Muito sucinto este artigo. Não dá para avaliar.
Mas temos que dar um crédito, é alguém de Oxford, algum mérito deve ter para estar lá.
Porém eu duvido muito que modelos probabilísticos deste tipo sejam possíveis. Isto se parece muito com outros "embromations" tipo fulano e seu grupo construíram um modelo que identifica a probabilidade de tal time vencer a Copa do Mundo.
São como aquelas previsões esotéricas de final de ano: nunca acontecem mas ninguém se lembra.
O principal problema com estes modelos é que o sujeito, de alguma forma, começa identificando as variáveis ( e o peso destas variáveis ) que concorrem para que algo ocorra. Então faz um cálculo de probabilidade partindo do pressuposto de que estes são os fatores relevantes e que suas respectivas relevâncias estão pesadas corretamente.
Mas... qual a probabilidade destas análises subjetivas estarem corretas?
Se não souber responder a isso o cálculo subsequente é apenas um chute como outro qualquer.
Muito semelhante também a estes cálculos que se fazem da probabilidade da vida surgir espontaneamente no universo. Ora, ninguém sabe o suficiente para fazer este cálculo. A melhor demonstração de como estes cálculos ( surgimento da vida, time vencer campeonato, etc... ) não têm validade matemática alguma é que se você solicitar a 1.000 matemáticos ( ou não, porque se for matemático mesmo ele não fará ) modelos como estes irá obter 1.000 resultados diferentes.
Ao passo que todos concordariam com a probabilidade de se obter um Royal Street Flash em uma mão de pôquer.
Estes modelos não passam de subjetividades expressas em números.
E na subjetividade desse cara eu não sei se já confio muito. Para começar ele parece estar mal informado: o projeto Echelon se tornou publicamente famoso com a denúncia do Snowden, mas na verdade já é conhecido há décadas. Eu mesmo nem me lembro da primeira vez que ouvi falar deste sistema, mas já o conhecia pelo próprio nome ( Echelon ), sempre soube como operava e até quais países operavam o sistema conjuntamente com os Estados Unidos.
Até em série do Discovery Channel já vi comandante de submarino nuclear comentando sobre as capacidades que seu submarino tinha de criar "grampos" para este sistema. E isso muito antes do Snowden abrir o bico.
Então não deveria ser tããoooo secreto assim.
E não era mesmo: na Wikipedia o verbete em Português para Echelon existe desde 2005, oito anos antes de Edward Snowden "chocar" o mundo com suas revelações.
Contudo, provavelmente, antes de ser notícia na grande mídia, se você comentasse sobre este sistema com algum pseudo-cético e fornecendo todos os detalhes disponíveis e possíveis de serem checados, o pseudo-cético simplesmente diria: "teoria da conspiração".
Porque estas pessoas enxergam o mundo por rótulos e não por raciocínios. Estão preocupados em encaixarem as coisas - e se encaixarem - nos rótulos que pensam ser adequados. Pensam que ser cético é não aceitar como plausível nada que não seja publicado pela mídia "mainstream". Quando na verdade o verdadeiro ceticismo deveria demandar o oposto.
Me lembro que quando voltei a este fórum, ainda em 2013, fiz uma análise sobre as verdadeiras razões da guerra na Síria e que eram os atores deste conflito. Particularmente sobre o financiamento do ELS por parte do Qatar e dos Estados Unidos. A contestação mais comum - e também mais profunda que conseguiam chegar - era "não passa de teoria da conspiração".
Quando hoje, na verdade, até funcionários do governo norte-americano já até protestam publicamente contra os bombardeios russos quando estes atingem, além do ISIS, também os rapazes treinados e financiados pela CIA.
Impressionante o nível de senso crítico: o camarada vê todos os dias no Jornal Nacional imagens de rebeldes operando artilharia anti-aérea pesada montada em caminhões e não consegue juntar lé com cré por conta própria.