet.  Garanto que, se isso fosse feito, todos nós teríamos de trabalhar.  E garanto também que nossas vidas seriam muito mais miseráveis.

A realidade, no entanto, é que o crescimento econômico é resultado da produção.  Crescimento ocorre quando se produz mais com menos.  Apenas pense nos países mais pobres e mais atrasados do mundo.  Ali, praticamente todo mundo trabalha muito, o dia todo e todos os dias.  Já nos países mais ricos e avançados, e que adotaram as automações do passado, as crianças são livres para usufruir sua infância, os mais velhos são capazes de desfrutar sua aposentadoria, e os pais podem dedicar mais tempo à criação de seus filhos.  Tudo isso se deve aos avanços tecnológicos ocorridos ao longo de décadas e que reduziram a necessidade de trabalho braçal.  Essa mecanização inundou o mundo com mais abundância em troca de menos trabalho.  A automação e a robótica farão o mesmo.

E, como também mostra a história, a inovação é, em si mesma, a criadora de novas formas de trabalho.  Se você duvida disso, apenas pense na internet.  Vinte anos atrás, a maioria de nós praticamente desconsiderava essa invenção; hoje, em 2015, milhões de pessoas ao redor do globo têm um emprego que está diretamente relacionado a isso que era irrelevante em 1995.  E milhões mais têm um emprego relacionado ao crescimento da internet.  Uma visita a Seattle e ao Vale do Silício mostra bem isso.

A automação e a robotização criarão vários tipos de empregos direitos e indiretos, e a produção em abundância possibilitada pelo trabalho mecanizado permitirá que os recursos poupados sejam direcionados e investidos na medicina, nos sistemas de transporte e em novos conceitos empresariais, gerando cruciais inovações.  A tecnologia de hoje, que já é impressionante, parecerá arcaica em comparação.

Talvez o principal erro de raciocínio daqueles que condenam a automação e a robótica é o de pressupor que a natureza do trabalho é estática.  Eles acreditam que não haverá nenhum substituto para aquele emprego que se tornou obsoleto pelo progresso.  Não há dúvidas de que havia carroceiros no século XIX que, para manter seus empregos no século XX, queriam abolir os automóveis.  No futuro, as pessoas farão a mesma analogia com a robótica.

Embora o automóvel tenha destruído vários empregos, a prosperidade que se seguiu à sua produção em massa mostra claramente que os empregos destruídos foram substituídos por outros bem melhores.  É assim que funciona uma economia moderna, dinâmica e avançada.  Mudanças constantes e contínuas.  É em países pobres que a natureza do trabalho é estática.  Nos países ricos, as pessoas estão constantemente inovando e abolindo os trabalhos pesados do passado em prol de formas mais prósperas e mais inovadoras de trabalho, que são menos exaustivas e, ainda melhor, consomem menos horas de nossas vidas.

Os desejos do ser humano são, por definição, ilimitados; e, enquanto o capitalismo ainda não houver encontrado uma maneira de satisfazer todos os desejos e de curar todas as doenças — ou seja, nunca —, sempre haverá capital buscando novas possibilidades de investimentos e soluções.  A definição de "trabalho" é um conceito histórico e, com a abolição das formas mais exaustivas pela automação, a genialidade do ser humano será liberada para se concentrar em uma infinidade de desejos e necessidades ainda não atendidos pelo mercado.  Entre as maiores enfermidades, aquele flagelo que é o câncer será atacado por investimentos exponenciais, em conjunto com as mentes bem-remuneradas por esses investimentos.

Se o temor é de que o futuro será cada vez mais automatizado e robotizado, então temos realmente de nos exultar com esse prospecto.  A mão-de-obra que será poupada por esse avanço tecnológica irá nos presentear com uma explosão de investimento que irá realmente transformar nossas vidas e nossos empregos para melhor.  O futuro poderia vir mais rápido.  Não dá para esperar muito.  A automação e a robótica serão os maiores criadores de emprego da história.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2045

Offline Feliperj

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.147
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #26 Online: 10 de Dezembro de 2015, 13:02:07 »
E aí, acham que o Senhor Rifkin tem alguma razão?

Citar
Uma visão extrema: o capitalismo perderá a dominância e dará lugar à economia colaborativa, compartilhada, em meados do século XXI.

O raciocínio é desenvolvido em "Sociedade com Custo Marginal Zero", do economista norte-americano Jeremy Rifkin, que ensina executivos a tornar suas empresas sustentáveis na escola de negócios Wharton (da Universidade da Pensilvânia, nos EUA).

Para ele, o dinamismo e a eficiência produtiva do sistema, somados à evolução das máquinas, serão os responsáveis por seu colapso.

Rifkin aponta que o grande e constante avanço tecnológico possibilita um ritmo de produção cada vez mais acelerado, tornando o custo marginal –preço para produzir uma unidade a mais de determinado produto– muito próximo de zero. Assim, o acesso a tudo se torna mais fácil.

Com essa perspectiva, relata que lucros das corporações começam a diminuir, a ideia de propriedade vai se enfraquecendo e uma economia baseada em escassez é substituída por uma cena de abundância. As pessoas passam a compartilhar bens, desfrutam de produtos ou serviços, sem necessariamente comprá-los.

Para Rifkin, uma sociedade com essa característica torna-se um cenário ideal para promover o bem-estar geral, representando o triunfo do capitalismo e, ao mesmo tempo, a sua inevitável saída do palco mundial.

De acordo com o autor, "enquanto o mercado capitalista baseia-se no interesse próprio e é guiado pelo ganho material, os bens comuns sociais são motivados por interesses colaborativos e guiados por um profundo desejo de se conectar com os outros e de compartilhar".

Posse X Acesso

Rifkin diz que, se a propriedade privada é a característica definidora de um sistema capitalista, então o automóvel particular é seu símbolo de status. Comparando novas gerações com a sua, o autor vê um decréscimo no número de jovens que dão extrema importância aos automóveis.

Ele destaca empresas como a Zipcar ou a City Car Share, nos EUA, cujo objetivo é disponibilizar veículos e estimular a ideia de acesso –não mais a posse.

A tendência de compartilhar tudo deve aumentar e, no futuro, chegar aos carros autônomos, sem motorista –por exemplo, os desenvolvidos pelo Google.

Além de veículos, casas, roupas e outros itens passam a ter evidência no compartilhamento e já têm impacto na economia, aponta o autor.

"A busca do interesse próprio está sendo moderada pela pressão de interesses colaborativos, e o tradicional sonho de enriquecimento financeiro está sendo suplantado pelo sonho de uma qualidade de vida sustentável", escreve o autor.

Trabalho

A tecnologia, que faz alcançarmos baixos custos na produção marginal, também afeta o mercado de trabalho.

Internet das coisas (objetos interconectados que geram benefícios para o cotidiano), big data (coleta e análise de muitos dados), algoritmos, inteligência artificial e robótica ajudam na substituição da mão de obra humana nos setores mais variados, aponta Rifkin.

A perspectiva levantada por ele é de centenas de milhões de pessoas sem emprego na primeira metade do século XXI. Mas a substituição de pessoas por máquinas não é exatamente motivo para pânico, de acordo com o autor.

Rifkin enxerga oportunidades para empreendedores sociais e empregos em organizações sem fins lucrativos.

Há outras chances em um meio conectado com a internet das coisas, que o autor considera a alma gêmea do modelo emergente de bens comuns.

Com auxílio de impressoras 3D, por exemplo, as pessoas passam a ser "prosumidores", ou seja, produtores e consumidores ao mesmo tempo –de uma simples caneta a um móvel.

Jeremy Rifkin assume ter uma posição ambígua em relação ao capitalismo. Para ele, o sistema foi o mecanismo mais ágil e eficiente para organizar a economia no passado. Mas ele não lamenta o fim do regime.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/12/1715273-obra-preve-fim-do-capitalismo-para-dar-lugar-a-economia-colaborativa.shtml

Isso está me parecendo mais um Socialismo disfarçado, igual ao movimento zeitgeist, projeto venus, etc.

Só um problema, a principal variável que direciona a alocação de recursos, o cálculo econômico, é o preço. Sem livre mercado, não temos formação de preços, o que impede o cálculo econômico e a racionalização dos recursos. Temos um porcesso de cooperação deficiente.

O que não se entende é que no capitalismo, só se alcança riqueza e objetivos pessoais (em uma sociedade realmente liberal, como foi a dos EUA e Suécia no passado), se você gerar valor para a sociedade. Se a sociedade valora coisas que em tese não deveria valorar, o problema não é o livre mercado, é um problema de valores e educação, são outras instituições que devem ser trabalhadas.

A afirmação de que o capitalismo não seja capaz de lhe dar com a abundância, é falaciosa. Primeiro, que tem que se definir o que seja "abundância"? Uso de recursos espaciais ? Com relação a qual população? A questão é que o livre mercado é a única forma de lhe dar com recursos escassos, o que não significa que não seja capaz de lhe dar com a abundância.

Como todo socialismo, essa proposta parte da premissa de um grau de homogenização social só passível de ser atingido no filme "Invasores de Corpos". E o mais grave, em minha opinião, é que uma sociedade sem livre iniciativa e prorpiedade privada, sempre converge para uma sociedade totalitária.

Isso não impede que se tente novamente, projetar uma sociedade na prancheta, como vem sendo feito pela ONU e socialistas fabianos, etc.

Abs
Felipe

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #27 Online: 10 de Dezembro de 2015, 13:45:12 »
O mundo não é uma cornucópia, então, por mais que tecnologias permitam o bem estar de mais e mais pessoas, sempre vai chegar o momento em que haverá mais pessoas do que o meio suporta.

A ciência já fez mais que provavelmente centuplicar a quantidade possível de pessoas no mundo podendo viver com algum relativo bem estar, diminuindo substancialmente seus riscos de fome e doenças, como resultado o próprio planeta está em desequilíbrio. Será então que a prioridade não deve ser mesmo mudar o paradigma de desenvolvimento por uma aposta simplista de que mais pessoas terão garantido esse bem estar já conquistado eliminando-se a racionalização dos meios de produção?

Será que mais pessoas garantirão o mesmo bem estar conquistado a duras penas empregando-se pessoas, por exemplo na função de mestres técnicos puxadores de maçanetas em cada comércio no lugar de portas automáticas, ou superintendentes sênior executores de descascamentos de laranjas em indústrias de sucos no lugar das máquinas extratoras , ou gerentes sopradores bafejantes umidificadores de ambientes em shoppings no lugar de grandes sistemas industriais de ar condicionado ou quem sabe proibir máquinas de costura e assim prover empregos magicamente para milhões de potenciais costureiras num estalar de dedos?

A única fábrica  que precisa fechar urgentemente,  aliás, com uma urgência que já vem de décadas é a fábrica de fazer gente.
« Última modificação: 10 de Dezembro de 2015, 18:13:15 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Peter Joseph

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.114
  • Sexo: Masculino
  • Ela, a Entropia!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #28 Online: 10 de Dezembro de 2015, 14:13:24 »
Isso está me parecendo mais um Socialismo disfarçado, igual ao movimento zeitgeist, projeto venus, etc.

MZ e PV não são socialismo. Socialismo se baseia na busca de uma imaginária e subjetiva "justiça social". O que é proposto neste movimentos citados por você é o uso direto da ciência e tecnologia para se alcançar sustentabilidade ambiental e social (eficiência técnica).

Citar
Só um problema, a principal variável que direciona a alocação de recursos, o cálculo econômico, é o preço. Sem livre mercado, não temos formação de preços, o que impede o cálculo econômico e a racionalização dos recursos. Temos um porcesso de cooperação deficiente.

A revolução da micro eletrônica já tornou este um não problema. Mas creio que no modelo proposto pelo Rifkins, esta questão de fato não é abordada.

Citar
Se a sociedade valora coisas que em tese não deveria valorar, o problema não é o livre mercado, é um problema de valores e educação, são outras instituições que devem ser trabalhadas.

Discordo. O ambiente exerce extrema pressão sobre o comportamento. E qual o maior gerador de valores e do ambiente social em si do que o sistema econômico? A própria educação secular está cheia de valores oriundos de um modo de vida capitalista. Você também ignora o poder da propaganda e marketing na busca pela criação de novos mercados de modo artificial.

Citar
A afirmação de que o capitalismo não seja capaz de lhe dar com a abundância, é falaciosa. Primeiro, que tem que se definir o que seja "abundância"? Uso de recursos espaciais ? Com relação a qual população? A questão é que o livre mercado é a única forma de lhe dar com recursos escassos, o que não significa que não seja capaz de lhe dar com a abundância.

É evidente que abundância absoluta não é algo alcançável. Podemos ter abundância relativa. O capitalismo consegue uma certa abundância relativa na produção, mas escassez na distribuição. Vários motivos pra isto, como a necessidade de garantir empregos (quanto mais trabalho humano menos abundância), obsolescência planejada, propriedade privada etc. Outro sério problema é que o capitalismo consegue esta abundância relativa as custas do meio ambiente.
A questão é que quanto mais aumentar a abundância, promovida principalmente pela automação e novas abordagens, menos o capitalismo conseguirá lidar com ela, pois quanto mais abundante algo, menos ele vale. Abundância não gera lucro. E sem lucro o capitalismo não existe.

Citar
Isso não impede que se tente novamente, projetar uma sociedade na prancheta, como vem sendo feito pela ONU e socialistas fabianos, etc.

Acho que a questão principal não é a nossa vontade de mudar, mas a necessidade de mudar obrigatoriamente.

« Última modificação: 10 de Dezembro de 2015, 14:40:26 por Peter Joseph »
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
O Minhocário - https://ominhocario.wordpress.com/

Offline Peter Joseph

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.114
  • Sexo: Masculino
  • Ela, a Entropia!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #29 Online: 10 de Dezembro de 2015, 14:24:42 »
A única fábrica  que precisa fechar urgentemente,  aliás, com uma urgência que já vem de décadas é a fábrica de fazer gente.

Não existe problema de superpopulação, mas de má administração de recursos. Se o sistema de alocação de recursos fosse tecnicamente eficiente de fato, ainda poderíamos ter uma população várias vezes maior do que a atual sem causar grandes impactos ecológicos e sociais. Concordo que, mesmo neste caso, eventualmente poderíamos ter que lidar com a questão da superpopulação. Mas o uso mais eficiente dos recursos jogaria este problema para muitas décadas à frente, para que possamos resolvê-lo com muito mais calma e com novas tecnologias e abordagens.

Lidando com o mito da Superpopulação
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
O Minhocário - https://ominhocario.wordpress.com/

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #30 Online: 10 de Dezembro de 2015, 15:12:17 »
É muito fantasioso falar nisso "não ser um problema" quando a "alocação de recursos" não deixa de ser um problema nem mesmo em nível mais "micro", nacional/regional. Problema esse que tende ser agravado com o crescimento populacional, tanto em nível local, quanto global (ou destruição de recursos na mesma proporção).

Mesmo que se imaginasse um omni-comunismo internacional redistribuindo tudo igualitariamente/idealmente, bem, não sei se as coisas seriam exatamente dentro daquilo que se possa ter como modo de vida ideal, almejado. Sem nem levar em consideração todos os fracassos do comunismo em menor escala. Essas esperanças de neo-comunsimo-high-tech também não tem ainda dado sinal de ser algo com que se possa contar, são por enquanto só fantasias, nada que permita dizer com os pés no chão que "não há problemas".

Offline Peter Joseph

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.114
  • Sexo: Masculino
  • Ela, a Entropia!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #31 Online: 10 de Dezembro de 2015, 15:27:13 »
Mas é claro que temos um problema. Dentro do atual sistema, 7 bilhões é muito. O que estou atentando é para o fato de que não estamos neste problema por que existe muita gente, mas por que os recursos são mau administrados. Não estamos limitados fisicamente, mas pela nossa abordagem. Independente de conseguirmos ou não uma transição para uma economia tecnicamente eficiente, os números apontam para o fato de que isto é possível.

Se tenho sempre dois copos de água para duas pessoas com sede, mas a cada gole eu jogo fora outro gole. Tenho um problema de superpopulação ou um problema de má administração?
« Última modificação: 10 de Dezembro de 2015, 15:34:47 por Peter Joseph »
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
O Minhocário - https://ominhocario.wordpress.com/


Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #33 Online: 10 de Dezembro de 2015, 15:35:44 »
No momento em que houver algo como o comunismo utópico com uma improvável gestão, ou ao menos, pessoas em um uníssono irrealmente colaborativas querendo se doar mais aos outros do que à si mesmas, posto em prática, a única coisa que se terá será uma enorme granja humana.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Peter Joseph

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.114
  • Sexo: Masculino
  • Ela, a Entropia!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #34 Online: 10 de Dezembro de 2015, 15:40:07 »
... a única coisa que se terá será uma enorme granja humana.

Mas é isto que já temos.
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
O Minhocário - https://ominhocario.wordpress.com/

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #35 Online: 10 de Dezembro de 2015, 15:42:31 »
No momento em que houver algo como o comunismo utópico com uma improvável gestão, ou ao menos, pessoas em um uníssono irrealmente colaborativas querendo se doar mais aos outros do que à si mesmas, posto em prática, a única coisa que se terá será uma enorme granja humana.
E agora, grande pergunta; Pra quê? Em nome de quê??? Nem nas religiões mais delirantes isso é uma possibilidade... Será algo em nome de algum deus secreto? Por acaso seu nome seria Comunus, o devorador de individualidades?
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #36 Online: 10 de Dezembro de 2015, 15:44:16 »
... a única coisa que se terá será uma enorme granja humana.

Mas é isto que já temos.
temos, quem, cara pálida? Já há, mas não faço parte disso!
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Peter Joseph

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.114
  • Sexo: Masculino
  • Ela, a Entropia!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #37 Online: 10 de Dezembro de 2015, 15:47:58 »
No momento em que houver algo como o comunismo utópico com uma improvável gestão, ou ao menos, pessoas em um uníssono irrealmente colaborativas querendo se doar mais aos outros do que à si mesmas, posto em prática, a única coisa que se terá será uma enorme granja humana.
E agora, grande pergunta; Pra quê? Em nome de quê??? Nem nas religiões mais delirantes isso é uma possibilidade... Será algo em nome de algum deus secreto? Por acaso seu nome seria Comunus, o devorador de individualidades?

Pessoal, entendam, não estou afirmando que vá acontecer isto. Sou pessimista e acho que o mais provável é que não vai. Mas isto não implica que não seja algo possível na prática. Os dados apontam que é, simples assim.

Sobre a noção de pseudoliberdade e individualidade propagada, veja...

Citar
Muitas vezes as pessoas falam sobre "liberdade" de uma forma que é mais um gesto indescritível do que uma circunstância tangível. Ouvimos essa retórica das instituições políticas e econômicas atuais, de onde são constantemente feitas essas associações de "democracia" com "liberdade", tanto no nível da prática tradicional de votação como no do movimento de dinheiro propriamente dito através do livre comércio independente. Esses memes sociopolíticos também são reforçados de forma polarizada, relativamente, em que constantemente são usados exemplos de opressão e perda de liberdade nos sistemas sociais anteriores para defender o estado atual das coisas.

As obras criativas de filósofos, artistas e escritores que foram influentes ao expandir várias noções ideológicas dessa "liberdade", muitas vezes em detrimento da vulnerabilidade social, aumentando essa polarização dogmática, aumentaram ainda mais a composição desses valores. [369] Em resumo, uma grande dose de medo e força emocional existe em torno da noção de mudança social e de como ela pode afetar as nossas vidas no rumo da liberdade e da individualidade.

No entanto, se dermos um passo atrás e pensarmos sobre o significado de liberdade, longe desses memes culturais, descobrimos que as noções de liberdade podem ser relativas dependendo da história humana, assim como os padrões de vida e até mesmo a própria expressão de si mesmo. Portanto, a fim de decidir o que é liberdade e como qualificá-la, é preciso medi-la a partir de, por um lado (a) uma perspectiva histórica, e, por outro, pelas (b) possibilidades futuras.

(a) Historicamente, a preocupação fundamental baseia-se no medo do poder e do abuso de poder. A história humana é, certamente, em parte, uma perpétua luta pelo poder. Abastecida por crenças e valores religiosos e filosóficos extremamente sectaristas, que manifestaram escravidões degradantes, subjugação das mulheres, genocídios periódicos, perseguições por heresia (liberdade de expressão, ou o que foi e ainda é conhecido como "livre pensamento"), direito divino de reis e semelhantes, pode-se argumentar que a história humana, nesse contexto, é uma história de superstições perigosas e infundadas tornadas sagradas por valores/compreensões primitivas daquelas épocas, em detrimento do bem-estar humano e do equilíbrio social. O medo e a escassez desses períodos antigos parecem ter ampliado a pior parte do que se pode considerar a "natureza humana", muitas vezes em um ciclo vicioso em busca de poder como uma forma de evitar o abuso de poder.

No entanto, é extremamente importante notar que temos estado em um processo de transição para longe desses valores e crenças, em geral, arcaicos, com a cultura global e suas instituições abraçando lentamente a causalidade científica e seu mérito no que diz respeito ao que é real e o que não é. Com isso, tornaram-se claras certas tendências positivas.

Saímos do poder "divino" e supremo dos hereditariamente determinados reis e faraós para um sistema com uma participação, ainda que muito limitada, do público em geral através do chamado "processo democrático" na maior parte do mundo. A exploração humana, o abuso e a escravidão perderam suas defesas comuns de superioridade religiosa, racial ou de gênero, e aprimoraram-se um pouco, na medida em que escravidão, hoje em dia, tem a forma menos grave de "trabalho assalariado" - no contexto mais amplo de associações com "classes" - conforme determinado pelo lugar de cada um na hierarquia econômica. A economia de mercado, em todas as suas formas históricas, também tem sido capaz de superar predeterminações do tipo "casta" racial, uma vez que permite um nível de (limitada) mobilidade social na comunidade, em que a renda adquirida facilita a "liberdade" de uma forma geral. [370]

Tais realidades progressistas precisam ser levadas em consideração conforme o capitalismo, com todas suas falhas, tem servido para ajudar a melhorar certos aspectos da condição social. No entanto, o que não mudou foi a premissa subjacente que ainda é elitista e preconceituosa na forma como favorece um grupo em detrimento de outro, tanto estrutural quanto sociologicamente. Apenas que nesse caso, o "grupo" favorecido não tem mais muito a ver com sexo, raça ou religião - mas com uma espécie de oportunismo forçado e uma mentalidade competitiva que o conduz ao topo da hierarquia de classes, inevitavelmente às custas dos outros.

Capitalismo, pode-se argumentar, é, na realidade, um sistema de escravidão pós-moderno com uma nova orientação de valores de "liberdade de concorrência" o sustentando. Essa noção reinventada de "liberdade" diz, basicamente, que todos nós somos "livres" para competir uns com os outros e ter o que pudermos. No entanto, como observado anteriormente, tal estado de "liberdade ampla", sem abuso, opressão e vantagem estrutural - é obviamente impossível. Assim, enquanto os defensores do capitalismo podem apresentar as melhoras sociais que ocorreram desde o seu advento como evidências de sua eficácia social, temos de reconhecer que a sua forma básica não se dá pelo interesse pela liberdade humana, mas é um eco de intolerância social que esteve poluindo a cultura por milhares de anos, enraizado em uma psicologia geral de elitismo e escassez.

Hoje, a verdadeira liberdade está diretamente relacionada à quantidade de dinheiro que uma pessoa possui. Aqueles abaixo da linha de pobreza têm graves limitações à liberdade pessoal em comparação aos ricos. De forma semelhante, enquanto os defensores do livre mercado falam, muitas vezes, de "coerção" no contexto do poder do Estado, a realidade da coerção econômica é ignorada. Teóricos da economia tradicional constantemente usam uma retórica que sugere que tudo é uma questão de escolha no mercado, e, se uma pessoa deseja ter um emprego ou não, a escolha é dela.

No entanto, aqueles em situação de pobreza, que são a maioria [371], enfrentam uma severa redução de escolhas. As pressões de sua capacidade econômica limitada criam um poderoso estado coercivo no qual eles não só precisam assumir empregos que podem não ser apreciados por eles para sua sobrevivência, como também ficam, muitas vezes, sujeitos a uma ampla exploração, devido a esse mesmo desespero, em forma de salários baixos. De fato, a pobreza em geral, nesse contexto, é uma condição muito positiva para a classe capitalista, pois garante um custo-benefício em forma de mão-de-obra barata.

Então, novamente, enquanto é possível notar alguma melhora social ao longo do tempo, essa é, realmente, apenas uma variação de um tema comum de elitismo geral, exploração e intolerância. A longa história de escassez de recursos e limites de produção presumidos também compôs esse pensamento, no sentido Malthusiano [372], em que a ideia de todos encontrarem algum nível de igualdade econômica foi considerada simplesmente impossível.

(b) Contudo, a ciência moderna e o desenvolvimento exponencial da aplicação técnica, juntamente com uma consciência mais profunda sobre a condição humana [373], abriram a porta para futuras possibilidades de melhoria social e, de fato, para uma nova elevação da liberdade em maneiras nunca antes vistas. Essa tomada de consciência apresenta um problema, já que a possibilidade de alcançar esse novo nível está profundamente inibida pelos valores e fundações estabelecidos da ordem social capitalista tradicional. Em outras palavras, o sistema de mercado simplesmente não pode facilitar essas melhorias, porque a natureza do surgimento destas é contra os próprios mecanismos do sistema.

Por exemplo, a eficiência hoje possível devido ao nível técnico e científico, se aplicada corretamente, poderia fornecer um alto padrão de vida a todos os seres humanos na Terra, e também uma remoção do trabalho perigoso e monótono através da aplicação da mecanização cibernética. [374] No mundo de hoje, a grande maioria das pessoas passam a maior parte de suas vidas trabalhando e dormindo. Muitas dessas ocupações não são apreciadas [375] e são, indiscutivelmente, irrelevantes no que diz respeito ao verdadeiro desenvolvimento e contribuição, pessoal ou social.

Assim, se queremos pensar sobre o significado da liberdade em um nível básico, isso significa ser capaz de dirigir a sua vida da maneira que você quiser, dentro da razão. [376] Ser capaz de viver a sua vida sem se preocupar com a sua sobrevivência básica e saúde, ou da sua família, é o primeiro passo. Da mesma forma, o trabalho para o sistema de renda é uma das instituições mais "não-livres" que poderiam existir hoje, não só no que diz respeito à coerção econômica inerente, mas também no que diz respeito à própria estrutura corporativa, que é literalmente uma ditadura hierárquica de cima para baixo.

Infelizmente, mesmo com essas possibilidades presentes e reais, o distúrbio no sistema de valores, construído a partir do modelo capitalista e o seu medo e paranóia em relação a tudo o que é externo, continuará a combater essas possibilidades de estados mais elevados de liberdade. Na verdade, a própria ideia de prestar apoio social básico na forma de "bem-estar", ou semelhante, é atacada, em parte, com base no distanciamento de um mercado livre - o próprio mercado que, na verdade, provavelmente criou o estado de miséria daqueles que necessitam de tal assistência.

Como nota final sobre o tema da "liberdade", a teoria capitalista, tanto histórica quanto moderna, é desprovida de qualquer relação com os recursos da Terra e suas leis ecológicas governantes. À parte a consciência primitiva de escassez, que é um marcador da teoria de valor comum da "oferta e procura", a natureza científica do mundo está em falta nesse modelo - é "externa". Essa omissão, emparelhada com a realidade exploradora e minimizadora de custos inerente ao sistema de incentivos do mercado, é o que tem gerado os vastos problemas ambientais, desde esgotamento do solo, à poluição, ao desmatamento, a praticamente tudo o que podemos pensar em um nível ecológico.

Ao analisar o desenvolvimento inicial dessa filosofia, podemos especular logicamente sobre como ela se tornou assim. Dada a grande base de produção agrária e o minimalismo do início "artesanal" da produção de bens, a nossa capacidade em afetar negativamente o meio ambiente era inerentemente limitada, na época. Nós simplesmente não éramos uma grande ameaça, já que a grande estrutura industrial, como a conhecemos hoje, não tinha evoluído.

Esse desenvolvimento revela que sob a superfície do capitalismo está uma velha perspectiva, que está se tornando cada vez mais desatualizada, resultando em repercussões recorrentes conforme nossa capacidade tecnológica aumenta a nossa habilidade de afetar o mundo. Um paralelo seria a instituição bélica. Valores competitivos e guerra eram uma realidade tolerável quando o dano causado estava limitado aos primitivos mosquetes de séculos atrás. Hoje, nós temos armas nucleares que podem destruir tudo. [377] Assim, tomando uma visão evolutiva, o capitalismo tem sido uma orientação de práticas e valores que ajudaram o progresso de determinadas maneiras, mas todas as evidências agora tendem a mostrar que a imaturidade inerente ao sistema levará a um aumento contínuo dos problemas, se ele persistir.
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
O Minhocário - https://ominhocario.wordpress.com/

Offline Peter Joseph

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.114
  • Sexo: Masculino
  • Ela, a Entropia!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #38 Online: 10 de Dezembro de 2015, 15:49:27 »
... a única coisa que se terá será uma enorme granja humana.

Mas é isto que já temos.
temos, quem, cara pálida? Já há, mas não faço parte disso!

Kkkk... o perfeito homem moderno, que se acha imune à influência da natureza e do meio, como se não estivesse sujeito aos fenômenos de causa e efeito do mundo real.
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
O Minhocário - https://ominhocario.wordpress.com/

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #39 Online: 10 de Dezembro de 2015, 15:53:41 »
Liberdade. O que é isso? É algo que quando lhe tiram, mesmo quando você não saiba como descrevê-la, você se ressente.
« Última modificação: 10 de Dezembro de 2015, 18:11:56 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.712
  • Sexo: Masculino
  • uê?!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #40 Online: 10 de Dezembro de 2015, 15:55:25 »
... a única coisa que se terá será uma enorme granja humana.

Mas é isto que já temos.
temos, quem, cara pálida? Já há, mas não faço parte disso!

Kkkk... o perfeito homem moderno, que se acha imune à influência da natureza e do meio, como se não estivesse sujeito aos fenômenos de causa e efeito do mundo real.
Hahahahah, o perfeito comuna pós moderno que quer tirar dos outros algo que não quer que lhe tirem?
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Peter Joseph

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.114
  • Sexo: Masculino
  • Ela, a Entropia!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #41 Online: 10 de Dezembro de 2015, 16:16:23 »
Não quero tirar nada de ninguém. Tá louco? O que estou afirmando aqui neste tópico é que acabaremos tendo que mudar obrigatoriamente, tudo indica. Não será uma questão de escolha: "será que mudo, será que não mudo"? Estou apenas apontando aquilo que acho que seria a melhor opção para esta mudança obrigatória. Não estou falando de revolução armada nem nada disto. Esqueçam estes espantalhos marxistas, estou falando de fatos. E os fatos apontam que o capitalismo está indo pras cucuias.
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
O Minhocário - https://ominhocario.wordpress.com/

Offline Lorentz

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.735
  • Sexo: Masculino
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #42 Online: 10 de Dezembro de 2015, 16:31:30 »
E os fatos apontam que o capitalismo está indo pras cucuias.

Talvez no capitalismo é desvantajoso matar um grande número de civis em guerras, o que acaba por acelerar um ambiente insustentável. Precisamos fazer uma limpeza.

Acho que Zeus deveria propor uma competição. Quem é a líder mais bonita? Merkel, Dilma ou Cristina?
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Peter Joseph

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.114
  • Sexo: Masculino
  • Ela, a Entropia!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #43 Online: 10 de Dezembro de 2015, 17:08:10 »
Precisamos fazer uma limpeza.

De fato, dentro do atual sistema, como as coisas estão se encaminhando, ou teremos que dar um jeito de realizar um genocídio (talvez uma guerra mundial?) ou teremos que esterilizar bilhões de pessoas. O que vocês preferem, perder a liberdade de ter filhos ou de viver? Já que o "mais importante", que é a liberdade de consumir, vai ser mantida, acho não há com que se preocupar em relação às demais faltas de liberdade, não é mesmo?
« Última modificação: 10 de Dezembro de 2015, 17:10:29 por Peter Joseph »
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
O Minhocário - https://ominhocario.wordpress.com/

Offline Lorentz

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.735
  • Sexo: Masculino
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #44 Online: 10 de Dezembro de 2015, 17:15:42 »
Precisamos fazer uma limpeza.

De fato, dentro do atual sistema, como as coisas estão se encaminhando, ou teremos que dar um jeito de realizar um genocídio (talvez uma guerra mundial?) ou teremos que esterilizar bilhões de pessoas. O que vocês preferem, perder a liberdade de ter filhos ou de viver? Já que o "mais importante", que é a liberdade de consumir, vai ser mantida, acho não há com que se preocupar em relação às demais faltas de liberdade, não é mesmo?

Vou te falar uma coisa, isso já está acontecendo. Criar filhos está cada vez mais caro e difícil, e os casais de países desenvolvidos estão deliberadamente escolhendo não ter mais de 1 filho. Aí o que acontece? Esses países precisam trazer imigrantes devido à falta de mão de obra dentro do próprio povo.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Peter Joseph

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.114
  • Sexo: Masculino
  • Ela, a Entropia!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #45 Online: 10 de Dezembro de 2015, 17:20:51 »
Não demorará muito pra esta ausência de liberdade auto imposta passar a ser obrigatória por lei, igual lá na China. Só que isto produz efeitos sistêmicos, como a falta de mão de obra barata pra manter os níveis de lucros das empresas em patamares que façam valer a pena o negócio.
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
O Minhocário - https://ominhocario.wordpress.com/

Offline Lorentz

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.735
  • Sexo: Masculino
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #46 Online: 10 de Dezembro de 2015, 17:24:16 »
Não demorará muito pra esta ausência de liberdade auto imposta passar a ser obrigatória por lei, igual lá na China. Só que isto produz efeitos sistêmicos, como a falta de mão de obra barata pra manter os níveis de lucros das empresas em patamares que façam valer a pena o negócio.

Não precisa ser obrigatório. É só precificar. Se você paga caro pra ter um filho mas economiza em consumo fútil, pro planeta dá na mesma.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #47 Online: 10 de Dezembro de 2015, 17:45:45 »
Precisamos fazer uma limpeza.

De fato, dentro do atual sistema, como as coisas estão se encaminhando, ou teremos que dar um jeito de realizar um genocídio (talvez uma guerra mundial?) ou teremos que esterilizar bilhões de pessoas. O que vocês preferem, perder a liberdade de ter filhos ou de viver? Já que o "mais importante", que é a liberdade de consumir, vai ser mantida, acho não há com que se preocupar em relação às demais faltas de liberdade, não é mesmo?

Vou te falar uma coisa, isso já está acontecendo. Criar filhos está cada vez mais caro e difícil, e os casais de países desenvolvidos estão deliberadamente escolhendo não ter mais de 1 filho. Aí o que acontece? Esses países precisam trazer imigrantes devido à falta de mão de obra dentro do próprio povo.

Isso é falta de população capacitada (ou "sub-qualificada", se o país estiver mesmo indo muito bem), antes de falta de população em absoluto.

E é melhor trazer imigrantes do que empobrecer a população local para criar mão de obra, seja de alta ou baixa qualificação. Não só é muito mais rápido, como não aumenta a demanda global por recursos desnecessariamente.



Não demorará muito pra esta ausência de liberdade auto imposta passar a ser obrigatória por lei, igual lá na China. Só que isto produz efeitos sistêmicos, como a falta de mão de obra barata pra manter os níveis de lucros das empresas em patamares que façam valer a pena o negócio.

Hein? Mão de obra barata? Mas e os robôs?



Não demorará muito pra esta ausência de liberdade auto imposta passar a ser obrigatória por lei, igual lá na China. Só que isto produz efeitos sistêmicos, como a falta de mão de obra barata pra manter os níveis de lucros das empresas em patamares que façam valer a pena o negócio.

Não precisa ser obrigatório. É só precificar. Se você paga caro pra ter um filho mas economiza em consumo fútil, pro planeta dá na mesma.

A coisa em algum momento vira obrigatória, não por lei do homem, mas por lei da natureza.

Citação de: Isaac Asimov
[In response to this question by Bill Moyers: What do you see happening to the idea of dignity to human species if this population growth continues at its present rate?] "It's going to destroy it all. I use what I call my bathroom metaphor. If two people live in an apartment, and there are two bathrooms, then both have what I call freedom of the bathroom, go to the bathroom any time you want, and stay as long as you want to for whatever you need. And this to my way is ideal. And everyone believes in the freedom of the bathroom. It should be right there in the Constitution. But if you have 20 people in the apartment and two bathrooms, no matter how much every person believes in freedom of the bathroom, there is no such thing. You have to set up, you have to set up times for each person, you have to bang at the door, aren't you through yet, and so on. And in the same way, democracy cannot survive overpopulation. Human dignity cannot survive it. Convenience and decency cannot survive it. As you put more and more people onto the world, the value of life not only declines, but it disappears. It doesn't matter if someone dies.



<a href="https://www.youtube.com/v/DZCm2QQZVYk" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/DZCm2QQZVYk</a>

Se estiver ainda vivo, ainda deve estar aguardando refutações.

Offline Peter Joseph

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.114
  • Sexo: Masculino
  • Ela, a Entropia!
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #48 Online: 11 de Dezembro de 2015, 12:11:25 »
Hein? Mão de obra barata? Mas e os robôs?

Robôs ainda não são tão baratos na maioria dos casos. A única coisa que ainda impede de tomarem conta é o preço. Mas já baixou muito e, baseado em retrospectos, certamente tende a baixar muito mais, aí babau.
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
O Minhocário - https://ominhocario.wordpress.com/

Offline Lorentz

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.735
  • Sexo: Masculino
Re:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
« Resposta #49 Online: 11 de Dezembro de 2015, 12:57:31 »
Hein? Mão de obra barata? Mas e os robôs?

Robôs ainda não são tão baratos na maioria dos casos. A única coisa que ainda impede de tomarem conta é o preço. Mas já baixou muito e, baseado em retrospectos, certamente tende a baixar muito mais, aí babau.

Você é contra o uso de robôs para fins sexuais por estes roubarem empregos de prostitutas?
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!